Desta vez a culpa não é dos criminosos
Sequestro do BES. Confrontos na Quinta da Fonte e na Quinta do Mocho. Tiroteio na Abrançalha. – Sem darmos por isso o crime tomou conta das notícias. E isto numa sociedade que há anos se dedica a negar que o crime existe. Agora chega com snipers, GOE’s, “gang’s rivais”. Contudo há anos que tudo isto estava a anunciar-se diante dos nossos olhos.
Veja-se o caso da Abrançalha onde as forças policiais foram atacadas. De repente parecia inacreditável que tal acontecesse. Na verdade isso era absolutamente previsível pelo menos para quem tivesse seguido o que acontecera naquela localidade há precisamente um ano.
Em Agosto de 2007, o mesmo grupo que agora roubou uma arma aos agentes, tentou assaltar um jovem. Este resistiu ao assalto. O resultado traduziu-se na fuga da família do jovem que resistiu ao assalto pois o grupo a que agora se chama “talibans” ameaçava-os de morte.
Duas semanas depois, o “Diário de Notícias” referia que a família continuava em fuga. O pai perdera o emprego por faltas. Protecção policial também não tinham pois o casal, que teve menos de uma hora para desaparecer da Abrançalha, não tratara do expediente burocrático para a solicitar e mesmo assim não era certo que o juiz a considerasse necessária.
Um mês mais tarde, segundo o mesmo jornal, estavam “a tentar refazer a vida no estrangeiro”. Os avós, que tinham ficado na aldeia, tinham sido entretanto devidamente sovados pelo dito gang que continuou a receber tranquilamente o Rendimento de Inserção e a aterrorizar quem lhe apetecia.
Em 2007, não causou particular escândalo que uma família tivesse de fugir do país porque receava pela sua segurança. Aliás nesse mesmo Verão as estatísticas garantiam aos portugueses que a criminalidade violenta estava a diminuir. E estatisticamente estava. E estará sempre que se quiser. Para tal basta complicar os procedimentos para apresentação das queixas. Ou deixar instalar o sentimento de que nem vale a pena fazer queixa.
A invisibilidade deste tipo de criminalidade é um dos traços do nosso tempo. E está longe de se restringir a Portugal. Experimente-se, por exemplo, procurar na net ou nos sites dos jornais franceses, sejam eles de esquerda ou de direita, os nomes de Gilbert Dubret e Philippe Sarcey. O resultado é próximo de zero.
Gilbert Dubret e Philippe Sarcey eram funcionários do gigante francês da electricidade, EDF. Foram assassinados, respectivamente em 1983 e 1993, quando estavam a fazer o seu trabalho. Em 2005, um relatório sobre as agressões aos trabalhadores dos sectores do gás e da energia foi-lhes dedicado. O que se lê nesse relatório é uma espécie de crónica anunciada dos tumultos que, meses depois, puseram a França em pé de guerra: durante décadas as autoridades e os gestores subestimaram as agressões de que os trabalhadores eram e são vítimas. E contudo eles eram pontapeados, queimados, assaltados, humilhados…
Na comunicação social, este tipo de violência não consegue sequer passar da secção de fait-divers da imprensa regional. Nos poucos casos em que as agressões eram referidas surgiam como acidente de trabalho.
Os funcionários dos transportes públicos e dos serviços municipalizados, os bombeiros e vigilantes das escolas, ou seja aqueles que, como Gilbert Dubret e Philippe Sarcey, procuram assegurar o funcionamento de serviços essenciais, foram as primeiras vítimas duma criminalidade que não se quis ver.
Os exemplos podem continuar e os números variam de país para país. Portugal não é certamente o caso mais grave. O que temos de agradecer, seja em Portugal seja em muitos outros países, é o carácter ordeiro da população, criminosos incluídos. Pois é preciso ter um código de valores forte para que, recebendo tantos sinais de que o crime compensa ou pelo menos não prejudica os criminosos, não desatemos todos a roubar, agredir e ameaçar quem nos apetecer.
O legislador, essa figura aparentada com o Espírito Santo, pois nunca o vimos, nunca lhe podemos pedir contas e é suposto que lhe reconheçamos a superioridade do discernimento, resolveu diluir as tristezas das utopias que não realizou impondo a sua própria Cidade do Sol aos seus concidadãos. E sobretudo aos seus concidadãos mais pobres e mais desfavorecidos. Porque os outros, aqueles que têm meios e/ou cargos públicos, publicamente reiteram as teses do legislador. Mas na vida privada refugiam-se em condomínios fechados os nas zonas abastadas, tiram os filhos das escolas públicas, deslocam-se em carro de serviço ou viatura própria. Entretanto os pobres e aqueles que lutam todos os dias para não se tornarem pobres, ou seja aqueles que andam nos transportes públicos, que vivem nas periferias, que trabalham nas escolas e nos hospitais, que calcorreiam os municípios para levar cartas e instalar telefones, aqueles que nas diversas polícias contam os dias para que chegue a almejada promoção ou relatório médico que os retire dos piquetes que os levam àqueles locais onde o legislador nunca irá, estas pessoas todos os dias se confrontam com o grotesco resultado do legislador ter entendido que não vale a pena punir aquilo que ele mesmo chama pequena criminalidade. Ou, por maravilha da retórica, incidente.
Mas existem outras vítimas para além dos menos favorecidos. São elas os autores dos crimes: “Quando fiz 16 anos, deviam ter-me dado uma pena efectiva para que eu abrisse os olhos, porque cada crime que cometia começava a ser mais ousado. Já andava a meter-me em armas, em negócios de droga, e só me davam trabalho comunitário.” Luís Graça que fez, na prisão de Pinheiro da Cruz, estas declarações ao semanário “Sol”, recorda como se foi cada vez tornando mais violento até que “entrei num estado degradante e matei uma pessoa sem razão nenhuma”. Em que medida é que a banalidade com que foram tratadas as suas primeiras faltas o levaram a tornar-se um assassino?
A banalização do crime tem outros efeitos perversos: incapazes de perceber o critério das penas, os portugueses desinteressaram-se em absoluto sobre o que acontece nas cadeias. Que os presos se violem uns aos outros, que apanhem doenças graves na cadeia ou que o rotundo fracasso do programa de troca de seringas revele o autismo das autoridades prisionais e a estrutura de intimação entre presos é algo que não lhes interessa. O que lhes interessa é que os presos continuem presos. Uma vez cá fora e dada a grande impunidade com que os criminosos actuam também não parecerá mal, aos portugueses, que um sniper vá tendo ordem para disparar.
“Menos um” – é o que se lê nos blogues e imprensa on line que têm caixas de comentários. Na verdade não precisávamos de ter chegado aqui. E neste caso a culpa não é dos suspeitos do costume. Mas sim daqueles que decidem quem são os suspeitos.
*PÚBLICO, 19 de Julho

Excelente post. Há na verdade muita falta de coragem por parte das autoridades e quem pode aproveita-se. Depois, no fim, e mais uma vez, vamos todos pagá-las.
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Ena pá descobriram que o crime existe e que existem prisoes no mundo. Estas pessoas sao um potento!
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Este sim, é um artigo e é jornalismo. A HM, quando quer, também consegue.
Desta vez perspectivou bem a questão de fundo e até conseguiu entender que o uso do sniper nada tem a ver com o que é preciso.
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(Anónimo 2)
Pois é, o problema é que v.s só descobrem “minorias”, até na criminalidade. E é apenas em prol desses fantasmas erísticos que escondem a realidade e apadrinham os responsáveis por tudo isto.
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Antes que isto fique cheio de comentários dos correctinhos do costume, deixe-me dar-lhe os parabens pelo post. Já agora: quando é que, aos cidadãos contribuintes liquidos, começa a ser possível exigir estorno do dinheiro indevidamente gasto a sustentar essa gente?
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Este texto nao diz absolutamente nada de nada mas aplaudem. É tao engraçado.
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“Uma vez cá fora e dada a grande impunidade com que os criminosos actuam também não parecerá mal, aos portugueses, que um sniper vá tendo ordem para disparar.”
A Helena Matos é portuguesa. Fala por si. Essa coisa dos portugueses isto e os portugueses aquilo é muita engraçada. Porque o autor do texto paraece que é estrangeiro ou extraterrestre… lol
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O anónimo 7 terá estado em Marte durante o sequestro do BES.
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Helena, também ficariam bem aqui os 3 recortes de notícias do Correio da Manhã que incluiu na sua crónica do Público.
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Não conta nada que não se soubesse há muito, mas ainda assim é um excelente artigo.
Os do costume vão continuar a negar as evidências e a papaguear as inanidades governamentais.
Vinha mesmo a calhar mais uma medalhita nas Olimpíadas…
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o anónimo 6 não sabe ler mas sabe escrever. Um mistério.
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O post é excelente e só merece um apontamento, apenas porque parece querer ser transmitida a ideia de que, se as coisas funcionassem como é suposto, nunca seria necessário matar um criminoso a tiro.
Independentemente de como o Estado funcione, continuarão a existir criminosos, alguns deles extremamente violentos. Assim, em determinadas situações (em que estejam envolvidos reféns, p.e.) e pesando devidamente o risco de cada opção táctica disponível, deve ser possível dar ordem aos snipers para dispararem.
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O Blasfémias não perderia nada, antes pelo contrário, ganharia muito em restringir os comentários a utilizadores registados, uma solução com provas dadas (3a citação).
O ruído dos trolls é ensurdecedor e é muito difícil encontrar uma discussão de interesse nas caixas de comentários deste blog. Quem não se quer registar (e não é preciso abdicar do anonimato para o fazer) pode comentar por trackback.
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“Assalto a carrinha de valores com explosivos na A2”
Al Capone ja cá anda e é pior.
Ontem vi o cigano que fugiu de Alcoentre, estava com outro a conversar, (LIDL) na linha de Cascais.
Nao olhei para ele, para nao dizer que olhei.
E que se chama o terror da denuncia.
Pode acontecer milhentas, da minha boca, dos meus olhos e das meu ouvidos, não sai nada.
Aconselho a todos a não informaçoes, compeende-se e sabe lá o porque.
Não confiar em ninguem
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A esta hora o PGR. já nomeou procuradora especial para investigar semelhante criminalidade na área metropolitana de Lisboa.
Provavelmente será a reputada e competentíssima Maria José Morgado a escolhida para tratar desta investigação.
Rapidamente trará normalidade à pacata área metropolitana, pois isto de criminalidade é algo que só pertence a essa gente lá do Norte, gente sem escrúpulos comandados por esse PDC., juntamente com os Superdragões.
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Onde é que o Joaquim leu algo que possa inferir isso?
E o que é matar um criminoso?
Continuamos com a palhaçada de chamar “operação de sequestro” a um assalto a um banco.
Como lembrou, e muito bem, o João Miranda, nem os bancos se lembram de ter seguranças. De tal modo sabem que não é nada de dansoso para eles roubarem-lhe uns trocos.
Agora será danoso sim, para qualquer cliente, se para defender esses trocos, a polícia crie situações de sequestro e depois ponha em risco a vida deles.
Até porque, qualquer um de nós podia ser alvo de verdadeiro assalto com agressões em casa, que não iam para lá snipers.
Os nossos bens não têm a cotação securitária dos de um banco. Sendo que, ladrão que rouba a ladrão, tem 100 anos de perdão.
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A Helena Matos que me desculpe mas o título deste artigo deveria ser “Crónica de uma criminalidade anunciada”.
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“Rui Pereira, ministro da Administração Interna , segundo o Jornal de Notícias, avalizou uma ordem para matar, numa situação em que a polícia usa o eufemismo “neutralizar”, num caso de roubo a um banco, acompanhado de sequestro. Os neutralizados eram dois assaltantes, inexperientes e sem antecedentes conhecidos.
