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Para lá da propaganda

4 Março, 2020

Alexandra Borges”: máfia controla negócio imobiliário nos bairros sociais

O problema existe e vai aumentar: anunciam-se milhões para programas estatais de arrendamento que depois da sessão de propaganda ninguém acompanha. Em tudo aquilo que está anunciado para a habitação dita de arrendamento acessível é fácil vislumbrar que situações como as descritas neste programa vão acontecer.

Se os serviços autárquicos fossem capazes de cobrar as rendas, enfrentassem de facto a impunidade de quem põe e dispõe nestes bairros outro seria o caso mas é mais facil pintar empenas com murais em vez de as isolar termicamente, arranjar mediadores disto e daquilo para o que são simples casos de polícia….

20 comentários leave one →
  1. 4 Março, 2020 11:31

    A construção civil como as amaras sabem é um poço de dinheiro sujo para os pulhiticos. Dixit! Eu vi o programa.

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  2. Tiradentes permalink
    4 Março, 2020 11:34

    Não se preocupe. Segundo um excelso comentador aqui só há “maus” na classe dos proprietários, gananciosos e exploradores. Os arrendatários são todos bonzinhos não fossem “pobres”, não havendo entre eles nenhum “mau”. Aquela coisa de eles terem ficado nas 4/5 décadas anteriores a pagar rendas de vinte escudos não foi culpa deles …foi do senhorio que nunca fez obras com os vinte escudos, enquanto eles sub-arrendavam partes de casas a 500 paus. Na habitação social uma boa parte deles não pode sequer pagar 15 euros até porque a prestação do Mercedes (daqueles da Alemanha em 2ª mão) é muito mais cara e não há dinheiro para tudo, além de que investem em portas de alta segurança e alugam os apartamentos aos mais “necessitados”, para eles próprios terem “algum” que a vida está cara.

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    • Filipe Bastos permalink
      5 Março, 2020 01:04

      Obrigado pela referência e pelo “excelso”, Tiradentes. Eu também penso muito em si.

      Já houve o tempo das rendas absurdamente baixas. Esse tempo acabou. Agora é o das rendas absurdamente altas, da chulice de oportunistas e especuladores, da mama obscena numa necessidade básica.

      Não obstante, claro que os inquilinos podem ser maus. Muitos são-no, são porcos e são trafulhas. O meu mundo, Tiradentes, é a cores. O de certos direitalhas nem tanto.

      Mercedes: por mim todas as viaturas acima de certo valor eram investigadas. E todas as casas, barcos, bens de luxo em geral. A todos. Não deve? Então não teme. Sou doido, como vê… mas imagine o suor na testa de muito trafulha e muito mamão.

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      • Zé Manel Tonto permalink
        5 Março, 2020 06:51

        “Não deve? Então não teme.”

        Com a Autoridade Tributária portuguesa?

        Só não deve se estiver morto.

        Enganam-se demasaidas vezes, sempre em proveito próprio, o contribuinte tem que pagar o erro deles primeiro e protestar depois, isso se tiver meios de pagar a um advogado durante os anos em que o processo se vai arrastar.

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      • Tiradentes permalink
        5 Março, 2020 08:00

        Que referencia? Nunca me refiro a ninguém em particular sem o mencionar. Pelo visto ou enfiou o gorro ou está a por-se em bicos de pés, achando-se .
        O seu mundo é tão colorido que logo cria os maus que são todos os que vc faça um “suponhamos” que sejam “direitalhas” já que se olha ao espelho e se supõe “esquerdalha” (uma das doenças da esquerdopatia) como se isso lhe desse um estatuto moral superior, tornando maus uns e bons outros. Aquele tipo de xenofobia moralista de foro ideológico.
        As rendas foram durante décadas absurdamente absurdas (especulação inversa) pela intervenção do Estado. Levou ao uso e abuso da propriedade dos outros, usufruindo-a e achando que o podiam fazer até explorando-a em proveito próprio, senão deixando o imóvel degradar-se de forma a que se tornasse até indigno viver nele…e os “esquerdalhas” batiam palmas. A habitação social, mencionada no post, foi (e é ) usada da mesma forma. Em Loures 50% não paga rendas de 15 euros e ainda as aluga por valores do “mercado”. Imagine quanta especulação é feita com os impostos dos outros. (a habitação social resulta apenas do dinheiro dos contribuintes)
        O seu arco-íris é um “bocadinho” descolorido ou vc é daltónico e nem sequer tem consciência dele. Provavelmente isso fará ver referências a si próprio onde elas não existem. É um estado pré-catatónico dessa esquize moralista.
        Fique bem e tente não entrar nessa fase, que pela minha parte não farei referências …como não fiz….. a doentes.

