Mais do mesmo
Dá sempre asneira quando se pretende limitar a liberdade de expressão, nomeadamente por razões políticas. Em vários países a exibição de símbolos nazistas é sancionada. Em Portugal é proibido a defesa da ideologia ou a criação de partidos fascistas. Ora, nada mais nefasto para a democracia que a imposição de limites que negam essa mesma democracia. Mesmo a asneira e o disparate devem ser livres.
Por isso não surpreende que alguns países resolvam aproveitar a mesma argumentação limitadora da liberdade de expressão para expandir essas mesmas limitações. É que quando se aceita abrir a porta a este tipo de argumentos totalitários (curiosamente ou nem por isso, práticas essas sim habituais das ideologias/regimes «condenados»…., é difícil parar o movimento.

Infere-se então, “viva o nazismo” e “viva o comunismo”, na mesma rua, avenida ou país…
V. não insinua que os crimes dos nazis são equiparáveis aos crimes satalinistas…e vice-versa…
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esta democracia é uma ilusão, tipo a matrix!
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“Ora, nada mais nefasto para a democracia que a imposição de limites que negam essa mesma democracia.”
Os limites impostos não negam a democracia. Negar a democracia é não muni-la dos instrumentos necessários a expurgar movimentos que a ponham em causa. No fundo, não deixar que a democracia tenha no seu seio a razão da sua destruição.
As nossas democracias são suficientemente autodestrutivas (está aí o processo “constituinte” europeu, que não me deixa mentir), para que não se precavenham.
“Mesmo a asneira e o disparate devem ser livres.”
A asneira e o disparate continuam a ser livres. Qualquer pessoa pode defender livremente a superioridade da raça ariana, a menoridade dos judeus, a expulsão dos imigrantes e por aí fora.
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Não havendo limites à liberdade de expressão lá teríamos que aceitar movimentos que se fizessem a apologia da pedofilia! Fónix!!!
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“Mesmo a asneira e o disparate devem ser livres.”
Empirismo?
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O assunto toca-me, porque uma vez, impedi a entrada em minha casa de um jovem vestido com uma t-shirt com a cruz gamada.
Foi algo de instintivo que muito me massacrou posteriormente, ao ter uma atitude mais racional.
Aquele símbolo na t-shirt, não tinha para o jovem o mesmo significado para mim. Para ele não passava de uma provocação, sem sequer ter grande conhecimento da utilização que tinha sido dada àquele símbolo no século passado.
Mas é claro que não me arrependi, porque estava em minha casa.
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Excelente post. Talvez usasse antes “nada mais nefasto para a liberdade que a imposição de limites que negam essa mesma liberdade” – democracia e liberdade não exactamente a mesma coisa.
MJRB: os crimes (nazis, estalinistas e todos os outros) são proibidos e condenáveis. Ponto final.
Já a discussão seja de que ideias for, mais ou menos bonitas, mais ou menos politicamente correctas, mais ou menos “ao nosso gosto”, deve ser livre.
Entrar pela comparação de quem foi pior – Hitler ou Estaline? Pol Pot ou Pinochet? – só serve para desculpabilizar quem nunca deve ser desculpabilizado.
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O ministerio da despesa pública deve estar com problemas graves de controlo da derrapagem das contas públicas. Hoje já são 20 e ainda a DGO não publicou a execução orçamental dos primeiros 5 meses do ano.
Podem confirmar aqui http://www.dgo.pt/Boletim/0508-ind.html
Se o ministro da despesa pública quiser eu ofereço-lhe isto:
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#3
precavejam
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LPedroMachado Diz:
20 Junho, 2008 às 2:46 pm
#3
precavejam
Oops. Tem toda a razão.
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Gabriel,
Concordo plenamente : este tipo de limitações da liberdade de expressão, mesmo quando se refere a ideologias autoritarias e totalitarias, é contraditorio com os principios da propria democracia.
Para se defender a democracia não precisa de limitar a liberdade de expressão (politica, entenda-se). Antes pelo contrario. A liberdade é a melhor defesa da democracia.
Para se defender basta à democracia paraticar a democracia. Ou seja, proteger a liberdade de todos e proibir e reprimir os comportamentos anti-democraticos.
