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O discurso de MFL IV

23 Junho, 2008

Manuela Ferreira Leite tem um problema de segmentação do eleitorado. Ela diz defender os pobres e a classe média. Os pobres e a classe média são os portugueses quase todas. Quase ninguém se considera rico. Em relação à classe média, Ferreira Leite diz que deve pagar menos impostos. Em relação aos pobres, Ferreira Leite diz que devem receber mais apoios do Estado. Deduz-se que pretende taxar os ricos para dar aos pobres. Só que os ricos são os que mais mobilidade têm e que mais facilmente escapam aos impostos. Tanto é assim que a própria Ferreira Leite quando esteve no governo optou por aumentar o IVA, um impostos que chega a todos.

Este problema de segmentação eleitoral emerge quando Ferreira Leite fala do Serviço Nacional de Saúde. Ferreira Leite defende que o SNS não pode ser tendencialmente gratuito. Isto quer dizer que a classe média, que já pagava impostos, vai pagar taxas mais elevadas pelos serviços hospitalares. Mas depois diz que o Estado deve assegurar um serviço de qualidade às populações mais carenciadas. Ou seja, Ferreira Leite promete transferências de dinheiro entre os seus dois segmentos alvo. Como não podia deixar de ser porque esses dois segmentos são quase toda a gente. A classe média passará a pagar taxas hospitalares mais elevadas para que a qualidade dos serviços dos mais carenciados aumente.

72 comentários leave one →
  1. Desconhecida's avatar
    Anónimo permalink
    23 Junho, 2008 11:19

    Os portugueses vão às urnas em massa para colocar rodas debaixo de uma caixa de farinha amparo e votar noutro qualquer. O outro qualquer é o PSD para a maioria das pessoas, e essa é parte importante da segmentação: os que estão agarrados ao PS como drogados e não sobrevivem sem ele de um lado, e os outros do outro. Não faça grandes planos para a contabilidade pública porque muito provavelmente vai ter de os alterar quando Sócrates cair e a contabilidade criativa vier à tona na forma de facturas para pagar.

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  2. Pi-Erre's avatar
    Pi-Erre permalink
    23 Junho, 2008 11:29

    Neste país desgraçado só nos aparece é disto. Safa!…

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  3. josé manuel faria's avatar
    23 Junho, 2008 11:33

    Ferreira Leite tenta virar à esquerda para colher votos ao PS, só que nem ela nem as suas paradoxais ideias encaixam no discurso.

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  4. Desconhecida's avatar
    Anónimo permalink
    23 Junho, 2008 11:38

    mais um bombo da festa
    o oásis continua com camelos e asnos

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  5. Tonibler's avatar
    23 Junho, 2008 11:44

    Então não tem problema nenhum. Só está a aplicar uma fórmula com um sucesso eleitoral comprovado de 30 anos : “os ricos que paguem a crise”.

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  6. Red Snapper's avatar
    Red Snapper permalink
    23 Junho, 2008 11:51

    Muito bem. MFL promete fazer a quadratura do círculo. Mas isso em Manela não é populismo. No sangue azul chama-se isso credibilidade e competência.

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  7. Red Snapper's avatar
    Red Snapper permalink
    23 Junho, 2008 11:54

    Paxeco tem razão: A senhora que fale o menos possivel. Se passar este ano que falta até às eleições a tratar do neto, ainda pode ser que tenha algumas hipóteses.

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  8. Desconhecida's avatar
    Anónimo permalink
    23 Junho, 2008 11:58

    “Deduz-se que pretende taxar os ricos para dar aos pobres.”

    Deduzes mal.

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  9. Miguel Madeira's avatar
    23 Junho, 2008 12:01

    “Deduz-se que pretende taxar os ricos para dar aos pobres.”

    Penso que o que ela falou foi em reduzir o investrimento público para aumentar a despesa social.

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  10. JoaoMiranda's avatar
    JoaoMiranda permalink*
    23 Junho, 2008 12:06

    ««Penso que o que ela falou foi em reduzir o investrimento público para aumentar a despesa social.»»

    Pois, e também disse que o país não tem dinheiro para fazer investimentos públicos.

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  11. Piscoiso's avatar
    23 Junho, 2008 12:18

    “Deduz-se que pretende taxar os ricos para dar aos pobres.”

    E o neto é pobre ?

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  12. Anónima's avatar
    23 Junho, 2008 12:37

    será que se nós nos libertarmos dos nossos p(r)esos políticos a Europa volta a dar-nos fundos e mundos de dinheiro comunitário?

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  13. PR's avatar
    23 Junho, 2008 12:53

    Redundante. Vazio de tudo. Essencial mente umas balelas para seduzir o corporativismo da função pública. O centrão dos interesses no seu melhor.

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  14. Ritinha's avatar
    Ritinha permalink
    23 Junho, 2008 13:02

    “E o neto é pobre ?”

    Não, O neto é muito riquinho.

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  15. Ritinha's avatar
    Ritinha permalink
    23 Junho, 2008 13:13

    “Pois, e também disse que o país não tem dinheiro para fazer investimentos públicos.”

    Claro, se vai gastar em despesas sociais não há para investimentos públicos.
    E todos nós sabemos que não há dinheiro para nada, mas o João Miranda escusava de insistir neste argumento.
    Só os antigos merceeiros (os actuais já não fazem assim) é que faziam contabilidade de gaveta: “abre-se a gaveta. Se lá não houver dinheiro não se pode gastar.”
    Uma verdadeira novidade para o João Miranda é que existe uma invenção liberal chamada instrumentos financeiros…

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  16. JoaoMiranda's avatar
    JoaoMiranda permalink*
    23 Junho, 2008 13:29

    ««Claro, se vai gastar em despesas sociais não há para investimentos públicos.
    E todos nós sabemos que não há dinheiro para nada, mas o João Miranda escusava de insistir neste argumento.
    Só os antigos merceeiros (os actuais já não fazem assim) é que faziam contabilidade de gaveta: “abre-se a gaveta. Se lá não houver dinheiro não se pode gastar.”
    Uma verdadeira novidade para o João Miranda é que existe uma invenção liberal chamada instrumentos financeiros…»»

    Está a sugerir que se deve aumentar o défice e a dívida pública?

