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Era mesmo o que faltava: a apologia do regresso dos alguidares!

14 Abril, 2020

A melhor forma de lavar a roupa à mão para “matar” o coronavírus  Tem montes de graça escrever estas coisas. Dizem que é ecologista, que se poupa energia…. patati patatá. Começo por lembrar que se gasta muito mas mesmo muito mais  água  a lavar roupa ou louça à mão do que na máquina – e portanto estas máquina na terminologia em vigor são “amigas do ambiente” . Em seguida convém perguntar a quem escreve estas patetices: sabem o que é lavar roupa à mão? Não estou a falar de lavar aquela camisola de lã especial ou tirar a nódoa da toalha bordada. Estou a  falar da roupa de uma casa de família. Há uma insensibilidade social crescente nesta maluqueira fashion da quarentena: há gente fechada em andares pequenos, três, quatro, cinco pessoas em três ou quatro assoalhadas.  No meio do muito que há para  fazer ainda se sugere acrescentar lavar a roupa à mão.Trabalho que para mais sobra para as mulheres do costume. Logo agradecem-se sim artigos a dizer para as pessoas não se sentirem culpadas por  fazerem máquinas com pouca roupa e não a apologia do regresso dos alguidares!

A coisa começou por aparecer  na Vogue. Está-se a ver: vestidos de milhares, jóias de milhões, malas de que é melhor nem falar e, claro, a apologia do eco-chic como o novo caviar com gauche incluída. Mas mesmo assim o título era diferente: How to Launder Your Clothes—and Face Masks—Even If You Don’t Have a Washing Machine

Aqui, portuguesmente falando, transformou-se em A melhor forma de lavar a roupa à mão para “matar” o coronavírus

As máquinas de lavar roupa fizeram mais pela autonomia económica das mulheres que dezenas de decretos históricos. Lavar roupar à mão é como ir ao dentista sem anestesia: não, obrigada.

8 comentários leave one →
  1. 14 Abril, 2020 11:46

    Esquerdices palermas essas! Seria possível redirecionar o vírus para um cromossoma Marxista? Afinal temos o direito de sonhar com um mundo sem parvoíces Marxistas, não temos?

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  2. JPT permalink
    14 Abril, 2020 12:29

    Recomendo conjugar esse método de lavagem com o regresso às fraldas de pano – não são para os bebés, mas também para “aquela altura do mês” (recomendo aos outros, claro)

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    • JPT permalink
      14 Abril, 2020 12:30

      … queria dizer – não SÓ para os bebés, mas também para “aquela altura do mês”

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  3. Filipe Bastos permalink
    14 Abril, 2020 13:42

    “A coisa começou por aparecer na Vogue. Está-se a ver: vestidos de milhares, jóias de milhões, malas de que é melhor nem falar…”

    Mau, D. Helena: notarei aqui uma crítica velada a quem frui desses luxos obscenos, perdão, perfeitamente legítimos e merecidos, e desconhece a realidade dos comuns mortais?

    Cuidado com isso; não queira passar por comuna invejosa.

    Porque quem questiona, ou pelo menos não celebra, luxos obscenos, perdão, perfeitamente legítimos e merecidos, só pode ser invejoso e comuna. E o post já fede a proletário q.b..

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  4. Carlos Guerreiro permalink
    14 Abril, 2020 15:21

    Em Cuba escreveram um artigo como lavar a roupa sem sabão e quando não há água. Máquinas da roupa só em países de crescimento infinito e com empresas de mamões que as fabricam.

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  5. Albano Silva permalink
    14 Abril, 2020 20:59

    Quem recomenda esse modo de lavar roupa não se lembrou do outro modo igualmente eficaz: com os pés!
    É simples; coloca-se a roupa na base do chuveiro, e enquanto se toma banho lava-se pisando com os pés. Contribui para poupar água e sabão. Os hippies percebiam da poda!

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  6. Albino Manuel permalink
    16 Abril, 2020 09:27

    Pois fazia-lhe bem. Exercitava os braços, fazia stretching a esticar a roupa, e a seguir preparava a gamela do homem. Depois era só lavar a louça, limpar a cozinha, engomar a roupa com um ferro de brasas e esperar o regresso dele do trabalho. Se ele entretanto tivesse passado pela taberna e tivesse problemas de fígado ainda levava uma massagem a preceito que a punha a cantar.
    Salvo as brasas do ferro. CO2, era tudo ecológico e amigo do ambiente. Eram outros tempos.
    Faz mal em dizer mal.

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