1+1=??

Porque já estamos de tanga e não quer repetir o problema de sócrates, que foi não conseguir protelar o estouro para depois de eleito. Se “não há dinheiro para professores nem daqui a dez anos”, também não há para os militares. Aliás, o ministro da defesa já disse que quem vai decidir é o PR, que por mero acaso desapareceu até dos telefones. Desapareceu ele e desapareceu a estabilidade querida e requerida, que o PM deitou por terra sem olhar às implicações da gravidade do que fez nem produzir um átomo sequer da mesma reação de alguma forma construtiva e ressalvando o interesse nacional. A lógica do eu sobrepõe-se a tudo. Já o conhecemos.

Chegámos ao ridículo: isto começa com as bancadas do PS+BE+PCP a aprovar em plenário a sugestão de devolução integral e incondicional (facto ainda hoje ostensivamente omitido da muitas das notícias e análises), e vai acabar com estes todos a votar contra e a acusar quem se absteve de ter mudado de opinião.

E o que faz o estadista e PM António Costa? Faz isto: põe os peões do partido de que é secretário-geral e chefe autoritário (bancada essa que sustenta o governo) a votar a favor dos professores, faz por desconhecer a votação e deixa passar a ideia do partido, e depois faz ao contrário no governo e no orçamento, como se ele e a bancada do PS não tivessem nenhum tipo de ligação. O sistema de informação faz o trabalho de reproduzir parte desta verdade em 24 noticiários por dia como se faz na américa do sul.

Em Portugal, hoje, o PS não voltou atrás.

Mas não há volta a dar à substância fundamental: a declaração dos dez anos é a declaração da tanga de Durão Barroso noutra forma: a contabilização do maior grupo de espingardas para efeitos eleitorais dita a direcção dos tiros, ainda que os deputados do PS tenham de passer por bonecos, o que só não acontece de modo evidente porque como todos já repararam, os deputados do PS desapareceram completamente do mapa. Nem existem! É deixá-lo enterrar-se noutra legislatura porque já estamos no mesmo. Daqui para a frente vai ser tudo cosmética e carreira de Costa, que por acaso acho que é o melhor para Portugal porque porque acredito que os buracos negros são muito piores do que se pensa.

Mas o grande caso de desparecimento não é o de Marcelo. É o de Centeno, que anda a fazer de conta que vai ficar. E por que vai Centeno desaparecer?

Mas antes é preciso distrair o país e adiar a votação e o ridículo o mais possível para perto das europeias. Quanto ao PSD e CDS, aprendam a lidar com gente desta, que também a lá têm dentro e não é pouca.

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O afectuoso e beijoqueiro não vai falar sobre, hoje nem amanhã e possivelmente nos próximos dias assim se manterá.
Está em Inglaterra esperando autorização para entrar no palácio e ser o primeiro chefe de estado (o ego é enorme) a ver o baby real. Depois mostrará fotos com o príncipe ao colo e então falará, não sobre o caso dos professores (“este momento é maravilhoso, histórico, não vou estragá-lo, deixei os parabéns de todos, mesmo todos os portugueses”), mas comentará o aspecto do garoto, quantos quilos pesa, se espirrou, abriu ou não os olhos, se sorriu, etc.
E no próximo encontro das quintas-feiras com o afilhado, relatará tudo, tudinho, sobre o baby. Assim começará e terminará a reunião semanal sobre assuntos do Estado tuga.

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