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  17. Desconhecida's avatar
    Ferreiro Leito permalink
    23 Junho, 2008 13:33

    A classe média passará a pagar taxas hospitalares mais elevadas para que a qualidade dos serviços dos mais carenciados aumente.

    Certo, e o dinheiro para pagar as taxas hospitalares mais elevadas resultará da diminuição dos impostos que também propõe.

    Este João Mirandaseria brilhante se não se esquecesse daquilo que não lhe convém

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  18. Desconhecida's avatar
    23 Junho, 2008 13:44

    Estranho que nenhum liberal dos que fazem esta casa venha a terreiro desmentir esta evidente trapaça. É óbvio que Portugal tem um Estado obeso, um número absurdo de funcionários públicos, que afoga a iniciativa privada e torna insustentável qualquer esforço de contenção orçamental se não despede, imediatamente, boa parte dos seus burocratas. Quem diz o contrário, como o homem de que esta notícia fala, só pode estar a falsear dados para lançar a confusão entre as massas.Exige-se o vosso douto esclarecimento sobre a verdadeira situação pátria. A Bem da Nação.

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  19. Anónima's avatar
    23 Junho, 2008 14:04

    Caro JV,

    Não creio que Portugal tenha excesso de função pública, tem é uma função pública ora ineficiente, ora mal distribuída. Se quiser podemos ficar a tarde toda a comparar os percentuais de funcionários em cada país da comunidade, no entanto agradecia que anexasse os índices de produtividade.

    Mal comparado eu também posso dizer que o Benfica foi melhor que o Porto, porque conseguiu uma audiência média superior ao clube nortenho. Uma falácia como deve compreender.

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  20. JoãoMiranda's avatar
    JoãoMiranda permalink
    23 Junho, 2008 14:19

    ««Certo, e o dinheiro para pagar as taxas hospitalares mais elevadas resultará da diminuição dos impostos que também propõe. »»

    e quem paga o défice?

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  21. Desconhecida's avatar
    Anónimo permalink
    23 Junho, 2008 14:20

    Tanto pobre e tanta gente empenhada na luta contra a pobreza… lindo não é?Se fosse mais novo também ia para uma jota para “salvar” o mundo.
    Mas a Manuela que faça bem as contas.É que convém não esquecer as dezenas de milhar de pobres que todos os anos são “acrescentados” á lista.O melhor é ela ligar-se melhor ao ACIDI …

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  22. Desconhecida's avatar
    23 Junho, 2008 14:23

    “Não faça grandes planos para a contabilidade pública porque muito provavelmente vai ter de os alterar quando Sócrates cair e a contabilidade criativa vier à tona na forma de facturas para pagar”.

    Ora! Há sempre alguém atento.

    Sabem porque foi o último aumento dos medicamentos (de Junho de 2008)?

    Simplesmente, porque a Indústria farmacêutica (estes representantes do mal, que Correia de Campos diz que “domesticou”, mas é mentira) tem a haver 1.000 milhões de euros dessa entidade de bem, que somos todos nós….e que se chama Ministério da Saúde.

    O déficit em 2,2% é tanto verdade, quanto o déficit do pina Moura estava abaixo dos 3,0%.

    E o Flopes é que apanhou com os cacos todos, pois o Barroso deu de frosques, o Tonecas foi para os “Refugiados”, e os tristes dos portugueses foram encaminhados para o Salvador “Engenheiro”!

    Agarrem-se…..que a descida ainda só começou agora, o petróleo está a 135 dolares o barril.

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  23. Desconhecida's avatar
    João permalink
    23 Junho, 2008 14:25

    JV Diz:
    23 Junho, 2008 às 1:44 pm

    Ô JV, coomo é que quer desmentir dados reais ? O sector privado em portugal vive dos funcionários públicos. E do estado.
    Os clientes ou sao ricos ou são funcionários publicos. Os outros ganham tão mal que nem dinheiro para pao tem.
    as empresas como não tem clientes particulares não tem dinheiro para comprar a outras empresas.
    e ainda querem piorar tudo colocando tudo a receber ainda pior.
    Veja os pprofessores. Se passarem a receber metade, quem vai encheer os hipers, os restaurantes, etc ? Ninguém. Sem dinheiro a rodar na mao das pessoas não há economia, e poucas empresas pagam decentemente.

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  24. MFerrer's avatar
    23 Junho, 2008 14:27

    O giro desta discussão é ver quem tem menos razão.
    A economia não é matéria de opinião.
    Há algum dinheiro para gastar. Ponto.
    Em quê?
    a) Em despesas assistenciais e não reprodutivas, ou
    b) Em investimentos reprodutivos, com retorno, emprego e com criação de riqueza. Ponto.
    c) À luz dos novos preços dos combustíveis e à sua escalada prevista é conveniente afinar os investimentos? Certo!. Ponto.
    Como o Estado não pode criar empregos nem empresas,tem que esperar que o que gasta crie esses empregos.
    A escolha é clara e não vale a pena atirarem insultos uns aos outros.
    MFL é apenas o braço direito de um determinado grupo de interesses, nomeadamente os autárquicos e os regionais, que o que querem é continuar a ser reeleitos à custa de obras, essas sim faraónicas, que nunca criaram um emprego que fosse, digno do nome de Posto de trabalho!
    MFerrer

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  25. Desconhecida's avatar
    Anónimo permalink
    23 Junho, 2008 14:51

    Off topic, disponibilizado o trailer do filme “Blindness” baseado no livro Ensaio da cegueira do Saramago: http://www.apple.com/trailers/miramax/blindness/trailer/

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  26. Luis Moreira's avatar
    Luis Moreira permalink
    23 Junho, 2008 14:56

    Os argumentos aqui usados dão para tudo.MFL disse que era necessário responder a duas perguntas essenciais:i) os investimentos públicos enunciados são necessários?ii) há dinheiro para os pagar?

