Conversa de casa vinícola
Enquanto decorria a segunda internacional do Livre unipessoal, Rui Rio reconquistava o lugar que é seu pelo direito natural de sucessão. Desde 1995, o partido teve dois líderes improváveis e por motivos distintos: Fernando Nogueira, que visto de fora sempre pareceu um homem pacato com a missão impossível de suceder a Cavaco Silva e Pedro Passos Coelho, o homem empurrado pelo sistema para a inconveniência que é lidar com o período de desmame inevitável que o regime toxicodependente gera.
They tried to make me go to rehab
I said, “no, no, no”.
O candidato Montenegro, que até parece um tipo simpático, ao desafiar a ordem natural das coisas no ano passado, colocou-se na posição de Santana Lopes vagada por Santana Lopes ao sobrestimar o interesse do eleitorado em personagens. Na realidade, a única coisa que interessa ao eleitorado é o conteúdo da carteira ao fim do mês. Por isso mesmo, divaga, quando pode, quer pelo amor pelos bichinhos, quer pela passagem de modelos de virtude sexo-cromática, quer pelo tradicional teatro de revista com gritos de “basta”, quer pelas diabrites liberais de nascidos no SNS e instruídos no ensino público que o recusam para a geração seguinte. Até se dá ao luxo de permitir que seitas socialmente extintas nos anos 80 tenham catarro.
I can’t help you if you won’t help yourself
(Help yourself, help yourself)
O PSD não morreu com Rio, nem há-de morrer com o seu sucessor. O que já devia estar morto é o perpétuo saudosismo de um paraíso que nunca existiu, mas, convenhamos, se eliminarmos a ilusão há o perigo de termos que enfrentar a realidade, e isso ninguém quer.
I cheated myself
Like I knew I would.
I told you I was trouble
You know that I’m no good
Como sempre falou (escreveu) muito, mas nada disse (também não se esperava que dissesse).
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Pois eu entendi perfeitamente o que querias dizer : leste e não percebeste patavina!
É natural, tens de ler mais 2 vezes ! É esse o significado do teu avatar : ler sempre 3 vezes, uma por cada seta que aponta para baixo … é o chamado efeito p1xa murxa 🙂
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O PValente
não se importa minimamente de surgir como pateta. O sistema, a cartilha, assim exige. Tenha bom proveito na manjedoura, que ainda é farta.
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Grande texto, Vitor. Não podemos ficar admirados por existirem pessoas que não entendam nada. Socialismo (44 anos!!…) oblige.
E a Amy Winehouse fica sempre bem em qualquer lugar.
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Péssima notícia e normal sintoma para este Portugal desavergonhadamente corrupto e por isso protegido por muitos políticos, investigadores e juízes: o ministro dos negócios estrangeiros, porta-voz das inconveniências do governo P”S” e acólitos, acerca do caso da Isabelinha, remete tudo, tudinho, para a justiça. Como convém para papalvo aceitar.
Boa notícia : finalmente e ao fim de 20 anos, os carrilhões do Palácio-Convento de Mafra vão tocar a 01 de Fevereiro.
Notícia para abafar : o António Vitorino, segundo investigação feita em Espanha, “metido” e usufruidor de esquemas puníveis ? O submundo dos negócios, o P”S” na sua ética republicana e “democrática” em pleno !
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Se vão prender todos os que mamaram nas t3tas Chaves/Maduro, é melhor começar a fazer um upgrade à prisão de Évora !
E depois os alentejanos reclamam porque não querem lá o “aterro” nacional.
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Esqueceu-se do Lula. É parte integrante do esquema sociali… ahhn… do esquema, pronto.
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Poupa-se dinheiro ao “órário” público se os obrigarem a limpar lixo, fossas, esgotos e arranjar estradas, nas aldeias, vilas e cidades com dormida em caixas de papelão mais e só uma sopa/dia garantidas.
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Não sei se certa malta direitalha cá do sítio leu esta parte:
“…quer pelas diabrites liberais de nascidos no SNS e instruídos no ensino público que o recusam para a geração seguinte.”
Se a leu, não sei se percebeu.
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No estado em que está o SNS e a Educação, se calhar, é melhor proporcionar condições às pessoas para escolher o que acharem mais adequado.
Sei que o socialismo tenta proibir a livre escolha mas não custa tentar.
Como adoramos viver mal, continuamos a escolher viver mal.
