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QED

13 Julho, 2018
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No meu post anterior argumentei que a blogosfera liberal rejeita os seus filhos ideológicos, como antes tinha rejeitado o pai. Discordando desta perspectiva, o Vítor Cunha escreveu duas respostas. Numa rejeita os filhos, noutra rejeita o pai.

15 comentários leave one →
  1. Mario Figueiredo permalink
    13 Julho, 2018 11:27

    Eu não respondo pelos posts do VC. Considero o debate demasiado importante para se continuar a tratar por meias palavras e sátira que obrigam a um esforço de interpretação e adivinhação. A verdade é que o caminho político que o nosso país está a traçar de há uns 40 anos para cá está a conduzir-nos a figuras como Catarina Mendes que representa o pior da burguesia cosmopolita, Sócrates que representa o pior do sistema do arco governativo, e Marcelo que representa o pior do sentido de estado.

    Nunca senti tanta urgência como agora de uma nova atitude política no nosso país e nunca pensei olhar como admiração para alguém como Jerónimo de Sousa, por ser o único que ainda mantém a tradição política da rectitude tanto nas ideias e acções. Estou mais assustado hoje com o futuro do meu país e dos meus filhos, do que estava durante o PREC. E não estou a exagerar coisa nenhuma. Entre a política circense e cada vez mais danosa dos interesses da população e uma união Europeia que cada vez mais nos sonega a nossa soberania, não sei o que é que nos vai destruir primeiro. É por estas razões que considero o debate do liberalismo em Portugal e o aparecimento de novos partidos como algo que deveria ser discutido com menos piadas e mais seriedade.

    Mas o liberalismo que o CGP vê nesses partidos não é solução para coisa nenhuma. Antes pelo contrário. Quando a ideologia partidária assume o liberalismo como o seu dogma central, de imediato fica claro para qualquer liberal que estamos na presença de uma fraude. Correndo o risco de parecer poético, o Liberalismo é um caminho e não um objectivo. O que isto significa é que só pode estar directamente associado a uma corrente de pensamento e não a um programa. Quando um partido como a IL assume o liberalismo da forma absoluta como o faz no seu programa, estamos claramente na presença de fundamentalismo ideológico. Para o IL tudo é para liberalizar; a economia, o estado, a sociedade, e todos os aspectos inerentes a estes. Tudo é para liberalizar porque… Liberalismo.

    A verdade, se está interessado em a ouvir, que qualquer verdadeiro liberal lhe dirá é que o liberalismo não é pode ser um objectivo final porque em grandes doses o liberalismo é prejudicial às nossas sociedades. É por esta razão que o pensamento de direita assente no principio da Liberdade, rejeita liminarmente o liberalismo social que não passa de marxismo cultural — o liberalismo dos 37 géneros e das mudanças de sexo aos 16 anos, mas também o liberalismo do aborto e da eutanásia. E é por isso que o liberalismo de direita é melhor tratado por Conservadorismo Liberal e, mais à direita, Liberalismo Conservador. Apenas os partidos de esquerda defendem o liberalismo social. E apenas a esquerda cosmopolita burguesa, seguramente não os comunistas.

    O IL apresentasse como um partido de esquerda por estas razões. Pela forma como rejeita os princípios conservadores, pela sua defesa do liberalismo social e, claro, pelo grande conjunto de figuras que lhe representam e com passado socialista. Não interessa a ninguém excepto a meninos e meninas mimadas do Bloco quando se fartarem do filme da actriz.

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    • Mario Figueiredo permalink
      13 Julho, 2018 11:28

      No primeiro parágrafo, obviamente é Catarina Martins e não Catarina Mendes.

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      • JMS permalink
        13 Julho, 2018 12:04

        Não existe grande diferença entre estas duas Catarinas, por isso nem estranhei…

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    • CGP permalink
      13 Julho, 2018 11:53

      Oh Mário, o objectivo final é irrelevante. O que importa hoje é a direcção. Está como ir a Fátima a pé e não sair de casa porque se discorda sobre o restaurante de Fátima onde se quer ir almoçar. Se o objectivo final dos partidos não é o seu (e nenhum deles é o meu), veja apenas se a direcção é a mesma. Vá à boleia que nenhum de nós estará vivo para ver o destino final.