    E disse ainda que é preciso canalisar apoios para quem vive mal ! E ajudar as médias e pequenas empresas ( e ao contrário do que ela diz, ler nas entrelinhas, que chega de negócios á sombra do Estado sem risco,com os grupos monopolistas habituais…)

    O JM em vez de inventar um chorrilho de deduções sem nexo, é capaz de responder,objectivamente,ás questões colocadas? E não colocar na boca de MFL o que ela não disse?

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  27. Desconhecida's avatar
    Ferreiro Leito permalink
    23 Junho, 2008 15:00

    “e quem paga o défice?”

    Se baixar a despesa (embora não tanto como João Miranda gostva, pois há que tratar dos pobres) pode diminuir a receita, baixando os impostos, que o défice continua como está.

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  28. JoãoMiranda's avatar
    JoãoMiranda permalink
    23 Junho, 2008 15:01

    ««O JM em vez de inventar um chorrilho de deduções sem nexo, é capaz de responder,objectivamente,ás questões colocadas?»»

    Que questões colocadas? Manuela Ferreira Leite quer dar tudo a todos e não tem dinheiro para isso. Não há grandes questões filosóficas aqui. Há apenas um político a tentar segmentar eleitorado usando uma estratégia de gemetria variável que rapidamente de contradiz.

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  29. JoãoMiranda's avatar
    JoãoMiranda permalink
    23 Junho, 2008 15:03

    ««Se baixar a despesa (embora não tanto como João Miranda gostva, pois há que tratar dos pobres) pode diminuir a receita, baixando os impostos, que o défice continua como está.»»

    Mas qual despesa. Ferreira Leite diz que quer aumentar a qualidade do SNS. Isso faz-se aumentando a despesa. Não se faz cortando na despesa. Diga um sítio onde Ferreira Leite disse que ia cortar e que permita baixar impostos.

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  30. Luis Moreira's avatar
    Luis Moreira permalink
    23 Junho, 2008 15:05

    E quanto ao SNS.Temos já cerca de 4 000 000 de pessoas com seguro de saúde que lhes permite recorrer aos serviços médicos privados.Quando estas pessoas vão ao SNS as empresas de seguros(que facturam quer os seus utentes vão ou não ao SNS)não deverão pagar tal como pagam aos hospitais privados?

    Como vê aqui está uma útil e justa forma de o SNS ser financiado por quem pode a favor de quem menos pode!E quem paga são as Seguradoras,não os utentes!

    É que a classe média não é uma massa uniforme de pessoas com os mesmos rendimentos.Longe disso!

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  31. JoãoMiranda's avatar
    JoãoMiranda permalink
    23 Junho, 2008 15:12

    ««Como vê aqui está uma útil e justa forma de o SNS ser financiado por quem pode a favor de quem menos pode!»»

    Não é para isso que serve um sistema fiscal progressivo?

    JM

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  32. Desconhecida's avatar
    23 Junho, 2008 15:16

    “b) Em investimentos reprodutivos, com retorno, emprego e com criação de riqueza. Ponto.”

    Parabéns.

    Esta é a questão fundamental.

    Mas, não é de certeza, a criação do TGV, Lisboa – Porto, que poupa cerca de 30 minutos face ao actual Alfa.

    Nem, as “1001” auto-estradas…..para os Audi A6 e a8, da Amorim, da Mota, do BCP, da Caixa e do estado andarem….

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  33. Desconhecida's avatar
    23 Junho, 2008 15:17

    “Temos já cerca de 4 000 000 de pessoas com seguro de saúde que lhes permite recorrer aos serviços médicos privados”.

    Cuidado com as fontes.

    Muita gente tem seguro de saúde, através de cartão de crédito, ou do patrão….enquanto estiver empregado!

    Seguros de Saúde reais, devem abranger para 1,5 milhões de portugueses.

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  34. Ritinha's avatar
    Ritinha permalink
    23 Junho, 2008 15:19

    Caro JM, estou de pleno acordo consigo que o discurso da senhora é de uma verdadeira pobreza franciscana.
    Mas não se pode desmontar algo quase inexistente, o seu discurso. Pegar nas suas poucas palavras e interpretá-las, é quase um exercício de fé, em que cada um lê aquilo que quer ler. O anti-comuna, por exemplo, cujas opiniões sobre economia muito prezo, parece ler nelas coisas positivas que o JM (nem eu) conseguimos vislumbrar.
    Quanto a mim, o que deveria ser feito era o exercício, muito mais difícil, de preencher o vazio do discurso. O que MFL não disse é que é importante.
    Diz o povo que “quem cala consente”, o que significa que estará de acordo com a política de Sócrates nos assuntos que omitiu.
    E omitiu quase tudo.

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  35. Luis Moreira's avatar
    Luis Moreira permalink
    23 Junho, 2008 15:20

    a MFL está a dizer que os investimentos anunciados ( e se bem me lembro a maioria dos que aqui escrevem estão contra ) devem ser contidos,reanalisados e o dinheiro assim poupado deve ser canalisado para as pequenas e médias empresas que, como sabe, representam 90% do emprego ! Ela lembrou esse pecado de todos nós de haver pessoas que trabalham e nem assim têm uma vida decente.

    Todos sabemos os resultados de investimentos em infraestruturas e de investimentos em educação,inovação e tecnologia.Com os primeiros temos Portugal na cauda da UE.Com os segundos temos a irlanda no top cinco!