Os comportamentos e não as ideias.
Cada um deve poder dizer as asneiras que quer, mesmo as mais absurdas.
Mas cada um não deve poder fazer as asneiras que quer. Sobretudo quando estas poem em causa os legitimos direitos dos outros.
São iliberais limitações da liberdade de expressão relativamente a ideologias de extrema-direita, fascistas e nazis. Como acontece em parte em Portugal e noutras democracias europeias.
São iliberais limitações da liberdade de expressão relativamente a ideologias de extrema-esquerda e comunistas. Como parece ser o caso em alguns paises de leste (Polonia ?) e da ex-URSS.
Digamos que, no caso de alguns destes paises (pelo que percebi, a Lituania e a Estónia), pelo menos a limitação diz respeito às duas grandes ideologias totalitarias do século XX, a nazi-fascista e a comunista, e não apenas a uma delas, como acontece em Portugal e em varios outros paises ocidentais.
Com efeito, é ainda mais inaceitavel esta disparidade de critérios, que condena a extrema-direita e iliba a extrema-esquerda.
Tanto mais que, no plano da barbarie, o nazi-fascismo não foi pior (nem melhor) do que o totalitarismo comunista.
Tanto mais que, no plano da defesa da democracia, o nazi-fascismo não é mais perigoso do que o comunismo. De resto, escamoteia-se muitas vezes o facto de historicamente os regimes nazi-fascistas terem sido derrotados e terem acabado bem antes dos regimes comunistas (ou melhor, estes ainda não acabaram por completo) !!
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Plenamente de acordo, Gabriel, a nossa pseudo-democracia permite-se a que elejamos o ditador que nos rege da forma mais despótica durante 4 anos, mas limita o livre exercício da actividade política… a liberdade tem que dar para os dois lados… se dá para os retrógados das “forças progressistas” também tem de dar para os retrógados dos “braços erguidos”… sem isso não passa de uma palhaçada…
O que falta é coragem para expurgar a constituição do “socialismo” que a impregna e que limita o livre exercício dos mais básicos direitos democráticos, nomeadamente o direito de livre associação e de livre participação.
Não gosto de nenhum dos extremos nem lhes reconheço validade, mas reconheço a quem nisso acredita, o mesmo direito que eu tenho de fazer as minhas escolhas e opções sem ser condicionado por outro factor que o execrável panorama político português.
A expurgar:
do Preâmbulo: eu eliminava o texto todo… mas sobretudo o “abrir caminho para uma sociedade socialista”, esse já devia ter saido há pelo menos 6 revisões constitucionais…
e simplesmente riscava o n.º 4 do art.º 46, o n.º3 e o 4 do art.º 51, quanto ao n.º 5 e olhando para alguns partidos da nossa esquerda é para rir…
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Mr. Winston Smith,
Obviamente que uns e outros são condenáveis, daí que eu tivesse colocado aspas nos “vivas”.
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A Lituânia foi ocupada pelos nazis e dp pelos comunistas.
Se isso é traumático para eles achomuito bem que proibam a exibição desses simbolos.
Quem tá em Portugal que cobarde e podremente se manteve neutro durante as guerras mundiais, deveria limitar-se a estar caladinho e a ter respeito por quem viveu essas guerras. É mto fácil ser treinador de bancada… sobretudo sendo nacional de um país que diz sempre que n é nada c ele…
http://criticademusica.blogspot.com
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Red Snapper
«Não havendo limites à liberdade de expressão lá teríamos que aceitar movimentos que se fizessem a apologia da pedofilia! »
Confunde defesa ou apologia de uma actividade ilegal (a pedofilia) o que é em si um crime, com algo que é perfeitamente legal: a defesa que determinado comportamento deixe de ser considerado crime, defesa essa que deve ser livre.
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AT,
De acordo.
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Só agora reparei que me calhou um esquizofrénico e despenteado bicharoco como “imagem identificadora” dos meus comentários. Vou ter de aguentar com o gajo durante quanto tempo ?
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«deveria limitar-se a estar caladinho»
Lá está, é o que eu escrevi na posta, essa tendenciazita sempre latente para limitar a liberdade…..
