Candidato do BE aponta falhanço do Estado Social
Leio hoje no artigo de Rui Tavares que Portugal tem graves problemas de desigualdade. Os 20% mais ricos são 8 vezes mais ricos que os 20% mais pobres. Isto não é surpreendente. Reparem:
1. Oito vezes é a relação aproximada entre uma reforma de um trabalhador de topo da administração pública e o trabalhador médio do sector privado.
2. Oito vezes é a relação aproximada entre o rendimento de Lisboa, onde se centra a administração pública, e o rendimento no vale do Ave onde se centra parte da indústria exportadora.
3. Oito vezes é a relação aproximada entre o custo de uma obra pública em Lisboa e o custo de uma obra pública no Porto.
4. Oito vezes é a relação aproximada entre os salários de topo da administração pública e o salário de um licenciado em início de carreira.
5. Oito vezes é a relação aproximada entre o rendimento dos assistentes sociais e o rendimento das pessoas que eles supostamente ajudam.
6. Oito vezes é a relação aproximada entre o rendimento do eleitor típico do BE e o rendimento do eleitor típico do PSD no Vale do Cávado, Vale do Ave e Vale do Sousa.
Como explicar a ubiquidade desta relação de oito sabendo-se que o Estado Social consome 50% do rendimento nacional? Creio que a resposta é evidente:o Estado Social consome 50% do rendimento nacional.

João, é o número do diabo!888!Fujam, belzebu anda por este país.
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888 deve ser é a relação aproximada entre o IRS que o Socrates declarou e os rendimentos que tem escondidos em offshores.
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Já agora, onde estão as fontes destes números?
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O Loiçã tem que defender o confico de TUDO acima de 3000 euros por mês para combater a pobreza.Assim sim nós os extremistas veriamos os verdadeiros revolucionários…(só á parte dele e da mulher quantos pobres não ficariam remediados…)
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Já agora em relação ao competente Constâncio qual seria o nª?
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Os recursos do país são todos para os grandes que açambarcam todos os lugares onde se ganha dinheiro. Por exemplo, tv’s privadas. Há aí uns que acham que não dá para mais ninguém e são milionários. Os outros que querem ser também milionarios apostando numa tv não podem.
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“Como explicar a ubiquidade desta relação de oito sabendo-se que o Estado Social consome 50% do rendimento nacional? Creio que a resposta é evidente:o Estado Social consome 50% do rendimento nacional.”
Ehhehehe. Muito bem JM.
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Se o Estado confiscasse mesmo TUDO acima de 3000 euros por mês veriam como se acabava logo a africanização em curso… esse colecçionar de bairros sociais com gente sem trabalho…
Os cuidadores dos pobres, os fracturantes, aqueles que vivem no bem bom a chatear extremista, cairiam na “real” como dizem os brasileiros…
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Nós, os contribuintes, pagamos para:
– A Presidência da República (QUANTO?);
– Todos os Partidos Políticos (QUANTO?);
– A Assembleia da República (QUANTO?);
– Governos (QUANTO?)
Directamente, quanto PAGAM os portugueses para esta gente?
O que fazem em prol do bem de todos?
Servem os “contribuintes” ou servem-se dos “contribuintes”?
NESTE MOMENTO, é urgente questionar o regime político em Portugal – «Serve» as pessoas ou «servem-se» das pessoas?
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As contas do funcionamento do sistema político (TUDINHO), são públicas?
E da corja que circula por-em-volta?
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Já agora, onde estão as fontes destes números?
Rui Tavares é historiador, não é economista.
Já agora 8 é também o numero entre o que agora ganha e que o que vai ganhar como deputado europeu.
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Eis um post desonesto tipo.
À la João Miranda.
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Fado isto não foi escrito por Rui Tavares , foi escrito por este famoso economista que dá pelo nome de João Miranda.
O homem que vai disciplinar a defesa publica.
E famoso mundialmente por ter previsto como acabaria a economia Tipo D. Branca nesta nossa sociedade.
Bem haja.
JOJORATAZANA
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“Oito vezes é a relação aproximada entre o custo de uma obra pública em Lisboa e o custo de uma obra pública no Porto.”
então quanto teria custado a casa da música em belém.
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6. Oito vezes é a relação aproximada entre o rendimento do eleitor típico do BE e o rendimento do eleitor típico do PSD no Vale do Cávado, Vale do Ave e Vale do Sousa”
Sociologia politica tonta de JM.
