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o mercado tem sempre razão. quer tenha ou não.

20 Abril, 2020
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Independentemente da elevada, ou reduzida, perigosidade do COVID-19, debate que, para o que aí virá, até à descoberta de uma vacina, é absolutamente irrelevante, o facto é que as pessoas, na sua enorme maioria, não querem correr riscos que possam pôr as suas vidas em perigo. As pessoas são muito mais inteligentes que os governos ou as estruturas de decisão colectiva (em Portugal, por exemplo, a DGS) e antecipam-se-lhes quase sempre, em regra com muito mais bom senso do que estas últimas.
Se olharmos para o caso português, antes mesmo do governo decretar a suspensão das aulas e o fecho das escolas, a maior parte dos alunos já lá não ia, proibidos por pais responsáveis, que não queriam pôr os seus filhos em risco, por mais que lhes garantissem o contrário. Foi, também, devido à pressão de trabalhadores, que boa parte do comércio fechou antes da declaração do estado de emergência.
Não se discute se isto é muito ou pouco sensato, se a crise económica irá fazer mais ou menos vítimas do que estas medidas de precaução eventualmente exagerada. Constata-se, apenas, o óbvio: que as pessoas têm medo de um vírus desconhecido, altamente contagioso e que já matou mais de 100 mil pessoas, só na Europa, num breve espaço de tempo. E como as pessoas têm bom senso (é, pelo menos, isto em que acredito, como liberal), sabem que nenhum sistema de saúde – muito menos o português – aguentará uma pressão de milhares de doentes, como, de resto, aconteceu em Itália e na Espanha. Este é, obviamente, mais um incentivo para que se recatem e tomem precauções, porque não querem ficar doentes de uma doença sem cura certa e a cargo de um Serviço Nacional de Saúde que não as poderá acompanhar, se a pressão for grande.
É, pois, com estas coordenadas que a nossa sociedade, as suas instituições e empresas terão de trabalhar, até que surja uma vacina ou terapêutica seguras para o COVID-19. Até lá, o mundo em que sempre vivemos não regressará. E, por isso, teremos de ter inúmeros planos b para salvaguardar o nosso modo de vida, cientes de que as pessoas não se deixarão empurrar por soluções que não preservem, em primeiro lugar, a sua segurança. Foi sempre assim na História do Mundo, pelo que só um delírio nos poderá levar a crer que desta vez será diferente.

37 comentários leave one →
  1. 20 Abril, 2020 13:53

    Muito sensato este post, também.

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  2. sam permalink
    20 Abril, 2020 14:11

    O paradoxo é que as pessoas, em busca de segurança, estão dispostas a enfrentar milhões de perigos.

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  3. Andre Miguel permalink
    20 Abril, 2020 14:36

    Notável como um liberal defende a prisão domiciliária e descriminação de pessoas saudáveis.

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    • sam permalink
      20 Abril, 2020 15:25

      Pá, insistes no argumento sabendo perfeitamente que de nada interessa tentar saber quem são as pessoas saudáveis. Não com uma doença em que a maioria dos infectados não revela sintomas, o período de incubação pode ir até 14 dias, e a taxa de infecciosidade está bem acima da média.
      Os únicos que se poderiam queixar são os já curados e imunizados. Ainda que permaneçam muitas dúvidas sobre o tipo e a estabilidade da imunidade adquirida.

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      • 20 Abril, 2020 16:16

        Completamente. Também já me chateia ouvir tanta cretinice.

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      • Zé Manel Tonto permalink
        20 Abril, 2020 17:56

        ” a maioria dos infectados não revela sintomas, o período de incubação pode ir até 14 dias”

        Esses são precisamente os motivos pelos quais estar tudo fechado é uma palhaçada.

        Se uma pessoa pode estar infectada 14 dias até aparecerem sintomas, ou não aparecerem sequer, vamos fazer o quê?