    E se bem me parece nada disto tem a ver com mais despesa pública ou com o déficit (que como aqui alguem lembra deve estar tão abaixo dos 3% como a economia a crescer a 1.6 %)

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  36. Joaquim's avatar
    Joaquim permalink
    23 Junho, 2008 15:23

    Caro João Miranda,

    Relativamente ao SNS concordo inteiramente consigo. Como é que depois de pagarem taxas elevadísimas se pode pedir à tal classe média que também comparticipe mais nas despesas com a saúde?
    Ou SNS ou é promovido como igual para todos ou terminará!

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  37. Ritinha's avatar
    Ritinha permalink
    23 Junho, 2008 15:26

    «a MFL está a dizer que os investimentos anunciados ( e se bem me lembro a maioria dos que aqui escrevem estão contra ) devem ser contidos»

    Tendo em conta que Manuela Ferreira Leite já disse que Alcochete é para fazer e que os compromissos públicos do Estado são para cumprir (leia-se TGV), onde é que o Luis Moreira vê a contenção?

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  38. Luis Moreira's avatar
    Luis Moreira permalink
    23 Junho, 2008 15:26

    Pois, mas os investimentos em saúde de privados não cessa de crescer e estão previstos mais 20 hospitais privados.Se não há seguros quem está a pagar?

    Ai.ai, os nossos impostos a pagar a saúde privada e os investimentos aos nossos grandes empreendedores!

    É bem verdade, vale a pena trocar ideias.nasce a luz!

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  39. JoãoMiranda's avatar
    JoãoMiranda permalink
    23 Junho, 2008 15:27

    ««a MFL está a dizer que os investimentos anunciados ( e se bem me lembro a maioria dos que aqui escrevem estão contra ) devem ser contidos,reanalisados e o dinheiro assim poupado deve ser canalisado para as pequenas e médias empresas que, como sabe, representam 90% do emprego !»»

    Como é que se pode poupar dinheiro que não existe? As obras públicas serão pagas com impostos futuros e outras manigâncias. Não há qualquer folga orçamental para desviar dinheiro para outra coisa qualquer. MFL, se alguma vez chegar ao poder ainda acaba a aumentar impostos sobre a tal classe média.

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  40. Luis Moreira's avatar
    Luis Moreira permalink
    23 Junho, 2008 15:34

    Joaquim

    Não é a classe média que paga.São as seguradoras que recebem os prémios e depois os segurados vão ao SNS.Isto é, as seguradoras estão a ser financiadas com os nossos impostos!

    Ritinha

    O oil ao preço que está e vai continuar, deita por terra os tais 40 Milhões de passageiros na Portela.Alcochete tornou-se, com o preço dos combustíveis, um erro histórico.Com o TGV já toda a gente percebeu que é dinheiro para dar ás construtoras,bancos e consultores.Numa altura de crise séria, não é de congelar tudo e tentar perceber para onde vai isto?

    É o que consigo ler no discurso de MFL!

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  41. Desconhecida's avatar
    23 Junho, 2008 15:35

    “Ai.ai, os nossos impostos a pagar a saúde privada e os investimentos aos nossos grandes empreendedores!”

    Chama-se por exemplo, ADSE! Sabe quem são? Sabe quem paga, para além dos 1,5% dos próprios? Pois…

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  42. Desconhecida's avatar
    23 Junho, 2008 15:37

    “os compromissos públicos do Estado são para cumprir (leia-se TGV)”

    Acha que depois de Madrid parar o TGV Madrid-Cáceres…….Portugal vai fazer o TGV, Lisboa – Cáceres? Só se for para comprar caramelos…

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  43. Luis Moreira's avatar
    Luis Moreira permalink
    23 Junho, 2008 15:40

    Mas se não existe dinheiro então não se se façam as obras faraónicas cuja rentabilidade todos questionam !O que MFL diz é isso mesmo.A haver alguma folga então canalize-se para o apoio das pequenas e médias empresas inovadoras,criadoras de emprego,de produtos de exportação com valor acrescentado.

    É isto o que eu consigo ler do discurso!

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  44. Fernando S's avatar
    Fernando S permalink
    23 Junho, 2008 15:41

    “É óbvio que Portugal tem um Estado obeso, um número absurdo de funcionários públicos, que afoga a iniciativa privada e torna insustentável qualquer esforço de contenção orçamental se não despede, imediatamente, boa parte dos seus burocratas. Quem diz o contrário, como o homem de que esta notícia fala …”

    Efectivamente, Portugal tem Estado a mais. Gasta e desperdiça recursos que seriam certamente mais bem empregues se ficassem nas mãos dos contribuintes.

    Para poder convergir com os paises mais desenvolvidos da UE Portugal precisa de crescer mais. Para tal deve liberalizar e reduzir o peso do Estado na economia.

    Os paises mais desenvolvidos não são mais desenvolvidos por terem mais Estado e mais funcionarios publicos. É o contrario. Teem mais funcionarios e mais Estado porque desperdiçaram riqueza gerada pela economia privada num Estado Previdencia. Desde ha muito que se verificou a ineficiencia do Estado Previdencia. Mas infelizmente é bem mais facil aumentar o numero de funcionarios e as despesas publicas em anos de fartura do que reduzi-los em anos mais dificeis. Mesmo assim, a maior parte destes paises esta neste momento a procurar fazer reformas tendente a reduzir o numero de funcionarios (França, por exemplo) e as despesas publicas e sociais (Alemanha, por exemplo).

    O “homem de que fala a noticia”, Eugénio Rosa, é um economista do Partido Ccomunista Portugues e da CGTP. Organizações que, como toda a gente sabe, se inspiram em modelos de “desenvolvimento publico” que deram excelentes resultados em termos de prosperidade economica e niveis de bem estar ao longo de todo o século XX !!….

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  45. Ritinha's avatar
    Ritinha permalink
    23 Junho, 2008 15:42

    “Acha que depois de Madrid parar o TGV”(…)

    Desta vez será caso para dizer “Viva Zapatero”!

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  46. Luis Moreira's avatar
    Luis Moreira permalink
    23 Junho, 2008 15:46

    ADSE,claro e isso justifica que as seguradoras passem a ser financiadas pelo SNS!