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      • CGP permalink
        13 Julho, 2018 11:54

        “É como ir a Fátima”

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  2. 13 Julho, 2018 12:51

    Se o destino não interessa, o que interessa é a direcção, tenho mesmo que optar por estar quieto. Não quero ir a Fátima, pelo que a escolha do restaurante de Fátima nem é assunto para mim. Quem decidiu ir a Fátima, que escolha onde quer comer. Eu até nem sou muito de comidas estrangeiras, fico melhor na tasca local. Até porque na direcção para Fátima que anunciam no prospecto teria que me cruzar com a Catarina Martins. Mesmo Fátima não me atrai muito, gosto mais de Santiago.

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    • 13 Julho, 2018 12:59

      Com a Catarina Martins? só?

      Eu acho que tem de se encontrar com o BE inteirnho, mais PAN, mais PS, mais PSD mais CDS e apenas alguns entre os últimos ficarão em casa.

      Eles, a terem por objectivo ir a Fátima, só se for para legalizarem os sacrifícios humanos por Testamento Liberal preventivo.

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      • 13 Julho, 2018 13:16

        Catarina Martins e esses todos (e mais alguns, que havendo um flautista de Hamelin aparece de tudo).

        Podemos passar a eternidade a discutir se um partido dito liberal pode ser liberal, mas estes parecem mais importados em provar que um partido dito liberal é uma força de homogeneização de brutos. Não sei porquê: afinal, quem decidiu quem são os brutos?

        Uma religião já me causa angústia para o resto da vida, não preciso de mais.

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  3. 13 Julho, 2018 13:01

    Eu quando oiço falar em conceitos com maiúscula e universais, já estou como o outro, puxo logo da pistola.

    Liberdade, Igualdade e Fraternidade.

    Vem tudo dessa patranha. Uns querem começar por terraplanar o mundo pela Igualdade; outros pela Liberdade. A Fraternidade é para os votos.

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  4. lucklucky permalink
    13 Julho, 2018 16:48

    O que se pode chamar a este post e ao outro postado pelo CGP? Quase parece vindos de uma conversa de vizinhas a discutirem quem vem de boas famílias…

    Como se todas as pessoas tenham de passar por X para chegar a Y ou a Z.

    E Pedro Arroja foi posto fora do Blasfémias por outros motivos, porque Pedro Arroja é que rejeitou o Pedro Arroja.

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    • 13 Julho, 2018 20:11

      Falso. Não foi pelo PA ter entrado, afirmando logo que já não era o PA conhecido que houve ym ultimato e almoço para decidirem a sua expulsão do Blasfémias.

      Foi literalmente ultimato e até o li em fwd dos emails trocados com a convocatória e quem exigiu e quem convocou.

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    • 13 Julho, 2018 20:12

      Nestas coisas sou sempre justa e comigo é que nunca contarão para fazer passar um boato ou esponja por cima do que acham que é mais conveniente apresentar.

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      • lucklucky permalink
        16 Julho, 2018 15:11

        Colocar textos anti-semitas é Pedro Arroja rejeitar Pedro Arroja ou não é?

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  5. Ricciardi permalink
    13 Julho, 2018 18:08

    #1
    “best result comes from everyone in a group doing what’s best for themselves”

    #2
    “the best result comes from everyone in a group doing what’s best for themselves and the group.”

    Quando os liberais se entenderem acerca de qual das frases acima perfilham, poderão, nessa altura, decidir formar um partido.

    Até lá, não conseguirão entender-se uns com os outros; perder-se-ão em guerras intestinas que afastarão, inevitavelmente, o voto popular.

    O CGP é pragmático e eu aprecio isso. Ir à boleia numa carroça já em circulação.

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    • FJA permalink
      15 Julho, 2018 01:06

      Essa foi a estratégia, por exemplo, seguida pelo Carlos Abreu Amorim em 2011: apanhar boleia na carroça do PSD de Pedro Passos Coelho.
      Visto à distância, não consta que tenha feito viagem memorável ou sequer que tenha chegado a destino aprazível, correndo mesmo à boca pequena que o novo cocheiro se prepara para lhe dar um enorme chuto para fora da carroça.
      Portanto isso de ir à boleia…

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