Saltar para o conteúdo

As notícias falsas não nasceram nas redes sociais porque sempre existiram

12 Novembro, 2018

Hoje chamam-lhe “Fake News” porque dá estilo  falar americanizado. Dantes eram designados apenas por boatos, a arte de descredibilizar e atacar o adversário, mais antiga do mundo. Lembrou  Carlos Abreu Amorim no facebook, e muito bem, que “a melhor e mais proveitosa “fake news”  aconteceu em 1383, quando “O Mestre de Avis e amigos foram ao Paço matar o Conde de Andeiro e puseram os pajens e o cúmplice Álvaro Pais a gritar pelas ruas de Lisboa:
– “Todos ao Paço que matam o Mestre! Venham que matam o Mestre que é filho de El-Rei D. Pedro!” Ou seja, o futuro D. João I e os seus, foram matar um inimigo político e, à cautela, puseram o povo em armas em frente ao Paço, já quase a arrombar as portas, porque espalharam a “fake news” de que eram eles que estavam prestes a ser assassinados”.  Onde está a novidade que tanto agita hoje governo e comunicação social? Simples:  é que hoje as falsas notícias já não são controladas por eles.

A arte de manipular é antiga. Mas foi com a imprensa que ela se tornou mais eficaz. Se um boato lançado boca a boca já corre várias cidades, um boato escrito na imprensa, faz uma volta ao mundo. Por isso Gramsci, depois de ver fracassado o marxismo da luta de classes pelo proletariado, virou-se brilhantemente para a “revolução” através das letras tendo dito: “Não tomem os quartéis, tomem as escolas e universidades; não ataquem blindados, ataquem ideias”. E ainda: “Os jornais são aparelhos ideológicos cuja função é transformar uma verdade de classe num senso comum, assimilado pelas demais classes como verdade colectiva – isto é, exerce o papel cultural de propagador de ideologia. Ela embute uma ética, mas também a ética não é inocente: ela é uma ética de classe”. Foi o marxismo cultural que ideologicamente deu o mote para transformar nossa sociedade numa incubadora de falsas verdades para desconstruir valores, conceitos e culturas. Criar um pensamento único em que a verdade é somente aquela que eles defendem e mais nenhuma.

Com este princípio posto em acção, silenciosamente, durante décadas, as sociedades sem se darem conta, foram sendo doutrinadas por um batalhão de gente que controla os meios de difusão das letras sob o batuque dos políticos que assim que se apoderam do poder, tudo fazem para controlar a notícia e a História  a seu favor. Uns de forma subtil outros completamente à descarada como foi o caso em Portugal de Sócrates que queria comprar a TVI para a silenciar e manipular a  informação.

Por isso, muito antes das redes socais sequer serem sonhadas por “Zuckerbergs”, já se ensinava falsamente nas escolas e universidades, entre tantas outras coisas:  que o 25 Abril foi uma luta pela liberdade quando na realidade aconteceu – dito pelo próprio Otelo Saraiva de Carvalho – pelo cansaço pela guerra colonial e por razões corporativistas quando os militares de carreira se viram ultrapassados nas promoções por antigos milicianos; que Che Guevara foi um herói da democracia e liberdade quando na verdade foi um assassino em massa, racista e homofóbico que queria impor uma ditadura; que o socialismo não é marxismo quando este deriva dessa ideologia; que o fascismo é de direita quando este é uma ideologia revisionista do marxismo; que a ideologia de esquerda é quem se preocupa com os pobres quando na verdade é a que mais pobres e dependentes cria; que os países comunistas/socialistas não fracassaram apenas não aplicaram o verdadeiro socialismo.

A chegada das redes socais não veio piorar esta situação já existente. Na verdade veio trazer mais transparência e escrutínio às falsas notícias e à doutrinação. Porque ao retirar o poder de controlo aos média e políticos, estes deixaram de ter influência absoluta sobre o que se escreve. O pensamento passou a ser mais livre, mais exposto, aberto a todo o cidadão, ligado mundialmente,  que analisa por si, questiona, interroga e faz contraditório. Nas redes, uma mentira não atravessa décadas como no passado. Bastam dias para que uma falsa notícia seja desmascarada por milhões de pessoas nas redes, desacreditando o órgão ou pessoa que a lançou. E é aqui que reside o medo dos governos, dos partidos e da comunicação social que vive acoplada a eles. Porque hoje, são as redes o crivo e não os jornalistas. São elas que detectam a falsidade e arrasam quem as cria.  