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Avelino Ferreira Torres vai candidatar-se à presidência do Marco.
Isto é cá, mas também podia ser na Lituânia, está claro…
Pois se o homem não é comunista nem fascista, antes lídimo democrata…
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“Mesmo a asneira e o disparate devem ser livres.”
Nesse aspecto, a Tugalândia mede meças a qualquer um.
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Gabriel,
Não percebi muito bem. Segundo o Gabriel, a defesa que determinado comportamento deixe de ser considerado crime, deve ser livre. Então o Gabriel para ser coerente não se deve opor a quem defenda que a pedofilia deve deixar de ser crime. É isso?
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A mim preocupa-me é a tendência que se tem verificado para regulamentar e domesticar a Internet
http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1332747
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È que o nazismo também é crime como a pedofilia. Aí não há nenhuma diferença.
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Red Sanapper,
«Segundo o Gabriel, a defesa que determinado comportamento deixe de ser considerado crime, deve ser livre. «
Sim. Faz parte da liberdade dos cidadãos e do próprio dinamismo das sociedades, defender que determinada prática seja criminalizada ou descriminalizada.
Por exemplo, o aborto e a sua apologia (incentivo a), eram até há pouco crimes. Mas nunca se impediu,(nem podia) a defesa de que tal prática deixasse de ser crime.
«Então o Gabriel para ser coerente não se deve opor a quem defenda que a pedofilia deve deixar de ser crime.»
Eu não me oponho, como não podia nem acho que ninguém tem tal direito, a que outrem defenda o que bem entender, sem que com isso eu ou outra pessoa qualquer deixe de ter o mesmo direito e defender exactamente o contrário.
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Caro W.Smith… eu, até diria mais:-“os crimes (nazis, estalinistas, bushistas e todos os outros) são proibidos e condenáveis. Ponto final”.
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Gabriel,
Depois de pensar melhor estou tentado a dar-te razão.
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“Anónimo Diz:
20 Junho, 2008 às 3:36 pm
A mim preocupa-me é a tendência que se tem verificado para regulamentar e domesticar a Internet
http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1332747”
Le grand frère ataqques de neuve
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Gostava que alguém me explicasse como é que se sabe onde está o limite da liberdade de expressão.
Em Pluto?
A liberdade de expressão sem limites não tem piada.
Não há transgressão.
E qual é o mal de um símbolo que historicamente incomoda uma sociedade ser proibido?
Não entendo estas intolerâncias.
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A estupidez pode ser livre. Mas poe exemplo se eu me deparasse na rua com um bando de pessoas envergando trajes da kkk e cruzes ou pessoas com símbolos da alqaeda desfilando ia-me sentir muito incomodado, pois isso está associado a crimes. E o nazismo como todos sabem está associado a crime.
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“Confunde defesa ou apologia de uma actividade ilegal (a pedofilia) o que é em si um crime, com algo que é perfeitamente legal: a defesa que determinado comportamento deixe de ser considerado crime, defesa essa que deve ser livre.”
Muito bem visto.
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Boa posta.
Ainda não percebi o que está por trás de uma t-shirt ou bandeira “che”, nem fiz ainda as contas de subtair da prova de matemática de há dias, mas fico com a sensação que se uns mataram mais depressa, os outros mataram muito mais, embora seja o martelo de um lado a cair sempre em cima do outro. Ainda bem que os gajos não invadem campos de milho transgénico nem cortam pontes, senão tinhamos guerra civil.
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Ainda nem passaram 100 anos após o holocausto e há gente tao baixinha que nem é capaz de perceber que usar uma cruz suástica é uma afronta criminosa. É impressionante como há tanta maldade e sadismo por aí.
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O primeiro-ministro José Sócrates afirmou hoje em Bruxelas que “não há alternativa ao Tratado de Lisboa” e defendeu que os processos de ratificação devem prosseguir, visando a entrada em vigor do texto “o mais rapidamente possível”.
mais um argumento fascista
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Pois é. E o Mao morreu há 30 anos, com um impressionante score de 70 milhões de mortos, e a sua efígie lá continua, qual musa inspiradora do governo chinês.
