Tore, Ciccio, Joana e Maddie
No Sul de Itália, um menino caiu num poço bastante fundo. Sofreu múltiplas fracturas mas, ao resgatá-lo, encontraram-se dois cadáveres já mumificados. Foram identificados: Salvatore e Francesco Pappalardi, de 11 e 13 anos, desaparecidos em Junho de 2006.
O caso ‘Tore e Ciccio’ tinha abalado a Itália. Todas as buscas e pistas foram vãs. Em Novembro de 2007, o pai das crianças foi preso, suspeito de duplo homicídio. Por agora apenas se sabe que os meninos caíram no poço ainda vivos e morreram de fome e frio. E de medo. Se o pai teve nisso algum papel (monstruoso) ainda não é certo. Mas a tese policial está a desabar – diziam que as buscas de 2006 tinham sido exaustivas mas o poço fica a meros 500 metros do local onde os dois rapazes foram avistados pela última vez.
É impossível não pensar nos casos Joana e Maddie. Talvez os nossos cães pisteiros farejem melhor.
* Correio da Manhã, 29.II.2008
(sobre o caso, ler L’Italia del pregiudizio, de Piero Ostellino, no Corriere della Sera)
BLASFÉMIAS 
São soluções diferentes.
Para o caso Joana basta dar mais porrada na mãe e no tio.
Para o caso Maddie basta pedir autorização ao PM inglês.
Nada de precipitações a acusar os pais, como já disse o director da Judiciária.
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não esquecer referir que o pai italiano era pobre , logo , à partida , feio , porco e mau. De aí , como a mãe de Joana , ter sido preso e condenado sem terem encontrado corpos.
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Falta saber quem empurrou o menino que caiu ao poço.
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“não esquecer referir que o pai italiano era pobre”
Nem por isso … nem mais nem menos do que tantos outros italianos ! O contexto familiar deste drama não é o da miséria economica mas antes o de pais separados !
“… ter sido preso e condenado sem terem encontrado corpos.”
E continua preso depois de terem sido encontrados os corpos. Porque o juiz instrutor considera que se mantem os indicios de suspeita anteriores. Mas ainda não foi, nem se sabe se vai ser, enviado a julgamento, julgado e condenado !!…
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E,no entanto, alguém os empurrou para lá. Devem ter gritado, chamado por socorro. Ninguém ou ouviu? E logo tão perto do sítio onde foram vistas pela última vez?
Alguém também fez desaparecer a Joana e a Maddie. Mortas ? Vivas ?
Os casos acabarão por cair no esquecimento, lá porque são crianças, e, como diz o povo, “isto de crianças morre muito”.
Quando os pais e as mães tiverem medo de serem metidos na prisão, ou de levarem um exurro de porrada, talvez passem a ter mais cuidado com os filhos.
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Neste momento ninguém sabe se os meninos foram empurrados ou simplesmente cairam por acidente – como aconteceu com o outro rapaz cuja queda deu origem à descoberta dos corpos.
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Falta saber quem empurrou o menino que caiu ao poço.
Não é preciso.
Lembre-se do caso do padre Frederico, ninguém soube se o miúdo foi empurrado ou se simplesmente caiu ao fugir do padre.
Mesmo assim o juiz condenou-o baseado em ideias.
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ninguém soube se o miúdo foi empurrado ou se simplesmente caiu ao fugir do padre
Se caiu ao fugir do padre, alguma o padre lhe queria fazer. Caso contrário o padre teria pedido ajuda, e não teria fugido.
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a policia e a magistratura são as melhores do mundo e arredores a avaliar pelos sucessos e sucessivos casos do último ano.
por mim ou as criancinhas nunca existiram ou isto é um país virtual de sábios.
“mudam-se os tempos”, mudam-se as verdades, as enormidades, as bovinas idades e outras bestialidades.
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Isabel Coutinho Diz:
Não é isso que está em questão.
Que o padre era um homossexual desprezível ninguém coloca em dúvida.
