Lisboa vs Porto
Ontem saiu no Observador um artigo que, admito, não percebi.
Para além do estilo de carta aberta que não aprecio, a meu ver trata-se de um texto proclamatório em que não se descortina o argumento subjacente, nem sequer a quem se dirige a prosa.
A falha pode ser minha, mas tirando declarações de amor à cidade, considerações retóricas diversas e memórias de um glorioso passado, mais próximo ou longínquo, apenas encontrei uma ideia concreta que é a de reivindicar “que Lisboa nos tem de dar o que é nosso”.
O articulista começa o seu escrito na primeira pessoa do singular, mas acaba fazendo revindicações e manifestando desejos na primeira pessoa do plural, quase transformando-se repentinamente em porta-voz de algum colectivo.
É verdade que o autor atribui a culpa do que descreve ser a falta de vigor e ambição da cidade às suas próprias gentes, mas correndo o risco de ser minha má interpretação, parece-me que Luís Reis cai nos mesmos erros do que supostamente critica.
Ou seja:
1) entende que cabe à Câmara Municipal o papel principal de fomentar o dinamismo da cidade;
2) sente que a Cidade tem sido injustiçada por Lisboa;
3) defende que o Porto tem direito a ter a sua própria Corte.
Ora, esta não é para mim a ideia de uma cidade Liberal.
Não é Lisboa que esvazia o Porto, é o Estado (central ou local) que impede a livre iniciativa e atrofia a criatividade dos indivíduos.
No Porto ou em qualquer lugar.
Apesar do Porto ser uma cidade sem igual, não se tem notado nas suas gentes até agora, capacidade para enfrentar o poder central. O Porto está minado pelas mesmas maleitas do resto do país. Tem um jornal medíocre, totalmente enfeudado ao poder, o JN, padece de um desvio da energia e do pensamento em direcção ao futebol, uma sementeira de políticos
corruptos até ao pescoço que nem sequer nasceram no Porto e uma oposição anémica.
A história mostra que as gentes do Porto são capazes, a dado momento, de pensar e agir.
Existem porém forças poderosas desde Bruxelas que obstam à resistência:
A censura encapotada
A nomeação de apparatchiks para lugares estratégicos.
O cansaço que se vai abatendo sobre quem trabalha
Os programas de gramscianos de deseducação.
Os recursos espoliados para os cofres de Lisboa
O centralismo que atrai as empresas para junto do poder.
Sou de Lisboa e entendo Luís Reis.
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E o deputado Liberal foi eleito por Lisboa não pelo Porto…
O que diz muito do estado da cidade que era supostamente a dos “self made man”.
mas que no entanto tinha a “portista” Elisa Ferreira a dizer “o dinheiro é do Estado é do PS”
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Essa Elisa Ferreira tem que escolher. Das duas uma, ou é economista ou é socialista. Ambas as coisas é impossível.
Como essa afirmação deve ser verdadeira, e a estúpida quis trabalhar com o asno Guterres e ela quer ser socialista, só pode ser uma autêntica burra. As coisas são assim simples.
Agora sucede, que outra banana, um zero à esquerda, a parva e puta alemã, a Ursula von der Leyen, uma das piores pessoas e mais corruptas para o cargo de gerir a UE, quer dar, vejam lá, à tal burra Elisa Ferreira uma pasta no futuro “governo” europeio.
Mas o jogo não vai funcionar.
Não existe um único socialista competente na área de economia. Eu sei do que falo.
E ao contrário do que essa burra Elisa disse, o dinheiro não pertence a esses vigaristas e macacos do partido socialista, um dos mais podres em Portugal.
Não Elisa. Não! Você é incompetente e mentirosa!
E Elisa? Sai o mais rápido possível da tua igreja maçónica. Só chegaste onde estás, devido aos teus falsos amigos, que são tão corruptos e incompetentes como tu, desgraçada. Nunca na vida estás onde estás, pelo que sabes, idiota perfeita.
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Liberal não é. O Porto (nós) somos Conservadores muito pouco liberais. Ou se toma isto a sério ou nada muda.
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“Uma coisa” é a Área Metropolitana do Porto. “Outra coisa”, só a cidade do Porto. Ainda outra, se todo o Norte se revê no Porto-cidade como sua capital. Se explicitarem aqui qual delas, ou as três, estão em causa no artigo de opinião, dou o meu bitaite.
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Amanhã coloco o bitaite.
Entretanto peço aos eventuais secessionistas para não registarem a patente das Tripas a Moda do Porto, proibindo a sua confecção no “resto” do mundo.
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Discordo! Completamente! As Tripas só deviam ser feitas por Tripeiros onde quer que se encontrassem. Querem Tripas, contractam um Tripeiro!!! Sempre fui a favor dos Grémios.
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Procure pelas imagens da Torre Miramar (aka Torre Pagode) e diga-me lá se acha que há cidade mais liberal do que o Porto para destronar Viana do Castelo.