O Governo fingindo-se AGORA preocupado com esta problemática, ironicamente criada  também por ele – são os maiores difusores de “fake news” na rede – diz querer  legislar. Mas na verdade quer limitar a liberdade de expressão. Quer ter de novo o poder absoluto sobre tudo o que é divulgado. Porque sabe que sem isso:  não pode dizer que o país está melhor que nunca sem ser desmentido com números reais na rede;  que o OE2019 é um bom orçamento sem ser acusado de embuste; que o rendimento das famílias aumentou sem ser desacreditado por cidadãos atentos que provam que com os aumentos escandalosos dos impostos indirectos, perderam mais que ganharam. O governo quer o monopólio das “fake news”. Quer mentir à vontade sem contraditório. Essa é que é  a verdade.

A melhor forma de nos defender das notícias encomendadas,  é ter a verdade sempre  do nosso lado.  Só assim não nos contradizemos, não nos engasgamos com argumentos esfarrapados. A rede pela sua imensidão, regula-se a ela própria, denunciando em poucas horas, a mentira. A verdadeira democracia é assim.

Legislar é só uma forma encapuzada de ditadura ao pensamento livre. Um “lápis azul” mais azul que no passado, sob a falsa pretensão de defesa por uma sociedade mais livre e democrática. Já conhecemos esse filme ainda em exibição perto de nós,  e chama-se Venezuela. 

 

 

 

 

36 comentários leave one →
  1. Manuel permalink
    12 Novembro, 2018 13:37

    Texto brilhante, A Cristina apresenta-se como das melhores ensaístas e pensadoras dos nossos tempos e na nossa terra. Este texto merece ser partilhado aos milhões e lido pelos nossos 10, 5 milhões de concidadãos. Relevo que além de escrever bem, estuda e divulga as bases do marxismo cultural, heresia que destrói as nossa civilizações.

    Liked by 1 person

  2. LTR permalink
    12 Novembro, 2018 13:48

    Também há as fake news por omissão: primeiro anuncia-se que uma deputada foi apanhada e que vai confessar que registou presenças de um colega. Depois, quando ela revela que afinal basta autenticar-se no computador para funcionar como registo, desaparecem todos entre um nevoeiro suspeito, não sem que depois alguns reaparecerem com o assunto repescado, ainda assente na história original da senhora que aparece em fotografia sentada na cadeira do colega (num parlamento com escandalizados pelos fotógrafos que tiravam fotos com monitores a partir da bancada). E quem não sabia e continua não querer saber porque isso incomoda os serviços da AR, ainda faz perguntas assassinas: por que não disse nada antes? É muito curiosa esta preocupação com as pessoas que podem ser enganadas por fake news, mas as notícias fazem-se sem nenhum tipo de levantamento. O que está e o que não está no manual do deputado (disponível em PDF) explicará tudo por omissão ou não, mas dá trabalho. Nós somos uma gente que vai longe com este método científico.

    Gostar

  3. LTR permalink
    12 Novembro, 2018 13:59

    Para quem não reparou, o líder da oposição, um tal de Rui Rio que fala alemão e leva à quase histeria em todos os órgãos de “comunicação social”, proferiu uma acusação gravíssima ao governo do país:

    “Eu pensei que hoje já não seria possível ter um documento na Assembleia da República em que vão aprovar um défice de 975 [milhões de euros] e vender ao país que não é 975, mas é 385 milhões de euros. Uma mentira… Neste Orçamento do Estado há uma coisa que a mim particularmente me choca e que eu acho que devia chocar o país, como particularmente a União Europeia. O Governo diz que este OE encerra um défice de 385 milhões de euros, corresponde a 0,2% do PIB. Isso é o que está no relatório do Orçamento do Estado que não é votado, é uma nota explicativa daquilo que é o Orçamento que está numa coisa que se chama uma proposta de lei com os quadros anexos”

    Não devia haver também uma lei para as “drained news”?

    Gostar

  4. Artista Português permalink
    12 Novembro, 2018 16:01

    Bravo Cristina! Aqui, Lenine e Goebels nada tinham a aprender….