O eleitor médio do BE ganha 640 contos mês!
O eleitor do PSD em Vizela ganha salário mínimo.
OS 6% de eleitores do BE de Vizela são classe média alta! Santa paciência! Quem ganha 600 contos no Vales referidos, votam CDS e PSD, e fogem dos comedores de crianças ao almoço e ao jantar.
O João Miranda atira à parede, e, tá feita a Tese.
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O Miranda quer outra vez um chorrilho de respostas.
Eu ajudo com 1, mas é só para dizer que escrever disparates nem sempre rende.
Este post é tão palermita que nem sequer dá azo a discussão.
Apenas mais 1 mirandice…
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Fado isto não foi escrito por Rui Tavares
Pois não.
Mas o que ele escreve e que a seguir se transcreve porque só está disponível para assinantes, fez-me lembrar o filme Cocktail.
Mistura de uma forma homogénea, alhos com bugalhos.
Consideremos os (mais ou menos) dez milhões de portugueses que vivem em Portugal. Agora vamos escolher os dois milhões mais pobres e mais ricos, cerca de um quinto da população para cada lado. Agora, adivinhem qual é a diferença de rendimentos entre uns e outros: os mais ricos são oito vezes mais ricos do que os mais pobres.
O mesmo exercício repetido para a Espanha dá resultados diferentes: os mais ricos são apenas 5,6 vezes mais ricos que os mais pobres. É o jornal inglês The Guardian que apresenta estes dados na crítica a um novo livro, The Spirit Level, sobre o problema da desigualdade (só os gráficos que acompanham o texto já merecem uma visita; estão no meu blogue em ruitavares.net).
Em poucas frases, a questão é esta: a desigualdade nunca é apenas a desigualdade. A desigualdade é um monte de problemas: os países mais desiguais têm mais gravidezes na adolescência, têm mais gente na prisão, pessoas mais iletradas, mais corrupção, menos confiança no sistema político. A desigualdade não é apenas um efeito, mas uma causa do nosso atraso, e vai ser preciso repeti-lo enquanto formos desiguais e atrasados. Que no nosso caso vai dar ao mesmo.
O Japão e a Suécia, dois países muitíssimo distantes, tanto na geografia como na história, são bons exemplos. As suas sociedades e sistemas políticos têm poucas semelhanças, mas ambos são países bastante iguais (os mais ricos são apenas três ou quatro vezes mais ricos que os mais pobres) e ambos têm poucos problemas de crime ou ignorância. Todos saem a ganhar: na literacia, até as classes médias e altas dos países iguais são mais educadas do que as dos países desiguais.
Como mau exemplo: Portugal. A perplexidade dos autores é a agora inversa. Portugal e Espanha são tão próximos na geografia e na história. Como é possível que tenham divergido tanto em apenas trinta anos?
E chegados aqui, os jornalistas do Guardian cometem um erro. Dizem eles que em princípio seria de esperar que a Espanha fosse mais desigual, uma vez que é mais diversa internamente, com as suas regiões e autonomias. E Portugal é mais homogéneo e desigual ao mesmo tempo, o que não parece fazer sentido. Mas, pelo contrário!, faz todo o sentido.
O erro está em pensar que igualdade é homogeneidade, quando são coisas muito diferentes. Não por acaso, a obsessão com a homogeneidade é de direita (se pensarmos bem, é herdeira da obsessão religiosa com a pureza) e a obsessão com a igualdade é de esquerda. A direita preocupa-se menos com a desigualdade desde que o país seja homogéneo. O conservadorismo nacional é anti-regionalização, anti-imigração e antidireitos dos gays (bom dia, dr.ª Manuela Ferreira Leite), mas não perde o sono com a desigualdade. O projecto oposto não tem problemas em viver num país heterogéneo; o que nos interessa é dar a mesma dignidade a cada uma das partes que o constituem.
Em suma, eu diria que foi quando a Espanha viu que é um país plural que começou a tornar-se um país mais igual. Mas que sei eu? Perguntem a Felipe González. O que ele respondeu numa entrevista recente foi que o segredo do crescimento da Espanha está em assumir a sua pluralidade interna: “Se há trinta anos me dissessem que a Galiza viria a ser uma economia dinâmica na globalização, eu daria uma gargalhada.” Com o nosso desigual Norte a cair no atraso, é uma gargalhada amarga para nós
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Alguns eleitores muito irritadinhos, mas deviam tentar explicar como é que um Estado que gasta 50% do PIB ainda não resolveu o problema da desigualdade.