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Lisboa, Porto, o Centro, o Litoral, o Interior. Diferenças abismais.
Isto é tão triste.
Todos pagam impostos, mas existe uma seita, que come tudo, sem vergonha na cara, sem qualquer pudor.
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Os Infiltrados da “cozinha” …
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Eu como alentejano estou para Lisboa e Porto como o Ferro Rodrigues para o segredo de justiça. Desde o sec XIV que somos expoliados a favor da corte.
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Mas vocês … eram os geradores dos membros da Corte … Não da Familia Real, mas da Corte …
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Hein??? Lá porque éramos o quintal da corte não significa que fizessemos parte da mesma.
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André Miguel a Alta Nobreza a partir do século XV era maioritariamente Alentejana. Depois houve um grande peso de Évora, quer Eclesiástico, quer pela Universidade que se igualou a Braga (eclesiástico), Cultural (Porto, Coimbra e Lx), fazendo do Alentejo, e até também pela sua produção Agricola, o peso pesado de Portugal e doa Algarves. Por isso sim: eram a Herdade da Corte e tinham a Corte nas Herdades.
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Jorge, então porque foi a agricultura do alentejo sempre espezinhada pela corte? Só há um par de décadas foi permitido produzir vinho em maior escala, p. ex, acabando com o protecionismo do Douro. Desde D. Fernando que assim foi, Marquês de Pombal agravou a coisa e Salazar manteve a farsa. Tinha de ser o celeiro de Portugal diziam… o Alentejo era o quintal da corte e assim continua.
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Claro André Miguel, tinham a Corte nas Herdades e agiam de acordo com os interesses deles (Alentejanos Nobres) na Corte e não como Alentejanos. Mutatis mutantis viu algum progresso muito especial na Beira Alta com Ramalho Eanes, Socrates? Em Vila Real com Passos Coelho? Em Boliqueime com Cavaco? Viu sempre progresso na Corte: em LX, fosse com Balsemão, Marocas, Guterres, Cherne ou Costa … et voilà!
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Voltamos ao mesmo, são sempre os interesses de Lisboa em prejuízo do resto do país.
O meu ponto é que o Alentejo até pelo Porto foi prejudicado, durante séculos o Douro foi protegido e bastaram três décadas (após a adesão à UE) para os vinhos alentejanos ganharem 50% da quota de mercado nacional. 50% em três décadas! Imaginemos que há três séculos não havia proteccionismo… Por isso quando o pessoal do Porto vem com a conversa de Lisboa: bardamerda para todos.
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“Imaginemos que há três séculos não havia proteccionismo…”
A lenga lenga do ressentimento anacronismo histórico progressista…
Para além do mau uso do conceito protecionismo
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Afinal o Telmo até percebeu muito bem a tal carta, mas por ciúme ou porque pretendia melhorá-la, resolveu dar-lhe aqui uns retoques !
Pela minha (que sou do centro Aveiro – Coimbra), só encontrei dois lapsos na tal carta :
Um “nos” a mais e um “s” a menos.
Proponho a criação da 3ª região autónoma :
O Porto, o maior até no futebol ! Viva o FCP carago 🙂
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“Pela minha parte ( …”
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Bibó Porto!!! FCP, FCP, FCP!!! e dito isto eu nasci em Aveiro, 50% de Aveiro, 50% do Porto, mas vivi sempre no Porto. Logo, acho que o Nuorte debia ser do Mundegu pra cima! Capital Administrativa no Porto, Cientifica em Braga e Porto, Turística em Aveiro, Actividades Rurais Vila Real e Turistica e de Ligação com a Terra em Miranda do Douro, Viseu e Guarda, cidades de fronteira deviam ser dedicadas às artes da Guerra, do Alpinismo, da Neve …. e claro do queijo da serra. Amo Portugal e as suas colónias no Alentejo e Algarve
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Enton ó Jorge Ramos, e Coimbra ? Se é do Mundego pra cima também conta ! Ou será que o Sérgio Gonçalves tem razon e já estás a ficar com as mesmas manias dos alfacinhas ? Ai que vou ter que me chatear com o murcon !!
Proponho pra Coimbra a capital da cultura, é coisa que lá não falta é cultura e gajas bonitas … ai que saudades que eu tenho de Coimbra …
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Peço desculpa Velho, quando pensei na Cientifica era Porto, Coimbra (academia) e Braga (inovação) e devia ter dito Aveiro (telecom’s) e Vila Real (rural). Mas na pressa falharam três, sorry! Afinal o Norte é todo Cientifico e Produtivo, porque é que pagamos seja o que for a Lx?
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Independência para o Alentejo já!!!
Capital politica em Évora, cultural em Portalegre e económica em Sines. Ficamos com o segundo maior porto, o monopólio da refinação de combustíveis (se calhar até há petróleo na costa), a mais importante fronteira com Espanha, cada camião com comida de nuestros hermanos para Lisboa tinha de pagar direitos de passagem. E até já temos aeroporto em Beja!
