O péssimo não nos ilude
Nos últimos tempos tenho andado bastante alheado de crónicas. O factor mais relevante para esse afastamento é o desinteresse pela vida política nacional do último ano. Normalmente, criticar o governo é algo que faz sentido quando sentimos que conseguimos arranjar melhor, mas, nos últimos tempos, e apesar da catástrofe de dimensões bíblicas que é manter o PS do governo, não há qualquer outro que desejasse ver a desempenhar cargos de governação. Sinto-me como se a um paralítico em cadeira de rodas fosse dada como única alternativa de conforto a amputação das pernas: continuará em cadeira de rodas, só diminuirá inutilmente em volume.
Dir-me-ão que, decerto, nos novos partidos ou nos mais pequenos haverá gente que vale a pena apoiar, o que certamente será verdade. Porém, não sou dado a grandes batalhas épicas de David contra Golias, pois estas só são história nos raros casos em que o anão derrota o gigante, nunca nos incontáveis casos em que a natureza segue o seu curso e as coisas acontecem como têm que acontecer. Assim sendo, os culpados pelo meu desinteresse não são indivíduos como Cotrim Figueiredo ou André Ventura e sim os bonacheirões que tornaram o governo PS numa coisa semi-respeitável, ou, pelo menos, no mal menor. Refiro-me em específico à hibernação do PSD como partido de poder e à grande purga no CDS rumo à obsolescência. Enquanto estes dois não concluirem que têm nas mãos a criação da única base de alternativa ao governo PS – e refiro-me à base, não ao facto de virem a incluir as novas forças num bloco de apoio – não vejo alternativa a não ser participar na hibernação deste longo Inverno nacional. Enquanto assim for, que fique lá o Costa. É péssimo, mas, pelo menos, é um péssimo com o qual não nos iludimos.
Nada ‘como habitualmente’ para estimular uma corja de predadores a prosseguirem a sua função.
Na ausência de salvadores – a hiipótese permanente – vigiar e denunciar é missão cujo desleixo é título de cumplicidade.
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Isto só se resolve com a continuação dos geringonças (juntos ou “separados”) no Poder quando a crise (mais uma) chegar. Terão se ser eles a governar o sítio para que o povoléu, que tanto gosta dos socialismos, experimente na carne as dores do parto que se imporá. Só assim serão vacinados contra o “vírus” dos “almoços grátis”. Vai doer? Vai!!
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Pelo que me recorde, é a primeira vez que não estou de acordo com Vitor Cunha.
Isto porque tirando casos extremos, tipo Hitler, Estaline, Pol Pot, Mao…, qualquer coisa – ou mesmo a ausência de qualquer coisa, mas já nem peço tanto -, repito, QUALQUER COISA é melhor do que o PS (seja sozinho, seja com os restantes cãomunistas-socialistas do PCP, BE, etc).
E de todo não há qualquer vestígio de semi-respeitabilidade nessa gente.
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Este comentário foi para “aprovação “. Talvez passe desta vez.
“Isto só se resolve com a continuação dos geringonços (juntos ou “separados”) no Poder quando a crise (mais uma) chegar. Terão se ser eles a governar o sítio para que o povoléu, que tanto gosta dos socialismos, experimente na carne as dores do parto que se imporá. Só assim serão vacinados contra o “vírus” dos “almoços grátis”. Vai doer? Vai!!“
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Quando se é verdadeiramente patriota, baixar os braços nunca é opção.
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Não acho que isto signifique baixar os braços. Aliás, não sinto de todo que o tenha feito: as crianças continuam a comer, os túmulos têm flores frescas, uma saia curta ainda me faz virar a cabeça e tenho milhões de canções disponíveis na ponta dos dedos.
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Se quer dizer “baixar os braços” politicamente, posso garantir-lhe que erguê-los vale o mesmo, ou seja, nada, com a casta política que temos. Porquê?
Se não notou, ainda, tome nota: têm todos a mesma escola
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Para mudar a poltranice só votando no Chega. E os saudosistas da social democracia ou neotontos escardalhos, que se lixem.
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