Sem palavras…
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A escolha das pessoas é um eufemismo para decidirem onde aplicar impostos. Não estaria em desacordo com “cheque-escola” ou “cheque-saúde” desde que primeiro se trate da redução da despesa com o pessoal do sistema. De outra forma, é um aumento de impostos futuros.
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Perfeitamente de acordo. Apenas porque estamos em Portugal.
Em qualquer país europeu,
minimamente decente, a escolha existe. Sem aumento de impostos. Faz parte da mentalidade vigente que, “não por acaso”, não é socialista. Faz toda a diferença. Também ganham muito mais, como é evidente. E alguns pagam os mesmos impostos que nós.
É complicado viver num país eminentemente socialista. Muito difícil mesmo.
E estou completamente farto disto.
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“No estado em que está o SNS e a Educação, se calhar, é melhor proporcionar condições às pessoas para escolher o que acharem mais adequado.”
OK, que condições são essas?
O problema da saúde privada é que a saúde não é um negócio. Não numa sociedade civilizada. A nossa é ainda primitiva e egoísta, mal saímos das cavernas, mas em algum ponto temos de evoluir.
A educação privada ainda vá, desde que não perpetue desigualdade e injustiça. O dinheiro não devia comprar tudo.
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« O problema da saúde privada é que a saúde não é um negócio. «
Provávelmente quiz dizer que « não deveria ser ». Na verdade, na maior parte dos paises do mundo, as despesas com saúde no privado representam sempre mais de 1/3 do total, muitas vezes perto de metade ou até mais.
Felizmente que não é menos porque, se fosse, a saúde pública (é mais correcto dizer « estatal »), estaria ainda mais a rebentar pelas costuras, o que seria pior para a generalidade das pessoas.
E deveria ser ainda mais, muito mais, para beneficio da maior parte da população.
O que é um « negócio » ? Se é uma prestação de serviço feita por um privado num mercado concorrencial a pessoas que precisam e estão dispostas e em condições a/de pagar para o efeito, então, quanto mais for « negócio », quanto mais importante for o sector privado, maior e melhor é a oferta de saúde, melhor é para a generalidade das pessoas.
E não se venha dizer que a saúde privada não é acessivel a todos : basta que o Estado gaste menos, muito menos, em tudo aquilo que não deveria fazer (incluindo a saúde) e utilize esse dinheiro para devolver às pessoas rendimentos (menos impostos e quotizações) e para pagar aos privados a prestação de serviços de saúde a quem precisa e não pode de todo.
Já agora, a alimentação é uma condição ainda mais elementar da vida do que são os cuidados de saúde e, no entanto, ninguém (ou quase) hoje propõe que ela deixe de ser um … « negócio » (privado) !..
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“Um alentejano foi a Lisboa visitar o jardim zoológico.
De repente, vê uma menina aproximar-se perigosamente da grade da jaula do leão.
O leão ataca e tenta puxá-la para dentro para a matar, sob os olhares dos pais, paralisados de terror.
O alentejano corre e acerta um soco em cheio no nariz do leão, que dá um pulo, soltando a menina.
Um repórter da SIC assistiu ao desenrolar da cena e diz ao alentejano:
-“Senhor, esta foi a atitude mais nobre e corajosa que vi em toda a minha vida, garanto que este acto de heroísmo não irá passar em branco.
Sou jornalista da SIC e logo à noite sairá no telejornal.
Já agora, reside em que zona, e qual o seu posicionamento político?
O alentejano responde:
-“Sou alentejano, odeio o António Costa e votei no Chega.”
À noite, a SIC, emite uma edição especial de notícias com apresentação do Ricardo Costa sob o título:
“Radical de extrema-direita, ataca imigrante africano, e rouba-lhe o almoço.”
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“Pessoal, nada de excitações, não desesperem. Calma ! Está tudo controlado”.
“Ó pá, põe o maralhal a pensar que isso é lá com eles, os angolanos, nada temos a ver com ela, e o que pertence à justiça é da justiça ou treta parecida”.
(Amanhã há mais futebol e o Vitorino mais uma vez escapa a escândalo do submundo dos negócios).
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“I cheated myself”
Não tinha outro remédio.
Será que também nós não teremos outro remédio?
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O Rio vai resolver a coisa e o coiso. No seu discurso triunfal no sábado, ao dizer que tem sete –7– propostas fundamentais, lembrou a despropósito que “o Ronaldo também é o 7” (com imediatos aplausos do maralhal apoiante) — portanto, um político com elevado nível, diferente dos outros populistas.
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