    Se as seguradoras recebem dos seus segurados,então, sempre que estes recebam tratamento no SNS,as seguradoras devem pagar como pagam aos privados ( as seguradoras e os privados na saúde são os mesmos grupos económicos,talvez isso explique estes truques indecentes)

    Um erro não justifica outros!

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  47. Desconhecida's avatar
    23 Junho, 2008 16:17

    Seria interessante, alguém elencar um conmjunto de despesas do Estado, que vão para além dos salários dos funcionários publicos: 1) custso com consultadoria; 2) custos com assessoria jurídica; 3) prestações de serviço; 4) fornecimentos de produtos/ serviços ao Estado; Parcerias Publico-Privadas, como sejam as SCUT’s…….

    Só alguns daqueles exemplos, dariam para construir um aeroporto em Alcochete.

    Aliás, se o Estado tivesse uma lógica empresarial, os terrenos da Porttela, bem rentabilizados dariam para construir Alcochete…..

    Quem ficará e para quê, com os terrenos da Portela?

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  48. The Studio's avatar
    23 Junho, 2008 16:20

    O João Miranda tem razão. O discurso da MFL é da mais pura demagogia, mas isso só mostra como ela é inteligente: Só pode disputar votos com o Louçã e o Sócrates usando as mesmas armas que eles.

    O João Miranda compreende que nada do que ela diz faz sentido, mas 99% da população apenas retém do seu discurso que irá ficar melhor caso ela seja eleita. Política é isto, a arte de enganar os eleitores…

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  49. Desconhecida's avatar
    Anónimo permalink
    23 Junho, 2008 16:48

    Bem vistas as coisas, MFL é criticada porque quer aplicar noutra coisa os dinheiros que não existem, mas que Sócrates vai gastar no TGV e no aeroporto. Se calhar o melhor é a MFL ir à fonte telefonando ao Sócrates a perguntar onde está o dinheiro (ele é que é o governante neste momento, não é ela), porque assim livra-se das críticas e ainda faz um grande favor a Portugal: encontrar o dinheiro que não existe e com ele fazer as grandes obras faraónicas. Se conseguir, até se pode dizer que o custo é zero, apresentando-o como engenharia financeira. Mesmo que não consiga encontrar a massa, eu prefiro a MFL a pagar o básico sem diheiro que o Sócrates a fazer elefantes brancos com dinheiro que não existe.

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  50. Desconhecida's avatar
    honni soit qui mal y pense permalink
    23 Junho, 2008 17:02

    O dinheiro das obras faroónicas não existe.As construtoras que vão para Angola.Os sindicatos bancários que continuem a escravizar os portugueses com os juros á habitação.
    Não há dinheiro , não há palhaços.

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  51. Desconhecida's avatar
    23 Junho, 2008 18:02

    Anónima Diz:
    23 Junho, 2008 às 2:04 pm

    Minha cara,

    Eu estou, em substância, de acordo consigo. Mas quem não está de acordo connosco são os liberais portugueses, e maximamente os cá da casa, para quem o problema de Portugal é o excesso de funcionários públicos, causa de um orçamento em que se gasta em demasia com a manutenção do aparelho de Estado, acarretando isso déficit público. Ora, perante os dados que aqui apresentei, percebemos que o mal não é termos muito Estado – é termos mau Estado. A racionalização dos gastos deve ser feita, e não a cessação massificada de vínculos contratuais.
    Quem não entende assim são os liberais, e Sarsfield Cabral a José Manuel Fernandes, para quem era necessário despedir metade da «gordura» do funcionalismo. Nem eles, nem os blasfemos. Por isso lhes pedi que me elucidassem sobre a evidente aldrabice que este estudo certamente apresenta. E continuo à espera.

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  52. Luis Moreira's avatar
    Luis Moreira permalink
    23 Junho, 2008 18:53

    JV

    tem toda a razão.Falar do Estado é falar das consultorias,dos negócios tutelados,dos investimentos á medida dos grandes interesses,dos dirigentes públicos que passam dezenas de anos a serem pagos com os nossos impostos sem nunca terem sido escrutinados por ninguem.Das empresas onde o Estado mantem controle ao arrepio das leis do mercado e negando a concorrência.Mas tambem é preciso que as pessoas sejam avaliadas,progridam segundo o mérito!

    O melhor exemplo é o da Justiça.Alguem tem dúvidas que há corporações que não estão interessadas que a Justiça melhore?

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  53. Desconhecida's avatar
    Anónimo permalink
    23 Junho, 2008 20:15

    Ora , a manela pode copiar este ( o zapa) e usar o poupado nos mais necessitados:

    Zapatero congelará los salarios de los altos cargos de la Administración

    El presidente del Gobierno, José Luis Rodríguez Zapatero, anunció hoy que en 2009 congelará los salarios de todos los altos cargos de la Administración General del Estado (AGE) y añadió que la oferta pública de empleo se reducirá un 30 por ciento respecto a este año.

    Según ha explicado en la presentación de su segundo Informe Económico, estas medidas, incluidas en un ‘plan de austeridad’ dirigido a contener los gastos corrientes de la Administración, se enmarcan en el objetivo de mantener el equilibrio presupuestario sin renunciar al gasto social comprometido y al gasto productivo necesario para impulsar el crecimiento.

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  54. Desconhecida's avatar
    Luis permalink
    23 Junho, 2008 20:46

    Ó JM, V. às vezes vê as coisas um bocadinho a preto e branco, não?
    se ela diz que pagamos demasiados impostos e que os pobres devem ser mais apoiados, V. vê logo que as coisas são incompatíveis. Brilhante.
    Não lhe passa pela cabeça que há mais despesas além do apoio social?
    Será que a maioria do dinheiro que o Estado desperdiça é no apoio social, ou pelo contrário, muito do dinheiro mal gasto é apenas gasto na manutenção de uma máquina carissima e ineficaz?
    Não terá reparado que MFL fez explicitamente referencia ao aproveitamento de redes de voluntariado no apoio aos pobres?
    Isto é uma diferença radical na forma de encarar o apoio social. Tradicionalmente o Estado entra, afasta os privados e o voluntariado e instala uma máquina, pesada e ineficaz, que acaba por consumir a maioria dos recursos que era suposto distribuir.