    Gostar

  5. Luis Lavoura permalink
    12 Novembro, 2018 17:01

    Uma notícia falsa não é um boato. Uma notícia falsa é (como no caso referido de D. João I) uma notícia cuidadosamente elaborada e calibrada, e posta a circular de forma adequada, para causar uma emoção premeditada junto de quem a recebe. Um boato é um facto inventado ao calhas; uma notícia falsa é um facto inventado de forma cuidadosa e premeditada.

    Gostar

  6. Luis Lavoura permalink
    12 Novembro, 2018 17:03

    Um exemplo de notícia falsa no Portugal recente foi a de que Sócrates era homossexual. Não foi um boato que surgiu espontaneamente; foi uma invenção feita por um gestor de marketing brasileiro contratado por Santana Lopes com o fim específico de denegrir Sócrates.

    Gostar

    • Chopin permalink
      12 Novembro, 2018 18:10

      E vai apanhar 10 anos de cadeia devido a outras fake news.
      Isto é tudo uma cabala.

      Liked by 2 people

    • Rogerio Alves permalink
      12 Novembro, 2018 18:38

      … denegrir? então ser homossexual é mau, ó LL? e qual a relevância de ser brasileiro, também é mau ser brasileiro, ó LL? eheheh

      Liked by 1 person

      • 12 Novembro, 2018 19:39

        ehehehe Tanto orgulho para tão pouca vergonha

        “:OP

        Gostar

      • caampus permalink
        14 Novembro, 2018 19:51

        E até andam a incomodar o senhor engenheiro só porque levou o País de 10 milhões de pessoas à falência.

        Liked by 1 person

    • BandoDeCorruptos permalink
      12 Novembro, 2018 19:17

      Um exemplo é este comentário do avençado lavoura, porque o sócas, à semelhança do carlos 123, é um depravado com o qual vale muita coisa diferente (e até de ser passeada à trela antes de uma cadelinha linda repetidamente montada ele gosta). O avençado lavoura também lá deve ir às festas disso e da coca, muitos jornaleiros vão.

      Liked by 1 person

    • 12 Novembro, 2018 19:38

      Foi o Carlão que te assegurou que não era?

      Gostar

    • PiErre permalink
      12 Novembro, 2018 20:46

      Este Lavoura está cada vez mais parecido com o Arlindo da Kosta, Serão irmãos gémeos?

      Gostar

    • Francisco Miguel Colaço permalink
      14 Novembro, 2018 08:43

      Azar o seu, pois os boatos surgiram durante a campanha para a liderança do PS. Também se disse que o Ferro Rodrigues era pedófilo na altura, se se lembra.

      Pei-ésse contra pei-ésse. Spy vs spy.

      Gostar

  7. 12 Novembro, 2018 20:31

    Bem ditto.. “que o fascismo é de direita quando este é uma ideologia revisionista do marxismo” Por isso o kamarada lenine enviou…https://www.marxists.org/archive/lenin/works/1916/oct/15.htm

    Gostar

  8. Arlindo da Costa permalink
    12 Novembro, 2018 20:33

    É verdade que não nasceram nas redes sociais.
    Já antigamente havia os criminosos «boatos da reacção».
    E mais recentemente as notícias e promessas de Passos Coelho em 2010 e 2011, concorrem para o Guiness como as mentiras do Trampa da América.

    Gostar

  9. 12 Novembro, 2018 20:45

    E é assim que certas “cliques” arrastam as nações para a guerra…


    “Her sinking with the loss of almost 1,200 lives caused such outrage that it propelled the U.S. into the First World War.

    But now divers have revealed a dark secret about the cargo carried by the Lusitania on its final journey in May 1915.

    Munitions they found in the hold suggest that THE Germans HAD BEEN RIGHT ALL ALONG in claiming the ship was carrying war materials and was a legitimate military target.

    dailymail.co.uk/news/article-1098904/Secret-Lusitania-Arms-challenges-Allied-claims-solely-passenger-ship.html

    Gostar

  10. 12 Novembro, 2018 20:55

    Gostar

  11. BandoDeCorruptos permalink
    12 Novembro, 2018 22:41

    o público, o expresso, o dn, o jn, a rtp, a sic , a tvi, a tsf võ ser proíbidas?

