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O esforço de todos

26 Março, 2020

Na conferência de imprensa desta tarde, Mariana Vieira da Silva disse que “nenhuma parte da população, nem nenhum sector de actividade pode ficar de fora do momento que vivemos” e que “todos temos uma resposta de emergência a dar e esse é o esforço que deveremos fazer”.

O Pordata indica que em 2018 havia 4.056.500 trabalhadores por conta de outrem. Com excepção dos valentes profissionais de saúde e dos outros serviços do estado na primeira linha de combate à epidemia, confesso que ainda não percebi bem qual será o contributo dos 683.469 trabalhadores das administrações públicas nesse esforço colectivo de solidariedade para com os afectados pela crise no sector privado, nomeadamente aqueles a quem lhes será reduzido o salário ou que sofrerão despedimento.

Será que para a unidade nacional tão apregoada pelos decisores políticos nesta hora difícil, nomeadamente para esconder os seus próprios erros e falhas de planos prudentes e precavidos, não é conveniente que se possa discutir cortes salariais, redução de benefícios ou flexibilização da legislação laboral na Função Pública?

 

5 comentários leave one →
  1. 26 Março, 2020 18:32

    é isso mesmo. eu propunha que retirassem a parte dos salários acima de 1500 euros de todos os funcionários e políticos para distribuir pelo resto dos trabalhadores do privado que estivessem em dificuldades. 1500 é mais que suficiente para viverem em “guerra”. completamente injusto que essa malta não sofra um grama.

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  2. Weltenbummler permalink
    26 Março, 2020 18:45

    do zarolho à zarolha vai um salto de Pangolim

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  3. lucklucky permalink
    26 Março, 2020 19:01

    É terem apoio para fazerem violência.

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  4. Daniel Ferreira permalink
    26 Março, 2020 19:40

    E se os comprados da função pública até merecem uma “almofada”, o que dizer dos inúteis dos RSI’s, subs. desemprego e outros esquemas de delapidação do Erário Público e transferência de riqueza?
    Ouvi o Bosta a dizer que esses tinham na mesma o €€ para não fazer nada ou ouvi mal?

    Como se já não bastasse a impossibilidade matemática que é o “Estado Social” quando a malta está a produzir normalmente, o que dizer agora? Ou era muito descabido pagar o salário mínimo à malta que ficou sem trabalho e dizer aos inúteis que não há mais mama?

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  5. Expatriado permalink
    27 Março, 2020 13:04

    É a Constituição e só a Constituição que dá os “direitos adquiridos” sem mencionar os “deveres”. Uma vez dados, não há crise nem pandemia que os remova. Não ouvem o que diz a Camarinha da CGTP que com apenas duas palavras, trabalhadores e direitos, consegue fazer um discurso de várias horas? São surdos?

    Tudo pelos FPs e nada contra os FPs. Os outros que se odam…

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