É de facto uma questão muito importante

Paulo,

A chamada elite cultural, meninos e meninas com muitos titulos e diplomas, e poucos zeros na conta bancária, a geração mais bem preparada de sempre, “overeducated underachievers”, gosta muito de falar de inveja quando são criticados pelos que eles consideram inferiores (por não terem diplomas).

Lembre-se que um burro carregado de livros é um doutor.

Uma das pessoas mais estúpidas que conheci na vida saltou de mestrado, doutoramento, bolsas de investigação para aqui e para ali, com 30 e poucos nunca tinha trabalhado um dia que fosse, mas os diplomas estavam lá todos e a família, da qual ela era a primeira a ir para a Universidade, lambia o cú da menina, que era muito inteligente, pois não eram capazes de perceber a dimensão da cavalgadura.

Ninguém tem inveja dos diplomoas dos “dôtores”, mas muito “dôtore” tem inveja de ganhar menos que um electricista.

(disclaimer: tenho mestrado, mas não me acho melhor que quem não tem)

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Curta experiência pós PREC, Faculdade de Letras/História, aulas nocturnas.
O Prof Piteira Santos, a informar a turma das clissificações dos trabalhos.
A lançar no ar se merecedores de acordo geral da assistência.
Alguns dos trabalhos, numa manta de retalhos de dois ou três colegas,
desprovidos da exigência de qualquer trabalho mais apurado.
Por falta de orientação professoral, também, diga-se.

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Paulo, essa conversa de que os bolseiros trabalham muito, e que é pelo bem da ciência, é para enganar pessoas que nunca por lá andaram.

Candidatei-me a uma bolsa, tudo publicado, como é de lei, entrevista feita, e no fim os dois professores que a fizeram dizem que o candidato vencedor já estava seleccionado, que era um aluno que ia fazer mestrado com um deles, e nem estavam à espera que aparecessem outro candidato.

Histórias como essas são a regra, e não a excepção.

A menina de que lhe falei passou anos a investigar um assunto, e recebeu bolsa num assunto que não tinha nada a ver, cunha dos professores que a orientaram.

O que verdadeiramente contribui para o desenvolvimento ciêntífico não é quase nada do que se faz nas universidades. O que contribui para o conhecimento ciêntífico são as pesquisas militares, como saberá se não for desonesto. Sem pesquisas militares não estava a usar a internet, para não ir mais longe.

Se não é capaz sequer de seguir uma thread de comentários, não sei que lhe diga, mas o que está aqui em discussão é a sua bojarda sobre imbecilidade e inveja de quem não passou da primária.

Garanto-lhe que conheci mais “dôtores” com inveja e raiva (mal reprimida) de receber menos que electricistas, que electricistas com inveja dos diplomas dos “dôtores”.

Para deitar mais gasolina na fogueira, são mais importantes os electricistas, que a maioria dos “dôtores”, pois a Universidade, com excepção das áreas de Saúde e Engenharia, é pouco mais que um jardim infantil para tipos que não querem trabalhar.

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