Rui Pereira, apresentou-se publicamente muito satisfeito, por esta acção policial, tipo operação militar, com intervenção de um grupo para-militar da PSP ( GOE), por causa de um assalto a um banco, com tomada de reféns, realizado por dois punks.
Dois “desperados”, a lembrar cenas de filme ( Dog day afternoon com Al Pacino, por exemplo) sem antecedentes criminais, trabalhadores imigrados do Brasil, já apresentados como pessoas correctas para com os vizinhos, e que decidiram assaltar um banco, para roubar dinheiro.
O plano correu mal, porque a polícia, ao contrário do que é costume, apareceu logo e em força. A dupla de punks, armada em bandidos profissionais, decidiu tomar reféns, para garantir uma fuga em segurança. Vendo-se cercados, os bandidos estagiários, ibertaram-nos logo, retendo dois que manietaram com abraçadeiras de plástico ( o responsável máximo da PSP, na tv, usou a expressão “manipularam”).
Ao longo de oito horas, a polícia, através de negociadores ad hoc, tentou convencer os sequestradores a renderem-se. Estiveram perto de o conseguir, mas não lograram esse objectivo primordial, por motivos ainda não esclarecidos.
Ao fim desse tempo, a polícia do GOE, por ordem de comando, avalizada, segundo os jornais ( pelo menos o JN) pelo ministro Rui Pereira, disparou e matou. Com atiradores furtivos, colocados estrategicamente, esperou a oportunidade de cumprir a ordem de execução ( não há outra expressão, por muito cruel que o seja, para definir o acto) e matou um dos sequestradores, ferindo outro.
Meio sucesso, portanto, se tivermos em conta que neste género de actuações, o objectivo , confessado pelo GOE, é sempre a neutralização completa e total, dirigida ao cerebelo dos alvos.
Ainda assim, o ministro bateu palmas à sua própria actuação. Para a polícia, a operação foi um sucesso, porque tudo correu segundo o objectivo desejado: a libertação dos reféns sãos e salvos.
Esqueceram no entanto, vários pormenores. A operação correu bem, de facto, segundo essa perspectiva, porque os sequestradores, como tudo indica, não quiseram abater os reféns.
Essa é a verdade lógica e consequente com os factos conhecidos, agora. E se os sequestradores quisessem mesmo matar os reféns, o que valeria a intervenção do GOE?
Os disparos dos snipers do GOE, não atingiram os objectivos tal como previsto no manual de instruções, publicitado aos media. Não foram efectuados simultaneamente; não foram letais, num caso e não foram suficientemente lestos para evitar a reacção de, pelo menos um dos sequestradores. Este, poderia ter morto um dos reféns ou até os dois, se optasse por disparar contra o fugitivo.
Em resumo: a acção do GOE foi temerária, afinal amadora ( apesar do profissionalismo dos seus militares) e só correu bem, porque a sorte os acompanhou e provavelmente, como se denota, os punks sequestradores, não estavam mesmo dispostos a matar os reféns.
Depois disto, vir deitar foguetes, pelo sucesso desta operação, parece, talvez, um pouco exagerado.
Mas o ponto principal, nem é esse.
Este mesmo Rui Pereira que agora aplaude pressurosamente e com amplo gáudio geral, esta operação executiva de morte de sequestradores, à ordem de um comando policial, avalizada por ele próprio, é o mesmo ministro que liderou a reforma dos códigos penais e a Unidade de Missão que disso se encarregou.
Nesta altura, o balanço efectuado por várias entidades oficiais, ( vários responsáveis do MP e a PGR, por exemplo), é denunciador de um estado de Direito, em Portugal, onde os criminosos de alta e baixa densidade ( como é o caso destes dois punks da banditagem amadora), têm ampla liberdade de movimentos.
Além do mais, por exemplo, os requisitos para a prisão preventiva estão agora tão restringidos que nem se percebe que este assaltante sequestrador que sobreviveu, possa de alguma forma ficar em prisão preventiva.
As penas e as exigências quanto aos requisitos de prova, do crime foram tão aprimorados que qualquer advogado de meia tijela, pode anular um julgamento ou uma prova recolhida em Inquérito, se nisso se empenhar.
Neste aspecto, gravíssimo para um Estado de Direito que se preze e ao contrário do que afirmam alguns responsáveis governamentais, pode Rui Pereira limpar as mãos à parede. Aliás, a isso, foi já aconselhado, na prática de argumentos apresentados pessoalmente e num colóquio, por um dos autores de comentários às leis penais- Costa Andrade.
O sentimento de impunidade da banditagem de pequena e média dimensão é tal que os pequenos punks do assalto a carros e da prática reiterada de car-jacking, home-jacking e outros exercícios , já nem se dão ao cuidado de ter cuidado com a polícia. Já-que- isto- está – assim- vamos- lá- experimentar-um- pequeno- assalto- que-no fim de contas-pouco ou nada- nos acontece.
É este o sentimento geral e evidente e que só não nota quem não quer notar.
As notícias diárias, no Correio da Manhã e no 24 Horas, já nem espantam o transeunte que toma conhecimento, na rua, de mais assaltos violentos, de mais assaltos a bancos, de mais assaltos com gangs e outras malfeitorias que não preocupam muito os Ruis Pereiras, enquanto as estatísticas oficiais, contradisserem numericamente a realidade por todos vivida.
Este pathos e este ambiente deletério na sociedade, foi criado objectiva e reiteradamente pelos Ruis Pereiras que assentam lições nas faculdades de Direito e depois as vertem em letra de lei, nos códigos penais e de processo, com ideias peregrinas que só podem resultar em laxismo de comportamentos sociais.
Os acontecimentos na Quinta da Fonte e noutros lados, fogem ao alcance dos snipers do GOE, mas têm um reflexo social muito mais profundo. Nesses casos, Rui Pereira está no Brasil, ou algures, ausente da realidade vivida por cá.
Agora, o politicamente correcto, veiculado por um director da PSP que não sabe distinguir o verbo manipular do verbo manietar, é iludir a nacionalidade dos assaltantes. “São pessoas como eu e você”, disse o dito cujo. Pois são. E que foram condenados à morte, por execução do verbo neutralizar.
Talvez ainda vão a tempo de conjugar o verbo prevenir. Vão sempre a tempo, aliás. Desde que tenham inteligência suficente para tal e se eximam ao ridículo de aplaudir operações militares contra dois punks. Falhadas, ainda por cima, nos objectivos de neutralização definitiva.
Um dos assaltantes sobreviveu. Está fora de perigo, dizem do hospital.
Vamos então fazer uma prognose do que lhe irá acontecer, tendo em contas as belíssimas leis que este mesmo Rui Pereira fez aprovar, por trabalho que dirigiu numa Unidade de Missão.
Logo que saia do hospital, o suspeito vai ser constiuido arguido. Como?
Oh! Se vocês soubessem o trabalho que o MP e o JIC de turno vão ter, para lhe imputar os factos que já são conhecidos!
Aí, é que Rui Pereira deveria estar presente, para perceber o resultado prático da Unidade de Missão que liderou e a lei que a AR ( PS s PSD) aprovou.
Ao suspeito, em primeiro lugar, vão ser lidos os seus direitos, onstituindo-o arguido, com assistência de advogado, escolhido por ele ou nomeado pelas autoridades judiciárias. D
epois, vai ser-lhe lido o relato dos factos, pormenorizado e com indicação obrigatória de todas as provas que existem nos autos e suportam aqueles factos.
Depois, o magistrado do MP, vai escrever tudo isto e remeter este expediente, para o JIC, a fim de o interrogar sobre os factos relatados, indicando-lhe obrigatoriamente todas as provas que o indiciam na prática desses factos.
Depois, uma vez que isto vai demorar várias horas, longas horas em que os jornalistas ansiosos irão relatar os acontecimenntos à maneira de uma incrível Sandra Felgueiras, iremos perceber uma coisa simples que resulta directamente das leis aprovadas comesforço, pelo esforçado responsável pela Unidade de Missão: o arguido não deverá ficar em prisão preventiva. Não deve e adianto já porquê.
Só ficaria se houvesse receio de o mesmo fugir, segundo a lei processual penal actual. Será que um juiz vai entender de modo diverso, quando o suspeito, tem residência em Portugal, trabalha, tem até um primo que jura pela sua permanência em sossego? Não, não acredito nisso.
Depois, podemos sempre especular acerca da pena que o mesmo, eventualmente e em julgamento poderá sofrer, aplicada por um tribunal criminal de Lisboa, daqui a uns bons meses (nunca antes de um ano).
O crime de roubo, está praticamente provado. Em co-autoria com o assaltante morto, em execução da ordem avalizada por Rui Pereira.
Moldura da pena, segundo o artº 210ºC.Penal ( roubo): 1 a oito anos de prisão ( sobe para 15 se o agente provocar perigo para a vida da vítima. Mas, neste caso, quem é que realmente provocou perigo para a vida da vítima? Foi o bandido?)
Tendo em conta que o arguido não tem antecedentes penais, o critério para a ponderação da pena concreta, nunca irá para cima dos 4 anos, com toda a probabilidade de ficar aí nos três anitos de prisão. E depende, em concreto, do que se roubou…se é que se roubou.
Depois, o sequestro, punido no artigo 158º do Código Penal, com pena de prisão máxima de…três anos!
Temos por isso, dois crimes imputados indiciariamente. Um de roubo e outro de sequestro ( o suspeito, se o advogado tiver cuidado, só deverá ser acusado por um crime, porque os outros, podem muito bem ficar a cargo do morto…) .
Ainda que lhe seja imputada a co-autoria de seis crimes de sequestro, o que aumentará a moldura penal, a verdade é que dificilmente passará do máximo de três anos de prisão. Com a redução da praxe, no cálculo da pena concreta, poderá alvitrar-se, com suficientemente margem de manobra, e a permitir até, uma aposta , que o arguido sobrevivente, dificilmente apanhará uma pena de prisão efectiva, superior a cinco anos de prisão.
Mas isso, se tudo correr processualmente bem. Ou seja, se a entidade investigadora e a cusadora, não cometerem qualquer falha. As nulidades e simples irregularidades, no actual Código Processo Penal, são como minas pessoais, espalhadas no campo de batalha do processo: quando menos se espera, qualquer sujeito processual pisa uma- e lá vai tudo ao ar.
Se o arguido escolher um advogado que prefira estudar essas possibilidades de sucesso que o Código de Processo Penal, aprovado pela Unidade de Missão de Rui Pereira, garante efectivamente aos arguidos. então vamos assistir a um autêntico show de probabilidades semânticas e jurídicas. E com sorte, pode até dizer-se que o arguido ainda escapa. De qualquer pena.
Tudo isto, obra de quem?
Além de outros, naturalmente, de Rui Pereira. O mesmo que avalizou a ordem para “neutralizar”.
Adenda, em 11.8.2008:
O texto foi corrigido na sua sintaxe e alteradas algumas palavras, para conformar a escrita em português, com uma redacção menos apressada.
Quanto ao prurido, que li nos comentários, sobre o facto de o Grupo de Operações Especiais, da PSP, não ser um grupo para-militar, só deixo uma pergunta: é o quê, então? Uma força civil, como alguns pretendem, sem ponta de característica militar? E já leram os objectivos e missões que lhe estão confiadas estatutariamente?
Então, para esses que fazem figura de cadelas apressadas, aconselho a leitura desta discussão e deste texto.
A foto é do Expresso e acompanha um excelente artigo de reportagem, assinado, além de outros por um certo Carlos Rodrigues Lima. Parabéns.”
Publicado por josé
http://grandelojadoqueijolimiano.blogspot.com/2008/08/o-neutralizador.html#links
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Excelente Helena, o discernimento escasseia nos dias que correm, logo é sempre refrescante ler um artigo de qualidade.