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      • Filipe Bastos permalink
        5 Março, 2020 13:21

        Se não era eu o “excelso comentador para quem só há maus na classe dos proprietários, gananciosos e exploradores”, perdoe a presunção: não sei que outros interlocutores o Tiradentes terá nessa condição imaginária. Se calhar são muitos; a imaginação é fértil.

        Entendo o que diz das rendas do passado, havia injustiças tremendas. Tão imoral é o senhorio chulo de hoje como o inquilino chulo de ontem.

        Ainda assim, falamos de casas. Até ter mais do que uma é moralmente discutível; quanto mais os preços e as rendas que hoje vemos. Já lhe dei exemplos, veja v. mesmo em qualquer portal.

        Para a direita a propriedade é sagrada: pouco importa como foi obtida ou como é usada. Mas o bem comum e a razoabilidade devem estar acima dela; a habitação é algo básico, e neste país estes preços não são razoáveis.

        Eu e qualquer pessoa seremos moralmente superiores ao Tiradentes, nesta questão, não por sermos esquerdalhas – embora entenda o seu maniqueísmo – mas devido a esta ordem de prioridades. Basta não se ser fanático do ‘mercado’ ou lambe-cus de mamões.

        Sei que não o vou convencer, mas respeito a sua opinião. Obrigado pela sua resposta.

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      • Filipe Bastos permalink
        5 Março, 2020 14:31

        Zé Tonto,

        “[A AT] engana-se demasaidas vezes, sempre em proveito próprio, o contribuinte tem que pagar o erro deles primeiro e protestar depois…”

        Toda a razão, mas isso é com o mexilhão. Com a arraia-miúda; com o pequeno e médio contribuinte que paga o que deve, e até mais.

        Os grandes mamões? Nem são incomodados. Pagam quanto querem, quando querem. É a velha história: rouba um pão, é um ladrão. Rouba mil milhões, é o Dono Disto Tudo.

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      • Tiradentes permalink
        5 Março, 2020 19:45

        Lá está você com a sua moralidade. Os outros é que tem a sua imaginação que se revê imaginariamente nos comentários dos outros? Ter mais que uma casa é imoral? para quem? para si? mas quem é vc ? um cruzado fascista da moral dos outros que se dá ao luxo de achar que a sua moral comezinha acerca de casas é superior à dos outros? quem lhe deu esse estatuto de missionário moral (de casas)? é divino?.
        Homem, deixe lá os seus fantasmas morais, sociais políticos e outros. Ainda dá em esquizofrenia que depois projecta nos outros como já vem fazendo sectorialmente.
        O que vc ainda não percebeu de si próprio é que vc com essa moralidade é mais fascista que os próprios fascistas apenas com um cunho supostamente social.
        Como não gosto de fascistas e pelas suas palavras antevejo um, vou pedir-lhe para me “largar a perna”. Passe por cima de algum comentário que eu possa fazer.

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  3. 4 Março, 2020 13:32

    Também acho que Lisboa tinha outro encanto quando se chegava de avião e podíamos ver de imediato um festival de barracas… e se o destino fosse Alcântara ainda melhor, à esquerda e à direita, após a passagem pelo monumento pombalino da águas livres, outro festival de habitações, todas com as rendas em dia, à esquerda e à direita, no Casal Ventoso…

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    • Expatriado permalink
      4 Março, 2020 13:52

      Sem falar do “espectáculo urbanístico” da Buraca, ali prós lados do parque de campismo, antes de chegar a Algés… p

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  4. Expatriado permalink
    4 Março, 2020 13:59

    Leiam isto. É o que o gajo anti-mamões quer por cá.

    Aqui é que era, e é ainda, viver bem e barato https://www.dw.com/en/russia-16-families-in-a-single-kommunalka-apartment/a-19544660

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    • Filipe Bastos permalink
      5 Março, 2020 01:10

      Obrigado também pela referência, Expatriado.

      Os meus favoritos estão em Belgrado: https://yomadic.com/communist-architecture/

      Há depois o lado oposto: a decadência do capitalismo em vanity projects, condomínios fechados, torres absurdas, monumentos à ganância de uns poucos e ao seu desprezo pelo resto da humanidade. Por ex.
      https://failedarchitecture.com/hudson-yards-was-not-inevitable/

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    • Tiradentes permalink
      5 Março, 2020 08:33