Se a balança comercial já é positiva ia crescer a níveis astronómicos que até dava para um fundo soberano!
Eheheheh!!!
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Tudo bom Jorge, não é caso para perderes o sotaque carago !
Temos de ir tomar um cimbalino um destes dias e acertar esses detalhes 🙂
Jorge, o que dizes de trocarmos embaixadores aí com o alentejano André Miguel ?
Eles são meio – mouros, mas são boa gente 🙂
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Excelente André Miguel! Eu e o Velho vamos tomar o poder aqui por cima, ou se estiveres de acordo ficamos com tudo até ao Tejo e tu ficas com o Algarve também. Lx fica uma ilha há qual lixaremos a vida o mais possível sugando-os até ao tutano como eles nos fizeram durante séculos. Nada chegará lá sem imposto para Portugal Norte e Centro ou Portugal Sul. Entretanto proponho já a produção de uma armada conjunta com base em Sines, Aveiro e Viana (Leixões fica para o nosso comércio com o Commun Wealth) para efectivar um eficaz bloqueio naval a Lx. Que tal? Cimbalino onde Velho? O Puortu é uma naçon carago, é enorme, esolhe porra!
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Tendo em conta a dignidade do acto, só vejo duas opções :
Majestic ou Piolho e paga o mais velho certo ?
Mas certamente conheces melhor a Invicta, e a tua opinião é soberana 🙂
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Vamos embora! Trocamos embaixadores e fazemos já um acordo de livre comércio, os alfacinhas que se desenrasquem. Por mim podem marcar a primeira cimeira para inicio das negociações no Porto, que é uma cidade porreira. O cimbalino fica por vossa conta.
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Essa estorieta de Lisboa/Porto vai sendo sempre usada para desculpar o que de mal se vai fazendo pelo Porto. Sempre que o Porto tem algum tipo de visibilidade /autoridade acaba sempre por falar pelo Norte todo como se este lhe pertencesse, ou seja, o Porto é, à sua escala, uma Lisboa.
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Ainda não é, mas gostava de ser. E de momento, é a única cidade com capacidade de fazer frente ao centralismo de Lisboa. Já era tempo de “diluir” alguma da energia concentrada na capital, ou mesmo fazer uma capital em timesharing!
Claro que os lisboetas e arredores vão estrebuchar, por isso a alternativa é a 3ª região autónoma!
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Sempre que se poe a questão a necessidade de uma Revolução boa, o Norte fica sempre presente: 1822, 1854, 1926, 28/9/1974 e 25/11/1975 … querem que explique mais explicadinho?
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O Porto está longe de ser “uma cidade Liberal”. Basta ver que a Iniciativa Liberal teve no concelho do Porto 1,6% dos votos, enquanto que no concelho de Lisboa teve 4,2%. Noutros concelhos (Oeiras, Cascais) também teve maior percentagem que no do Porto.
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Precisamente , e o Líder da Iniciativa Liberal concorreu pelo Porto.
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Santos da terra não fazem milagres …
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Não é por o líder de um partido concorrer por um círculo que passa a haver mais adeptos desse partido nesse círculo.
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Depende, com Sá Carneiro foi!
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Isto merecia um post mas como não mando nisto, aproveito esta deixa.
https://observador.pt/2019/11/19/atenas-acusa-ue-de-ver-grecia-como-parque-de-estacionamento-de-migrantes/
Adivinhem os adjetivos que vão colar ao PM grego…
Já agora, e com referência à conversa das “independências” do Norte e Sul, em que porto vão desembarcar os “refugiados”?
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“Já agora, e com referência à conversa das “independências” do Norte e Sul, em que porto vão desembarcar os “refugiados”?”
Refugiados lisboetas podem ir para as berlengas.
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Era o que faltava! Sujar as Berlengas!!! … ou era para dar de comer às Gaivotas?
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No caso grego aquilo é mais “depósito” do parque de estacionamento, mas eles lá sabem !
Quanto ao nosso rectângulo, ainda não falei sobre isso com o Jorge Ramos, mas tudo indica que nem se vai colocar essa questão ! Eles vêm de Sul, se o Miguel não os receber Lisboa vai certamente descarregá-los como tradicionalmente no cais do tabaco ! Não era lá que os escravos eram descarregados ?
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Com a nossa Armada do Norte e Centro podíamos ajudar o Miguel a proteger o Algarve e íamos pô-los na costa da Mauritânia. Claro que os nossos concidadãos passariam por decreto do Miguel a ter 15% de desconto em todas as unidades hoteleiras do Algarve. No fim disto podíamos fazer a Federação Portugal entre os 3, desde que o Miguel garanta ter mão férrea sobre um eventual independentismo Algarvio.
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