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O problema agora diagnosticado, tem causas. Uma delas, sem dúvida, é a filosofia das leis penais.
Uma vez que as mesmas já têm mais de 20 anos ( 1982 e 1987), vou escrever um postalzito sobre o assunto. Resumido, mas com tudo o que é essencial. Aliás, nem precisei de procurar muito para me documentar. Tenho aqui um livrito de 1983 que se chama Para uma Nova Justiça Penal e tem artigos sucintos e completamente esclarecedores, de Eduardo Correia (o inspirador do Código Penal, inseminador do mesmo, com paternidade assumida por outros) e Figueiredo Dias, o maior responsável pelas leis penais que temos.
Logo, para recordar e porque o problema se está novamente a colocar, vou tentar resumir as ideias básicas que são simples de enunciar: tal como no ensino, o facilitismo, fez caminho à larga.
E os resultados estão à vista.
E sabem de quem são as ideias básicas, fundamentais desta coisa toda? Alemãs!
Já são eles quem nos vendem os carros, o hardware diversificado para os equipamentos e também nos impingem as ideias sobre matérias tão subtis como a filosofia penal.
Mezger, diz-lhes alguma coisa?
Não? Vão aqui- sinedie.blogspot.com-, se bem entenderem, perceber em meia dúzia de linhas porque é que somos parolos.
A conclusão do postal aí colocado, sobre o tema de antes das fotos sobre o Atlas, diz assim:
“Seja como for, a “história” desta interessante obra é mais uma de entre muitas, de todos conhecidas (lembremo-nos de Carl Schmidt, de Exner, este especialmente próximo de Mezger, etc., etc.): que há sempre diligentes intelectuais dispostos a colocar os neurónios e as sinapses entre os ditos ao serviço das patifarias mais desumanas que um cérebro doente pode cogitar. Para perceber como isso é possível a obra de Muñoz Conde é, pois, um importante instrumento.”
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O J acaba de me colocar em linha. Não era preciso. A ideia básica é a mesma da do postal de Helena Matos, mas isso significa apenas que somos dois ( e mais uns tantos) a perceber que as coisas estão mal, mas por um lado mais complexo do que parece.
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Eu li faz um ano sobre os taliban da Abrançalha, fiquei revoltado com o que fizeram principalmente com os velhotes, estes taliban eram de etnia cigana. Parece que são os mesmos que andaram aos tiros com a PSP, passado um ano mas não se referiu a etnia. Fica a pergunta, são os mesmos? São ciganos ou não?
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Fica provado que há bons revisores no Público.
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“Contudo há anos que tudo isto estava a anunciar-se diante dos nossos olhos.”
esta frase merecia uma correcção: Contudo há anos que isto está a acontecer. Não aparece é nos media. Logo virtualmente não acontece.
Se ninguém fala é por que não existe. E assim vai o país.
Quanto a “Como lembrou, e muito bem, o João Miranda, nem os bancos se lembram de ter seguranças. De tal modo sabem que não é nada de dansoso para eles roubarem-lhe uns trocos.”, não é verdade. O sbancos até se lembram. Aliás tinham um polícia à porta, gratificado. Mudaram foi a lei sobre a importãncia que iria para o bolso da polícia nesse caso.
(Quando a policia estava a guardar os bancos, o local mais favoraveis para sorrapiar uma carteirita era defronte ao banco o policia estava ao serviço do banco, não poderia abandonar o posto e como tal só poderia chamar os seus colegas – surreal, mas é verdade)
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16. Zazie:
Onde é que o Joaquim leu algo que possa inferir isso?
A Helena escreveu:
Uma vez cá fora e dada a grande impunidade com que os criminosos actuam também não parecerá mal, aos portugueses, que um sniper vá tendo ordem para disparar.
Se não parecerá mal (…) dada a grande impunidade, então se não existisse impunidade deveria parecer mal que um sniper vá tendo ordem para disparar. Além de eu ter escrito parece querer ser transmitida a ideia (admitindo implicitamente que essa seja uma interpretação possível das palavras da Helena), o que escrevi a seguir refere que haverá sempre situações em que um sniper ter ordem para matar não tem nada que parecer mal.
E o que é matar um criminoso?
Continuamos com a palhaçada de chamar “operação de sequestro” a um assalto a um banco.
Onde é que a Zazie leu “operação de sequestro”? Eu apenas escrevi “em que estejam envolvidos reféns”. E o caso em discussão foi um assalto a um banco em que foram mantidas duas pessoas como reféns (sob ameaça de arma) durante várias horas.
Como lembrou, e muito bem, o João Miranda, nem os bancos se lembram de ter seguranças. De tal modo sabem que não é nada de dansoso para eles roubarem-lhe uns trocos.
Não têm seguranças e, pelo que parece, nem sequer deviam ter alarmes. Para que a polícia não se lembre de aparecer antes de os assaltantes fugirem e, assim, evitar que os funcionários e clientes do banco possam ser feitos reféns.
Pelos vistos, a Zazie sentir-se-á mais segura se ficar estabelecido que a polícia nunca deve enfrentar criminosos no decorrer das suas actividades. Para que nenhum inocente venha a ser atingido por uma bala disparada pela polícia, mesmo que o número de inocentes mortos pelos criminosos venha naturalmente a aumentar. Ou acha a Zazie que as vítimas de assalto nunca devem resistir aos assaltantes, independentemente do juízo que façam da situação?
Já agora, se se quer recorrer das palavras de alguém para sustentar a sua opinião, não acha que deveria antes recorrer a alguém que tenha escrito algo que faça um mínimo de sentido?
Agora será danoso sim, para qualquer cliente, se para defender esses trocos, a polícia crie situações de sequestro e depois ponha em risco a vida deles.
Pontos de vista. Para a Zazie, foi a polícia que criou a “situação de sequestro” e pôs em risco a vida dos reféns. Para mim, os réfens foram postos em risco por quem os ameaçou matar. A polícia salvou-os.
É que eu sinto-me muito mais ameaçado por alguém disposto a matar-me por ser do seu interesse do que por quem me tenta ajudar com o risco de as coisas correrem mal.
Até porque, qualquer um de nós podia ser alvo de verdadeiro assalto com agressões em casa, que não iam para lá snipers. Os nossos bens não têm a cotação securitária dos de um banco. Sendo que, ladrão que rouba a ladrão, tem 100 anos de perdão.
A argumentos, mesmo que disparatados, ainda se responde (até um certo limite). O ridículo absoluto é que não merece resposta.
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“Este sim, é um artigo e é jornalismo. A HM, quando quer, também consegue.”
Really Zarilú??? Pois, e você nunca, nunca consegue, por mais que se esforce. O mais espantoso que vimos de si foram os vídeos porno. Incrível, imagine se o Papa soubesse disto!…A Zarilú seria logo excomungada. Coitada, escorraçada da comunidade que tanto defende…
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Em vez de olhar para a árvore do sniper, espreitem um pouco mais longe, para a floresta de enganos, do meio social e jurídico que os fez aparecer. Nem é preciso grande sociologia ou criminologia. Basta um pequeno esforço, para perceber como é que dois punks brasileiros se aventuram por cá, a uma acção deste género.
Aliás, basta ler as notícias de hoje, dos jornais e ainda as de amanhã que darão conta dos assaltos de hoje ( que já houve a uma carrinha de valores num lugar isolado), para perceber a razão profunda por que ocorrem com tanta facilidade.
É que se trata mesmo de facilidade. Normalmente, estas coisas são realizadas por quem já percebeu ( por ter ja estado dentro ou viver em meio criminógeno, para simplificar) que pouco arriscam ao proceder desse modo.
Os criminosos de delito comum, bem como a banditagem de alto coturno já perceberam há muito aquilo que alguns comentadores daqui, alguns até licenciados, ainda não entenderam de todo: que as leis os protegem.
Perceberam? Não leiam isto como sinal de arrogância. Leiam apenas como indicador de uma opinião. A ver se abrem os olhos!
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Pois é, Joaquim. São pontos de vista e é também uma “leitura” que não veio por via da telemanipulação.
O assunto já está mais que debatido e v. tem por aí dezenas e dezenas de posts a explicarem como as pessoas foram engrominadas.
Não houve um sequestro porque sequestro é penhorar pessoas para se exigir algo em troca que não está no local- exemplo- sequestro de passageiros para se exigir mudança de rota do avião ou libertação de presos.
Houve um assalto, sem que nenhum ladrão tivesse ido para lá apontar armas à cabeça das pessoas fazendo-as refens de nada.
Uma hora e meia depois de eles terem entrado no banco para fazerem apenas um assalto, ainda a polícia nem sabia quantos eram.
Porque, o que a polícia fez, foi cerco apertado, a 50 metros (coisa errada, como depois no outro já não voltaram a fazer) e aí, sim, provocaram uma situação de sequestro que acabou por ser resolvida com 3 tiros, sendo um falhado por parte da polícia e o outro falhado por parte do ladrão.
A televisão criou a história ao fazer crer que a situação final era a própria história- daí as pessoas agarrarem-se à palavra sequestro em vez de assalto.
O resto, como sabemos, são meras versões contraditórias, e algumas delas até “patuscas” que incluem como justificação para o darem por esgotadas as possiblilidades de negociação, o facto de ter lá aparecido, pelo seu próprio pé, um rapaz que não conheciam de parte alguma e que se identificou como primo do “cara que está lá dentro”, dizendo que ele lhe tinha telefonado a garantir que se ia suicidar.
Foi com base nesta palhaçada explicada para os jornais que alegam que as famosas negociações altamente profissionais estavam esgotadas. Quando até tinham ali um familiar, com uma história de pedido de telefonema à mãe do próprio rapaz gatuno, que podia ter sido perfeitamente usada em chantagem emocional nas ditas “negociações”.
Mas não. Preferiram vender uma outra versão, que depois desta ida patusca do dito primo, foram obrigados a disparar porque eles vieram cá para fora e eles tinham a certeza que iam fugir num dos carros estacionados à porta.
Carro estacionado à porta, durante mais de 8 horas, que a polícia não teve meios para retirar e que era o modo mais fácil para eles fugirem.
E nem vale a pena continuar a contar as anedotas justificativas desta historieta vendida para atirar areia para os olhos do povão, porque são mesmo caricatas, Até já li no In verbis que o tal smart era da própria polícia- a mesma que se viu obrigada a dar ordem de abate para os ladrões não fugirem nele.
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E se concordarem com a opinião, vejam depois quem plantou essas árvores da floresta de enganos: o pensamento politicamente correcto do final dos anos sessenta.
Alguns, ainda vivem nessa época e por isso é que a disparidade entre essa época e a dos jogos da play station ( Grand Theft Auto, por exemplo), cria este gap que permite a alguns entender a acção destes snipers como perfeitamente plausível e aceitável num assalto destes.
Não é. Continuo a afirmar que não é nem deve ser.
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Acho piada às claques nas caixas de comentários.
Faz lembrar aqueles momentos de televisão em que as pessoas se beijam e dão parabéns umas outras, quase sempre convidadas para isso.
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Quanto à maluquinha da minha fã que dá pelo nome de Tina_Monga e que costuma usar o meu nick em versões com acréscimo de numeração romana, temos pena.
Se quer mais ficheiros de som da abelha maia e da marilu vai ter de os arranjar sozinha.
Acreditamos que ande a ressacar com a falta de estímulo que a marilu e o calimero ainda lhe proporcionam, mas não há mais conversa com Tinas-Mongas
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«Alguns, ainda vivem nessa época e por isso é que a disparidade entre essa época e a dos jogos da play station ( Grand Theft Auto, por exemplo), cria este gap que permite a alguns entender a acção destes snipers como perfeitamente plausível e aceitável num assalto destes.»
