Princípio do pagador não utilizador
25 Junho, 2010
Questão das portagens nas SCUTs resolve-se facilmente com um pequeno aumento de impostos. Está demonstrado que aumentar impostos cria menos contestação que a aplicação do princípio do utilizador-pagador.
Um governo bem sucedido governa de acordo com o princípio seguinte: o mal deve ser distribuído por todos, o bem pelos que têm melhor memória.
10 comentários
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De facto, é o que sucede na Alemanha, um país com muitos milhares de quilómetros de autoestradas… e sem portagens:
Dado que todos os automobilistas, num dia ou noutro, acabam por passar por elas, um imposto (de circulação ou equivalente) calculado em termos médios resolve o problema de forma simples.
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http://oinsurgente.org/2010/06/24/utilizador-pagador-ii/#comments
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O princípio do utilizador-pagador já existe com todos os impostos sobre veículos e combustíveis, e demais taxas.
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Um leitor português, actualmente a residir na Alemanha, informa:
«Para os ligeiros não há portagens em nenhuma autoestrada alemã. Os pesados (aplica-se aos estrangeiros também, mas exceptuam-se os autocarros) precisam de pagar desde 1 Jan 09 uma taxa de circulação por km – ver [aqui] ou [aqui].
O essencial, em português, pode ser lido [aqui].
Tem havido muita contestação pois os cidadãos alemães queixam-se que assim os pesados (Lkw) passam a entulhar as estradas nacionais com o seu trânsito.
O financiamento das estradas vem especialmente do imposto de circulação, que é superior ao praticado em Portugal. P. ex: um Ford Focus 1.6 Diesel paga 247 Euros por ano».
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Foi de facto seguindo o princípio enunciado pelo João Miranda que se criou o maior dos logros do Estado Social – a Segurança Social – na componente da pensão na reforma.
Em vez de se admitir que se tratava da criação de um novo imposto, para pagar as pensões de hoje, o Estado criou conscientemente a ilusão que se trataria de uma espécie de seguro individual que, devidamente administrado por um fundo governamental, iria proporcionar o rendimento sufciente para assegurar a pensão de velhice quando esse momento chegasse. Para melhor “embrulhar” a trafulhice, o imposto, neste caso, foi baptizado de “contribuição” (designação que se mantém até hoje) numa antecipação do newspeak orwelliano.
Ora, a única promessa que o estado pode assegurar nesta matéria é que irá taxar, tanto quanto for possível, os nossos filhos. Se daí for possível resultar uma pensão de reforma média que não seja de mera subsistência, veremos.
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essa do utilizador pagador é uma falácia para chular mais um bocado em impostos… já pagamos o asfaltamento integral de Portugal várias vezes em IA, ISP e IVA em dupla tributação…
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O problema é que alguns pagam AE (Sul) e outros não (Norte).
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Olhem, a via do infante é no norte! Como vou para lá?
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> Se daí for possível resultar uma pensão de reforma média que não seja de mera subsistência, veremos.
Pois é – como dizia o P.J.O’Rourke, dar dinheiro ao Estado (democrático) é como dar whisky e as chaves do carro a adolescentes.
Dantes chamavam-se Caixas de Previdência, e eram supostas funcionar como uma mutualidade. Foram assaltadas pelos sociais-democratas, a pretexto de socorrer os pobres. A coisa rendeu votos em barda, e fez escola.
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…
Para não pagar também há a hipótese de emigrar.
Nuno
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