        A não ser que se teste toda a população, o que é uma impossibilidade prática, ou se acaba com isto, ou se mantém toda a gente fechada até haver uma vacina

        Há tantas doenças para as quais não há vacina, quem garante que esta não vai ser outra? Mantemos tudo fechado dez anos? Vinte?

        Ainda para mais, não estamos a falar de uma doença que mate indiscriminadamente, tanto novos como velhos, saudáveis ou doentes. Isto não é a Peste nem o Ébola.

        Os grupos de risco estão claramente identificados. Esses podem isolar-se. O resto não tem que viver num Estado Policial, só porque alguns estão cheios de medinho (se lessem um livro de História talvez lhes passasse o medo, percebiam que isto não é nada de especial).

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    • Goodfeeling permalink
      20 Abril, 2020 18:32

      Um liberal precisa de pessoas saudáveis para produzir e para comprar. Mortos nunca alavancaram uma economia.

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  4. Luís Lavoura permalink
    20 Abril, 2020 15:06

    as pessoas têm bom senso (é, pelo menos, isto em que acredito, como liberal)

    Que estranho, eu pensava que o liberalismo, mesmo de um liberal clássico, não fosse isso!

    Os liberais dizem que muitas pessoas erram e têm mau senso. Somente contestam (pelo menos, os liberais clássicos) que haja alguma autoridade superior que possa ter melhor senso que elas.

    Portanto, não me parece acertado, de acordo com as próprias teorias que o Rui A. diz defender, dizer que as pessoas têm bom senso.

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    • Manm permalink
      21 Abril, 2020 08:42

      O problema está na qualidade da informação que o mercado teve, que neste caso está mais perto de desinformação do que de informação, houve muita política e pouca ciência.

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    • lucklucky permalink
      21 Abril, 2020 21:44

      Sim, e não só, Uma autoridade contamina com os seus erros para toda a sociedade.

      Ao invés a dispersão de erros individuais tendem a ser diferentes na qualidade, tempo e geografia logo a redundância da sociedade é melhor porque há alguém sempre bem.
      E quem está bem permite uma recuperação muito mais rápida.

      Claro que Marxistas e Socialistas de diversas cores do Vermelho ao Preto odeiam tal coisa.

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  5. Vasco Silveira permalink
    20 Abril, 2020 15:06

    Caro Senhor
    A sua comparação entre as atomizadas decisões individuais da população na actual crise sanitária, e as também atomizadas decisões individuais dos consumidores é extremamente falaciosa, pelo que não posso deixar de discordar.
    No primeiro caso o agregado dessas decisões poderá ter efeitos positivos no presente ( redução de mortes conhecidas), mas acarretar enormes efeitos negativos no futuro ( as mortes desconhecidas motivadas pela crise) mas que não se repercutem em responsabilização face à decisão inicial: toda a gente irá assimir a crise económica que as provocará como inevitável (não era).
    Já no caso do mercado, esses decisores que erradamente tinham prejudico o longo prazo à custa de muito menores benefícios no curto prazo, iriam ser responsabilizados: se consumidores, acaba o produto; se produtores, acabava a empresa.

    Cumprimentos

    Vasco Silveira

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  6. JPT permalink
    20 Abril, 2020 15:34

    Ou seja, a gente vota e paga impostos para sustentar gabinetes técnicos e decisores políticos, para depois ser “o povo”, à boleia da CMTV, do Guedes de Carvalho, da Felgueiras e do Buescu a decidir as medidas a adoptar (o que, aqui entre nós, foi precisamente o que aconteceu). São, de facto, os pilares de uma sociedade saudável. PS: ninguém diria “que as pessoas, na sua enorme maioria, não querem correr riscos que possam pôr as suas vidas em perigo” ao ver como se come, bebe e conduz em Portugal.

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  7. 20 Abril, 2020 15:43

    É uma boa síntese do problema, e já era tempo de o debatermos com alguma seriedade.
    Será que já se pode falar de medidas alternativas ao confinamento geral ?
    » Com muito custo, já chegámos à fase “das máscaras”.
    » Será que vamos ter um tracking automático ?
    Ou será que vamos ter os do costume preocupados com a possibilidade do SIS poder descobrir a morada da amásia ?