É capaz de ser uma explicação e ultrapassa-me por estar a leste disso. Mas lá que há uma qualquer explicação à matriz, perfeitamente fora da realidade e deseja ficcionalmente, há.
Tanto mais que depois até dizem coisas espantosas como: “queriam combater o crime à moda dos anos 60?” agora tem de ser assim.
E isto, sem nunca se terem lembrado de escrever o que quer que fosse a dizer que viviamos nos anos 60, por não usarmos snipers em assaltos, já que não usamos polícia, sequer para vulgares giros e patrulhas nas ruas, como acontece, isso sim, em qualquer país civilizado.
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errata :desejada ficcionalmente.
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” Uma vez cá fora e dada a grande impunidade com que os criminosos actuam também não parecerá mal, aos portugueses, que um sniper vá tendo ordem para disparar.”
Nas circunstâncias em questão tal é normal. Só quem não percebe que a vítima não pode ser sacrificada ás custas do criminoso é que não entende.
Quanto ao resto é o resultado da Narrativa e Cultura de esquerda no Poder. E Poder = Jornais, TV’s, Educação, Justiça.
“E sabem de quem são as ideias básicas, fundamentais desta coisa toda? Alemãs!”
Não brinque, não há nada por baixo disto a não ser uma mundovisão que vem dos anos 70.
Nova Iorque combateu o crime atacando especialmente os pequenos crimes pois é aí que tudo começa. Crimes pequenos não dão protagonismo até ao dia em que a coisa explode e aí já se é obrigado a lidar com ele pelo nível que atingiu. Por cá é ao contrário os cheques carecas deixaram de contar, o crime menor tem sido tratado displicentemente. Isto é paga-se cada vez mais impostos para que os políticos considerem que cada vez menos crimes devam ser combatidos.
Se se quisesse combater o crime começava-se por instituir uma divisão que tratasse da pequena criminalidade com alguém á frente a quem se podia pedir resultados.
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O luck devia mudar o nick para exterminador implacável, já que acerca da filosofia das leis frouxas que temos nada percebe.
Ele está convencido que a lei é feita por quem deve capturar e não pelas leis que servem para aplicar as penas.
Como as leis não servem para nada- servem para que nada aconteça praticando o crime, na lógica dele, as leis estão boas e recomendam-se, precisamos é de mais atiradores furtivos.
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Se lhe perguntarmos quem alterou recentemente o código penal e com que finalidades- não sabe. Sabe sim que é coisa “de esquerda” e para desculpar, não termos a lei do Texas com atiradores furtivos do Estado e, possivelmente, com mais atiradores furtivos, das máfias- como já se andava a treinar na noite do Porto.
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É muito patusca esta visão da “justiça” porque no Brasil já vai pior e pelos mesmos motivos. Lei frouxa para não terem de encarcerar os políticos e atirador furtivo em gangos rivais nas favelas.
Eu diria até que a moda está a ser importada. E há sempre “Exterminadores Implacáveis” de playstation que gostam muito destas palhaçadas, sentados no sofá, frente ao monitor com consola ou com telecomando de televisor.
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É muito patusca esta visão da “justiça” porque no Brasil já vai pior e pelos mesmos motivos. Lei frouxa para não terem de encarcerar os políticos e atirador furtivo em gangs rivais nas favelas.
Eu diria até que a moda está a ser importada. E há sempre “Exterminadores Implacáveis” de playstation que gostam muito destas palhaçadas, sentados no sofá, frente ao monitor com consola ou com telecomando de televisor.
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“Se quer mais ficheiros de som da abelha maia e da marilu vai ter de os arranjar sozinha.”
Oh, que pena, Zarilú, você é que parece encontrar essa pornografia toda tao rapidamente, até dá impressão de ser visita assídua a esses sites, vá lá, ponha lá outra vez para todos vermos. E depois no fim, não se esqueça de dizer com o seu ar impertigado que se considera “uma senhora”, como disse da última vez, que era para o caso de alguém ter alguma dúvida…
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Os ficheiros de som da abelha maia e da marilu, que tanto excitam a Tina Monga- (anda a ressacar desde que eu cá não vinha) são do Herman José e a Tina Monga encontra-os facilmente online.
Por aqui estávamos a ter uma conversa bastante acima das suas capacidades de entendimento, pelo que, intrometer-se com pedidos de canções da marilu e do calimero que vai áquele sítio da abelha maia, são um tanto descabidas.
Ainda assim, como eu sou benemérita, pode-me mandar um e.mail que eu envio-lhe as cançonetas que tantas saudades lhe deixaram.
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Para acompanhar este do atirador furtivo que também a excita tanto, até lhe posso oferecer um bónus com a canção do “Conã o Homem Rã”
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Os artistas são os Irmãos Catita, não tenho outras versões.
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Bem, pelo menos desta vez a Zarilú confessa que foi ela a passar aquela porcaria (e ainda mais). Mas quando foi apanhada só dizia “Não fui eu, não fui eu” . Que mentirosa que ela é. Da mesma maneira como disse “Nunca mais comentarei no Blasfémias!..” Meu Deus, uma católinha tão ferrenha, e tão falsa e mentirosa.
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Isto está bonito. Agora foi um ourives em Setúbal a levar com dois balázios numa rua central, cheia de comércio, ao final da manhã. As autoridades, essas, preocupam-se antes com a “extrema-direita”. As autoridades são cúmplices dos bandidos.
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Lucky:
O que nos separa ideologicamente, provavelmente será nada de essencial. Então porque divergimos nestas coisas?
Por causa da confusão de conceitos.
Tem razão quando afirma que estas leis penais se devem á Cultura dominante que tem sido de Esquerda. Tem razão ao dizer que se inverteu a prioridade da defesa das vítimas a favor dos bandidos de todas as matizes.
Só não tem razão ao dizer que isto é resultado de uma mundivisão que vem dos anos 70. Não. É mais antiga e de raiz social-democrata, alemã. Figueiredo Dias, fez lá o doutoramento no final dos sessenta. Ficou deslumbrado e até escreveu no prefácio de um dos códigos esse deslumbramento que tomo como parolo.
Quanto ao resto, tem toda a razão: para evitar os snipers, é preciso antes, combater os grafittis ou, no caso, os assaltos a carros para roubar autorádios. Agora, já nem é isso. São os assaltos a qualquer coisa que renda e seja pouco arriscado.
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Pergunta:
Já foi TRANSCRITA a conversa entre os assaltantes e os negociadores?
Se não, só resta um facto:
NINGUÈM destes comentadores de meia pataca, sabe o que aconteceu durante o “presumivel” assalto com um “alegado” sequestro ao BES.
Ou seja.. teorias da treta. Opiniões de meia tijela é o que é…
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A filosofia das leis penais, parece-mne profundamente errada. É simples de entender: os seres humanos são todos recuperáveis socialmente. São bons selvagens. No fundo, é a mesma ideologia do Ensino que temos.
O paradigma, segundo o próprio Figueiredo Dias, em 2004, já estava errado. Foi isso que o mesmo disse nessa altura, da sua obra.
E redisse-o agora, em 2007, numa conferência, em Braga, por causa das novas reformas penais, da autoria da Unidade de Missão de Rui Pereira e acólitos deste poder xuxialista de meia tijela.
A meu ver, poucas pessoas discutem este assunto. Se até o professor Paulo Rangel, achou por bem contribuir para o Pacto, que dizer da nossa intelectualidade?
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E mesmo a dita defesa à Giulliani, sem tolerância com a pequena criminalidade, com a qual sempre concordei (pelo menos enquanto ele foi mayor e até pela conferência que veio cá fazer- conferência diabolizada por toda a esquerda) nada tem a ver com uso de snipers neste tipo de situações.
O v. erro é este. Citam o Rudy Giulliani, que eu também costumava citar, mas num sentido perfeitamente oposto a essa noção de combate a criminalidade.
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Goodfeeling ( polícia presumido):
Pergunte a qualquer gerente de balcão do BES que instruções têm aquando de uma assalto. Pergunte se a primeira coisa que devem fazer, será avisar a polícia para cercar o banco.
E depois, seja comedido na objurgatória. Também sei ofender quando quero. E para si, é fácil demais.
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O tão aclamado sniper do banco fez escola.
Agora anda tudo a praticar para sniper.
Então não vêem que é legítima defesa ?
O ourives tentou abrir uma gaveta, onde presumivelmente havia uma arma.
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Eu posso é ter alguma perspectiva diferente em relação à vigilância por câmaras, no caso de Inglaterra, porque, em termos de balanço, parece-me positiva.
Entre a paranóia se sermos vigiados (coisa que não necessita de câmara especial- somos vigiados no metro, nas lojas, num simples elevador) e os efeitos positivos que ela tem dado em Londres, eu prefiro-as.
Mas é claro que em Londres a vigilância é permanente. Até porque os polícias são uma instituição nacional que participam da vida da comunidade. O Carnaval de Notting Hill está aí à porta e basta vivê-lo para se perceber como há mentalidades totalmente diferentes que não precisam de jogos e heróis “à americana”
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Quando existe um assalto pelos vistos a policia nem deve aparecer. Nem sei para que se queixam que nao se ve polciia nas ruas nem em lado ennhum. Vejam lá se a policia aparece ainda é pior e fazem refens. O melhor é ordenar à policia para nunca tentar interromper o trabalhinho dos larápios.
Vejam lá a sorte dos ladroes, poderem assim trabalhar à vontade sem ter medo de ser interrompidos. Isto é que é. É assim mesmo. Isto aprende-se cada teoria.
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Este tipo de polícia que vemos e temos é que me parece de meia tijela. Não sabem patrulhar, prevenir, vigiar, evitar. Depois, perdem o controlo e acham que só à lei da bala.
É assim. E ainda vêm com teorias, essas sim de treta porque subsidiárias de estratégia nenhuma, a não ser a casuística, a desgarrada e a incoerente, a defender uma actuação vergonhosa, falhada e que colocou em grave risco a segurança dos reféns.
Essa é a verdade que qualquer gerente bancário do BEs e não só, podem testemunhar.
Depois do assalto de Campolide, quantos mais ocorreram? Alguém resolveu? Alguém vai continuar a resolver a inoperância quase total da polícia que temos?
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O problema desta polícia de bairro que temos, com os heróis por conta própria que agora aparecem, é que não sabem ser polícias. 9 às 5 e está feito o turno. Passear de carro, a fazer de conta que patrulham e se vêem um movimento suspeito de traficantes ou coisa pior, ala que se faz tarde para a esquadra. Isso de passear de carro,é só para inglês ver.
Que me desulpem os polícias a sério, mas estes que aqui vêm comentar, precisam de ouvir destas e ainda melhores. Para saberem que não andamos a dormir na forma.
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São de meia-tijela, pois. E agarram-se ao exemplo dos atiradores furtivos por isso mesmo- porque nem formação têm. Nem conhecem exemplos de outros países. É bem capaz de ser tudo efeito de série televisiva e filme americano.
E depois existe o outro factor que se prende com a imigração e com a integração dela no mundo do trabalho.
Inglaterra tem 300 milhões de ilegais, ou mais, um pesadelo que vai sendo protelado e cujo perigo é mil vezes maior que as nossas imitações de “londonistões”- são islâmicos, há por lá militância activa de doutrinação terrorista e imigração que ultrapassa tudo.
Mas França também a tem. E Inglaterra não tem racailles, possivelmente por outro factor muito importante- porque é um país com um sistema liberal, muito mais capitalista, que dá mais trabalho que subsídio a imigrantes.
França tem essa tradição de esquerda- da politização e aproveitamento das minorias, tem chauvinismo genético dos franceses e ainda consegue acrescentar-lhes os bunkers fechados onde os arrumam. Nós imitamos os franceses- em tudo, até na grunhice.