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Só que o nazismo foi europeu. É muito dentro de casa. É por isso muito dificil de aceitar e tolerar os intolerantes sádicos que insistem em andar com aqueles símbolos nazis e se ainda por cima se afirmam nazis. É preciso ser muito .. nem sei, abaixo de Homem.
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MJRB
Antes de mais importa afirmar que não sou extremista.
Efectivamente é fácil colocar Hitler e o seu regime no topo dos assassinos… é uma história bem documentada, já a respeito de Estaline (?)
Passa os olhos no Arquipélago Gulag de Aleksandr Solzhenitsyn e talvez seja dispensável o recurso a mais documentação do que foi o comunismo na URSS e de Estaline.
Obviamente que esta ideia poderá ser contestada por todos “aqueles” q entendem o regime da Coreia do Norte como “perfeitamente normal”.
Qt à liberdade de expressão – É como o sexo! Foi bom enquanto durou… já era!
Deixo uma questão: Porquê a proibição da Cruz Gamada e não da Foice e Martelo?
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A Lituânia é uma das melhores testemunhas do totalitarismo: sofreu o nazismo e o comunismo soviético.
Sabe do que está a falar.
Alías, recusam-se a comemorar o fim da II guerra mundial, porque a ocupação soviética foi pior do que a nazi.
Ainda bem que temos estes exemplos vindos do Leste: por aqui ainda há muitos acéfalos que acham o comunismo “libertador”, “democrático”, “amplas liberdades”…
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Tratado de Lisboa
“Europa não pode voltar à estaca zero”, diz Cavaco Silva
“O Tratado de Lisboa é hoje mais necessário do que nunca” afirmou o Presidente da República num almoço que ofereceu aos presidentes dos Parlamentos nacionais da União Europeia.
outro
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Pois é!!!!
Entre dois pratos de m….. o melhor mesmo é não escolher nenhum, até porque a escolha de qualquer um tambem levaria á morte.
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Anónimo Diz:
20 Junho, 2008 às 4:14 pm
“e eu me deparasse na rua com um bando de pessoas envergando trajes da kkk e cruzes ou pessoas com símbolos da alqaeda desfilando ia-me sentir muito incomodado, pois isso está associado a crimes.”
O facto de alguém se sentir incomodado não é razão para se proibir determinado comportamento.
Quer um exemplo politicamente incorrecto? Os desfiles tipo “gay parade” incomodam seguramente muita gente. Devem ser proibidos?
Se vc entra por aí, quem é que define o que incomoda e o que não incomoda?…
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“Se vc entra por aí, quem é que define o que incomoda e o que não incomoda?…”
A lei e justiça que combate o crime. É a lei e justiça que diz que matar é crime.
A gay parade ou o que quer que seja que incomoda certs pessoas nao faz apologia de qualquer crime nem incentiva ao crime.
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Este post não defende a tolerância. Defende a indiferença.
A tolerância não é compatível com a conivência com a intolerância.
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Existe uma grande diferença entre:
– Defender que algo não deve ser considerado crime. Por exemplo, defender que a promoção de ideologias totalitárias não deve ser crime;
– Incitar outros à prática de crimes. Por exemplo, defender que devemos assassinar quem não tem a nossa cor de pele ou nacionalidade.
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Anónimo Diz:
20 Junho, 2008 às 5:11 pm
“A lei e justiça que combate o crime. É a lei e justiça que diz que matar é crime.”
Acho que vc não percebeu que a intenção do Gabriel foi exactamente questionar determinadas leis que são limitativas da liberdade (ele referia da democracia, eu prefiro da liberdade). Ou será que só porque está na lei está certo e não deve ser questionado?…
E claro que matar é crime: ninguém questionou isso.
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Só que se na lei desaparecer que as cruzes suásticas e a apologia de uma das fases mais vis da história da europa é crime, é como dizer que o crime nao é valorizável. A justiça deixa de poder actuar contra os apologistas de criminosos. Iriamos assistir à impunidade de ver cruzes suásticas e a apologia de hitler e do holocausto completamente impunes.
É andar para trás. É tolerar o absurdo. Porque existem parvos e bestas em todo o mundo. Proibir nao faz desaparecer mas pelo menos dá permissao de actuar e nao os deixar impunes masi uma vez.
