Fazem falta todas as publicações que tendo um mínimo de qualidade, possam ajudar a informar, divertir e também formar, a longo, longuíssimo prazo e que não tenham a mínima preocupação com isso, do ponto de vista teleológico.
Imitar outros, dá sempre produtos ersatz se o imitador não for de génio.
A Atlântico pretendeu logo marcar-se na margem Direita, mesmo sem se saber actualmente o que isso significa. O erro, a meu ver, é fatal.
O Diabo, um jornal interessante, ainda hoje tem o ferrete de ser da extrema direita.
Perguntem a qualquer comunista ou ao Luís Rainha, por exemplo e porque apareceu aqui recentemente.
Solução? Acabar com a Atlântico que nunca mais vai conseguir ocupar um lugar para vender 50 mil exemplares.
O erro fatal, foi dos fundadores. Saiu o PTP do BCP e as coisas, estão más, para a dita Direita que se afirma como insurgente, mas não sabe insurgir-se subtilmente na sociedade portuguesa.
A K, do MEC, era uma revista de Direita? Nem por isso, embora não fosse de Esquerda. Não se rotulou e vendeu durante algum tempo, nos anos noventa, devido ao génio inicial dos fundadores. Devido à sua criatividade e invenção.
Uma revista que pretenda fugir aos cânones avassaladores da Esquerda que temos há trinta anos e que domina o espírito TSF, RTP, Cofina, Impresa e Media Capital, incluindo os novos ricos Oliveira, tem de ser diferente mas subtil.
Um exemplo? Não há. É preciso inventar, criar de novo, inovar, subverter, contrapor, provocar, mantendo uma linha editorial sólida e de valores seguros: respeito pela liberdade de opinião, mesmo da contrária à nossa; escrita de qualidade acima da média; ilustrações e grafismo apelativos ( a Atlântico é um pastelão, nesse aspecto); ligeireza misturada com artigos de fundo, como fazia a Rolling Stone dos setentas; a Playboy da mesma altura e as francesas especializadas ( Magazine Littéraire, Lire) e generalistas (Marianne). A Micromega e a Limes italianas, dois exemplos de magazines culturais de grande, grande valor e que se vendem nos quiosques das estações de comboio ( vi-as).
Escolha criteriosa de autores que digam algo interessante e não o costume. Um exemplo de topo? PJ O´Rourke ( que aliás tem um livro novo sobre…Adam Smith). Mais?
Phillipe Manoeuvre da Rock & Folk francesa. Phillipe Garnier, Greil Marcus.
Em Portugal, temos alguns, mas poucos. Descubram-nos. Alguns até andam a escrever em blogs e a fazer desenhos ( um de esquerda, de nome Mateus, é excepcional).
Misturem tendências, combatam ideias com ideias. O laicismo com o catolicismo e o liberalismo com o comunismo.
Não é possível? Se calhar não. Ainda ninguém tentou…
Basta ir ver qual o passado jornalístico de alguns daqueles senhores para não haver lugar a surpresa nenhuma !
A D.Inês safou-se melhor, está no jornalismo económico.Oxalá não use os métodos que envergonham os verdadeiros jornalistas e que não leve o jornal á falência, como fez com o Independente!
De qualquer forma é sempre uma pena uma revista acabar!
A Atlantico é o exemplo praticao de que o que nasce torto nunca se endireita. A revista passou estes quase 3 anos a definir-se a redifinir-se. De revista de “direita”(um certa direitinha jornalistica e lisboeta), passando pelo rótulo de “liberal” e com investidas pelo “conservadorismo”. O ajuntamento de bloggers e de alguns escribas francamente vulgares só ajudaram a este fecho anunciado. Como leitor fiel, tenho pena. Fiquei com a melhor das impressões do PPM.INcansável trabalhador e competente.
Curiosamente, ela deixou de ser publicada por falta de publicidade.
Não posso omitir opinião, enquanto não souber a circulação ao longo do tempo, porque deixaram de anunciar, etc etc.
Até lá , não curiosamente, mantenho-me calado. Não é só ter boas ideais e bons jornalistas, qualquer projecto mais a mais editorial precisa de um plano de negócios e de forte experiência e conhecimento do mercado e do povo português, bem como de um plano financeiro com base nesses (e noutros) pressupostos todos.
O grafismo não era dos melhores, sim, mas raramente lia ou comprava.
Por isso, seria preciso ler vários números, e saber toda uma serie de informações como a tiragem ao longo da sua existência, o tipo de anunciantes e como se os obtinha, o projecto editorial inserido no tipo de sociedade etc que temos e por aí fora.
De qualquer modo, desejo que reapareça.
Além do grafismo, que o José fala, faltava também originalidade pelo pouco que li. Ou as célebres “cachas”, por exemplo.
É este o castigo que Deus destina àqueles que desejam o fim do “Avante!”. Deviam ter olhado para o que aconteceu ao Independente.
