em condições normais
O ciclo político que o PSD provavelmente hoje iniciou com a vitória de Rui Rio, ainda que lhe falte ganhar a segunda volta e dos 9.000 abstencionistas (25% do colégio eleitoral) possa vir uma surpresa, será de dois anos, até às próximas autárquicas. Findo esse período de tempo, se Rio não constituir uma alternativa credível para substituir o governo das esquerdas, o que será pouco provável a avaliar pelo seu estilo ensimesmado de fazer política, dificilmente ganhará as autárquicas e dificilmente aguentará o partido até às legislativas. No entretanto, Montenegro deixará de ser alternativa e Pinto Luz – com franqueza – não tem perfil para o cargo. Aliás, nem Luz, nem Montenegro, nem Rio, que esta noite reuniram salas sorumbáticas, meias-vazias, sem entusiasmo em qualquer vestígio de futuro para o país a quem supostamente se deveriam dirigir e não dirigiram. Donde, do que se precisa não é de alguém que seja capaz de ser eleito líder do PSD ou do CDS, mas que consiga agregar os eleitores não-socialistas num projecto nacional alternativo ao de António Costa, do Bloco e do PCP. Em condições normais esse homem chamar-se-ia Pedro Passos Coelho.
Pois um “não-socialista” que criou novos impostos e aumentou os existentes. Além de ter aumentado o poder e intrusão do Estado
No suposto clube não socialista factos não interessam.
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Ele foi obrigado a isso porque se estava em bancarrota.
Utopias ancap são outra tara igual à comunista. Isso de purismos fora do pragmatismo só servem aluados.
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Não foi nada obrigado a nada.
O imposto para os “artistas” foi o quê? A quantidade comissões, fundações, institutos, autoridades, entidades, empresas do Estado? RTP’s RDP’s etc foi reduzida em quanto?
A prova que o Passos foi na prática mais um socialista é como ficou tudo na mesma no funcionamento e lógica do Estado.
ADSE para todos? não claro que não os privilégios são só para os funcionários do regime.
Os partidos passaram a pagar IMI?
Não.
Passos foi apenas um administrador para controlar o monstro. Em situação alguma Passos foi contra a natureza da besta.
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Mas o PSD não é «social-democrata»? ou é um partido de gente mentirosa que até utilizam um nome para um partido que na Europa e em todo o Mundo é de posicionamento de esquerda?
Mudem o nome do partido e aí serão coerentes.
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Lindinho, Vai lamber sabão que te alivia o stress. Quando a esquerdalha ouve o nome do Passos Coêlho as v. pernas tremem muito mais que as dos banqueiros alemães… Porque será?
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meias-vazias?! credo!
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Meus amigos, não importa quem seja o lider do partido, nenhuma reforma será feita, vai haver uma nova bancarrota e caminhamos alegremente para uma nova ditadura ou para uma albanização permanente.
O futuro é belo e recomenda-se.
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Passos Coelho para além de ter mais que fazer não deve estar disposto a apagar mais fogos depois de ter o país contra ele a reboque do descaramento de um PS que lhe deixou a ruina que corajosamente enfrentou, atribuindo-lhe sem decoro a culpa pela situação que criaram e em que uma maioria desclassificada embarcou.
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O PSD é um partido do regime nascido da III República e para lhe servir, e o Pedro Passos Coelho o melhor exemplo disso mesmo. Demonstra que mesmo na margem do pensamento politico deste partido se encontram o aumento do poder central do estado, a carga fiscal e o efectivo controle da economia. É também um partido que se sente visivelmente desconfortável no seu papel de centro-direita e que cai facilmente na pressão do discurso progressista. É aliás Pedro Passos Coelho que em 2016 diz, antes ainda de Pacheco Pereira e Rui Rio o terem feito, que o PSD não é um partido de direita.
Por estas razões, uu não perco o sono a pensar quem vai governar o Partido Socialista Dois.
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… esta noite, depois do Costa se ter apercebido que o PSD está morto e só pode ser ressuscitado pelo Passos Coelho, percebi tudo tudo sobre o reforço das verbas para o SNS.
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O SNS precisava de quem revertesse as 35 horas.
Isso sim. Mas quem dá depois já não pode tirar. E deram por absoluta inconsciência e mero interesse para voto.
