Portanto o filho não tem espaço para acolher a mãe, logo a responsabilidade é do senhorio
Este artigo do PÚBLICO é uma peça notável de demagogia. Como sempre começa-se com um caso dramático:
“Há quase três anos, Nazaré perdeu a tia que era a titular do contrato de arrendamento. Como não é uma parente directa, e apesar de ter vivido com a tia quase 40 anos, o contrato cessou e Nazaré terá agora de deixar aquela casa, depois de dois anos de disputa judicial que deu razão à senhoria. A lei mudou, mas há franjas da população, sobretudo a mais idosa, que ainda continuam desprotegidas.” O QUE É SER DESPROTEGIDO? NÃO CONSEGUIR OBRIGAR O SENHORIO A RESPONSABILIZAR-SE PELO INQUILINO QUE NO CASO NEM O É PORQUE NUNCA TEVE UM CONTRATO EM SEU NOME
“Entre molduras com fotografias do filho, muitas estantes cheias de quinquilharia, Maria Nazaré Jorge, 82 anos, terá de encaixotar, nos próximos dias, 39 anos de vida num apartamento da rua Rodrigues Sampaio, junto ao Marquês de Pombal.” A SABER: NAZARÉ PAGA 202 EUROS POR UMA CASA NO CENTRO DE LISBOA. COMO EXPLICA O PÚBLICO: “São 202 euros da sua reforma que não chega aos 300. E de onde tem de sair dinheiro para pagar a conta da farmácia, da luz, da água, do gás.” VENDO BEM O SENHORIO DEVIA RECEBER MENOS.
“O filho, Carlos, que estaria disponível para receber a mãe, não fosse o apartamento pequeno que tem em Algés e que não tem condições para a acolher os dois.” CLARO, O FILHO PODIA LÁ RECEBER A MÃE EM CASA! O SENHORIO É QUE TEM A RESPONSABILIDADE DE ASSEGURAR UMA CASA À DONA NAZARÉ.
Maria Manuel Rola, deputada do Bloco de Esquerda, diz que lhe têm comunicado vários casos como o de Nazaré, que não estão protegidos pela lei. “Existem duas situações principais: ou porque não vivem no mesmo local há mais de 15 anos, ou porque o titular do contrato era um familiar próximo mas não directo”, nota a bloquista, explicando que a transmissão dos contratos de arrendamento em caso de morte abrange apenas familiares directos. ESTÁ PARA NASCER O ASSUNTO EM QUE OS JORNALISTAS DO PÚBLICO NÃO TENHAM UM DEPUTADO DO BE COM UMA PROPOSTA MARAVILHOSAMENTE HUMANA E SOLIDÁRIA. A PROPOSTA DESTA SENHORA MANUELA ROLA É UM EXEMPLO DESSA BONDADE CATASTRÓFICA: QIER UMA CASA COM RENDA BAIXA? VÁ VIVER COM UM CIDADÃO IDOSO.
Estas questões têm também implicação com os cuidadores informais, alerta Maria Manuel Rola, uma vez que se encontram também desprotegidos em situações em que não são os arrendatários e poderão não ter relação de parentesco directo com a pessoa que estão a cuidar.Maria Manuel Rola espera que quando for criado o “estatuto do cuidador informal” — que está a ser trabalhado no Parlamento — se preveja essa questão da habitação. “Acaba por ser algo injusto. As pessoas acabam também por ser arrendatárias”, diz a bloquista. PORTANTO O ESTATUTO DO CUIDADOR INFORMAL IMPLICA RESPONSABILIDADES PARA OS SENHORIOS? PODIA LÁ CRIAR-SE ALGO QUE NÃO IMPLICASSE MAIS UM DEVER PARA OS SENHORIOS?!!
TUDO ISTO JÁ ACONTECEU NO PASSADO MAS PELOS VISTOS NÃO SE APRENDEU NADA
Se o Robles ainda não vendeu a casa que o fez célebre, o BE tem uma oportunidade de mostrar o peso da sua solidariedade.
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A Helena Matos tem toda a razão com este post.
Mas então certamente que não está de acordo com a lei do arrendamento que foi feita durante o anterior governo, que previa (e prevê) que pessoas com mais de 65 anos de idade possam continuar como inquilinas até à morte.
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Apetece-me aconselhar os meus amigos a não comprarem o Público. Eu estou viciado e, hoje mesmo, gastei 1,30 euros e ainda nem li essa coisa dos contratos de arrendamento. E se calhar não vou ler: quedo-me pelos títulos e tento fazer as palavras cruzadas… E vou ver se me curo deste vício…
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A sobrinha podia ter casado com a tia. Agora estaria protegida.
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Sim – ainda por cima, se a sobrinha tem 82 anos que idade teria a tia? 110? 115? Era um bom partido!
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Há sobrinhos mais velhos que os tios só para que saiba.
