Eutanásia: é mesmo isto
«O debate sobre a introdução legal da possibilidade da provocação da morte antecipada não corresponde à discussão sobre hipotéticas opções ou considerações individuais de cada um perante as circunstâncias da sua própria morte. É, sim, uma discussão de opções políticas de reforçada complexidade e com profundas implicações sociais, comportamentais e éticas.
A legalização da eutanásia não pode ser apresentada como matéria de opção ou reserva individual. Inscrever na Lei o direito a matar ou a matar-se não é um sinal de progresso mas um passo no sentido do retrocesso civilizacional, com profundas implicações sociais, comportamentais e éticas que questionam elementos centrais de uma sociedade que se guie por valores humanistas e solidários.
A ideia de que a dignidade da vida se assegura com a consagração legal do direito à morte antecipada, merece rejeição (…)
A oposição (…) à eutanásia tem o seu alicerce na preservação da vida, na convocação dos avanços técnicos e científicos (incluindo na medicina) para assegurar o aumento da esperança de vida e não para a encurtar, na dignificação da vida em vida. É esta consideração do valor intrínseco da vida que deve prevalecer e não a da valoração da vida humana em função da sua utilidade, de interesses económicos ou de discutíveis padrões de dignidade social.
2. A invocação de casos extremos, para justificar a inscrição na Lei do direito à morte antecipada apresentando-o como um acto de dignidade, não é forma adequada para a reflexão que se impõe. Pode expressar em alguns casos juízos motivados por vivência própria, concepções individuais que se devem respeitar mas é também, para uma parte dos seus promotores, uma inscrição do tema em busca de protagonismos e de agendas políticas promocionais.
A ciência já hoje dispõe de recursos que, se utilizados e acessíveis, permitem diminuir ou eliminar o sofrimento físico e psicológico. Em matérias que têm a ver com o destino da sua vida, cada cidadão dispõe já hoje de instrumentos jurídicos (de que o “testamento vital” é exemplo, sem prejuízo dos seus limites) e de soberania na sua decisão individual quanto à abstinência médica (ninguém pode ser forçado a submeter-se a determinados tratamentos contra a sua vontade). A prática médica garante o não prolongamento artificial da vida, respeitando a morte como processo natural recusando o seu protelamento através da obstinação terapêutica. Há uma diferença substancial entre manter artificialmente a vida ou antecipar deliberadamente a morte, entre diminuir ou eliminar o sofrimento na doença ou precipitar o fim da vida.
3. Num quadro em que o valor da vida humana surge relativizado com frequência em função de critérios de utilidade social, de interesses económicos, de responsabilidades e encargos familiares ou de gastos públicos, a legalização da provocação da morte antecipada acrescentaria uma nova dimensão de problemas.
Desde logo, contribuiria para a consolidação das opções políticas e sociais que conduzem a essa desvalorização da vida humana e introduziria um relevante problema social resultante da pressão do encaminhamento para a morte antecipada de todos aqueles a quem a sociedade recusa a resposta e o apoio à sua situação de especial fragilidade ou necessidade. Além disso a legalização dessa possibilidade limitaria ainda mais as condições para o Estado promover, no domínio da saúde mental, a luta contra o suicídio.
4. O princípio da igualdade implica que a todos seja reconhecida a mesma dignidade social, não sendo legítima a interpretação de que uma pessoa “com lesão definitiva ou doença incurável” ou “em sofrimento extremo” seja afectada por tal circunstância na dignidade da sua vida. E ainda mais que ela seja invocada para consagrar em Lei o direito à morte, executada com base numa Lei da República.
A vida não é digna apenas quando (e enquanto) pode ser vivida no uso pleno das capacidades e faculdades físicas e mentais e a sociedade deve assegurar condições para uma vida digna em todas as fases do percurso humano, desde as menos autónomas (seja a infância ou a velhice) às de maior autonomia; na presença de condições saudáveis ou de doença; no quadro da integridade plena de faculdades físicas, motoras ou intelectuais ou da deficiência mais ou menos profunda, congénita ou sobreveniente.
O que se impõe é que o avanço e progresso civilizacionais e o aumento da esperança de vida decorrente da evolução científica sejam convocados para garantir uma vida com condições materiais dignas em todas as suas fases.
5. (…) afirma a sua oposição a legislação que institucionalize a provocação da morte antecipada seja qual a forma que assuma – a pedido sob a forma de suicídio assistido ou de eutanásia –, bem como a eventuais propostas de referendo sobre a matéria. (tirado daqui)
Lítio é uma fraude:
https://rr.sapo.pt/2020/02/11/economia/exploracao-de-litio-em-portugal-nao-e-viavel-e-pode-ser-uma-fraude/noticia/181560/
Leiam e partilhem. Os meios de comunicação social estão a ignorar as declarações deste professor do Porto.
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Até mete medo ler este texto.
É como se a eutanásia por gulag nunca tivesse existido…
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Dia 20 vai ser um dia histórico ! A Helena e o Ti Jerónimo de braço dado em luta contra a liberdade de escolha :
Opção A : Cuidados Paliativos (a implementar num futuro incerto).
Opção B : Game Over Now .
Por vezes, os extremos tocam-se mesmo … é só ter paciência e esperar 🙂
Pessoalmente acho que em assuntos desta natureza, o melhor é mesmo referendar e deixarem-se de joguinhos politiqueiros!
Assim os padrecos têm mais uma oportunidade de tentar manipular as suas “ovelhas”.
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Referendo é uma lotaria.
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Referendo é democracia. A verdadeira democracia.
Lotaria é delegar todas as decisões em gangues de chulos e trafulhas, eufemisticamente chamados partidos. Uma lotaria viciada.
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Os extremos tocam-se.
O PCP é um partido muito respeitador da Igreja e das religiões.
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O comunismo é uma religião.
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Para os fundamentalistas do ‘mercado’, o capitalismo também.
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Literatura… leia muito Luis Lavoura,,, afirmar que um partido estalinista “O PCP é um partido muito respeitador da Igreja e das religiões”… desculpe, vou ali beber um copo e já venho… e se não o for beber, vou fazer uma revisão bibliográfica de tudo o que li e aprendi… talvez depois vá mesmo beber um copo,,,, sabendo que depois se mantém essa enormidade por si formalizada…. não concordo, mas vc tem direito a formalizar estas alarvidades… ao contrário, não sei se eu teria direito a ter opinião contrária
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