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A propósito Rui A, estamos todos ansiosamente à espera do seu próximo post com o Boris com um nariz de palhaço. Eu sei que o Rui A. é dado a palhaçadas destas.
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Tenha calma que lá chegará o dia em que será corrido. Chega para todos, pelo menos em democracia. Ademais, sempre disse e escrevi que muito provavelmente o homem ganharia as eleições dos comuns, tendo em vista a abécula que chefia os trabalhistas, o que, até aí, nada de novo. Mas o que estava em causa foi o golpe rasteiro que deu em regras ancestrais da Constituição britânica, o que foi um precedente grave, para tentar cumprir o seu capricho da saída do RU a 31 de Outubro, garantindo que jamais pediria um adiamento desse prazo. Ora, como foi exactamente isso que ele fez, contra o que garantia que iria fazer, pode manter-lhe o nariz de palhaço. A ele e a todos quantos se convenceram mesmo que o homem estava a falar a sério.
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Em condições normais esse homem chamar-se-ia Miguel Morgado. E provavelmente fez muito bem em concorrer desta vez.
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em “não” concorrer, queria eu dizer.
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Os cenários mudaram em toda a parte. Não é apenas cá.
O mais provável será o Chega absorver grande parte do que foi o PSD.
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O problema é que o PSD tornou-se um PS.
Não tivemos conservadores e depois lançou-se a mania que Direita tinha de ser Liberal.
Viu-se o resultado e vai ser pior, porque a política está a voltar a ser política e não mera teoria económica.
A Esquerda percebeu isso primeiro e vá de criar frentes gramscianas.
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O PSD já esteve muito pior do que está agora. Lembre-se dos tempos que se seguiram à morte de Sá Carneiro, com o Balsemão, o Mota Pinto e o Bloco Central. Foram cinco longos anos até lá chegar o Cavaco, e depois foi o que se viu. Nessa altura também havia a sombra do Eanes e de um futuro partido eanista, cheio de dissidentes do PSD, que, aliás, aconteceu, mas que também foi à vida assim se recompuseram o PSD e o PS. Não tenha dúvidas de que há neste regime, neste e em qualquer outro, uma diferença considerável entre os partidos matriciais e os «chalangers». Não digo que o Chega não possa crescer muito, mas acredito que o fará à custa do CDS e não do PSD, menos ainda se este último partido recuperar o seu líder natural, que é o Pedro Passos Coelho, o que acredito que efectivamente acontecerá no tempo certo: quando o país se fartar do Costa e quando PPC tiver disponibilidade mental para regressar.
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Deus o oiça.
Mas o que eu dizia é que o PSD deixou de ter a importância que teria quando as coisas funcionavam em dicotomias e não em “frentes”.
Se não há partido conservador, os conservadores serão chamados ao único passível de os agregar. O Chega. E admito que até a outros que depois façam coligação.
Agora ser o eixo anti-esquerda é que não é e a ter sido só no tempo de Sá Carneiro poderia vir a ser.
Mas a tradição esquerdista é muito forte e com tanto estatismo só pode arredor por “populismo”.
Está a ser assim em todo o lado.
Não temos Boris Jonhsons de espécie alguma, porque não temos tradição conservadora partidária.
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E quem é que nos entretantos vai mostrando ao povo as coisas para se fartar do que nem sentem lá muito se estiverem dentro do Estado?
O PCP?
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A diferença que o Rui ainda encontra é no “tira Estado; mete Estado”, como dizia o PA.
Só que isso não chega e daí que depois sejam todos internacionalistas e apoiem todas as causas fracturantes e destruições de nacionalidades e costumes da extrema-esquerda.
Os liberais estão a levar banhadas precisamente por esse motivo. Em todo o lado. A Natureza tende para o equilíbrio e desequilibrados já existem em excesso.
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Quais são as ideias de Passos Coelho?
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Aumentar impostos para equilibrar as contas públicas. Fundir meia dúzia de freguesias e inventar as Comunidades Intermunicipais para não reduzir nenhuma despesa pública.
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Palerma. Queria ver como é que v.s pagavam as contas se não tivessem chamado a Troika.
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O que ele não fez e deveria ter feito era uma kamikaze de mudar a Constituição.
Aquela merda PREC da sociedade sem classes e do socialismo. tem de ir fora.
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Como? onde estão os 2/3?