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    • Andre Miguel permalink
      20 Abril, 2020 16:26

      Debater com seriedade é ouvir cientistas e epidemiologistas, só ouvimos políticos e jornalistas sensacionalistas.
      Por isso chateia-me estar em prisão domiciliária por causa 0,034% da população mundial infectada.

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  8. Luís Lavoura permalink
    20 Abril, 2020 16:24

    Temos portanto que, de acordo com o Rui A., o povo português quer e deseja o encerramento do seu país, embora os povos americano e brasileiro queiram e desejem, de acordo com algumas aparências, as aberturas dos países deles.
    E todos os povos têm, de acordo com Rui A., razão.
    E esta, hem?

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  9. Daniel Ferreira permalink
    20 Abril, 2020 17:43

    Senhor Rui A., e que tal perguntar à DGS se já conseguiu isolar um “coronavirus” de um paciente, mortal ou não, e provar que ele existe?
    E depois de provar que o dito existe, provar que é contagioso? Aliás, pelo que parece, é mais contagioso que todas as outras doenças juntas. Não deve ser difícil!
    E a fiabilidade do dito teste e quantas coisas diferentes detecta?
    Podemos começar por aí?

    Pelos vistos até vítimas com cancro entram para a estatística. Isto é que é ter casos novos para mostrar nos gráficos da TV. Tenham mt medo!!
    Por acaso alguém me sabe dizer se já faleceram mais pessoas este ano comparativamente com outros anos?
    Ou temos que nos acreditar nos senhores das TVs e políticos com um registo imaculado em dizerem coisas que são totalmente mentira?

    Como se o medo não fosse uma arma de controlo de massas à milénios…

    Gostaram de ver ontem os lobotomizadores da sociedade a chamar de “hóspedes” a “migrantes”? Está em casa aflitíssimo com a sua prisão ou como sobreviver sem trabalho? Não se preocupe, o estado vai continuar a pegar no seu dinheiro e a gastá-lo nos “essenciais”… Ainda não reparou que você passou a ser considerado uniteralmente pelo estado como “não essencial”? Não pode sair de casa ou do seu concelho? Saiba que o espaço Schengen continua aberto e a receber cada vez mais “doutores e engenheiros”, que o “estado” também arranjará maneira de lhe cobrar todo o € que eles vão receber. Quem se acredita numa palavra do que esses senhores dizem, também se acreditarão que mesmo com o país parado (ou a trabalhar) é possível dar € a quem nunca trabalhou. Ainda vão dizer que é “com lucro”!

    E não se esqueçam de usar a máscara, ireis sufocar na própria estupidez ou presos em nome da Liberdade.

    shorturl.at/byFS7
    shorturl.at/kvz14
    shorturl.at/loBM0

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    • Jornaleca permalink
      21 Abril, 2020 06:09

      Uma cambada deles acabaram de aterrar em Hannover (Alemanha). Muitos com um t-shirt, a dizer: Istambul 1453.

      O instituto (Robert Koch) na Alemanha, em colaboração com o governo comunista da Merkel, proíbiu fazer autópsias a aqueles todos, que dizem ter morrido pelo vírus. Isto significa, que ninguém sabe ao certo, quantos faleceram, por causa do vírus chinês comunista de Wuhan. Não há validade nenhuma dos dados. Nem burros trabalham nesse nível intelectual.

      A indústria do medo é conduzida e controlada pela esquerda, desde faz muitos anos.

      O Salazar sabia proteger o país contra esses porcos.

      Mas há aqui tantos desorientados, que nem sequer sabem, o que é que define uma ditadura e o que não. Ser autoritário e querer o bem de uma nação é uma coisa muito diferente, ditador outra. A esquerda nunca quis o bem da nação. Este simples facto, esta bruta verdade, é demais para alguns.