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-Venha o diabo e escolha, os comunistas foram assassinos tão execráveis e hediondos quanto os nazis, os gulags, a polícia política, assassinatos a todos os opositores e até aos membros do partido que poderiam ofuscar o brilho ao grande lider, com a agravante de terem durado 7 décadas a practicar o crime.
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Caro anónimo,
Respeito a sua opinião mas não concordo em absoluto.
Não acho que seja às leis que caiba o papel de qualificar o que historicamente foi bom ou mau.
Mas sobretudo assusta-me quando se limita a liberdade de expressão porque “existem parvos e bestas” que podem não ser tão espertos como nós e não saber distinguir o bem do mal… A seguir vem um iluminado que quer decidir como deve ser o alinhamento do telejornal…
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Um tipo de extrema direita que mata alguém, seja por que razões, mesmo politicas, comete um crime.
Deve ser julgado e condenado.
Se o faz com a cumplicidade de uma organização, seja qual for a sua natureza, inclusivé politica, esta organização deve ser considerada criminosa, os seus responsaveis julgados e condenados por cumplicidade ou co-autoria.
Se um militante ou uma organização de extrema direita incitam publicamente à violência contra algum outro individuo ou grupo de individuos (emigrantes, por exemplo), tanto o individuo como a organização devem ser imputados, julgados, e condenados.
Mas se um militante e uma organização de extrema direita defendem e fazem a apologia do fascismo e do nazismo, em palavras e sem apelarem ou cometerem actos de violencia, não devem ser perseguidos.
Exercem apenas um direito fundamental numa democracia liberal, o da liberdade de expressão.
Dizem certamente uma data de asneiras e enormidades, incomodam certamente muita gente. Merecem desprezo e repudio moral.
Mas não atentam objectivamente contra os direitos dos outros.
Claro que estes principios se aplicam a todos, a cada individuo, a cada organização, independentemente das convicções e da ideologia que eventualmente professem.
Aplica-se igualmente, por exemplo, aos individuos e organizações que defendem e fazem a apologia do comunismo nas suas multiplas facetas. Apesar de ser uma ideologia anti-democratica e que justifica a utilização da violência com objectivos políticos. Como é em Portugal o caso do Partido Comunista e do Bloco de Esquerda.
Mas aplica-se também aos individuos e organizações que em principio simpatizam e aderem a doutrinas democraticas e liberais. Aplica-se, por exemplo, aos simpatizantes e militantes de partidos democraticos, como o PS, o PSD, o CDS.
Por exemplo, se numa manifestão, um (ou mais) destes militantes comete um acto violento contra um passante, deve ser interpelado, julgado e condenado. As eventuais responsabilidade de organizações políticas devem ser apuradas e julgadas.
A distinção entre, por um lado, o exercicio do direito à liberdade de expressão e, por outro lado, comportamentos violentos …. é relativamente fácil e evidente !
O primeiro deve ser reconhecido e protegido.
O segundo não deve ser tolerado e deve ser reprimido.
É possíve, até provável, que não seja sempre fácil determinar o nível de cumplicidade e de responsabilidade num crime por parte de outros individuos e de organizações políticas com ligações ao ou aos autores directos do crime.
A justiça terá de fazer o seu trabalho de determinação dessas responsabilidades.
Tal como faz relativamente a todos os casos de justiça. Mesmo os que não tem qualquer dimensão política.
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O nazismo fazia/faz a apologia da superioridade racial, é violento na sua natureza e práctica.
O comunismo é uma ideologia que defende a igualdade entre todos ” a cada um as suas necessidades”. Houve desvios na construção do comunismo ( Staline e afins).
Não são comparáveis.
António de Almeida as suas palavras são altamente ofensivas. Há 500 mil comunistas em Portugal.