Que tem a Troika que ver com o facto de o Passos não ter em nada atacado a lógica do estado socialista?
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Pois não conseguia. Nem isso nem muito mais que os do partido não deixavam.
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A culpa é dos do partido?!
Passos existe para lá do gestor que corta aqui e imposta acolá??
A troika poderia ter colocado cá os “três reis magos” a governar e não se notaria a diferença.
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Julgo que se soubesse o que veio a saber depois, PPC teria tentado a batalha da cosntituição com Seguro. Mas tinha que ter sido logo no primeiro ano de mandato, quando estava tudo em estado de choque. Incluindo uma dramatização para novas eleições com objetivo de o bloco à direita chegar aos 2/3. )e vejam bem que não estava muito longe.) Depois deixou os grandoleiros organizar a palhaçada e tudo se tornou mais difícil.
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Passos Coelho pode não ser um liberal de pura linhagem mas fez algo que ninguém pode negar. Muito ou pouco, inverteu o caminho (CP, TAP, banca, 35 vs. 40 horas, etc). Só por isso tem todo o meu reconhecimento. Quem fez algo parecido? Quem, entre os atores atuais, mostra vontade de fazer? Se juntarmos a isso o sentido de Estado…
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Fez isso tudo num país que recebeu em ruínas e com oposição interna e externa. Um verdadeiro Estadista (sim, com maiúscula).
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… só fez asneiras. Mas bastou ter dito NÃO ao Ricardo Salgado para ser merecedor do meu respeito.
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Descanse em Paz
https://blogs.spectator.co.uk/2020/01/roger-scruton-1944-2020/
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‘A writer who says that there are no truths, or that all truth is ‘merely relative,’ is asking you not to believe him. So don’t.’”
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Ai, bons velhos tempos esses do liberal Passos. Tempos da expansão de poderes à uma autoridade tributária aduaneira de fazer inveja a uma Stasi. É claro com certeza por que foi obrigado pela troika.
Eu ouvi dizer que o homem também não teve escolha quando a EDP mandou-o livrar-se do seu ministro da economia que andava a meter-se demasiado na questão das rendas garantidas. Ou quando vendeu o grande empresa do sector energético ao Estado chinês
Coitado do homem foi só o que pôde fazer não lhe deixaram cortar nas “gorduras do estado”. mas o Regime, o PS , a EDP…. e o partido comunista chinês estaõ-lhe eternamente gratos.
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O PS também lhe está muito grato.
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Para quem acredita que o PAEC – Processo de Albanização Em Curso (obrigado ao Tuga pela referência) se combate com quem dele participa, o melhor líder para o PSD será mesmo o PPC. Seria o nome do partido com mais possibilidade de ganhar eleições no futuro próximo porque tem, como diriam os politólogos, “capital político”. Seria concretizado o sonho de alguns: então o sonho de alguns de ver o “verdadeiro PPC” que não vimos da primeira vez porque o coitadinho tinha a Troika a agrilhoar o seu liberalismo económico. Só há um pequeno problema: o pessoal só se “farta do PS” quando estivermos à beira da próxima bancarrota.
Para quem acredita que é preciso uma mudança real, mas ainda se agarra à noção de que o PSD é o veículo certo para essa mudança, faria sentido “torcer” por um nome como Miguel Morgado. Pelo menos não tem histórico de governação, o que facilita dar-lhe o benefício da dúvida.
Para quem, como eu, acredita que o PSD (e o CDS já agora) faz parte do problema, porque seguir no caminho da albanização mais depressa (PS) ou mais devagar (PSD) é igualmente mau, é indiferente se o líder é o Rio, o PPC ou o Pato Donald. Eu “torço” pela aplicação ao espaço não-socialista do princípio da “destruição criativa”, ou seja, espero que o PSD deixe de consumir oxigénio e recursos e imploda de vez para que no seu lugar possam nascer e/ou crescer alternativas reais à esquerda.
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O Miguel Morgado foi, e ainda bem, um dos braços direitos de Pedro Passos Coelho, e seria um seu excelente sucessor, caso estivesse para aí virado, o que por enquanto parece não estar. Por conseguinte, os defeitos que encontrou no PPC e que, reconheço, não eram poucos, encontrará provavelmente também no Miguel, de quem sou, aliás, amigo e admirador.
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