A crise financeira
Na passada Segunda-Feira, as bolsas mundiais entraram em queda. Falou-se da maior crise dos últimos 60 anos. As atenções viraram-se para os bancos centrais. A Reserva Federal Americana baixou as suas taxas de referência. Os grupos políticos anti-capitalistas voltaram a prever a queda eminente do capitalismo, certamente imerso nas suas contradições. O governo português optou por manifestar o seu optimismo e a sua confiança na economia portuguesa.
A actual crise financeira é uma consequência das políticas seguidas pelos bancos centrais, em especial pela Reserva Federal Americana. A Reserva Federal fixa a taxa de juro de referência de forma a não criar inflação e a estimular o investimento. Quando a Reserva Federal fixa taxas baixas, o crédito fica mais barato e o investimento é estimulado. No entanto, o crédito demasiado barato gera sobre-investimento e, a prazo, inflação. As taxas de juro variam ciclicamente de acordo com a actividade económica e os riscos de inflação. No último ciclo, a Reserva Federal baixou de tal forma as taxas que os bancos puderam praticar taxas muito baixas. Estas taxas muito baixas tornaram possíveis empréstimos até então considerados de alto risco. As taxas baixas contribuíram também para a formação de uma bolha imobiliária. Quando as pressões inflacionistas começaram a fazer-se sentir, a Reserva Federal foi forçada a subir as taxas de juro. Ao fazê-lo causou a queda do valor do imobiliário e tornou inviáveis os empréstimos de alto risco entretanto feitos. Os bancos comerciais sofreram perdas significativas. Ao que tudo indica, a actual crise nas bolsas mundiais é uma consequência da crise no sector bancário e da contracção do crédito. A Reserva Federal voltou a cortar as taxas de juro. Este corte constitui um retorno ao período de taxas baixas que esteve na origem da crise.
As crises financeiras deste tipo são frequentes. Temos uma a cada 4 ou 8 anos. As anteriores resolveram-se, esta também se poderá resolver. No entanto, todas as propostas para a resolver insistem ou nos mesmos erros ou em erros ainda piores. O ambiente político que se gerou em torno da crise é preocupante. O governo português vive numa realidade alternativa. Insiste em fingir que tem soluções para um problema que o transcende. Perante a crise, a Reserva Federal não fez mais do que repetir as políticas que a geraram. Os grupos anti-capitalistas querem eliminar os poucos mecanismo de auto-correcção que o mercado possui. Querem sujeitar os bancos centrais aos caprichos dos políticos. Os bancos centrais precisam certamente de uma reforma. O ambiente político dominante apenas permite reformas que tenderiam a agravar os problemas.

A 3 colunas, leva à estreiteza do post, que se espicha por ali abaixo em cacete, quando o verbo abunda.
Sobre este post, concordo com os dizeres da caixa abaixo dele:
“Esta entrada … está …Sem-categoria.”
😉
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Continuas a olhar para uma equação diferencial longa como se uma das variáveis independentes influenciasse as outras. E tua descrição do que aconteceu no mercado imobiliário nem sequer corresponde à verdade. Conjugando as duas coisas, não saiu um grande post…O curioso é que, sem lógica e juntando coisas erradas, consegues forçá-las a dar conclusões certas!:)
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“O governo português […] insiste em fingir que tem soluções para um problema que o transcende”
Que eu tenha notado, o governo português nunca pretendeu ou fingiu ter uma qualquer solução que fosse para a presente crise financeira.
Apenas disse que a crise afetaria pouco a economia portuguesa, o que é completamente diferente de fingir ter uma solução para a crise.
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Quando o Bank of England salva o Northern Rock da falência, está o regabofe instalado… Sinaliza que práticas irresponsáveis de alguns são recompensadas em última instância por todos…
Se logo no início da crise (que não começou esta semana, já se prolonga há muito) tivessem deixado falir um banco, a brincadeira nunca tinha ido tão longe…
Com a actual regulação existem menos crises, mas mais agudas. Se os reguladores não intervissem tanto provavelmente existiriam mais crises mas de grau muito menor pois seria mais rápida a correcção dos desequilíbrios pelo mercado…
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“No último ciclo, a Reserva Federal baixou de tal forma as taxas que os bancos puderam praticar taxas muito baixas.”
Penso que uma parte da razão foram os ataques de 11 de Setembro e o receio de recessão por sua causa. Se não me engano alguém da administração até disse que os americanos deviam “ir ás compras”.
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“Na passada Segunda-Feira, as bolsas mundiais entraram em queda”
A crise teve um nome: Jerome. lol
A Societe Generale, descobriu a fraude na sexta, desatou a fechar posiçoes para salvar a bronca Todos começaram a pensar que era mesmo da crise, desataram todos a vender. Ninguém disse nada que era só uma fraude. Na terça os americanos também se assustaram e cortaram os juros. Tudo isto sem saberem que tudo foi por causa desse novo artista Jerome.
´
É na verdade um mundo maravilhos. Deve ser a piada financeira do século!
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The economy is depressed because of underemployment not unemployment. It means people have jobs but they earn less that they need to pay for their bills.
The depression is defined by the difference between the amount needed to live a modest decent life and the available resources from jobs. The jobs are of relatively low wage. The prices of ‘everything’ is going up. As a result the standard of living is falling for 90% citizens.
This cannot be solved by a handing over a $300 or $600 check. The businesses need pricing power and profitable national tissue. That can only be achived by a confident and robust consumer and strong fiscal stimulus package
.
Esta GRISE (grande crise, encavalitou-se num ciclo de baixa) durará uns 7 anos, consta …. Resta a Portugal reagir rapidamente, corrigir e fazer o novo trabalho de casa, foi apanhado descalço, despreveniram-no, modelo politico ‘prozac’ ….
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Eu continuo a achar que o mundo está todo errado e só nós é que estamos certos. Tenho vindo a descobrir que o camarada Socrates partilha da minha opinião. Fico feliz por afinal já não ser o único.
Viva a D.Henrique (pai do Afonso)!
Afonso este que era meio Franco e meio “ibérico” como o seu povo.(pata negra)
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Com estímulos fiscais ou com injecções de capital, continuamos a recorrer a Keynes. Quais seriam as alternativas? Quem pagaria o preço político de outras potenciais opções? We’re in it for the long run, unfortunately. E isso vai custar a Sócrates a reeleição, ou pelo menos a maioria absoluta.
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Ola eu queria saber porque que esta avendo esta crise finaceira e queria mais informaçoes
estao fazendo um trabalho sorbe a crise finnaceira de portugual … responde rapidamente
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Ola eu queria saber porque que esta avendo esta crise finaceira e queria mais informaçoes
estao fazendo um trabalho sorbe a crise finnaceira de portugual … responde rapidamente
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