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Estão a ver como a “vaca sagrada” da nossa constituição estav afinal preparada para outros vôos?O do socialismo com polícia política e tudo?Daí proibir o pensamento dito de “extrema direita”??!! coisa que nunca houve em Portugal.O resultado foi que o espectro político Português afunilou e hoje só temos esquerda… pelo que concluindo á Assembleia Nacional do Salazar sucedeu a Assembleia da República do Cunhal…
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Pmg70,
o que está aqui em causa e a discutir-se, já eu o fiz antes (com repercussões pessoais…) e imediatamente após o 25 de Abril. É uma questão ultrapassada. E mais do que entendida numa sociedade democrática.
Li muito bem o Arquipélago de Gulag, antes de chegar a Portugal. Tal como li outros testemunhos sobre as atrocidades na URSS. E sei muito bem, via leituras e imagens, e por duas idas à Polónia, muitas mais à Alemanha e não só, o que se passou durante o nazismo.
Hitler e Staline, abomináveis !
Embora eu considere o nazismo muitíssimo pior –e com outros objectivos e consequências– para a Humanidade !
(Possivelmente neste aspecto, v. estará num “fuso horário” diferente do meu).
Em Portugal: a Liberdade deve prevalecer. Sempre.
E se me “encostassem à parede” com arma inquisidora extremada tipo “o que prefere como regime, o nazismo ou o comunismo”, não vacilaria: comunismo.
Sobre o modo como Mr.JMiranda colocou o tema e a questão, dou a discussão por encerrada. Tive-a centenas de vezes antes e post 25 de Abril aqui e no estrangeiro.
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Mr. António de Almeida,
V. não quer comparar as atrocidades ao tempo de Staline, com as mais do que atrocidades e objectivos de Hitler ?!
O nazismo não foi bastante pior e perigoso ? Homessa !
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É o velho problema de saber se a democracia é para todos ou só para os que aceitam as suas regras.
Em termos juvenis: devem todos os putos poder jogar à bola (mesmo aqueles que dizem que, se a apanharem, tencionam furá-la)?
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“O comunismo é uma ideologia que defende a igualdade entre todos ” a cada um as suas necessidades”. Houve desvios na construção do comunismo ( Staline e afins).”
O comunismo é uma ideologia que nos seus fundamentos combate a liberdade e defende a utilização da violencia.
É anti-democratica e pela ditadura.
É contra a liberdade e pelo totalitarismo.
Divide a sociedade em “classes”. Opõe as “classes” e promove a “luta” entre elas.
É uma ideologia cujo fundo de comércio é a exacerbação dos conflitos e a desestabilização. As “experiências” comunistas começaram e afirmaram-se sempre com base na violência. São responsáveis por milhões e milhões de mortos, presos, torturados, degredados, refugiados, oprimidos e explorados.
Os comunismos “reais” foram e são sociedades muito mais desigualitárias do que as dos países capitalistas. Com nomenclaturas priveligiadas e a massa da população na miséria.
Os ditos “desvios” do Stalinismo, do Maoismo, do Sovietismo, do Polpotismo, e tantos outros ismos, não foram a excepção mas sim a regra.
O comunismo foi e é a mais hipócrita e cínica das ideologias.
Procurando esconder a sua natureza profundamente desumana por detrás de uma propaganda feita de belas frases sobre a “igualdade” e o “internacionalismo”.
Os nazis não foram melhores do que os comunistas.
Fizeram menos vitimas apenas porque duraram bem menos tempo. Felizmente.
Mas os nazis diziam e faziam o que pensavam.
Enganaram e iludiram muito menos gente do que o comunismo.
Talvez por isso o nazismo foi derrotado e neutralizado mais rapidamente.
O comunismo foi a grande ilusão do século XX.
E, pelos vistos, está ainda longe de desaparecer no século XX !!
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Piores que os nazis e os comunistas são os seus patrões. Ninguém conhece a obra do economista Anthony Cyril Sutton em Portugal?
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Para quem ficar curioso;
http://en.wikipedia.org/wiki/Antony_C._Sutton
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Achei as obras sobre os patrões dos bolcheviques e dos nazis disponíveis na net;
http://reformed-theology.org/html/books/bolshevik_revolution/index.html
http://reformed-theology.org/html/books/wall_street/index.html
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O comunismo defende a igualdade sim …………mas entre iguais…..os que pensam e agem como eles.
O problema deles foi que não conseguiram que todos fossem comunistas como eles e então o “racismo” passou para o pensamento.