    Liked by 1 person

  12. BandoDeCorruptos permalink
    13 Novembro, 2018 01:11

    AREM AS ROTATIVAS!!! NOTÍCIA DE ÚLTIMA HORA:

    Passando à porta da A.R ouvia-se alto, lá dentro: “PEDÓFILO”, “CORRUPTO”, “GATUNO”, “TRAIDOR”, “DITADOR”, “MAÇON”, “AVENÇADO DE INTERESSES OBSCUROS”,”LADRÃO”; “AGIOTA”, “PROXENETA”, “MAÇON DESTA LOJA”, “MAÇON DAQUELA LOJA”, “MAÇON DA LOJA DA VACA DA MÃE DE VOCÊS TODOS”, …

    Perguntei ao porteiro: Estão a discutir?

    Respodeu-me: Nãããõ! Estão a fazer a chamada.

    Esta notícia é uma mentira porque:

    a) Ninguém, que nos últimos 30 anos tenha tomado pelo menos dois banhos e lavado os dentes uma vez, se arrisca a passar à porta daquela casa da vida com medo de apanhar tinha, piolhos e chatos;

    Gostar

  13. BandoDeCorruptos permalink
    13 Novembro, 2018 01:20

    b) Ali é tudo gente tão culta, só falam em alemão e inglês, de qualidade a fazer lembrar o francês da múmia podre, que tinha um amigo Miterrand e comprava edições inteiras do livro sobre alguns dos seus actos de corrupção enquanto ocupava a presidência desta triste república das bananas, livro que os moços-de-recados, chamados jornalistas e marcelo rebelo de sousa, nunca leram apesar de estar facilmente acessível na net

    Gostar

  14. vccqa permalink
    13 Novembro, 2018 02:24

    Grande texto, Cristina. Mais um a juntar ao lote. É claro que não há coincidências, mas palavra que até parece. Estou desde há dias à espera (e na esperança) de que a Cristina resolvesse abordar a praga que se abateu sobre os portugueses com este regime/sistema e que se traduz nas brutas mentiras propaladas dia após dia pela classe política e eis senão quando hoje dou com este apropriado e tema trazido à apreciação dos seus leitores pela inteligente Cristina, que não deixa escapar nada que mereça ser acerbamente criticado vindo da parte da popliticagem que nos rege mal e porcamente.

    O Costa é um mentiroso compulsivo, sempre foi. Toda a esquerda comunista o é. Da boca da esquerda e, pasme-se!, até de uma certa direita com a esquerda co-ligada, só se ouvem mentiras pegadas. Costa vem mentindo desde o primeiro dia em que tomou posse como P.M. e mentiu constantemente enquanto foi o nº 2 de Sócrates.

    Costa finge, querendo fazer crer que nada tem a ver com Sócrates nem com os erros políticos deste, já no cargo presente e o mesmo aconteceu enquanto aquele esteve preso em Évora não o visitando – numa mise-en-scêne cìnicamente fabricada – senão uma vez já para o fim da detenção, a instâncias dos jornalistas (estes por sua vez todos vendidos ao sistema, tentando, sem resultado, dar uma de independentes) de toda a cínica extrema esquerda e de alguma falsa direita.

    Costa mente quando diz que o desemprego baixou, pelo contrário ele aumentou e muito; ele mente quando anuncia que a dívida externa diminuiu e as contas foram aprovadas pela UE, mas dias depois vieram os responsáveis europeus avisar o governo português que há que haver mais contenção com a despesa do Estado (demasiados aumentos na função pública) para reverter urgentemente o deficit que continua a ser excessivo.

    Costa mente quando afirma que a Saúde está bem e recomenda-se…, pois está, então não?, mas os médicos andam furiosos desde há anos com a maneira vil como o Ministério se esquiva de atender aos pedidos de verbas para poderem substituir com carácter d’urgência equipamentos cirúrgicos absoletos e outros em falta e muitos outros avariados desde há anos sem que sejam reparados por falta de verba, que é negada por quem de direito ou seja, pelo ministro da tutela que anda a reboque do poder instituído.

    A classe d’enfermagem está em pé de guerra por não lhes serem reconhecidos os anos de trabalho nem a progressão na carreira, pelo que muitos destes profissionais têm abandonado o País para irem ganhar bons ordenados, por exemplo em Inglaterra, onde lhes são reconhecidos mérito pessoal e dedicação aos doentes.