    Isto para concluír que os problemas são muitos e a solução dificil, se é que há “a” solução.
    O JM tem “a” solução? Então não perca tempo e telefone à dra MFL ou ao “eng” JS. Ambos agradecerão.

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  55. JoaoMiranda's avatar
    JoaoMiranda permalink*
    23 Junho, 2008 20:57

    ««Ó JM, V. às vezes vê as coisas um bocadinho a preto e branco, não?
    se ela diz que pagamos demasiados impostos e que os pobres devem ser mais apoiados, V. vê logo que as coisas são incompatíveis. Brilhante.»»

    MFL não diz onde vai cortar, diz que não há dinheiro para gandes obras, diz que vai apoiar e reduzir os impostos à classe média. Tem a certeza que não consegue ver aqui nada de incompatível?

    ««Não lhe passa pela cabeça que há mais despesas além do apoio social?»»

    Sim, mas MFL esqueceu-se de dizer onde vai cortar. Aliás, ela própria já tinha dito que é demagogia prometer cortes em impostos, precisamente porque é preciso cortar na despesa mas ninguem tem coragem de o fazer.

    ««Será que a maioria do dinheiro que o Estado desperdiça é no apoio social, ou pelo contrário, muito do dinheiro mal gasto é apenas gasto na manutenção de uma máquina carissima e ineficaz?»»

    MFL foi ministra das finanças e não cortou em lado nenhum.

    ««Não terá reparado que MFL fez explicitamente referencia ao aproveitamento de redes de voluntariado no apoio aos pobres?»»

    O que é que isso tem a ver com o Estado? O Estado agora dirige as redes de voluntariado?

    ««Isto é uma diferença radical na forma de encarar o apoio social. Tradicionalmente o Estado entra, afasta os privados e o voluntariado e instala uma máquina, pesada e ineficaz, que acaba por consumir a maioria dos recursos que era suposto distribuir.
    »»

    MFL ainda não fez nada. Isso é só uma frase num discurso que não tem implicação nenhuma.

    ««Isto para concluír que os problemas são muitos e a solução dificil, se é que há “a” solução.»»

    Nos discursos de MFL tudo parece fácil. Principalmente porque ela não diz onde pretende cortar despesa.

    ««O JM tem “a” solução? »»

    As contradições de MFL não se alteram por eu não ter a solução. Repare que o candidato a PM não sou eu.

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  56. Desconhecida's avatar
    ferreiro leito permalink
    23 Junho, 2008 21:44

    “Mas qual despesa. Ferreira Leite diz que quer aumentar a qualidade do SNS. Isso faz-se aumentando a despesa. Não se faz cortando na despesa. Diga um sítio onde Ferreira Leite disse que ia cortar e que permita baixar impostos.”

    Porra, isto parece uma conversa de surdos. MFL começa por dizer (e Miranda por admitir que MLF o diz) que quer cortar nas obras públicas.

    Corta nas obras públicas – do que sobra investe uma pequena parte no SNS e o resto corta em impostos. Capice?

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  57. Carlos Gonçalves's avatar
    Carlos Gonçalves permalink
    23 Junho, 2008 21:45

    Eu exijo um boneco igual ao do Sr. João Miranda, encarnado e com dentinhos. Tirem-me daqui este aranhiço verde, faz favor.

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  58. lucklucky's avatar
    lucklucky permalink
    23 Junho, 2008 22:09

    Sem produção não há distribuição, minima que seja. Sem competição e consequente discriminação não se consegue distinguir o mau do bom , logo não é possível haver boas decisões: algo que o Ministério da Educação Soviético é uma prova exemplar. A maioria de empresas vai á falência ao fim de 3 anos porque é uma actividade arriscada e expeculativa no entanto é o que possibilita a distribuição por quem os Comunistas, Socialistas, Limianos e Manuela Ferreira Leite tanto choram. Esses que ainda não notaram que a economia está anémica há anos enquanto o resto do Mundo crescia a 5-7%. Porque não há recompensa para o risco, para ter ideias próprias, é preferível viver do Estado Social ou do Estado Partidário.

    Quanto mais tarde se fizer a Liberalização mais Liberal será.

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  59. JoaoMiranda's avatar
    JoaoMiranda permalink*
    23 Junho, 2008 22:23

    ««Porra, isto parece uma conversa de surdos. MFL começa por dizer (e Miranda por admitir que MLF o diz) que quer cortar nas obras públicas.»»

    Nas obras públicas, já me fartei de explicar, não há nada para cortar. As obras públicas são financiadas com impostos futuro, tal como as SCUTs o foram. É uma ilusã pensar que cortando nas obras públicas se fica com folga orçamental.

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  60. Pi-Erre's avatar
    Pi-Erre permalink
    23 Junho, 2008 23:10

    Amorim, Belmiro, Berardo.
    Qual deles é o mais pobre?

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  61. Pi-Erre's avatar
    Pi-Erre permalink
    23 Junho, 2008 23:12

    “Carlos Gonçalves Diz:
    23 Junho, 2008 às 9:45 pm
    Eu exijo um boneco igual ao do Sr. João Miranda, encarnado e com dentinhos. Tirem-me daqui este aranhiço verde, faz favor.”

    Náo é um aranhiço, mas sim uma carraça.

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  62. Desconhecida's avatar
    Anónimo permalink
    24 Junho, 2008 00:19

    Portugal livrou-se do pesadelo da Ota com a ajuda do PSD, e se tudo correr bem também vamos acabar com o TGV. TSudo coisas com que um bom blasfemo concordaria, mas desde há uns tempos, os blasfemos são contra a baixa dos impostos porque tem que baixar a despesa. Ora, agora akguém falu em baixar a despesa e eles não gostam na mesma.