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A brincar que o diga, Victor, acredite que vão surgir situações dessas. Basta lembrar os muitos casamentos que não são feitos para que se não percam as pensões de sobrevivência, sem esquecer os casamentos das cuidadoras com os seus clientes, quase sempre para concorrerem em posição privilegiada à herança e, também, ao direito à habitação, no caso das casas arrendadas. Em teoria temos que admitir que, com jeitinho e em Portugal, existem contratos de arrendamento que podem durar eternamente: o tio, quando for velho, casa com a sobrinha; a sobrinha, quando for entradota, casa com a amiga; a amiga, quando enviuvar, casa com o rapaz do fundo da rua; e por aí adiante. Uma maravilha.
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Deixe-me adivinhar dona Helena.É pra dar lugar a mais um alojamento local, não é ? Isto quando se fala das rendas e do alojamento local, há sempre por aqui uns certos autores, um bater de peito mais fervoroso do que é normal.
Eita que os senhorios são uns desgraçados que não os deixam em paz, deve ser por isso que o negócio continua a prevalecer e de vento em popa
Mas permita-me a questão “demagógica” dona Helena. E se a senhora idosa que já lá vive há 39 anos, não tivesse nenhum familiar para a acolher ? Pai nosso e ave maria, negócios à parte, pontapé no cú, o Estado que tome conta dela ? Só pra saber, que eu ouço por aqui muito por estas bandas cristãs o quanto se valoriza muito a “vida humana” sobretudo a dos idosos.
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Qual é a sua solução?
A senhoria continuar a ter um apartamento alugado por 202€ por mês no centro de Lisboa?
Que culpa tem a senhoria da senhora ter reforma baixa, ou não ter para onde ir? Tem que ser a senhoria a sustentá-la?
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Depende. Se o senhorio for extremista do bloco de esquerda pode despejá-la e depois fazer o que quiser para rentabilizar o seu património (vender com mais valias, alugar a preço de mercado, alojamento temp.etc.); se não, nesse caso sim deve sustentá-la pois é um porco capitalista.
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Eu não sei, mas se reparou o zé também não respondeu à questão moral pois não ? Apenas sacudiu a água do capote e se limitou a dizer que a senhoria não tem culpa nem responsabilidade da sua decisão, na futura condição da senhora idosa. Estamos a falar de uma senhora idosa com 39 anos de vida naquela casa, não de um jovem adulto que lá mora à 2 ou 3. Há aqui uma questão moral, e apercebo-me que quando-se trata de negócios, sobretudo dos seus potenciais, os supostos cristãos que batem aqui no peito pelo valor da vida dos idosos, na verdade não o fazem mais do que por mera guerrinha da politiquice partidária. Não há no comentário da dona Helena qualquer palavra de compaixão e de preocupação pela senhora idosa em causa . Independentemente do artigo do público ser ou não demagógico.
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Nada como uma palavrinha de solidariedade para sossego das almas e incremento da consciência social.
Mais tarde, quando o Estado empregar mais gente e lhes dê uma vida muita digna e justa então voltaremos a falar na Nazaré…entretanto a senhoria…quer dizer, sempre é a casa a que ela está habituada…não é?
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Eu ainda estava à espera de saber a resposta à questão moral da vossas excelências que dizem ser “cristãs” e que tanto batem no peito pela defesa da vida dos idosos, mas que saem-se sempre com tangenciais que nunca tocam propositadamente na questão . O que fazer a uma idosa que não tem dinheiro para viver numa casa e para se sustentar e que está a ser metida na rua por meras questões legais ? A vossa resposta parece ser, ela que se f..da e se desenrasque. Em que depois se queixam dos hospitais estarem cheios de idosos abandonados e sem terem para onde ir, e da necessidade de cortar nas prestações sociais da segurança social porque estão fartos de pagar tantos impostos. Ou seja não passam de fariseus.
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Essa coirona não quererá levar a Nazaré p’ra casa?
Tão solidária que ela é…
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A Rola que a leve para o pombal (dela).
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Claro que os filhos do senhorio, as tias do senhorio, as avós, as primas e o próprio senhorio bem que podem passar por misérias ainda maiores que a escardalhada está-se cagando.
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Pôr um idoso na rua sem recursos para acolher outro, não deixa de ser um acto imoral.
Além do mais duvido muito que alguém que tenha uma habitação no centro de Lisboa arrendada tenha problemas de miséria .
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Quanto às questões morais temos a câncio para dar opinião e o abafador de casas a velhinhos a preço de banha de porco para vender uns meses depois ao preço do caviar.
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Por outro lado o BE vai trazer a eutanásia e … pronto! Está resolvido!
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Entretanto por aqui depois de terem mandando a idosa pro car…lho e que se desenrasque-se, vão estar a rasgar camisolas e a chorar lagrimas de crocodilo em nome defesa da vida dos idosos. Vocês não passam também de hipocritas, só para que saibam que o vicio não é qualidade de um certo tribalismo politico.
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Este pessoal da direita liberal é contra que uma pessoa possa optar de livre vontade pela eutanásia.
Mas se não quiser morrer, já é a favor que a matem de fome, frio, exposição, falta de assistência médica.
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Isto só prova que o mercado não tem capacidade para resolver o problema de habitação, qualquer dia só os ricos vivem em casas.
É necessário o estado intervir com construção social.
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Há anos que o Público me parece uma espécie de Avante geringonceira dada a tendência descarada em demagogia esquerdoide. Por mim podem usar o jornal para outros fins…..
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