    Os polícias abandonam a profissão às centenas e o Costa finge que um tão grave problema para a segurança dos cidadãos simplesmente não existe…, na sua visão comunista desalmada, quantos mais crimes houver e maior insegurança existir, tanto melhor. Hoje ouvi nas notícias que foram quatrocentos. Queixam-se de não terem carros suficientes para o trabalho e dos que restam, muitos estão avariados estando parados por falta de verba para os levar à oficina.
    O mesmo acontece com a Justiça, há falta de profissionais em todas as áreas. Já a anterior procuradora tinha alertado para a falta de investigadores para se poder combater a corrupção económica e política e o crime organizado, cada vez mais sofisticado e violento.

    Costa diz que há milhares de portugueses que tiveram de emigrar (numa indirecta a Passos Coelho, para mostrar que ele é que sabe governar, pois em vez de aconselhar os portugueses a emigrarem, pede-lhes para regressarem…, pois é, mas depois de cá estarem não arranjam trabalho para as suas competências) e que já estão a regressar para irem preencher os muitos empregos que os esperam…, mais outra mentira pegada. Há mas é cada vez mais portugueses a abandonarem o País por não conseguirem arranjar trabalho ou, os que não partem por variadíssimos motivos, se conseguem emprego é só por seis meses e muito mal pagos. Conheço casos destes.

    Os empregos neste País, desde há décadas, são todos eventuais como convém e para gáudio da esquerda reinante (uma lei inventada pela espertalhona Mª de Jesus Barroso pouco tempo depois do malfadado golpe d’Abril, com o intuito oportunista de desalojar trabalhadores competentes, sérios e leais dos seus empregos de sempre, para os substituir pelos camaradas oposicionistas vindos da estranja, a maioria deles incompetentes e sem as habilitações necessárias nem capacidades mínimas para o desempenho dos ditos, levando a maioria das empresas, anteriormente lucrativas, à ruína total), empresas que nunca conservam os novos e jovens trabalhadores (e até os menos jovens) por mais de seis meses e há casos em que por apenas três meses. Este crime social e humano já dura há imensos anos e sem fim à vista. Quanto aos milhares de licenciados que terminam os seus cursos e que vão ficando no País por um motivo ou outro, só lhes resta irem trabalhar para as caixas dos super-mercados, sujeitando-se a um ordenado de miséria. Vergonha de País, vergonha de regime, vergonha de políticos.

    Liked by 1 person

  15. 13 Novembro, 2018 03:06

    Republicou isto em HISTÓRIA da POLÍTICA.

    Gostar

    • vccqa permalink
      13 Novembro, 2018 14:24

      Este comentário é meu, não percebo por que razão não apareceu o meu nome.
      Maria

      Gostar

  16. vccqa permalink
    13 Novembro, 2018 04:27

    mg, oportuna e valiosa reprodução da primeira página do New York Times, sobretudo no que diz respeito ao afundamento do Lusitania e das mentiras propaladas pelos jornalistas secundando os seus governantes imagine-se!, já e então para, valendo-se das mesmas e iludindo todo um povo, terem um pretexto suficientemente válido, dado o tremendo choque provocado na população, poderem entrar na Guerra sem mais. O pavor provocado pelo desatre e o medo de outrem incutido no povo, com mentiras gigantescas e ódio à mistura, foram suficientes para levar por diante a trágica mas oportunística decisão dos governantes daquela altura, com o beneplácito da população.

    Pelo que se constata as brutas mentiras fabricadas pela politicagem de ontem são iguaizinhas às hoje, tanto em 1915 como durante todo esse século até àquele em que nos encontramos. E os governantes de então, tal como os de agora, uma vez seguros de terem um povo crente e bom à sua completa mercê, sentiam-se donos e senhores da situação e com poder para provocarem as maiores tragédias sem sofrerem as consequências e depois, tal como Pilatos, delas lavarem as suas mãos. Foi assim em 1915 e continuou inexorável e dramàticamente por todo esse século até ao fim.

    Liked by 1 person

    • vccqa permalink
      13 Novembro, 2018 14:35

      Este comentário, tal como o que está mais acima e já sublinhei, é da minha autoria. Mais uma vez não apareceu o meu nome a encimá-lo.