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#18 JoaoMiranda disse
18 Março, 2009 às 1:08 pm
Caro Jmiranda, ca’gande iniquidade
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Nem tudo o que é estado é estado social. logo o estado social não consome 50% do pib; e essas contas com o pib como denominador só mostram que JMiranda não sabe bem o que o pib é.
Mas que o estado gasta muito, e que o estado social gasta muito ninguém (no seu juízo que não seja do BE) duvida.
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PKS,
Muito me diz. Então o Estado que foi criado para ser social desviou-se dos seus fins e em vez de ajudar quem precisa ajuda clientelas? Fiquei muito surpreendido.
Já agora, qual é o problema de se usar o PIB como denominador?
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João, não deixa de me surpreender pela negativa. Com a mesma seriedade dos seus argumentos, deixo os meus.
1. Oito vezes é a relação aproximada entre uma reforma de um trabalhador de topo da administração pública e o trabalhador médio do sector privado.
E quantas vezes é a relação entre o mesmo trabalhador médio e o topo da administração privada?
2. Oito vezes é a relação aproximada entre o rendimento de Lisboa, onde se centra a administração pública, e o rendimento no vale do Ave onde se centra parte da indústria exportadora.
Mas não percebo! O Vale do Ave tem a maior concentração de Ferraris do país!
3. Oito vezes é a relação aproximada entre o custo de uma obra pública em Lisboa e o custo de uma obra pública no Porto.
Estamos a contabilizar o chamado “subsídio lubrificante”?
4. Oito vezes é a relação aproximada entre os salários de topo da administração pública e o salário de um licenciado em início de carreira.
O mesmo que para o ponto um.
5. Oito vezes é a relação aproximada entre o rendimento dos assistentes sociais e o rendimento das pessoas que eles supostamente ajudam.
Então acabem com o RSI para aumentar a distância. Afinal 8 vezes nem é assim tanto.
6. Oito vezes é a relação aproximada entre o rendimento do eleitor típico do BE e o rendimento do eleitor típico do PSD no Vale do Cávado, Vale do Ave e Vale do Sousa.
Eleitor típico do BE de onde? Então e o político do PSD, PS ou CDS no topo da administração pública? E o Dias Loureiro? Não podemos fazer a mesma comparação com um eleitor típico do PSD da zona central de Portugal, dono de uma média empresa e que teve um surto de riqueza nos gloriosos anos do cavaquismo?
Sempre gostei de posts bem humorados e espero ter estado à altura!
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joão vai dar banho ao cão!
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João,
o comentário do PKS parece-me pertinente.
Nem toda a despesa do Estado é afecta a fins sociais. Exemplo: polícia, justiça (com sistema prisional incluído), diplomacia…Funções que mesmo os liberais não contestam. Digo eu.
Isto, obviamente, sem deixar de reconhecer a obscenidade que o Estado gasta. Nem contesto
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Oito vezes é a relação aproximada entre uma reforma de um trabalhador de topo da administração pública e o trabalhador médio do sector privado.
Que os patrões do sector privado que aumentem os salários dos seus trabalhadores, para que a relação seja de 7,5.
2. Oito vezes é a relação aproximada entre o rendimento de Lisboa, onde se centra a administração pública, e o rendimento no vale do Ave onde se centra parte da indústria exportadora.
Que o vale do Ave não exporte tanto. o valor passará a ser de 9 ou 10.
3. Oito vezes é a relação aproximada entre o custo de uma obra pública em Lisboa e o custo de uma obra pública no Porto.
oito vezes é a relação entre o custo inicial e o custo final de uma obra pública em qualquer parte do país.
4. Oito vezes é a relação aproximada entre os salários de topo da administração pública e o salário de um licenciado em início de carreira.
Que se desçam o salários dos recém licenciados, até que quem tenha o 12º ganhe mais do que eles.
5. Oito vezes é a relação aproximada entre o rendimento dos assistentes sociais e o rendimento das pessoas que eles supostamente ajudam.
Que se diminua o rendimento das pessoas supostamente ajudadas
6. Oito vezes é a relação aproximada entre o rendimento do eleitor típico do BE e o rendimento do eleitor típico do PSD no Vale do Cávado, Vale do Ave e Vale do Sousa.
Acabe-se com o BE ou com o PSD. a escolha é livre…
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666 é o número da besta, 8 é o número do João?
Não devia tido ele arranjado 8 pontos para divagar?