      Expatriado.
      Tive uma experiência pessoal em Berlim Leste dessa famosa e maravilhosa vivência habitacional “estatista socializante” a bem dos pobres. Um familiar próximo, por motivo de acidente foi tratado (operado) naquela parte da cidade de urgência. Quatro dias depois teve alta. Não vou falar do estado de degradação do próprio hospital, nem das camas ferrugentas com a tinta a saltar, nem do banheiro de cimento entupido e cheio de bolor. A “alta” só foi possível pela “solidariedade” de um “quadro médio” (do partido e da “empresa” onde trabalhava. que o alojou para a recuperação nos 7/10 dias seguintes. Quando vi o prédio até suspirei de alívio mas logo à entrada tive de refazer os meus “critérios”. Um corredor escuro levava a umas escadas até ao 2ª andar. Lá chegados a “familia de acolhimento” tinha um apartamento de cerca de 50 m2 com dois cómodos (um quarto e uma sala) Na “sala” num canto havia um lavatório. Os quartos de banho eram comunitários ao andar com uns dez apartamentos com três “cagadeiras” e três “chuveiros” (não eram sanitas e os chuveiros eram uns tubos). O casal que o acolheu cedeu o quarto e foi dormir para a sala. Eu acompanhante e o filho desse casal fomos dormir para debaixo das escadas do prédio onde o “puto” tinha colocado um colchão cujas molas se espetavam no corpo. A “cozinha” também era “comunitária” ao andar e o melhor é nem falar das condições de higiene dela. No final dos sete dias de recuperação saímos agradecidos com o esforço brutal que aquela familia fez por nós. Quis lhe deixar algum dinheiro que aceitaram numa mistura de vergonha e ao mesmo tempo de quase euforia. Foi quando disseram que já estavam a usufruir das “vantagens” do acolhimento solidário e que por isso podiam comprar certas coisas de mercearia a que normalmente não tinham acesso. (era a “gratidão” do partido). Deixamos a maior parte da nossa roupa……se não servisse a eles sempre a poderiam vender/ trocar por qualquer outra coisa.
      Eram eles “quadros médios” de empresas estatais. Ele engenheiro ela bióloga.
      Os amanhas que cantam desde essa altura que passaram a ser uma marcha fúnebre.

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  5. Mauritano permalink
    4 Março, 2020 14:41

    Vamos lá a ver!
    O problema é que o subsídio de desemprego mais o rendimento social de inserção mais o abono de família mais o “raio que os parta” não chega para tudo.
    Enquanto existirem escravos, anteriormente designados como cidadãos contribuintes, para pagarem por eles, por que é que eles hão de pagar?

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  6. Procópio permalink
    4 Março, 2020 15:29

    “Enquanto existirem escravos, anteriormente designados como cidadãos contribuintes, para pagarem por eles, por que é que eles hão de pagar”?

    Eles não vão pagar, esse é um dos truques. Eles são parte da “reserva” que vota no xuxialismo e mantém a geringonça a flutuar no lodo.
    Existem outras reservas:
    A dos delinquentes que vivem no melhor dos mundos,
    A dos violadores com pena suspensa,
    A dos corruptos que brincam com as finanças
    A dos empresários da bola, amigos das offshores
    A dos gestores que defraudam os bancos.
    Aquelas famílias muito amigas que agridem professores e pessoal da saúde quando lhe dá na gana.
    Só para citar alguns exemplos.
    Agora você cale-se. Trate de trabalhar no duro para os alimentar mais aqueles que hão-de chegar às nossa praias.
    O importante é a estabilidade e a garantia que tudo continua na mesma.
    O rei nu é o pináculo desse tipo estabilidade.
    A tia pulquéria guarda religiosamente uma selfie quando ele visitou a paróquia.

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    • Mauritano permalink
      5 Março, 2020 07:37

      “Agora você cale-se. Trate de trabalhar no duro para os alimentar mais aqueles que hão-de chegar às nossa praias”
      Estando a trabalhar num país fora da UE, com um contrato de trabalho sediado num terceiro país igualmente fora da UE, garanto-lhe que já iniciei o processo de mudança da residência fiscal para garantir que meu esforço (25%) não alimenta os vampiros residentes no rectângulo.

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  7. 4 Março, 2020 17:22

    Isto sim é empreendedorismo! E não precisaram de pagar inscrição na WebSummit.
    Viram ali uma oportunidade de negócio e agarraram-na.
    E quase todos ganham :
    – os primeiros inquilinos eram pobres, mas deixaram de ser.
    Foram viver para uma casa com qualidade, mas sub-alugam a da câmara por bom preço e sem pagar impostos.
    – os segundos inquilinos conseguem uma casa que doutra forma não tinham.
    – os ocupas conseguem casa sem pagar renda, e quem sabe se também não pagam água e electricidade …
    – a esquerdalha ganha votos.
    – só o contribuinte perde porque tem de pagar mais IMI para sustentar a pandilha.

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  8. maria permalink
    4 Março, 2020 17:59

    Vi o programa e também o debate com o Garcia Pereira. O Garcia Pereira monopoliza qualquer debate como se fosse o Dono Disto Tudo.
    Um vereador de Loures era bem mais sensato. Quando disse que quanto mais emigração mais engrossava a miséria, Garcia Pereira, você também é contra a emigração?
    Começa a perder credibilidade.

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