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  63. JoaoMiranda's avatar
    JoaoMiranda permalink*
    24 Junho, 2008 00:27

    ««Ora, agora akguém falu em baixar a despesa e eles não gostam na mesma.»»

    Porque é que insistem nisto? MFL não falou em baixar despesa nenhuma. A despesa pública que interessa é rígida e nada tem a ver com obras públicas. A OTA, por exemplo, ia ser paga com a privatização da ANA e a desactivação da Portela. O TGV será financiado com impostos futuros. A futura ponte idem.

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  64. MJP's avatar
    MJP permalink
    24 Junho, 2008 00:49

    Como poderia ser de outra forma? Suponho que todos defendem saúde de qualidade mesmo para quem não pode pagar os custos reais.
    Cuidados de saúde de qualidade para todos, que uns poderão pagar e por isso cada vez terá maior qualidade. A base terá de sair dos impostos enquanto não descobrirmos a árvore das patacas e as taxas moderadoras servirão para quem opte por não pagar a privados. Se achar que fica mais bem servido nos privados, só tem que bater na porta do lado e paga zero de taxa, mas o custo real.
    Numa urgência grave ninguém dispensa o serviço público que está 24horas todos os 365 dias à espera. Isso tem custos que, não me parece, estajamos prontos a dispensar. Se fosse dimensionado para ter em permanência 10 milhões de utentes o que descontamos não chegaria.
    Os pobres e os remediados, numa doença grave, não têm que ficar na rua porque não podem pagar. É preferível assim que ser despejado do hospital porque o seguro não paga uma leucemia, que nunca é prevista, mas torna o prémio muito mais elevado. Além disso a solidariedade é a base da nossa sociedade.
    É muito mais grave o rendimento garantido dos chupistas, oferecido pelo PS, e não o vejo ser contestado.

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  65. Desconhecida's avatar
    Anónimo permalink
    24 Junho, 2008 01:10

    JoaoMiranda Diz:
    24 Junho, 2008 às 12:27 am
    ««Ora, agora akguém falu em baixar a despesa e eles não gostam na mesma.»»
    Porque é que insistem nisto? MFL não falou em baixar despesa nenhuma. A despesa pública que interessa é rígida e nada tem a ver com obras públicas. A OTA, por exemplo, ia ser paga com a privatização da ANA e a desactivação da Portela. O TGV será financiado com impostos futuros. A futura ponte idem.

    Ok, percebi. De qualquer forma se isto ainda for possível estar em cima da mesa nas eleições é o suficiente para fazer ganhar ou perder o meu voto.

    Já agora, off-topic, JM, ainda a propósito da discussão sobre o seu artigo do carro eléctrico, essa questão hoje entrou bem forte na campanha americana. McCain avançou com a ideia de lançar um prémio de $300,000,000 (1 USD por americano) para o inventor de uma bateria competitiva, e ainda $5000 de subsidio a quem adquirir um carro eléctrico nos EUA.
    http://thecaucus.blogs.nytimes.com/2008/06/23/build-a-better-car-battery-and-a-cash-prize-could-be-yours/?hp

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  66. Ruben's avatar
    Ruben permalink
    24 Junho, 2008 07:35

    .
    Os Impostos dos Portugueses dão dinheiro a mais aos Sistemas Nacionais de Saúde e Educação.
    .
    Com apenas 60% do esbanjado actualmente, é facilimo aumentar a qualidade de ambos, mantendo-os grátis e com uma matriz ideológica de DIREITA LIBERAL completa.
    .
    Chega de lamúrias; é de facto uma Emergência Nacional. É o momento de “dar a volta” à situação, com estes ou outros Partidos. Actos, soluções, apostas, ousadia. Desenvelhecer o Sistema para o Regime durar. Palavreado foi todo dito.

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  67. Ruben's avatar
    Ruben permalink
    24 Junho, 2008 07:48

    . O espectro de resultados eleitorais, a probabilidde de maioria absoluta, dependem apenas de Sócrates, ou Oposição, terem energia e capacidade para saír do atoleiro em que a agenda deste Governo ingénua e inabilmente se enfiou ao recusar:
    .
    Forte descida de impostos para aumentar o poder de compra dos cidadãos, lucratividade de Empresas e Empregados, acelerar o investimento estrangeiro; as oportunidades de baixar impostos lentamente foi perdida;
    .
    Simplificação de taxas e impostos ancorando a sua cobrança e tributação apenas no Consumo e não na Produção e na Propriedade;
    .
    Regionalização, o unica instrumento possivel para reforma autêntica da Função Publica saindo do esmagador despesismo publico nacional; sem Regionalização Partidos, Coligações ou Oposiçãos podem prometer mas nenhum conseguirá reformar este Estado totalitário que empobrece os cidadãos e elimina os autênticos criadores de riqueza e postos de trabalho (Empregados e Empregadores);
    .
    Financiamento e Gestão do Serviço Nacional de Saúde apenas através do “cheque-educação” e “cheque-saúde” por utente como modelos de racionalização e aceleração da qualidade dos “produtos” da Educação e Saúde aos cidadãos mantendo Escolas/Universidades e Hospitais publicos em livre concorrência com os Privados (parte da reforma da Função Publica);
    .
    Receituário de remédios por PRINCIPIO ACTIVO (o mais barato com o mesmo resultado clinico) como Inglaterra e demais países não-pobres da Europa;
    .
    Revisão dos projectos Novo Aeroporto Internacional (onde serve melhor o desenvolvimento harmonioso nacional, surgindo o “Aeroporto Internacional de Coimbra” para alavancar o desenvolvimento da faixa Sul do Douro-Mondego-rio Liz-Trás os Montes e respectivas componentes economicas, marinhas, minerais, florestais, cientificas e universitárias, termalistas, turisticas, vinicolas, industriais e agricolas); justificativo racional do TGV Lisboa/Porto conectando excedentes de trafego aéreo de Lisboa e Porto; alavanca para mais qualidade da rede de estradas de montanha portuguesa;
    .
    Redução da idade de reforma para os 55/60 anos desocupando postos de trabalho para eliminar subsidios directos ou ocultos aos jovens;
    .
    Se Socrates, ou Oposição, conseguirem antes das eleições virar por este caminho, concerteza que haverá uma nova maioria absoluta. Quiçá até maior. Fazer já. Não prometer para depois. Ninguém já acredita em promessas e programas.
    .
    Se Sócrates ou a Oposição continuarem embrulhados nas actuais Governanças, este Governo, as proximas eleições são a grande “caixa de pandora” de resultados absolutamente inéditos. Mas reais.
    .
    Os novos movimentos e dialecticas sociais estão aí imparáveis, semelhantes aos “moageiros” do final da 1ª Republica …. Surge tão só assim