A mais perigosa forma de “racismo”
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José Manuel Faria, as palavras de António Almeida serão ofensivas para 500.000 portugueses como diz.
Mas são mentira?
Por mim maltratarem-me ou matarem-me em nome da igualdade ou de qualquer ideal rácico, não me faz muita diferença.
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Um exemplo entre muitos do “humanismo” comunista na Rússia dos soviets :
Uma circular do Comissário do Povo no Interior, N. Petrovsky, enviada a todos os soviets a 4 de Setembro de 1918 :
“Chegou a altura de acabar com toda esta mansuetude e com todo este sentimentalismo. Todos os socialistas-revolucionários de direita devem ser imediatamente presos. Deve ser feito um grande número de reféns no seio da burguesia e dos oficiais. Face à mais pequena resistência devem ser realizadas execuções em massa. (…) Os tchekas e as outras milícias devem localizar e prender todos os suspeitos e executar imediatamente todos os que estejam envolvidos em actividades contra-revolucionárias. […] Os responsáveis dos comités executivos devem informar imediatamente o Comissáriado do Povo no Interior de qualquer mansuetude ou indecisão por parte dos soviets locais. […] Não pode ser tolerada nenhuma fraqueza, nenhuma hesitação, na aplicação do terror de massa.”
Vale a pena reler em voz alta :
“DEVE SER FEITO UM GRANDE NUMERO DE REFÉNS …. FACE Á MAIS PEQUENA RESISTÊNCIA DEVEM SER REALIZADAS EXECUÇÕES EM MASSA. (…) NÃO PODE SER TOLERADA NENHUMA FRAQUEZA, NENHUMA INDECISÃO NA APLICAÇÃO DO TERROR DE MASSA.”
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Este denuncia vai ser divulgada na comunicação social? Duvido…
http://josemariamartins.blogspot.com/2008/06/psp-no-controlada-democraticamente-o.html
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Preocupado com as supostas ofensas a 500 mil esquecendo 60 milhoes de “mortos matados” e 100 milhoes de deportados só na mãe pátria onde o sol brilhava é apenas um PEQUENISSIMO desvio.
Com tão pequenos desvios em tanta coisa outra coisa que não ando a perceber muito bem é como em patrias onde tal sistema avançadissimo, humanista e igualitario só agora depois de se terem “convertido” ao capitalismo fascizante é que estão a ultrapassar (económicamente e alguns) esta terra martirizada pelos salazares deste mundo.
O desvio não deveria ser positivo? Outro desvio?
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1. A proibição da existência de partidos com uma certa ideologia não é a mesma coisa que proibir a expressão dessa ideologia.
2. Como é evidente a questão é que são símbolos de ocupação estrangeira nos casos concretos.
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MJRB
Estamos num fuso horário diferente. Era miúdo a quando da revolução dos cravos.
Concordo no essencial, mas fruto daquilo a que assisti – saneamentos e perseguições durante o PREC em relação a familiares – pessoas comuns e sem afinidades ou mesmo consciência política, que a única coisa q tinham eram cargos com alguma, pouca responsabilidade em dependências do estado fruto do seu árduo trabalho ao longo da vida, não poderia nunca optar por um regime comunista.
A nível global a inclinação seria nula se me dessem a escolher.
Entre a o fascismo, o comunismo e a democracia, venha a meritocracia… e uma nova constituição!
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MJRB,
há dias tive ocasião de ler algumas coisas sobre regimes totalitários e qual não foi o meu espanto qd percebi que o termo fascismo, do latim faces, foi usado pela primeira vez em Itália, para designar o partido revolucionário de esquerda de Il Duce… estranho não?
Deixo apenas uma questão para reflectir:
os alemães definiam a sua raça como a mais apurada, os judeus intitulam-se como o povo escolhido, a perseguição dos primeiro em relação aos segundos prende-se com isto e com o facto dos judeus, à data, controlarem os “media” e muito do poder económico. Outras raças como a cigana foram tb perseguidas.
Já o comunismo de Estaline não dizimou só outras raças, mas principalmente a sua própria. Não foi uma questão étnica, foi uma questão de manutenção de poder a qualquer custo.
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