      A esquerda ama e beija os pés a qualquer ditador. A nossa constituição, que não vale um corno, quer nos levar para uma ditadura comunista.

      FUCK 25 de Abril

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  10. Zé Manel Tonto permalink
    20 Abril, 2020 18:00

    Não foi preciso Estado, nem polícia à porta, para a minha avó ficar em casa.

    Os meus pais levaram-lhe as compras, e com o frigorífico e despensa cheia, lá está ela sossegada, à espera que a coisa passe.

    A senhora é inteligente, sabe que, com a idade que tem, e o coração já não é de pessoa nova, se apanha o boicho pode ser sério.

    Como a pessoa média não é tão inteligente, precisa do papá Estado a dar ordens.

    Orwell deve estar a dar voltas no túmulo.

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    • Goodfeeling permalink
      20 Abril, 2020 18:31

      Eu tenho a sensação que o Zé está a ajudar num hospital na ala dos infectados por COVID-19, sem máscara, nem qualquer tipo de protecção. E possivelmente nunca lava as mãos. Grande Zé!

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      • Zé Manel Tonto permalink
        20 Abril, 2020 19:21

        O Zé faz a sua vida, e vai a todo o lado.
        O Zé tem 30 e poucos anos, e nenhum problema de saúde. Em cada 500 Zés infectados, morre apenas 1, por isso o Zé não anda borrado.

        O Goodfeeling saberá de si.

        Ou está num grupo de risco, e deve estar em casa, não precisando, se for sensato, de polícia à porta.

        Ou não está em nenhum grupo de risco, mas está em casa fechado, sem chatear ninguém, e então é só um bocadinho medricas, mas nada contra.

        Há a terceira hipótese, que é estar fechado em casa, e a exigir ao Estado que feche o Zé em casa também, o que faz do Goodfeeling um tiranete de terceira, e merecedor de um das Caldas.

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  11. Leunam permalink
    20 Abril, 2020 19:33

    Gostaria de recordar aqui um texto que em tempos escrevi relativo a questões relacionadas com a SEGURANÇA DE PESSOAS E BENS.

    O Português, geralmente, não tem quaisquer noções de Segurança nem procura aprender.
    Também é verdade que as Escolas não as ministram nem cedo nem tarde.
    Por este motivo há muita incúria, a começar na Fiscalização.
    O Português não gosta de FISCAIS.
    Por isso se assiste a toda a espécie de atropelos às REGRAS DE SEGURANÇA.

    Dou exemplos do português aventureiro que:

    Quando circula com automóvel, frequentemente:

    1- Conduz a falar ao telemóvel.
    2- Excede frequentemente a velocidade permitida.
    3 – Não respeita a distância de segurança ao veiculo da frente. 4 – Não respeita a sinalização (quando a há).
    5 – Bebe álcool antes de conduzir.
    6 – Usa indistintamente qualquer das faixas de rodagem que a via oferece.
    7- Inventou até uma nova forma de estacionar:
    Há ruas em Lisboa com duas faixas de rodagem com circulação nos dois sentidos mas com uma das faixas tomada por carros estacionados de dia e de noite.
    8 – Tolera:
    – Que a renovação da carta de condução se faça sem o exame de um médico oficial.
    – O piso das estradas cheio de irregularidades com covas, lombas e curvas com inclinação inadequada.
    – Sinalização horizontal ou vertical por vezes omissa, insuficiente ou danificada pelos vândalos e até tapada por ramagens.
    – Sinalização luminosa com tempos activos e de pausa, inapropriados.

    Enquanto peão, frequentemente:

    1 – Atravessa fora das passadeiras ou com sinal vermelho para o peão.
    2 – Atira-se para a passadeira sem sequer ver o que está a circular por perto.
    3 – Usa o telemóvel como se nada mais exista à sua volta.
    4 – Tolera os passeios com buracos e outras irregularidades e frequentemente sujos de lixo, nomeadamente cócó de cão.