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Fazem falta todas as publicações que tendo um mínimo de qualidade, possam ajudar a informar, divertir e também formar, a longo, longuíssimo prazo e que não tenham a mínima preocupação com isso, do ponto de vista teleológico.
Imitar outros, dá sempre produtos ersatz se o imitador não for de génio.
A Atlântico pretendeu logo marcar-se na margem Direita, mesmo sem se saber actualmente o que isso significa. O erro, a meu ver, é fatal.
O Diabo, um jornal interessante, ainda hoje tem o ferrete de ser da extrema direita.
Perguntem a qualquer comunista ou ao Luís Rainha, por exemplo e porque apareceu aqui recentemente.
Solução? Acabar com a Atlântico que nunca mais vai conseguir ocupar um lugar para vender 50 mil exemplares.
O erro fatal, foi dos fundadores. Saiu o PTP do BCP e as coisas, estão más, para a dita Direita que se afirma como insurgente, mas não sabe insurgir-se subtilmente na sociedade portuguesa.
A K, do MEC, era uma revista de Direita? Nem por isso, embora não fosse de Esquerda. Não se rotulou e vendeu durante algum tempo, nos anos noventa, devido ao génio inicial dos fundadores. Devido à sua criatividade e invenção.
Uma revista que pretenda fugir aos cânones avassaladores da Esquerda que temos há trinta anos e que domina o espírito TSF, RTP, Cofina, Impresa e Media Capital, incluindo os novos ricos Oliveira, tem de ser diferente mas subtil.
Um exemplo? Não há. É preciso inventar, criar de novo, inovar, subverter, contrapor, provocar, mantendo uma linha editorial sólida e de valores seguros: respeito pela liberdade de opinião, mesmo da contrária à nossa; escrita de qualidade acima da média; ilustrações e grafismo apelativos ( a Atlântico é um pastelão, nesse aspecto); ligeireza misturada com artigos de fundo, como fazia a Rolling Stone dos setentas; a Playboy da mesma altura e as francesas especializadas ( Magazine Littéraire, Lire) e generalistas (Marianne). A Micromega e a Limes italianas, dois exemplos de magazines culturais de grande, grande valor e que se vendem nos quiosques das estações de comboio ( vi-as).
Escolha criteriosa de autores que digam algo interessante e não o costume. Um exemplo de topo? PJ O´Rourke ( que aliás tem um livro novo sobre…Adam Smith). Mais?
Phillipe Manoeuvre da Rock & Folk francesa. Phillipe Garnier, Greil Marcus.
Em Portugal, temos alguns, mas poucos. Descubram-nos. Alguns até andam a escrever em blogs e a fazer desenhos ( um de esquerda, de nome Mateus, é excepcional).
Misturem tendências, combatam ideias com ideias. O laicismo com o catolicismo e o liberalismo com o comunismo.
Não é possível? Se calhar não. Ainda ninguém tentou…
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quando é que o pinocrates fecha o país?
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Más notícias porquê, se é o mercado a funcionar ?
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É isso mesmo, o mercado a funcionar. Além disso, como nunca li, parece não me ter feito falta.
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Basta ir ver qual o passado jornalístico de alguns daqueles senhores para não haver lugar a surpresa nenhuma !
A D.Inês safou-se melhor, está no jornalismo económico.Oxalá não use os métodos que envergonham os verdadeiros jornalistas e que não leve o jornal á falência, como fez com o Independente!
De qualquer forma é sempre uma pena uma revista acabar!
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A Atlantico é o exemplo praticao de que o que nasce torto nunca se endireita. A revista passou estes quase 3 anos a definir-se a redifinir-se. De revista de “direita”(um certa direitinha jornalistica e lisboeta), passando pelo rótulo de “liberal” e com investidas pelo “conservadorismo”. O ajuntamento de bloggers e de alguns escribas francamente vulgares só ajudaram a este fecho anunciado. Como leitor fiel, tenho pena. Fiquei com a melhor das impressões do PPM.INcansável trabalhador e competente.
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É melhor voltarem a chamar a Helena Matos…
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Curiosamente, ela deixou de ser publicada por falta de publicidade.
Não posso omitir opinião, enquanto não souber a circulação ao longo do tempo, porque deixaram de anunciar, etc etc.
Até lá , não curiosamente, mantenho-me calado. Não é só ter boas ideais e bons jornalistas, qualquer projecto mais a mais editorial precisa de um plano de negócios e de forte experiência e conhecimento do mercado e do povo português, bem como de um plano financeiro com base nesses (e noutros) pressupostos todos.
O grafismo não era dos melhores, sim, mas raramente lia ou comprava.
Por isso, seria preciso ler vários números, e saber toda uma serie de informações como a tiragem ao longo da sua existência, o tipo de anunciantes e como se os obtinha, o projecto editorial inserido no tipo de sociedade etc que temos e por aí fora.
De qualquer modo, desejo que reapareça.
Além do grafismo, que o José fala, faltava também originalidade pelo pouco que li. Ou as célebres “cachas”, por exemplo.
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