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Zazie quantos assaltantes de bancos foram mortos pela policia inglesa nos ultimos anos? Está aí a falar do que nem faz a minima ideia. Os ingleses usam snipers há tempos.
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joselito…
Sentiu-se ofendido? paciência…
Sabe o que REALMENTE se passou? é que eu não sei. Se é somente o que leu nos jornais, é sinal que já sabe ler.Mas continua sem sber o que REALMENTE aconteceu.
Mas as suas teorias são giras.Delirantes até.
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A população dos EUA é que é 300 milhões.
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São delirantes ao ponto de saber a opinião directa de uma gerente de balcão de BES. Que corrobora a minha opinião.
Informe-se, antes de andar a mandar bitaites desgarrados e a insultar quem não conhece.
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“Inglaterra não tem racailles”
Por amor da santa. Inglaterra tem bandos e bandos de jovens que destroem a propriedade alheia como se fosse moda aterrorizando os seus habitantes. Inglaterra está com um problema gravíssimo de assassinatos entre jovens nas ruas. Isto é mesmo estar compeltamente a leste da realidade.
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Para si José:
“Lisboa é, juntamente com Helsínquia (na Finlândia), a capital mais segura da Europa (…)”
(DN online de 21 de Fevereiro de 2007: http://dn.sapo.pt/2007/02/21/cidades/lisboa_e_helsinquia_estao_ex_aequo_s.html)
Só mais uma coisa José: os gerentes dos bancos não avisam a polícia para cercar nem para coisa nenhuma; apenas avisam a polícia e esta decide o que fazer.
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E o José. A dizer mal da policia e dos seus turenos. Nao faz a minima ideia do trabalho. E como o José é injusto. É insultuoso para a esmagadora maioria da policia. Deia ter vergonha de falar do que desconhece só porque sim.
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Mas o Anónimo quer comparar um assalto e a brutalidade que ele comporta quando praticado em Inglaterra com esta palhaçada de Campolide?
Sabe do que está a falar? sabe o que é mesmo um assalto a um banco em Inglaterra?
Olhe, é a mesma diferença entre uma dezena de yobs de cá, a sujarem as paredes com a trampa dos graffittis ou a desatarracharem as lâmpadas do metro, e 3 deles em Londres a abrirem a barriga só por v. se ter cruzado com eles.
São estas as diferenças. Tudo tem proporções diferentes. E não existe “um sequestro” em abstracto ou “um assalto em abstracto”- existem casos concretos. E este nada teve de brutal, com brutais agressões como tem a criminalidade quotidiana que não é resolvida “a sniper”.
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“(…) Agora chega com snipers, GOE’s, “gang’s rivais (…)”
Tudo no mesmo saco. Tudo escumalha. Queira Deus que não venha a precisar de um “bandido” do GOE para lhe safar a pele.
Os snipers são como médicos cirurgiões: repõem a ordem de forma cirúrgica.
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Mas v. sabe a diferença entre esses bandos e uma racaille consiste na tomada de um bairro, literalmente, com negociadores políticos e política a ser feita em directo?
Sabe o que é uma racaille?
Não sabe e não vou eu perder tempo a explicar-lhe
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Anónimo 56
Até me lembro de um brasileiro que foi morto por ser confundido com um terrorista´, só por ter uma sacola…(nem a assaltar bancos andava).
Tirando somente estes 2 exemplos, quem será a melhor polícia?
Não é em inglaterra que é hábito os putos assassinarem putos, só porque são putos… mais valia irem ao ferro-velho com os pais.
Não há país modelo neste assunto. pronto, talvez o Vaticano…
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Já vi que os snipers actuam como cirurgiões.
Os polícias serão como enfermeiros.
Falta saber quem é o dr. House.
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Olha a Zarilú, até tem vergonha de dizer todos os videos que passou. Mesmo mentirosa, julga que pode limpar o seu nome, mentindo ainda mais. Maior porcaria, escondendo-se sob um pseudónimo, nunca vi. Foi assim que lhe ensinaram no colégio de freiras que frequentou? Essa porcaria toda e ainda por cima a mentir?
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São os enfermeiros, quando não são os “fiscais de obras feitas”.
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Já se informou assim tão rapidamente sobre o que faz um gerente bancário, quando confrontado com um assalto? Sabe, na prática como é, ou apenas palpita, de cor?
Então pense comigo:
Se estivesse num balcão do BES de Campolide e lhe aparecessem dois malandros, a apontar uma pistola e a pedir-lhe o dinheiro que ali tinha que nem é seu, nem responde directamente por ele ( os tipos do BCP, ficaram com muito mais, sem apontarem pistolas a ninguém e sem fazerem reféns, a não ser da inteligência de algumas luminárias da CCVM), se estivesse aí e não fosse polícia, mas apenas mero funcionário bancário, que fazia em primeiro lugar?
Avisar a polícia, logo logo, para aparecerem e cercarem o banco? Sabendo que nesse caso, o que um assaltante minimamente preparado faria, seria imediatamente fazer reféns, logo fazê-lo refém a si que avisou a polícia?
Acha que é desta inteligência policial que está no última andar da sede do BES, na av. da LIberdade? Acha mesmo?
É que se achar, acha mal.
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Ah são os enfermeiros? Depois vem para aqui armar-se em intelectual, blablablablablabla, até que o verniz estala e aquelas maneiras todas de carroceiro que ela esconde debaixo do hábito, juntamente com a pornografia toda, salta à vista de todos. Esperem só um bocadinho que não tarda nada.
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Em Inglaterra até há pior, uma média de uma morte diária praticada por garotos entre os 12 e 16 anos.
Só que, nisto nem entre imigração- são os próprios ingleses. Como tem velha tradição de serial killer.
Não confundam o que não é para confundir. Os problemas da racaille têm a ver com políticas socializantes e urbanismo anormal que leva à criação de autênticos bunkers de “minorias”. Alimentadas pelo Estado e pior, alimento para caça ao voto por políticos de esquerda.
Foi por causa do Sarkosy e de ele ter mandado para lá polícia que se deu aquela racaille e quem por lá andou foi a oposição de esquerda a tirar dividendos.
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A mentalidade policial predominante nestes comentadores, vive destas coisas, sendo um reflexo da inteligência ambiente: nem sequer reflectem no aspecto prático das coisas. Apenas no que viram um dia num qualquer manual ou numa qualquer prelecção dada por um incompetente qualquer.
É dura esta linguagem? É a que merecem comentários destes.
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Chegar a este patamar de violência é facil (facilitismo). Saír dele é muitissimo mais dificil.
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Sem pretensões de desculpabilizar ou culpabilizar seja quem fôr, talvez seja de começar a ponderar que para chegar ao juzante Justicialista e Policial, erros e procedimentos em várias àreas já foram cometidos a montante ficando a Policia e os Tribunais como seus “bodes-expiatórios”, os que são obrigados depois a resolver a 100% o que falhou antes, ou não foi melhor acautelado ou organizado.
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Também parece começar a surgir que algo do tipo “expulsão com inibição completa de regresso futuro a Portugal” deva começar a ser encarado para cidadãos estrangeiros envolvidos em certos crimes após serem objecto de instrução do processo, eventualmente mesmo julgados, mas depois entregues às autoridades dos seus Países para fazerem o que quizerem com eles.
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Então Zarilú, explique lá porque é que não consegue ficar afastada do Blasfémias. Diz mal de todos aqui, da HM, do jcd, do CAA mas não consegue viver sem eles, não é? Desconfio que pára mais por aqui do que no PC, etc. Confesse, aqueles seus amiguinhos que tanto elogia, são todos uns chatos e os seus blogues também, não é? E aqueles de quem diz mal, é que não consegue largar. Além de falsa e mentirosa, também não tem nenhuma força de vontade nem carácter, é feita de geleia, tipo alforreca.
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“Só não tem razão ao dizer que isto é resultado de uma mundivisão que vem dos anos 70. Não. É mais antiga e de raiz social-democrata, alemã. Figueiredo Dias, fez lá o doutoramento no final dos sessenta. Ficou deslumbrado e até escreveu no prefácio de um dos códigos esse deslumbramento que tomo como parolo.”
Eu dúvido muito que haja qualquer raiz na manta que é o sistema judicial português. Por isso é que preferi mundovisão porque engloba mais do que uma linha de força, são essencialmente as várias linhas de foça do esquerdismo da Europa Ocidental: o muito desvirtuado Humanismo que dá para tudo especialmente focando os criminosos, o sentimento de culpa social instítuido pela esquerda porque o Capitalismo é um tipo de sociedade injusta ao contrário da Socialista logo o crime é uma consequência que temos de pagar. A ligação directa pobreza-crime como justificação para a sau existencia. Quando afinal são principalmente os homens e jovens (isto é com mais capacidade de trabalho que se dedicam ao crime).
“E Inglaterra não tem racailles, possivelmente por outro factor muito importante- porque é um país com um sistema liberal, muito mais capitalista, que dá mais trabalho que subsídio a imigrantes.”
Zazie leia leia sobre o que se passa em Inglaterra. Nos crimes da “racaille” tem níveis superiores aos EUA. A Inglaterra não é liberal. Nos últimos anos com Blair & Brown amentaram em vários milhões os funcionários públicos. A Inglaterra vai estoirar.
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Para se perceber o que foi os anos 70 é ler o que agora está saber sobre a Italia dos anos 70: Bases para terroristas Palestinianos, possibilidade de passear com mísseis e explosivos pelas cidades italianas por troca de segurança.
http://www.corriere.it/cronache/08_agosto_14/lodo_moro_sharif_a89227b4-69d2-11dd-af27-00144f02aabc.shtml
http://archiviostorico.corriere.it/2008/agosto/14/Trattai_lodo_Moro_Mani_libere_co_9_080814018.shtml
http://it.notizie.yahoo.com/agixml/20080816/tpl-lodo-moro-priore-esisteva-ed-e-esist-63dff88.html
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Joselito…
nunca lhe ocorreu as seguintes hipóteses:
– alarme silencioso.
– alguem dentro da instalação, sem ser do BES chamar a policia.
– alguem de fora do balcão do BES chamar a policia.
são hipóteses, mas continuo sem saber o que realmente, aconteceu antes do tiro fatal.E o Sr. sabe e não diz. Ou não sabe também? è que eu não estive lá e entre pensar o que fazia e acontecia durante uma situação e vivê-la, vai uma diferença…
os funcionários de qualquer banco têm directivas, que desconheço, se o Sr. Joselito conhece, força e transcreva-as, mas não têm treino. Aqui podia acrescentar – como os polícias, sabem a teoria do tiro , mas raramente a praticam (ao que eu acrescentaria – o que não acontece de certeza com a força dos GOE)
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E o que é mais incrível na Zarilú Alforreca é o tom indignado que ela usa, julgando que pode dar lições de moral aos outros. O que ela queria era que os outros tivessem memória curta… tal como a sua curtissima inteligência. Julgava que ninguém se lembrava das suas famosas palavras “Nunca mais comentarei no Blasfémias”, e quando alguém lhe lembra, chama-lhe de polícia. Esta Zarilu Alforreca julga que o resto do mundo é como ela, sem espinha, sem forma, sem princípios.
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«Nos últimos anos com Blair & Brown amentaram em vários milhões os funcionários públicos. A Inglaterra vai estoirar. »
Tem razão. Precisamente porque copiaram o pior poltranismo de esquerda, com a agravante de nem terem leis que permitam deportá-los.
Não irá estourar já porque o sistema capitalista é mais eficiente e porque o tal urbanismo sem bunkers também evita muita coisa.
Mas, mesmo as alternativas ao urbanismo de guetho não são boas, porque depois despejam-nos por bairros caros, onde os habitantes passam a ter chatices que não tinham antes.
