a casinha
Que saudades eu já tinha
Da minha alegre casinha
Tão modesta como eu
Como é bom meu Deus morar
Assim num primeiro andar
A contar vindo do céu
O meu quarto lembra um ninho
E o seu tecto é tão baixinho
Que eu ao ir p’ra me deitar
Abro a porta em tom discreto
Digo sempre senhor tecto
Por favor deixe-me entrar
Tudo podem ter os nobres
Ou os ricos de algum dia
Mas quase sempre o lar dos pobres …
Tem mais alegria
De manhã salto da cama
E ao som dos pregões de Alfama
Trato de me levantar
Porque o Sol meu namorado
Rompe as frestas do telhado
E a sorrir vem me acordar
Corro então toda ladina
Minha casa pequenina
Bem dizendo o solo cristão
Deitar cedo e cedo erguer
Dá saúde e faz crescer
Diz o povo e tem razão
Tudo podem ter os nobres
Ou os ricos de algum dia
Mas quase sempre o lar dos pobres
Tem mais alegria
Rui A.,
na mouche ! Estocada fatal !
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Desde a minha juventude impressionou-me a bovinização de elevadíssima quantidade dos tugas com “letras” de canções como esta.
Foram doses cavalares de canções, filmes, futebol, religião, teatro, literatura, dança, sempre a sedarem o maralhal…
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ehehehehe
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ehehehe
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eheheh
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Brilhante, Rui A.!
E não esquecer um outro hino inadaptado:
No céu cinzento sob o astro mudo
Batendo as asas pela noite calada
Vêm em bandos com pés de veludo
Chupar o sangue fresco da manada
Se alguém se engana com seu ar sisudo
E lhes franqueia as portas à chegada
Eles comem tudo eles comem tudo
Eles comem tudo e não deixam nada
A toda a parte chegam os vampiros
Poisam nos prédios poisam nas calçadas
Trazem no ventre despojos antigos
Mas nada os prende às vidas acabadas
São os mordomos do universo todo
Senhores à força mandadores sem lei
Enchem as tulhas bebem vinho novo
Dançam a ronda no pinhal do rei
Eles comem tudo eles comem tudo
Eles comem tudo e não deixam nada
No chão do medo tombam os vencidos
Ouvem-se os gritos na noite abafada
Jazem nos fossos vítimas dum credo
E não se esgota o sangue da manada
Se alguém se engana com seu ar sisudo
E lhes franqueia as portas à chegada
Eles comem tudo eles comem tudo
Eles comem tudo e não deixam nada
Eles comem tudo eles comem tudo
Eles comem tudo e não deixam nada
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Ainda vamos ter saudades do estado de bovinidade e do Cavaco Silva.
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GRANDES FIGURÕES
Marcelo entra em campo depois dos fogos, sem que lhe cheguem às narinas a intensidade da fumarada que o vai cercando.
Ferro, o Bruno da politica que no posto de presidente nunca sacode a manchada pele de adepto, que não é capaz de cheirar.
Enquanto cantam e já cá canta vão incchando e saltando.
Pena não ter havido ninguém que em inspiração humorada e instantânea mudasse a letra para aquela casinha Costa do Rato.
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Quando, por qualquer motivo o boom turístico (vulgo galinha dos ovos de ouro) começar a afrouxar e em queda acentuada e previsivelmente duradoura,, há uma solução dos governantes fatelas: façam uma campanha internacional para atrair a Portugal gente curiosa (investigadores, sociólogos incluídos) por saber que raio de povo é este que tem como ÚNICO “desígnio nacional” o futebol.
Tragam paletes de chineses, árabes…
Podem até montar pequenas bancadas numas esplanadas nas quais comentadores futeboleiros (políticos, escritores, jornalistas, advogados, candidatos a qualquer coisa) discutem em voz alta. irritados e quase em vias de facto.
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E não cantaram esta.
Cada coisa no seu lugar.
Homenagem a Zé Pedro é uma merecida.
Homenagem a Camões é outra.
Palcos diferentes.
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‘à cabeça da manada
trote largo e para atrás
,,,
as pilecas eram raios’ … que os partam
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Belém é o Palácio do Povo. Já não é a habitação da dona Cavaca que cuidava dos naperons.
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