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“A desigualdade é um monte de problemas: os países mais desiguais têm mais gravidezes na adolescência, têm mais gente na prisão, pessoas mais iletradas, mais corrupção, menos confiança no sistema político. A desigualdade não é apenas um efeito, mas uma causa do nosso atraso, e vai ser preciso repeti-lo enquanto formos desiguais e atrasados.”
Gostaria de saber como é que o Rui Tavares conclui que a desigualdade é causa disto tudo. Não serão a corrupção, a iliteracia e a gravidez na adolescência causas da desigualdade?
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««Nem toda a despesa do Estado é afecta a fins sociais. »»
Mas isso não é um argumento contra o Estado? Então gastam 50% do PIB e a despesa social não chega para eliminar desigualdades?
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João,
não percebeu ou eu não me expressei de forma clara.
Por certo o João Miranda não põe em causa (pelo menos em princípio) a despesa necessária ao exercício das funções de soberania e diplomacia, por exemplo.
É o custo necessário ao funcionamento do Estado; e este funcionamento há-de ter sempre um custo. Qual a percentagem do PIB afecto a estes fins? Não sei.Mas em princípio – repito, apenas como princípio – estas despesas são necessárias.
Coisa diferente é a despesa afecta a fins sociais. E aí, obviamente, que concordo com o que julgo que diz: o Estado ao querer eliminar as desigualdades apropria-se de tantos recursos que acaba ele próprio por ser a causa das desigualdades. Com esta perversidade: como se arroga o direito de cuidar de todos e de eliminar as desigualdades, continua a bradar que o (muito) que gasta é (sempre) pouco. Pescadinha de rabo na boca.
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Excelente post.
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Não se importava de concretizar os seguintes pontos:
2. Oito vezes é a relação aproximada entre o rendimento de Lisboa, onde se centra a administração pública, e o rendimento no vale do Ave onde se centra parte da indústria exportadora.
Qual é a diferença de rendimento entre:
Administração pública de Lisboa e Administração pública do Vale do Ave?
Indústria de Lisboa e Indústria do Vale do Ave?
3. Oito vezes é a relação aproximada entre o custo de uma obra pública em Lisboa e o custo de uma obra pública no Porto.
Importa-se de dar exemplos comparáveis?
1 – Oito vezes é a relação aproximada entre uma reforma de um trabalhador de topo da administração pública e o trabalhador médio do sector privado
Pergunta. Qual é a relação entre a reforma de um trabalhador de topo da administração pública (Um Juíz ou Presidente da República,Por exemplo) e um trabalhador de topo do sector privado (Jardim Gonçalves ou Santos Silva – Reformados de Bancos com Sede no Porto)
6. Oito vezes é a relação aproximada entre o rendimento do eleitor típico do BE e o rendimento do eleitor típico do PSD no Vale do Cávado, Vale do Ave e Vale do Sousa.
Não sei se será oito vezes, mas uma coisa é certa! Proporcionalmente os eleitores do BE ocupam a faixa de rendimentos mais elevados do país. Até os BE’s com curso de desempregado (Tipo Sociologia, têm sempre lugar no CES do Dr. Boaventura e no Parlamento Europeu) – É um luxo ser de Esquerda!
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Oito vezes oito é o número de disparates blogados pelo JM todos os dias.
É de lembrar aqui as afirmações de JM sobre o preço do petróleo.
Se todos acreditássemos nelas teríamos hoje a gasosa a mais de 300 euros…
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Grande post de verdades que incomodam!
Ficamos à espera que o BE defenda que a pensão máxima seja no máximo 8 vezes a pensão mínima (se a mínima é de 250 euros a máxima terá de ser de 2000 euros)
Ficamos à espera que o BE defenda que ninguém na função pública ganhe mais que 8x o SMN, ie, 3600 euros!
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O Louçã e o Fazenda podem começar por renunciar a parte dos seus rendimentos para não contribuirem para a desigualdade.
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««Por certo o João Miranda não põe em causa (pelo menos em princípio) a despesa necessária ao exercício das funções de soberania e diplomacia, por exemplo.»»
As despesas de soberania não são o que mais pesa no orçamento. Um país inserido na União Europeia deve gastar para aí 5% a 10% do PIB em despesas de soberania.
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Pensamento mais alargado , pá. Nada vai ficar igual depois da fase do estado social. Sempre é melhor do que aquela em que o rei ou o imperador eram representantes do divino. Continuum evolutivo? pode ser , não?.
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