Acontece que se fosse encarada a segunda hipótese a moldura penal era bem diferente.
Assim condena-se uma pessoa (amanhã posso ser eu ou a senhora) baseado em visões.
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Que o padre era um homossexual desprezível ninguém coloca em dúvida.
Fado Alexandino:
A moldura penal é a coisa que menos me interessa. O padre foi preso, mas não por muito tempo. Já saiu da cadeia, e parece que fugiu para outro país qualquer. Onde irá assustar (como?) outro miúdo que, por sua vez, cairá por acaso noutra ribanceira.
O miúdo está morto, o padre está vivo.
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Isabel Outinho:
Nunca se provou que o padre estivesse no “local do crime”, houve apenas uma testemunha que “lhe parece que viu o carro do padre dirigir-se para aqueles lados”. A única testemunha factual, o dono do pequeno café afirma que o padre estava no café aquela hora.
Durante o tempo de prisão do padre um outro jovem “caiu” no mesmo local. A imprensa deu a notícia, em letras pequenas e calou-se.
O padre foi condenado pela imprensa e um tribunal mediático, em directo pela televisão, porque “era nojento”, “era homossexual”, “era brasileiro”, “era homossexual de sucesso entre os jovens, gordo jovem e padre” e pelo menos um jovem “amava-o” como declarou em tribunal.
Se estudar bem o caso verá que é maior vergonha da justiça portuguesa. Tê-lo deixado “fugir” foi a mínima reparação possível.
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Quando os pais e as mães tiverem medo de serem metidos na prisão, ou de levarem um exurro de porrada, talvez passem a ter mais cuidado com os filhos
Quer dizer , eu sou pai separado e nem vejo muito o meu filho porque não deixam. Se ele for raptado eu é que vou preso porque devia ter cuidado dele. Pelos mesmos tribunais que não me deixam vé-lo.
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concordo com a Isabel coutinho- isto dos direitos dos prováveis agresssores estarem acima dos das dadas como certas vítimas é uma subversão da justiça. aquilo que aconteceu na ilha de Jersey, por exemplo, aquilo que aconteceu na Casa Pia são flagelos que deveriam merecer um castigo exemplar. para quando a consciência acima dos interesses, Meu Deus?
no outro dia, no programa do hernâni carvalho, uma mocinha descrevia como foi violentada pelo pai desdfe os 3 aninhos de idade e, depois dde lhe serem diagnosticados os abusos repetidos, a menina foi entregue a uma instituição. e não é que a entregaram aos 4 anos outra vez ao abusador? mas que sistema é este? quem são os responsáveis por tais atrocidades? quem permitiu que aquela criança fosse de novo entregue à tortura até à adolescência? estão todos a dormir? como é que alguém consegue dormir à noite sabendo que entregou uma criança de 4 anos a um anuimal destes? Basta!
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concordo com a Isabel coutinho- isto dos direitos dos prováveis agresssores estarem acima dos das dadas como certas vítimas é uma subversão da justiça.
Anónimo Diz das 2 46, se o seu filho for violado, como se vé pelos(as) juristas eufémios, vocé vai preso por pedofilia mesmo que tenha sido a mãe ou o padrasto.
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Importante – petição pelo cessar fogo em Gaza:
http://www.avaaz.org/en/gaza_ceasefire_now/4.php?cl=58283944
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São crimes muito graves, por isso é preciso meter castigar alguém.
Se esse alguém não tem culpa, azar o dele!
Penso que é isto que estão para aí a dizer, não é?