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  68. Desconhecida's avatar
    Luís permalink
    24 Junho, 2008 09:04

    “As contradições de MFL não se alteram por eu não ter a solução. Repare que o candidato a PM não sou eu.”
    JM

    Boa malha. E tem razão.
    Mas é também por ela ser candidata que não pode dizer já tudo. Seria suicidio.
    Nem vai dizer tudo até às eleições. Porque não sabe tudo nem tem as respostas para tudo e nem pode dizer tudo.

    De qualquer forma há uma critica que me parece ser injusta em relação à dra MFL, é a de que ela foi ministra e não cortou coisa alguma nem fez nada.
    Ora eu com isto não concordo.
    Ela foi ministra numa altura muito complicada, em que a despesa pública aumentava galopantemente e Portugal ia aumentar o défice acima dos 3%.
    Se há mérito da MFL é ela ter feito o país acordar para a realidade. Muito do que fez foi algo atabalhoado (congelamento de salários e IVA, por exemplo) e foi ditado por circunstancias extraordinárias. Mas, pelo menos, conseguiu conter o défice e sobretudo o país acordou e não fomos penalizados por Bruxelas.
    As circunstancias em que JS trabalhou foram já muito diferentes.

    “O que é que isso tem a ver com o Estado? O Estado agora dirige as redes de voluntariado?”

    Não, não dirige, e ainda bem. Mas, para começar, não tem por objectivo substituír as redes de voluntariado e as IPSS por serviços públicos. Isto parece lógico e pouco, mas comparando com o PS faz toda a diferença.
    Depois, mesmo que não as dirija, pode (e sei que não vai gostar da palavra) apoiá-las. Estas redes já existentes são mais baratas e eficazes que a burocracia estatal.

    “Nos discursos de MFL tudo parece fácil. Principalmente porque ela não diz onde pretende cortar despesa.”

    Não concordo. Pelo contrário, é um discurso de dificuldades. Eu acho que ela sabe onde é preciso cortar despesa. No fundo, toda a gente sabe e ninguém diz. Porque esse é meio caminho andado para nunca chegar a ter as condições (poder=, para o poder fazer.

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  69. Piscoiso's avatar
    24 Junho, 2008 09:43

    O discurso da senhora
    Não se come como pão.
    Prefiro a rusga da hora
    Na noite de S. João.

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  70. Ruben's avatar
    Ruben permalink
    24 Junho, 2008 09:48

    .
    Há uns 5/6 anos que isto já se sabia na blogosfera e determinada comunicação social muito restrita em Portugal. Seia suposto as elites, os velhos politicos, os Partidos, os Governos também saberem, condição obrigatória para o serem, ambicionarem serem-no e proporem-se aos Portugueses sê-lo. Mas a VELHISSIMA POLITICA continua a teimar.
    .
    Não prevê para se antecipar. Para Governar na defesa nacional de cada e todos os Portugueses. Desgovernou, teima em empobrecer cada vez mais, CADA e TODOS os Portugueses. Actualiza-se:

    “Lower dollar drags Euro zone economies into recession – German business confidence fell in June to the lowest level since 2005
    .
    Germany is slumping into a recession. Japan is already soft. US is on the verge of a recession. The lower dollar dragged the last hope of world economies into its knees. The euro dropped the most versus the dollar in more than a week as German business confidence fell in June to the lowest level since 2005, reducing bets the European Central Bank will increase borrowing costs this year.
    .
    Europe’s manufacturing and service industries unexpectedly contracted this month. The Swiss government reduced its economic growth forecast for next year.
    .
    German business confidence drop is very significant. The econometric and quantitative models were predicting for along time that the Euro zone economies were headed for a major recession.
    .
    The German economy was the most resilient. It seems lower US dollar has made it weak too.
    The deceleration in the euro-area economy will continue to be felt, and that leaves the ECB with a big problem. The slowdown in economy and increasing inflation is the last thing ECB wants to see”

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  71. Paulo Vaz's avatar
    24 Junho, 2008 10:19

    JM keynesianista/lobbista do betão:

    Nas obras públicas, já me fartei de explicar, não há nada para cortar. As obras públicas são financiadas com impostos futuro, tal como as SCUTs o foram. É uma ilusã pensar que cortando nas obras públicas se fica com folga orçamental.

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  72. Desconhecida's avatar
    Anónimo permalink
    24 Junho, 2008 15:47

    Bom , e essas palavras ( da manela) devem ter sido ditas a partir do principio de que ainda existe classe média. Mas , qué dela?
    O que vai acontecer e suponho que até já estará a acontecer , é que pessoas que normalmente preferiam gastar uns euros num médico privado a gastar umas horas num serviço público , vão gastar agora sem hipotese de escolha ( não há pilim) umas horas no público. A crise económica com certeza que vai ter repercussões no SNS : vai haver um aumento de clientes , ai vai , vai.
    É só falarem com algum clínico do privado que ele diz-vos da diminuição de clientes.

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