Era mesmo o que faltava: a apologia do regresso dos alguidares!
A melhor forma de lavar a roupa à mão para “matar” o coronavírus Tem montes de graça escrever estas coisas. Dizem que é ecologista, que se poupa energia…. patati patatá. Começo por lembrar que se gasta muito mas mesmo muito mais água a lavar roupa ou louça à mão do que na máquina – e portanto estas máquina na terminologia em vigor são “amigas do ambiente” . Em seguida convém perguntar a quem escreve estas patetices: sabem o que é lavar roupa à mão? Não estou a falar de lavar aquela camisola de lã especial ou tirar a nódoa da toalha bordada. Estou a falar da roupa de uma casa de família. Há uma insensibilidade social crescente nesta maluqueira fashion da quarentena: há gente fechada em andares pequenos, três, quatro, cinco pessoas em três ou quatro assoalhadas. No meio do muito que há para fazer ainda se sugere acrescentar lavar a roupa à mão.Trabalho que para mais sobra para as mulheres do costume. Logo agradecem-se sim artigos a dizer para as pessoas não se sentirem culpadas por fazerem máquinas com pouca roupa e não a apologia do regresso dos alguidares!
A coisa começou por aparecer na Vogue. Está-se a ver: vestidos de milhares, jóias de milhões, malas de que é melhor nem falar e, claro, a apologia do eco-chic como o novo caviar com gauche incluída. Mas mesmo assim o título era diferente: How to Launder Your Clothes—and Face Masks—Even If You Don’t Have a Washing Machine
Aqui, portuguesmente falando, transformou-se em A melhor forma de lavar a roupa à mão para “matar” o coronavírus
As máquinas de lavar roupa fizeram mais pela autonomia económica das mulheres que dezenas de decretos históricos. Lavar roupar à mão é como ir ao dentista sem anestesia: não, obrigada.
Esquerdices palermas essas! Seria possível redirecionar o vírus para um cromossoma Marxista? Afinal temos o direito de sonhar com um mundo sem parvoíces Marxistas, não temos?
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Recomendo conjugar esse método de lavagem com o regresso às fraldas de pano – não são para os bebés, mas também para “aquela altura do mês” (recomendo aos outros, claro)
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… queria dizer – não SÓ para os bebés, mas também para “aquela altura do mês”
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“A coisa começou por aparecer na Vogue. Está-se a ver: vestidos de milhares, jóias de milhões, malas de que é melhor nem falar…”
Mau, D. Helena: notarei aqui uma crítica velada a quem frui desses luxos obscenos, perdão, perfeitamente legítimos e merecidos, e desconhece a realidade dos comuns mortais?
Cuidado com isso; não queira passar por comuna invejosa.
Porque quem questiona, ou pelo menos não celebra, luxos obscenos, perdão, perfeitamente legítimos e merecidos, só pode ser invejoso e comuna. E o post já fede a proletário q.b..
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O que é um luxo obsceno? Agradeço o esclarecimento.
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Em Cuba escreveram um artigo como lavar a roupa sem sabão e quando não há água. Máquinas da roupa só em países de crescimento infinito e com empresas de mamões que as fabricam.
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Quem recomenda esse modo de lavar roupa não se lembrou do outro modo igualmente eficaz: com os pés!
É simples; coloca-se a roupa na base do chuveiro, e enquanto se toma banho lava-se pisando com os pés. Contribui para poupar água e sabão. Os hippies percebiam da poda!
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Pois fazia-lhe bem. Exercitava os braços, fazia stretching a esticar a roupa, e a seguir preparava a gamela do homem. Depois era só lavar a louça, limpar a cozinha, engomar a roupa com um ferro de brasas e esperar o regresso dele do trabalho. Se ele entretanto tivesse passado pela taberna e tivesse problemas de fígado ainda levava uma massagem a preceito que a punha a cantar.
Salvo as brasas do ferro. CO2, era tudo ecológico e amigo do ambiente. Eram outros tempos.
Faz mal em dizer mal.
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