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meus senhores, nada disso- se alguém é inocente certamente que não será tido como culpado. mas alguém em franca consciência me diz que só por não existir corpo não houve um crime? isto é uma vergonha. então uma mulher que foi julgada e concluiu-se que deu a filha cortada aos pedaços aos porcos ainda invoca a tortura da polícia? mas está tudo louco? não é condenar os inocentes, é responsabilizar os culpados com força e contundência, sem complacência nem comiserçaões.
ainda há bocado passou uma reportagem na tvi sobre estes “predadores sexuais” em que um destes anormais violou un rapazinho de 6 anos com tal violência que ficou com mazelas irrecuperáveis não só psicológicas como físicas. e sabem porquê que o fez? porque este estupor, depois de reincidir várias vezes em casos de violação de menores, foi colocado a trabalhar num jardim cheio de crianças, onde acabou por violar 2. sabem quem o colocou lá?- uma instituição de reinserção social.
mas o que é isto? país de brandos costumes? não, de cobardes e atrozes mentes que só pensam em si e nos seus e querem lá saber se as crianças dos outros são molestadas por estes anormais.
foi para isto que se fez a revolução? para os meninos da rua e sem protecção serem convertidos em gado para satisfazer os apetites vorazes de algozes, que passam impunes pelo mal quue provocam? tenham vergonha!
estes pervertidos são uns autênticos assassinos, pois fazer isso a uma criança é a mesma coisa que matar-lhes a infância e atormentar-lhe toda uma vida.
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uma mulher que foi julgada e concluiu-se que deu a filha cortada aos pedaços aos porcos
Lá que foi julgada é verdade agora o resto da conclusão é sua e provávelmente do 24 Horas.
Ninguém está aqui a defender criminosos, defende-se tão somente que uma pessoa deve ser apenas condenada quando não houver dúvidas sobre a sua culpabilidade.
Aposto que o senhor e os outros gostavam que isso lhes acontecesse quando um dia, por azar, se virem envolvidos por estas polícias com estes métodos.
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algum culpado haverá- já teve conhecimento daquele relatório sobre a quantidade de crianças molestadas sexualmente só num ano em Portugal? quem o fez? foram duendes ou extraterrestres? eu não estou aqui a defender que se prendam inocentes, mas que se apurem responsabilidades, porque as há e se levem os casos até ao fim, com dignidade e humanidade, tendo em conta o sofrimento terrível por que passaram estas crianças.
quanto à sua questão do 24 Horas- então, a criança desapareceu, a mulher foi condenada porquê? está a pôr em questão a decisão do tribunal? só faltava mais essa! Porquê que não vão buscar os milhentos casos em que as crianças viram os seus agressores passar impunes? Sabe o que mais? Com esta questão da Leonor Cipriano só estão é a fazer um favor: aos tarados que agora se julgam impunes; a outros casos similares que põem em causa a PJ. Dêem mais meios a estes homens para actuar, não lhes retirem a dignidade profissional.
e em casos em que, perante suspeitas de maus tratos e abusos sexuais por parte dos pais ou de alguém do agregado familiar, se devolve uma criança aos seus algozes a responsabilidade não é só do tarado- é das autoridades que o permitem.
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justiceiro Diz:
4 Março, 2008 às 10:03 am
Não vale a pena misturar alhos com bugalhos ou seja casos que todos repudiamos com atropelos à justiça.
Há culpados, então se não são duendes ou fadas são humanos e por isso mais fáceis de encontrar.
Se a esbelta e loira mãe da Maddie fosse portuguesa já estava em Tires.
Com o mesmo grau de culpa daquele fulano inglês que andava por ali a passear.
Está arguido há quase um ano.
Eu acho isto vergonhoso.
O senhor achará o que lhe apetecer.
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Fado alexandrino:
“O senhor achará o que lhe apetecer.”
Começo pelo final, que julgo bastante pertinente: associar julgamentos a apetites é em si um contrasenso- os julgamentos deveriam basear-se mais em princípios universais e menos em interesses e apetites pessoais. Para apetites pessoais nefastos já nos bastam o dessas bestas que socialmente se apresentam, bastas vezes, como honrados cidadãos, quando são, de facto, monstos transvestidos de normalidade.
Assim, se há aqui alguém amisturar alhos com bugalhos não sou eu- reservo essa tarefa a quem julga instintivamente….
não julgo estar a misturar
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