    Enquanto cidadão:

    1 – Não observa se os edifícios onde habita, nas casas comerciais que frequenta, em locais de diversão, etc. se dispõem de 1 ou mais extintores contra incêndios nas áreas públicas ou mesmo particulares e se há planos de evacuação.
    2 – Não imagina o que pode acontecer em estabelecimentos tais como as lojas dos “chineses” cheias de materiais altamente combustíveis e sem saídas de emergência.
    3 – Tolera a chegada de milhares de turistas e outras pessoas vindas do estrangeiro sem que os mesmos sejam minimamente vigiados no seu estado de saúde.
    4 – Tolera que se omita o ENSINO DAS REGRAS DE SEGURANÇA em TODOS os ciclos do Ensino Público incluindo exercícios práticos.
    5 – Tolera raças de cães claramente perigosas para o ser humano.
    6 – Não lava as mãos com frequência, nomeadamente quando acaba de fazer as necessidades (uma estatística referida na Televisão apontava para 25% dos inquiridos !).
    7 – Pouco se preocupa com a Segurança Alimentar e dos brinquedos das crianças.
    8 – Automedica-se a esmo.
    9 – Nos Hospitais entra-se e sai-se sem quaisquer cuidados com a roupa e o calçado e sua eventual desinfecção à saída, chegando-se ao ponto de ver as visitas sentadas na borda da cama dos doentes.
    Conheço um Hospital com oito ou dez anos de construção onde, para nele se entrar pela porta principal, se tem de transitar sobre muitos excrementos de pombos, para ir à Recepção e posteriormente percorrer corredores e Enfermarias.
    Na hora das visitas estas têm, por vezes, de partilhar os elevadores com doentes em macas ou em cadeiras de rodas.

    Enquanto operário ou funcionário, frequentemente:

    1 – Não se informa quais as medidas de Segurança (se as há) implementadas pela entidade patronal e se as mesmas estão visíveis nos locais adequados.
    2- Desconhece o uso do equipamento de segurança ou despreza-o quando lhe foi distribuído, porque o considera incómodo ou desnecessário.

    Quanto ao Bom-senso dizia R. Descartes que é a coisa que Deus melhor distribuiu pela humanidade; ninguém se queixa de o não ter.

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  12. Filipe Bastos permalink
    20 Abril, 2020 19:47

    O Zé Tonto pertence à brigada do “se eu tou bem o resto que se lixe”.

    Do alto dos seus saudáveis 30 e poucos anos, nem concorda em contribuir para um SNS: se ele não precisa, os outros também não devem precisar. Quem quiser que pague um seguro. Quem não tiver ou não puder, azarinho.

    Cada um sabe de si. There’s no such thing as society. Solidariedade? Empatia? São overrated; são comunices.

    O Zé ainda tem desculpa, é novo. As crianças são egoístas, os jovens são tolos, os de 30s e tais ainda se julgam eternos. O pior é que há muito boa gente, e sobretudo muito má gente, que pensa como o Zé.

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    • Zé Manel Tonto permalink
      20 Abril, 2020 21:25

      O Zé Tonto esteve atento às previsões dos epidemologistas, que apontam para, na pior das hipóteses, 0.7% da população morrer, sem quaisquer medidas restritivas.

      O Zé Tonto leu História suficiente para saber que nunca uma doença que matasse uma percentagem tão pequena foi alvo de medidas tão exageradas.

      O Zé Tonto acha que, estando identificados os grupos de risco, podem as pessoas que estão incluidas nesses grupos tomarem as devidas precauções, sem forçar os restantes, sob ameaça policial, a estar fechados em casa.

      “nem concorda em contribuir para um SNS”
      Pois não. E depois?
      “Quem quiser que pague um seguro.”
      Naturalmente.
      “Quem não tiver ou não puder, azarinho.”
      Entre esse sistema, ou o sistema, “quem não tiver ou não puder, crava ao Zé”, prefiro.