      E leia-se: 1917 e não 1915

      Gostar

  17. carlos ferreira permalink
    13 Novembro, 2018 10:08

    Li a frase há muitos anos, não me recordo onde nem o nome do autor, que creio ter sido Napoleão, que disse mais ou menos isto: O que provoca a guerra, é a ambição, a sede de poder e o instinto violento, a justificação é a liberdade, igualdade e fraternidade.

    Liked by 1 person

  18. Leunam permalink
    13 Novembro, 2018 11:43

    Magistral escrito o da Cristina Miranda.
    E o comentário de vccqa também é excelente.

    Portugal se não abrir os olhos breve se aniquilará.

    Os Portugueses, não querem ter a maçada de se instruírem, de indagar o que se vê e o que se não vê e vão deixando andar até que, tarde demais, vão compreender que estão simplesmente “quilhados”.

    Liked by 1 person

    • vccqa permalink
      13 Novembro, 2018 15:18

      Leunam, o ‘vccqa’ sou eu! Não percebo que iniciais são estas que substituíram o meu verdadeiro nome e que encimou os meus dois últimos comentários.

      E parabéns pelos seus sempre excelentes comentários. Como também o é este de hoje cujo último parágrafo é de realçar, contendo implícito um conselho avisado para levar os portugueses a pensarem sèriamente no seu futuro e não a médio ou a longo, mas a muito curto prazo.
      Maria

      Gostar

      • vccqa permalink
        14 Novembro, 2018 01:59

        Leia-se “encimaram” e não ‘encimou’.

        Gostar

  19. LTR permalink
    13 Novembro, 2018 19:21

    Isto é uma notícia publicada hoje sobre o diz que disse:

    “O presidente do PSD, Rui Rio, afirmou na segunda-feira à noite, perante militantes de Viseu, que “não deixa cair os amigos”, questionado sobre a polémica em torno das falsas presenças do secretário-geral do partido no parlamento.”

    “De acordo com relatos da reunião feitos à Lusa – que durou cerca de quatro horas -, foi o próprio Rui Rio que levantou o assunto, notando que não lhe tinha sido colocada qualquer pergunta sobre a polémica que marcou a semana passada.”

    Gostava muito de ver e ouvir a frase completa, não vá dar-se o caso de o relato ter sido feito por algum consultor da ONU.

    Gostar

  20. Velho do Restelo permalink
    13 Novembro, 2018 23:03

    Força Cristina, sempre a malhar. Gostei de a ver na Reportagem Especial – SIC.
    Mais do que “blogger de direita” é uma blogger às direitas!
    Quanto ao tema de hoje, consta mesmo (fake news) que durante a web sumida foi lançado o repto para o desenvolvimento dum sistema de AI com o objectivo de filtrar fake news na web.
    Ainda não tenho nome para a startup, mas já tenho o lema :

    “Acabar com as falsas mentiras” (Espero que o Isaltino não tenha copyright). 
    

    O protótipo será testado na AR.
    Serão instalados eléctrodos nas cadeiras dos deputados, ligados a uma fonte de 1kV.
    Na tribuna do governo, cargas semelhantes às usadas nos caças para ejecção dos pilotos.
    Quando um deputado mentir, leva com 1000V no traseiro.
    Se um membro do governo (no debate quinzenal) faltar à verdade, é simplesmente ejectado pela clarabóia.
    O projecto inclui obras de adaptação :
    » abertura automática da clarabóia.
    » um polis para remover algumas casas junto à AR .
    (não é correcto atirar lixo para cima dos telhados dos vizinhos)

    Já estou a imaginar a cena … a AR parece uma panela de pipocas …

    Liked by 2 people

    • Cristina Miranda permalink
      14 Novembro, 2018 16:58

      Ah! Ah! Ah! Ah! Ah! Muito bom!

      Gostar

    • Francisco Miguel Colaço permalink
      14 Novembro, 2018 17:38

      Eu preferia acabar com as verdadeiras mentiras.

      É uma questão de lógica. 😉

      Gostar

Trackbacks

  1. As notícias falsas não nasceram nas redes sociais porque sempre existiram – PortugalGate

Indigne-se aqui.