O Cristo das Trincheiras
Este Cristo com as pernas decepadas, uma mão arrancada e o peito perfurado foi a imagem com que a 9 de Abril de 1918, após horas de intenso tiroteio se confrontaram os soldados portugueses que combatiam na Bélgica, junto à ribeira de La Lys.
O número de soldados portugueses mortos e desaparecidos nesse dia 9 de Abril de 1918 ainda hoje é incerto. Mas para lá do sabor amargo da derrota, das muitas baixas, dos milhares de homens feitos prisioneiros e da desmoralização das tropas, nesse Abril de 1918, os membros do Corpo Expedicionário Português confrontaram-se em La Lys com uma paisagem que na sua completa devastação mostrava o horror da guerra e para muitos deles o mistério da fé: só esse Cristo decepado sobrara do que outrora fora uma bucólica paisagem rural com as suas casas típicas e o seu cruzeiro no caminho que ligava Neuve-Chapelle a La Couture. Soldados de diferentes países, aliados e inimigos, tinham-se feito fotografar aos pés do cruzeiro de Neuve Chapelle. Combate após combate os soldados viam como o cruzeiro permanecia de pé.
Até que chegou esse 9 de Abril de 1918 que para o Corpo Expedicionário Português ficou conhecido como Desastre da La Lys e em que o Cristo do cruzeiro de Neuve Chapelle se tornou na mais impressionante imagem da guerra: um Cristo mutilado.
Ao recuarem levando os seus mortos e feridos os homens do Corpo Expedicionário Português carregaram também com o Cristo do cruzeiro de Neuve Chapelle agora designado Cristo das Trincheiras.
Na lama da Flandres, Cristo sofria e morria nas trincheiras tal como acontecia aos filhos dos camponeses de Portugal.
Quarenta anos depois, em 1958, o Cristo das Trincheiras seria entregue a Portugal e levado para o Mosteiro da Batalha.
Muito impressionante! Pobres soldados vitimas da estupidez dos politicos! Uma vez mais…
A minha homenagem por esta via ao meu avô o então Alferes de Artilharia Manuel de Abreu Castelo Branco que muito jovem combateu em La Lys e felizmente voltou vivo e louvado pelo seu comportamento em combate!
Bem hajam todos os combatentes que no ultimo seculo se bateram por Portugal!
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A imagem do Cristo com as pernas decepadas cola-se a um povo triste, intoxicado pela futebolice anti desportiva, pelas drogas sintéticos, pelo álcool e acima de tudo pelas promessas avulsas de populistas encartados e atrizes de segunda. Estão mancomunados com capitalistas poderosos que gratificam estações televisivas. Assim se proporcionam injustificadas, constantes e nojentas aparições. Os objetivos são comuns: a destruição da sociedade pacífica, a alienação e a subsversão de valores perenes que unem as nações.
Pior ainda, surge entre a palhaçada quem, a propósito de tudo e de nada baralha as cartas, traz os responsáveis da bagunça ao colo, branqueia os escândalos com leveza, lê a história por alto. desatento, vende o corpo e a alma para se manter no lugar tornado indigno.
Ontem como hojequem morre é o povo, oiçam o general Tamagnini:
“De Portugal não ha maneira de mandarem reforços para refrescar esta pobre gente que pode chegar a um ponto em que não dê nada. Os inglezes rendem as divisões passados uns mezes; a nós, atiraram-nos para aqui, e nem se lembram que na Flandres ha portuguezes com a vida em perigo constantemente, ao passo que ha figurões, que cá deviam estar, e passeiam pelas ruas de Lisboa, desdenhando ainda de nós.”
Hoje procura-se abafarTancos, a tendência funesta do local assombra desde 1916.
“Cerca de 20000 homens estabeleceram-se no grande acampamento, que ficou conhecido como “cidade de Paulona”. O material para as tendas veio de Espanha, adquiriram-se 300 camiões aos EUA, 4000 cavalos à Argentina, a Grã-Bretanha forneceu armas, rações de combate e, mais tarde, o próprio transporte para França.
O clímax de todo este processo de instrução foi a grande Parada de Montalvo, em julho de 1916, que contou com a presença das mais altas individualidades portuguesas, nomeadamente o Presidente da República e membros do governo. Com pompa e circunstância, pretendia-se mostrar ao país e aos ingleses que a República Portuguesa tinha um exército preparado.
Ainda assim, as debilidades eram evidentes e os soldados só partiram para França depois de terem voltado a ser agricultores durante seis meses, no final de janeiro de 1917.
Em França, confirmar-se-ia que a instrução não havia sido a mais adequada e que o equipamento e fardamento que os soldados portugueses possuíam não era apropriado para uma guerra de trincheiras. A maioria dos soldados ia contrariada e os próprios oficiais viam o CEP como um degredo, pelo qual responsabilizavam políticos e militares intervencionistas”.
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Ainda falta contar a verdade sobre esta vergonha nacional, promovida pelo parlamentarismo.
Não merecemosuma imagem desta grandeza.
Cristo esqueceu-se de Portugal.
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Os Portugueses é que esqueceram Cristo e Portugal e por isso permitem serem burros de carga de uma elite que não vale um chavelho. Nenhum povo com amor próprio e orgulho de si permitiria este enxovalho de que é alvo há mais de um século.
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Tem toda a razão, André Miguel.
Cumprimentos
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Não esquecer que foi um triste governo de esquerda que teve a ideia de os mandar para lá. 50 anos depois a mesma esquerda andava de braço dado com soviéticos e cubanos pelas mãos dos terroristas para matar os nossos soldados no Ultramar.
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Obrigado pela partilha HM!
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Lá me desapareceu um comentário…
Só para dar os parabéns à Helena por tão bonita descrição, necessàriamente sucinta, sobre o heroismo dos nossos infelizes rapazes que, sem quererem nem pedirem, se viram obrigados a ir combater inglòriamente numa Guerra fratricida sem preparação física suficiente nem fardamento mìnimamente adequado, a mando da esquerda então no poder. Dezenas de milhares, dando o seu melhor, tràgicamente por lá ficaram. Que esses heróis sejam para sempre lembrados e homenageados.
A mesma esquerda, como bem lembrou o ilustre comentador R.A, que 56 anos depois, protagonizada pelos seus descendentes comunistas-socialistas, no poder em Lisboa, mandou assassinar mais de um milhão de portugueses inocentes que tudo quanto pediam aos seus algozes era que os deixassem continuar portugueses.
A esquerda, toda ela – apesar das diversas tendências pretensamente adoptadas para iludir os mais distraídos – só existe para mandar matar quem lhes faça frente. Temos bastos exemplos recentes e bem conhecidos em Portugal. Sem esquecer aqueles que, pelo mesmo motivo, o foram no passado.
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