      Porque há muitos que “não têm ou não podem”, mas têm uma televisão melhor que o Zé, e um telemóvel melhor que o Zé. Que têm canais pagos que o Zé não tem. E um longo etc.

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      • Vasco Silveira permalink
        20 Abril, 2020 21:51

        Um longo…? também das Caldas? Reconhecidas, entre outras coisas pelas suas águas medicinais.
        O Zé de tonto não tem nada.

        Cumprimentos

        Vasco Silveira

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    • Filipe Bastos permalink
      20 Abril, 2020 22:08

      Até concordo, Zé, quanto a certo exagero do covidas.

      Esta suspensão do mundo e do mantra do crescimento ‘infinito’ aos pés de uma gripe que matou ~170.000 – números oficiais, claro – em 4 meses, ou seja, +- o nº de mortes num só dia normal do planeta, é estranha; para não dizer bizarra.

      Ainda assim, ninguém quer arriscar entupir os hospitais ou passar por irresponsável, seria a morte política de qualquer governante, por isso aqui estamos.

      Mas é impossível concordar com essa postura egoísta, a roçar a sociopatia, de sacrificar os demais à moral capitalista de quem tem ou não, de quem ‘merece’ ou não. Talvez um dia veja que isso não é de pessoa decente, Zé… ou talvez não.

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      • Zé Manel Tonto permalink
        21 Abril, 2020 00:06

        “ninguém quer arriscar entupir os hospitais ou passar por irresponsável”

        criar propositadamente uma recessão das grandes não me parece responsável.

        “Mas é impossível concordar com essa postura egoísta”

        Eu também pensava assim.
        Até ouvir um dos elementos da “geração mais bem preparada de sempre” a dizer que quem ganha 1000€ é rico. Até perceber que o “rico” que deve pagar a solidariedade social, afinal sou eu.

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      • André Miguel permalink
        21 Abril, 2020 12:02

        É só para avisar que o preço do petroleo entrou em terreno negativo.
        Continuem em casa e acendam uma velinha a N.S. de Fátima enquanto esperam que isto passe.

        Entretanto vão-se preparando para as senhas de racionamento à lá urss.

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  13. Procópio permalink
    20 Abril, 2020 20:06

    O problema do vírus começa com a sua origem, a sua curiosa estrutura e o seu tipo de disseminação. Não vai ser fácil esclarecer o assunto. A versão dominante.é a do governo de Pequim, onde tal como em Xangai, só se registaram casos importados.
    Em Oxford e na China há estudos que permitem concluir sobre a fraca reactividade do vírus, só 2,5 % adquirem defesas e não se sabe por quanto tempo. A descoberta de uma vacina eficaz adivinha-se problemática a curto e médio prazo, não que dizer que apareçam várias versões. O Bill Gates parece muito interessado no assunto.
    Entretanto vamos dando conta de várias surpresas.
    Uma pequena parte da molécula do HIV está presente no Covid 19.
    A sua inserção não parece ser fortuita e está relacionada com a capacidade infectante:
    O facto foi revelado por investigadores indianos que foram forçados a retirar a publicação que acabou por ser confirmada por investigadores chineses
    Vão aparecer um ou mais medicamentos capazes prevenir e/ou curar.
    Os ventiladores são prejudiciais, a lesão directa do vírus nas células não é determinante. As mortes são causadas por reacções inflamatória graves induzidas pelo vírus

    Já agora, comprem produtos chineses baratuchos e até gratuitos, quem sabe?

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    • Expatriado permalink
      20 Abril, 2020 21:23

      Ouvi agora no noticiário da TVI.
      Os chinas andaram a comprar, no principio do ano, ventiladores na Europa. Agora vendem esses mesmos ventiladores à Europa por entre USD50.000 e USD60.000 quando o preço original era de USD7.500. Go, figure it out…

      Gajos que fazem estas “mamadas” são o quê?

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      • Filipe Bastos permalink
        20 Abril, 2020 21:48

        Gajos que fazem estas “mamadas” são o quê?