É claro que o problema geral é a globalização e imigração acrescida de despejo terceiro mundista, que veio com ela. Não vale a pena estarmos com paninhos. E é por isso que Inglaterra já mudou muitos aspectos legais relativos a ela. E os conservadores hão-de mudar mais. O azar foi este Brown que não é carne nem peixe mas sim um gajo perigoso com agenda pessoal que nem o pateta do Blair tinha.
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De repente repararam na criminalidade? De repente assustaram-se? E agora disparam em todas as direcções… esquecendo-se que o que causa a criminalidade é uma SOCIEDADE INJUSTA. O que causa a criminalidade é uma cultura de cunhas, de “boys”, de incompetência premiada (ou pelo menos não condenada), de crimes económicos nunca julgados, de pessoas exploradoras que não pagam o justo pelo trabalho alheio,de pessoas que enriquecem de forma duvidosa, de pessoas que fogem aos impostos, de pessoas que lesam os outros e o Estado… É assim que nasce a criminalidade, como um grito de revolta! E quantos de vós não são assim? Quantos de vós não têm familiares assim, amigos assim? E quantos de vós os repudiam por isso? Quantos de vós os denunciam às autoridades? Reparem nos países nórdicos, por exemplo, e percebam porque é que não têm a criminalidade dos países do mediterrâneo ou dos EUA…
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Há uma raiz, no nosso direito penal. Antiga e que vem de Beleza dos Santos ( parente dos Belezas da social-democracia aliada aos Champallimaud) e ainda de Eduardo Correia que em Coimbra, estudou e elaborou um Ante-Projecto para o Código penal que foi aprovado em 1982, sob a batuta, mais uma vez de Figueiredo Dias.
As razões dessa raiz, estão explicadas de modo avulso no livro que citei e vou agora mesmo dedicar-me ao trabalho.
Depois digo onde e como ficou.
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Mas, se comparar isto com a imigração diária que eles recebem de França, dos próprios franceses, para lugares bem classificados. Franceses que se queixam do desemprego e também já dizem mal do seu país, como nós dizemos, entende que há diferenças estruturais.
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De qualquer forma, a crise económica que Inglaterra vive, depende da bolsa e da ligação aos EUA. Esse também é um detalhe que não convém enfiar debaixo do tapete…
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“Já se informou assim tão rapidamente sobre o que faz um gerente bancário, quando confrontado com um assalto? Sabe, na prática como é, ou apenas palpita, de cor?”
Ó José, mais uma vez, conversa da treta. Eu não disse que o gerente X na situação Y actua de forma Z. Não sei nem tenho curiosidade de saber.
O que disse é o mais elementar: quando uma pessoa corre perigo (e, obviamente, tem possibilidades para o fazer) solicita a polícia. Não solicita a polícia para cercar, para identificar ou para deter; apenas solicita a polícia. Assim como uma pessoa que sofre de alguma doença ou alguma lesão solicita um médico.
É que nem sequer me apetece estar a discutir se o gerente acciona o alarme com o polegar, com o indicador ou com o nariz.
Quanto ao conhecimento empírico de cada comentador, seria melhor não se pronunciar sem conhecer as pessoas; pode estar a dizer uma barbaridade das grandes.
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Vá à raiz José. Vá à raiz que a folha está seca.
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Goodfeeling:
O que aconteceu no BES de Campolide, foi um azar, apenas. Destoou da normalidade de um assalto corriqueiro que poderia ter corrido bem ou assim-assim. Havia pouco dinheiro e parece que os punks teriam que se aviar com pouca coisa o que talvez os ecorajassem a tentar noutro sítio. Quem sabe, até no mesmo dia.
O que aconteceu, foi que uma cliente, ao sair do banco reparou nos suspeitos a tirar as armas ou coisa que o valha. E avisou a PSP. Coisa que deu no que deu.
Não foram os funcionários. Essesm teriam esperado que os assaltantes saissem e depois avisariam a polícia. É assim que os Espírito Santo pai, lhes manda fazer. E com bom senso, porque este pai, tem um filho que quer ser o maior banqueiro do pais e uns milhares de euros são trocos que servem para apresentar no balanço de perdas e danos.
Há perdas maiores e que são da responsabilidade dos insiders. Não dos snipers.
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“Não irá estourar já porque o sistema capitalista é mais eficiente e porque o tal urbanismo sem bunkers também evita muita coisa.”
Neste momento a Inglaterra já está com defice acima dos 3%
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A minha colocação da notícia sobre os Terroristas Palestinianos a fazerem REFÉM um Estado Europeu não foi inocente. Foi para demonstrar que se pessoas de bem não respondem com Eficiência(implica resultados) e por isso se necessário na mesma moeda a gangs e a quem não tem problemas em usar a violência arriscam-se a ficar nas mãos deles e sem protecção: não deixou de haver atentados Palestinianos e Árabes na Italia dos anos 80.
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Quando uma pessoa corre perigo, chama a polícia?
Se eu fosse funcionário do banco, nunca o faria.
Aqueles dois de Campolide, só não morreram porque os sequestradores não os quiseram matar. E a responsabildiade desse risco, correu sempre por conta da polícia. Que agora, vem com teorias de legítima defesa e o diaboa sete, para disfarçar a nabice da actuação.,
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Neste momento a Inglaterra já está com defice acima dos 3%
Pois está e para isso é preciso entender em que se tem baseado a economia inglesa cada vez mais dependente de empréstimos da bolsa e especulação imobiliária.
Mas deixemos essa conversa para outra oportunidade porque me parece bem mais pertinente o que o José tem a dizer relativo ao tema deste post.
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“Se eu fosse funcionário do banco, nunca o faria.”
Tem esse direito, mas isso é um problema seu.
“Aqueles dois de Campolide, só não morreram porque os sequestradores não os quiseram matar.”
Claro, claro. Portugal só não foi campeão do mundo porque não lhe apeteceu.
“Que agora, vem com teorias de legítima defesa e o diaboa sete, para disfarçar a nabice da actuação.,”
Mais um expert em acções táctico-policiais.
Mas claro que correu mal: os dis sequestradores (que, por acaso e só por acaso tinham armas municiadas, carregadas e prontas a disparar apontadas à cabeça) foram neutralizados. Os reféns, nem um arranhão. Hoje estão sãos e salvos com a sua família. Obviamente que a operação foi um fiasco (dito pelos melhores treinadores de bancada do país).
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Afinal.. a culpa foi de uma cliente do BES…
Conclusão, para o sr. José, se alguém vir alguém a ser roubado, brutalizado e quiçá violado, não deve chamar a polícia. é melhor estar sossegado, para a segurança de todos.
Quanto ao terceiro parágrafo, perguntava o que o cú tem a ver com as calças?
Gosto de ver que transformou um assalto á mão armada numa coisa corriqueira. Infelizmente não anda longe da verdade.
“Havia pouco dinheiro e parece que os punks teriam que se aviar com pouca coisa o que talvez os ecorajassem a tentar noutro sítio. Quem sabe, até no mesmo dia.”
Se as coisas acontessem assim era começar às 8h30 na Baixa e acabar às 15h00 no Campo Grande, sem espigas.
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José: “(…) Havia pouco dinheiro e parece que os punks teriam que se aviar com pouca coisa o que talvez os ecorajassem a tentar noutro sítio. Quem sabe, até no mesmo dia (…)”
Notícia do Expresso online: “A polícia recuperou um saco de plástico com 90 mil euros. Apesar do banco não aceitar depósitos em numerário, parece evidente que os assaltantes sabiam que havia bastante dinheiro no cofre.” (http://aeiou.expresso.pt/gen.pl?p=stories&op=view&fokey=ex.stories/388207)
Notícia do JN: “Os dois assaltantes do BES tinham na sua posse entre 50 e 100 mil euros, depois de terem obrigado a gerente da agência de Campolide a abrir-lhes o cofre.” (http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Policia/Interior.aspx?content_id=977727)
José, você é sempre a marcar pontos.
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“(…) vem com teorias de legítima defesa (…)”
Vêm agora com essa teoria falaciosa. Mas desde quando é que o simples facto de se ter uma arma carregada e pronta a disparar apontada à cabeça põe em perigo a vida de alguém? Nunca. Mas nunca.
Mais um ponto.
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“Aqueles dois de Campolide, só não morreram porque os sequestradores não os quiseram matar.” Se teve acesso à transcrição da conversa que os assaltantes tiveram com a policia, por favor post aqui, que nós todos queremos saber…
Até lá é um treinador de bancada…com direito ao prémio Capitão Moura.
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Tentativa de roubo (ao cofre do banco) de €90000, sequestro com tomada de reféns, ameaça de vidas humanas, uso de armas de fogo = assalto corriqueiro.
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Se isso foi um assalto corriqueiro, o furto de um par de ténis de €150 num hipermercado é uma acção de caridade.
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joselito, já te tenho dito que não é bonito andares-te a enganar…
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“Os dois assaltantes do BES tinham na sua posse entre 50 e 100 mil euros, depois de terem obrigado a gerente da agência de Campolide a abrir-lhes o cofre. Foi um assalto onde arriscaram e investiram tudo, até a própria vida. Acabaram por perder (…)”
(http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Policia/Interior.aspx?content_id=977727)
“A unidade especial da PSP, recentemente criada para combater o fenómeno do “carjacking” (roubo de automóvel ocupado), anulou, esta quarta-feira, um assalto a um banco em Olival de Basto, Odivelas. Três homens foram detidos; um quarto suspeito fugiu (…) A subintendente da PSP, Florbela Carrilho, numa conferência de imprensa no Comando Metropolitano de Lisboa, disse que foram apreendidas os assaltantes – que tinham em seu poder 3 792 euros – três armas, (duas ca- çadeiras de canos serrados) e uma pistola de calibre 6,35 milímetros.
(http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Policia/Interior.aspx?content_id=979660)
Veja-se a diferença de valores. É a diferença entre um assalto minucioso, programado, planeado e com reféns (para se lograr a fuga) e um assalto rápido com fuga.
Veja-se quantos assaltos rápidos são necessários para se conseguir, mais ou menos, as mesmas quantias.
Mas ainda houve muitos críticos a jurarem a pé junto que os brasilieros não percebiam nada daquilo porque aquele Banco não tinha dinheiro.
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Muito bem, a Zarilú Alforreca, está a ter um comportamento muito civilizado, ainda não disse nem sequer uma asneira, nem mandou ninguem àquela parte nem nada. Quem diria, será que ela fez uma promessa à Nossa Senhora de Fátima? Nem dá para acreditar, como ela era e como está!! Se fosse antigamente, já estava apoplética a espumar de raiva. Pelos vistos, não há nada como apanhar no pêlo para um cobarde fugir com o rabo entre as pernas.
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Deve estar na altura de as pessoas apresentarem as suas credenciais como treinadores.
É que a minha tia Cacilda também tem uma pistola. É viúva de um militar.
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Para alguns comentadores, se calhar 100 mil euros é um valor insignificante, tal como um Director Geral de uma empresa pública qualquer.
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Diz um desses muitos estudos do politicamente correcto: “os sucessivos casos de criminalidade violenta em Loures são potenciados pela construção massiva de bairros sociais, uma opção que está ultrapassada do ponto de vista arquitectónico e urbanístico, defendeu esta terça-feira uma das autoras do Plano Estratégico de Habitação e especialista em Sociologia Urbana, Isabel Guerra. Para Isabel, a solução deveria passar pelo «apoio à família e não pelo apoio à pedra». No seu entender, deveria ser aproveitado o mercado imobiliário de forma a que as famílias possam ser alojadas de forma dispersa. Outra das saídas, defendeu, seria a miscigenação deste tipo de bairros: 20 por cento dos fogos deveriam ser disponibilizados para o arrendamento jovem ou para casais em início de vida”.
http://diario.iol.pt/sociedade/quinta-do-mocho-quinta-da-fonte-bairros-sociais-criminalidade-iol-jornal/982630-4071.html
Ora não é preciso ter um curso superior para “advinhar” que se for colocada uma família das espécies protegidas do politicamente correcto num prédio com “gente normal”, vai haver um êxodo geral porque o estilo de vida deles, facilmente causador de má vizinhança, requer muita paciência, paciência essa que o vulgar ser humano simplesmente não dispõe. A parte do estudo que fala da necessária “miscigenação deste tipo de bairros” esbarra com a realidade porque essa miscigenação existe. Eis um exemplo “Quinta da Fonte, onde residem 2500 pessoas – vive também uma minoria que pagou para ter casa. São cerca de 350 pessoas que em 1995 se inscreveram na cooperativa de habitação que fez nascer o bairro. Na altura pagaram 600 contos (3000 euros) e continuaram a pagar rendas que chegam hoje aos 220 euros. No total, essas casas custaram entre 45 mil e 60 mil euros, dependendo da dimensão. Hoje, de acordo com o Imposto Municipal sobre Imóveis, valem 35 mil euros. O CM ouviu relatos de desânimo: “Quando se soube que o bairro ia servir para alojamento social, houve quem se apressasse a vender as casas.” Quem não o fez –”porque acreditou nas promessas da Câmara” – nunca mais conseguiu vender. Eagora, “nem a família convidamos para vir cá”
http://www.correiomanha.pt/noticia.aspx?contentid=0B8224A7-2B49-4E44-93AC-62CA3A876E70&channelid=00000009-0000-0000-0000-000000000009
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E com estudos destes não vamos a parte nenhuma… Ou melhor, vamos para o Texas.
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“O que se constata é a falência de uma errática política criminal, em que, de sinais opostos, em que, por um lado, se faz uma “brilhante” reforma penal – para impedir a repetição do trauma do proc. «casapia» – e, por outro, os governantes que deram ordem para matar (ou com ela se conformaram, louvando a pouco recomendável operação do GOE) se escudam em duvidosas «legítimas defesas de terceiros» (mesmos que defendidos pela “legítima” contra terceiros).
Cada vez mais, a distinção se começa a fazer entre quem tem curricula académicos e é muito defensor dos dt.ºs fundamentais dos cidadãos (e apressadamente vem convocar umas teorias manhosas sobre legítima defesa de 3.ºs e «limitação do tempo das negociações») e quem tem as mãos limpas.”
Este comentário não é da minha autoria, mas de uma pessoa que respeito e conheço.
De resto, os argumentos policiais, sempre foram da ordem dos aqui apresentados: fraquinhos e sem consistência teórica de espécie alguma e principalmente, sem consistência prática que evitaria o que ocorreu.
Nem sequer entendem o básico das argumentações. Fixam-se apenas no efeito de artifício da operação para-militar.
Enfim,, fico por aqui, neste tema.
E quanto ao termo joselito, não me parece um goodfeeling argumentar com quem o usa. Porque depressa passaria ao tutorial do costume. E não me interessa nem aprecio peixeiradas.
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Há um problema grave nesta proposta de Isabel Guerra: a socióloga poderia ser acusada de ser preconceituosa (e com razão). Os bairros sociais foram construídos para gente desfavorecida economicamente e não para gente problemática (delinquentes e criminosos). Dispersar os pobres porquê? Partirá a socióloga do pressuposto que “muito pobre junto dá problemas”? Ou que pobre é igual a delinquente?
A técnica de dispersão é usada pelos corpos de manutenção de ordem pública das polícias. E não é muito bem vista pelos pseudo-intelectuais de esquerda.
Às vezes, das cabeças com maior “consciência social” saem as propostas mais preconceituosas.
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Artigo 32.º
Legítima defesa
Constitui legítima defesa o facto praticado como meio
necessário para repelir a agressão actual e ilícita de interesses
juridicamente protegidos do agente ou de terceiro.
(Código Penal: Lei 59/2007 de 04 de Setembro)
2 – O recurso a arma de fogo contra pessoas só é permitido desde que, cumulativamente, a respectiva finalidade não possa ser alcançada através do recurso a arma de fogo, nos termos do n.º 1 do presente artigo, e se verifique uma das circunstâncias a seguir taxativamente enumeradas:
a) Para repelir a agressão actual ilícita dirigida contra o agente ou terceiros, se houver perigo iminente de morte ou ofensa grave à integridade física;
b) Para prevenir a prática de crime particularmente grave que ameace vidas humanas;
c) Para proceder à detenção de pessoa que represente essa ameaça e que resista à autoridade ou impedir a sua fuga.
(nº 2 do art. 3.º do Dec. Lei 457/99)
Mais uma nota: Nenhum jurista, Professor de Direito, criminologista, penalista ou constitucionalista, DE RENOME (excluo os recém formados da Autónoma) achou a operação ilegal, repito, NENHUM. Mas parece que surgiram, de repente, alguns experts em Direito Penal.
Sr José, se há alguém que, até agora, não fundamentou a não existência de legítima defesa foi você. Até já chegou a dizer que não punha em causa a legitimidade da operação. Defina-se homem.
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“José Diz:
14 Agosto, 2008 às 2:26 pm
Ó sr. Pinto! Mas eu não digo que foi ilegal. Nunca disso. Só digo é que a opção, mesmo legal, foi errada. Erradíssimo, como acabo de ler na Sábado. Até me incomoda.”
(https://blasfemias.net/2008/08/14/nada-que-nunca-se-tenha-visto/#comment) comentário 82
Mas afinal, foi legal (legitimada pela invocação de uma causa de exclusão da ilicitude: a legítima defesa) ou não? Defina-se.
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” Piscoiso Diz:
20 Agosto, 2008 às 4:46 pm
Deve estar na altura de as pessoas apresentarem as suas credenciais como treinadores.
É que a minha tia Cacilda também tem uma pistola. É viúva de um militar.”
Vá, toca a mostrar as credenciais ao piscoiso que ele quer-se certificar.
Piscoiso, às 11 no farol.
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Decisões erradas, não são necessariamente ilegais.
É assim tão difícil perceber isto ?
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Pinto:
V. não percebe o que eu escrevo. Por isso, não lhe vou dizer mais nada, porque nada adianta.
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Não percebe o Pinto nem percebe ninguém, sr. José.
Quando é que V. aprende, por exemplo, onde se põem as vírgulas?
Lá na Loja é um verdadeiro forrobodó de disparates…
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Isto parece que se passou em Portugal! mas afinal, temos um ministro de administração interna e um da justiça! estes tipos estão a receber o ordenado e só dizem baboseiras e nada fazem
por quem lhes paga e o mais grave è que existe um malandro Socrates, que os empregou e os escolheu e assite a isto tudo e está calado como ignorante que è………..
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Então:
E acerca do assalto a uma ourivesaria de Setúbal, em que o assaltado foi baleado na cabeça, e está em risco de vida ninguém diz nada?
E se fossem os assaltantes a ser baleados já era notícia?
E se fosse um polícia a disparar sobre os assaltantes já era notícia?
E se o vitima fosse membro de uma minoria étnica ou imigrante e os assaltantes indígenas já era notícia ?
E se os assaltantes pertencerem a uma minoria étnica ou forem imigrantes e o vitima for apenas um indígena, será que as balas que lhe dispararam, podem ser consideradas apenas o justo protesto pelas degradantes condições a que a sociedade os sujeita e assim passar a ser notícia?
Por favor… façam luz sobre este caso!
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Custódio:
V. é capaz de dizer o mesmo do Saramago? Por causa das vírgulas, quero dizer.
Entretanto, mostre lá os disparates que é para ver quem disparata mesmo: se o autor, se o comentador.
Tenha essa coragem, já que a tem para acusar sem fundamentar.
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De caminho, pode sempre explicar se foram as vírgulas que lhe retiraram a capacidade de entendimento.
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Sr.José,
Essa é de morte!
Mas é sabido que o maior cego é o que não quer ver.
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Exactamente.
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28. Zazie:
Não houve um sequestro porque sequestro é penhorar pessoas para se exigir algo em troca que não está no local- exemplo- sequestro de passageiros para se exigir mudança de rota do avião ou libertação de presos.
Se quiser prender-se à palavra “sequestro”, esteja à vontade. Eu falei em reféns.
De qualquer forma, segundo a Wikipedia, “sequestro” também é “o ato de privar ilicitamente uma pessoa de sua liberdade, mantendo-a em local do qual ela não possa livremente sair”. Leituras e telemanipulações à parte, não vai argumentar que os dois assaltantes não impediram, com recurso a ameaças de morte, os dois funcionários do banco de abandonarem as instalações, pois não?
Houve um assalto, sem que nenhum ladrão tivesse ido para lá apontar armas à cabeça das pessoas fazendo-as refens de nada.
A sério?! Interessante.
Está-me então a dizer que os assaltantes só puxaram das armas e ameaçaram as pessoas presentes no banco depois de a polícia chegar. E que não as impediram de sair sob ameaça de morte.
Se é assim, e a Zazie parece estar muito melhor informada do que eu, estamos perante um caso claro de telemanipulação. E de uns assaltantes com muita classe e personalidade. Vejamos:
– vão assaltar um banco, ambos armados;
– tentam concretizar o assalto sem usarem as armas;
– apesar de não serem ameaçados por armas, os funcionários sentem-se em perigo e dão o alarme.
Quanto aos seus comentários sobre as negociações, ficamos a saber que é sabedora e experiente nessa área e que podia dar lições a quem lá esteve.
Quanto a a polícia ter disparado, vi na televisão (imagens manipuladas, certamente) os dois assaltantes com as armas encostadas às cabeças dos reféns. Numa situação dessas, a Zazie acha que a polícia devia esperar até ter a certeza que os reféns não seriam mortos, para não arriscar matar os assaltantes sem necessidade. Eu acho que a polícia deve disparar assim que tiver oportunidade (com um razoável grau de certeza no sucesso da acção) de forma a não arriscar que os reféns sejam mortos por acção deliberada dos assaltantes, por um qualquer acidente ou porque um dos reféns, após horas de tensão, tem uma atitude menos ponderada tal como tentar fugir ou tentar dominar os assaltantes.
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Responder a essa gaja é chover no molhado, Joaquim.
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Joaquim:
Se v. não consegue pensar, também não sou eu quem vai fazer milagres.
É assim a vida, uns pensam e conseguem ser críticos, outros são acéfalos e limitam-se a repetir palavras e historietas que lhes venderam.
Tem por aí dezenas de comentários que lhe respondem a tudo isso e eu também já respondi. Basta ir aos arquivos dos posts do João Miranda para encontrar a resposta.
Entretanto, também lhe basta ler o que o José escreveu.
V. pega na história pelo fim e assim é claro que tem assaltantes a apontarem armas à cabeça das pessoas.
E isso é mau, claro que é mau. Por isso mesmo é que quem não é assaltante tem toda a obrigação de evitar que os maus dos assaltantes façam coisas destas.
A menos que me responda como a lololinhazinha, que eles também se podiam render e até podiam não ser ladrões.
Claro. Esse é mesmo o argumento principal para se saber como deve actuar a polícia no meio do assalto- Contar com o facto que eles podiam não ser ladrões.
E sim, eles só puxaram das armas para sequestro depois de os terem encurralado lá dentro. Porque apenas usaram as armas e as algemas para obrigarem a abrir o cofre de modo a levarem o dinheiro.
Não deram qualquer indicação de que queriam iates ou apartamentos no Al-Garve, porque o dinheiro era pouco e daí quererem fazer uma penhora com os clientes do banco.