        Adeptos do mercado?

        Capitalistas?

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  14. Expatriado permalink
    20 Abril, 2020 22:58

    Agora, em directo, a conferência diária do grupo de trabalho anti-Covid19

    https://video.foxnews.com/v/5614615980001#sp=watch-live

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  15. 21 Abril, 2020 02:21

    ainda não viram que os chineses estão dormindo com os americanos, é tudo farinha do mesmo saco, quando tiverem oportunidade esfaqueiam-se inexorávelmente, a trama é deles e jogam na mesma equipa até deixar de ser o seu interesse particular

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  16. José Silva permalink
    21 Abril, 2020 12:20

    Eu por acaso concordo que o mercado e as pessoas têm sempre razão, mas já não concordo com as conclusões. De facto, cada vez mais pessoas se têm apercebido que o virus não é tão mortal como se temeu e que a vida pode regressar a uma relativa normalidade, mesmo com virus e que portanto se está a exagerar nas medidas de proteção, e isso fará toda a diferença, pelo que não é nada irrelevante. Logo que venha o bem tempo, e cada vez mais pessoas saiam à rua, e puderem ir até à praia, e logo que haja umas, mesmo que poucas, esplanadas abertas e os que ainda estão com receios, vejam outros calmamente a beber o seu fino em frente a um prato de tremoços, vão começar a perder o medo e a querer viver também. Eu sou um desses, pelo que posso falar por mim. Quem tiver medo, que compre um cão ou fique em casa, mas que não queiram obrigar-me a mim a continuar fechado em casa com medo de uma ameaça que eu já percebi não é tão terrível como todos receamos no inicio, eu incluído. Abaixo o virus! Vivam os forcados amadores de Vila Daqui ou Dali, que pegam o touro pelos cornos! Ou como dizia o outro, “Deixem-nos trabalhar!”

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  17. Manuel Pereira permalink
    21 Abril, 2020 19:21

    A dicotomia entre saúde e economia, que começa a exacerbar-se, parece fazer sentido. As pessoas, instintivamente, vão tentar proteger-se de uma doença infecto-contagiosa, cujos efeitos ainda são desconhecidos. A abertura da economia, fazendo-se por decreto, não resolverá o problema gravíssimo que enfrentamos, muitos serão obrigados a ir trabalhar, mas isso não quer dizer que a procura regresse à normalidade enquanto o vírus circular. Dizer que esta pandemia é tão letal como uma gripe é tão irresponsável como pensar que decretando a abertura dos agentes económicos voltamos à normalidade.
    Vejamos; os dados oficiais globais apontam para uma taxa de letalidade de 6%, ainda que seja metade, 70% da população infectada custará, só em em Portugal, 210 000 mortos, este é o preço que uma sociedade democrática e livre tenderá a não querer pagar de ânimo leve. Há ainda que juntar a esta equação a alta probabilidade de muitos infectados passarem a doentes crónicos severos.
    Mais vale ser pobre e saudável do que rico morto, é esta verdade que os economistas parecem escamotear.

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  18. lucklucky permalink
    21 Abril, 2020 21:37

    “o facto é que as pessoas, na sua enorme maioria, não querem correr riscos que possam pôr as suas vidas em perigo.”

    Não andam todos os dias na estrada?, de avião?
    Pior não vivem num pais socialista e votam socialista?

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  19. lucklucky permalink
    21 Abril, 2020 21:39

    “É, pois, com estas coordenadas que a nossa sociedade, as suas instituições e empresas terão de trabalhar, até que surja uma vacina ou terapêutica seguras para o COVID-19. Até lá, o mundo em que sempre vivemos não regressará. E, por isso, teremos de ter inúmeros planos b para salvaguardar o nosso modo de vida, cientes de que as pessoas não se deixarão empurrar por soluções que não preservem, em primeiro lugar, a sua segurança.”

    Mais uma vez completamente irrealista.
    As pessoas farão o que for preciso para colocar comida na mesa. Comida e não só.

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