Como também não deram sinais que quisessem fugir com os clientes num carro de 2 lugares- como diz a polícia, e razão principal para terem atirado a matar colocando em risco a vida dos sequestrados.
De qualquer forma, o argumento à posteriori que abateram com snipers (com tiro falhado) com a única intenção de proteger os clientes e não os valores do banco, é contradita pela lógica que a antecedeu.
Quando v.s alegam que a polícia só podia ter encurralado os ladrões lá dentro, com os clientes do banco- são obrigados a dizer que assim o fizeram para evitar a fuga do dinheiro e a captura dos ladrões e não a defesa das pessoas.
Logo, começam por se agarrar ao valor monetário (aqui até já foi confirmado por um polícia que esse valor era muito elevado) e só depois disso é que se lembram que, com essa prioridade vão colocar em risco a vida das pessoas.
Não há volta a dar. Se as pessoas tivessem tido prioridade sobre as notas, acontecia o mesmo que acontece a todos nós quando somos assaltados- bem podemos chamar a polícia que ela não faz nada.
Eu própria já tive brasileiros a arrombarem-me a porta, e esperei mais de um quarto de hora até que a polícia atendesse o telefone. E, mesmo depois de atenderem, dizendo-lhes que me estavam a arrombar a janela, o cabo de esquadra ainda teve o desplante de me perguntar se ainda estavam ou já se tinham ido embora.
E nem mandaram qualquer carro patrulha.
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E fizeram muito bem em não mandar.
Mas os brasileiros devem ter fugido quando te viram… Não foi preciso mais nada.
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Calma que isto ainda vai ficar pior.Com o mundo cá dentro e sem controlo absolutamente nenhum por opção politica, com as policias minadas pelas “associações” e de rédea curta pelos políticos isto ainda vai ficar muito pior.A fama vai já longe.Madrid,PALOP´s e até marroquinos vêm ao oásis abastecer-se ou abastecer.De facto sem oposição e quase sempre sem consequências.
O pessoal que não tome as suas próprias medidas defensivas e vai fabricar tijolo como este ourives de Setúbal… como o da Bajouca e muitos outros…
No meu bairro fiquei há poucos dias espantado por ver dois policias.De perto eram duas e pequenininhas… de facto qualquer bandido fugiria esbaforido com tamanha dissuasão por parte da lei…
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No caso, não só me rebentaram com a janela como ainda conseguiram entrar na escada para arrombar a porta. E nada de polícia.
Nem no fim, depois de nós, cá em casa, termos devolvido aos simpáticos, material idêntico ao que eles arremessaram para a janela.
E este é apenas um exemplo, porque assistir-se a assalto e polícia a assobiar para o lado é o pão nosso de cada dia.
Calhou de haver directo televisivo. Isso sim, se não tivesse havido directo televisivo era mais um para as estatísticas escondidas da paz em que se vive. Pelo que li, em 6 meses deram-se 100 assaltos a bancos.
Não tivemos foi 100 directos televisivos. E isto, apenas no que respeita a bancos. Porque, em relação a toda insegurança diária e brutais agressões a indefesos (algumas delas de tal modo chocantes, que pela v. lógica deviam dar direito a apedrejamento dissuasor) todos sabemos como é. Mas ninguém do poder se preocupa.
Antes pelo contrário- perante o aumento de criminalidade, com políticas irresponsáveis e bairros que só podiam dar nisto, ainda aliviaram o código.
E acerca deste alívio tem insistido o José, porque, ele tal como os magistrados em geral, já tinham dito que era esta a consequência que daí podia advir.
Tem posts online para o confirmar. As pessoas parece é que são mais ceguinhas e toinas que estes marginais, que nem cursos superiores têm mas conhecem a lei (e a falta dela, principalmente).
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Claro que estes grunhos (à Custódio Pereira) fazem parte do tuga típico. Mais grave é entre eles, alguns até serem polícias.
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Não conheço nenhum Custódio Pereira, que nem link nem blogue apresenta.
Coisa que é bem comum nestas lides, quando a imbecilidade em vez de andar a cavar batatas, anda “blogar”.
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Pinto, se pretende visitar o Brasil,permita-me recomendar-lhe o seguinte: não diga a ninguém que se chama Pinto (não acredito que esse seja o seu Nick ).Em segundo lugar, se for assaltado na rua, por favor guarde a bazófia para si e nem pestaneje, ou sujeita-se a regressar a Portugal com os pés para a frente.
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Zazie, você angariou todos estes admiradores aqui no Blasfémias, ou são de estimação? Inclino-me a pensar que isto é paixão enjeitada. Não sei o que a Zazie fez, mas que nunca se viu tamanha dor de cotovelo, parece-me obvio. Sua marota, você mexe com eles….
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Repito:
De repente repararam na criminalidade? De repente assustaram-se? E agora disparam em todas as direcções… esquecendo-se que o que causa a criminalidade é uma SOCIEDADE INJUSTA. O que causa a criminalidade é uma cultura de cunhas, de “boys”, de incompetência premiada (ou pelo menos não condenada), de crimes económicos nunca julgados, de pessoas exploradoras que não pagam o justo pelo trabalho alheio,de pessoas que enriquecem de forma duvidosa, de pessoas que fogem aos impostos, de pessoas que lesam os outros e o Estado… É assim que nasce a criminalidade, como um grito de revolta! E quantos de vós não são assim? Quantos de vós não têm familiares assim, amigos assim? E quantos de vós os repudiam por isso? Quantos de vós os denunciam às autoridades? Reparem nos países nórdicos, por exemplo, e percebam porque é que não têm a criminalidade dos países do mediterrâneo, do Brazil ou dos EUA… ou julgam que leis mais duras ou mais polícia, ou melhor equipada, vai retroceder a criminalidade? Só quando os respeitáveis portugueses deixarem de roubar é que os criminosos (os freaks, como alguns lhes chamam) vão ganhar vergonha.
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“Só quando os respeitáveis portugueses deixarem de roubar é que os criminosos (os freaks, como alguns lhes chamam) vão ganhar vergonha”, diz o Alberto.
Portanto, há uns que roubam (os portugueses respeitáveis) e outros que não têm vergonha (os freaks).
E você, Alberto, pertence aos primeiros ou aos segundos?
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“Piscoiso Diz:
20 Agosto, 2008 às 5:22 pm
Decisões erradas, não são necessariamente ilegais.
É assim tão difícil perceber isto ?”
É. A polícia, como já disse e repeti, deve pautar a sua actuação pelo que diz a lei. Não tem que inventar. E, no caso, a lei exigia a resposta que a PSP deu.
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“José Diz:
20 Agosto, 2008 às 5:32 pm
Pinto:
V. não percebe o que eu escrevo. Por isso, não lhe vou dizer mais nada, porque nada adianta.”
E você? Percebe o que escreve?
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Alberto Z, tretas. A criminalidade existe porque trabalhar faz doer as costas.
Bem pobre era a minha avó (falo em pobreza de fome) e nunca roubou.
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Eu pertenço aos que são roubados mas não têm coragem (fruto de uma educação por parte de pessoas honestas) para se tornar freaks (acho que é punks que lhes chamam)… ou talvez não esteja ainda suficientemente desesperado e revoltado.
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Alberto Z, ou a educação que traz de berço não lhe permite roubar pessoas com a desculpa que a atitude é produto da sociedade.
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Pinto, esta pequena intervenção define os limites da sua capacidade de entendimento:
É. A polícia, como já disse e repeti, deve pautar a sua actuação pelo que diz a lei. Não tem que inventar. E, no caso, a lei exigia a resposta que a PSP deu.
Ainda pensei que poderia ajudá-lo a entender, mesmo com vírgulas. Não posso.
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E não é, Pinto? Ou vai-me dizer que as atitudes do indivíduo não espelham a sociedade onde ele se insere? E na nossa há quem roube impunemente de colarinho e quem tenha que pegar numa arma. Porque é que só se revolta contra uns?
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Compreendo que uma decisão hierárquica, numa corporação militarizada, tenha de ser aceite sem discussão.
Na vida civil não tem de ser assim. Basta ver que um mesmo problema, pode ser resolvido de modo diferente pelo Governo, de acordo com o Partido que foi eleito. Tudo legal. Se a acção do sniper é técnica, a decisão do tiro já é política. Porque a lei tem muitas interpretações. Se não houvesse tiros, a lei também se cumpria.
Mas como abriu a caça…
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“Antes pelo contrário- perante o aumento de criminalidade, com políticas irresponsáveis e bairros que só podiam dar nisto, ainda aliviaram o código”
Aliviaram o código? Mas qual foi o código que foi aliviado?
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Para a doutora Lololinhazinha
aqui
aqui
Há mais, nos jornais e em blogues, mas tenho de tratar de uns macacos acorrentados, e por isso vai ter de encontrar por si.
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Só um áparte, antes de agarrar os macacos de prata:
Os assaltantes a bancos não são calões, são até a versão marginal do liberal arrivista. Muito dinheiro, em pouco tempo, sem entrar estado ou declaração às finanças.
E trabalham pois.
Quanto ao crime, à degradação dos bairros onde eles próprios vivem, ao absoluto desdem por algo que possa ter a ver com uma noção de “benefício colectivo” é tanto mais fácil de acontecer quanto mais desenraizadas são as pessoas.
Não é fácil ser-se imigrante, nem mesmo vip, quanto mais imigrante num país pobre que pouco trabalho tem para oferecer e ainda menos Estado Social para sustentar.
Ainda que neste último aspecto se viva bem acima das capacidades.
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Note-se que o crime de assalto a bancos não implica andar a esfaquear ou matar pessoas, ainda que possa coincidir. Mas, é um facto, que assaltar um banco é algo com maior risco para os próprios e menos danos para os cidadãos que matar à porrada, ou ao tiroteio, ou roubar velhinhos e violar indefesos.
Daí as penas serem também estabelecidas de acordo com a “malignidade” do acto e não de acordo com o valor monetário arrecadado.
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Ó Zazie,
Quando quiser aprender alguma coisa sobre direito não se canse a ler o Queijo Limiano.
Comece pelo princípio.
O Código de Processo Penal, presumo que é esse que considera ter sido “aliviado”, é um livrinho onde não estão estão estabelecidas penas (isso é no Código Penal e ninguém o “aliviou”). O CPP trata dos procedimentos formais da coisa, 95% do que lá consta destina-se a ser aplicado a pessoas que ainda não foram condenadas. Inocentes, portanto.
É por isso que se diz que é a lei dos inocentes.
Não confunda humanização do sistema com proporcionar alívios a criminosos.
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“Daí as penas serem também estabelecidas de acordo com a “malignidade” do acto e não de acordo com o valor monetário arrecadado.”
Por acaso o valor arrecadado também é um critério de agravamento de penas.
É hilariante lê-la sobre matérias de direito, com um ligeiro tom de sabe tudo numa matéria em que, obviamente, não sabe nada.
Não sabia que lá no Queijo Limiano também se faziam mestrados.
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O crime de assalto a bancos não conheço. Devo ter perdido o blogue onde esse ensinam esse.
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ehehehe, o crime de assalto a bancos, esta Zarilu Alforreca, tadita, mesmo grunha, eheheheh
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“que assaltar um banco é algo com maior risco para os próprios e menos danos para os cidadãos que matar à porrada, ou ao tiroteio, ou roubar velhinhos e violar indefesos.”
ehehehe, coitados dos velhinhos, ehehehe, esta Zarilu e’ uma anedota, ehehehe
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Sabe qual é o seu problema?
É o mesmo do do Pinto e do da Sofia Ventura e do de milhares de advogados e aprendizes.
Julgam que o facto de dominarem uma linguagem técnica (muitas vezes mal) os safa de terem de pensar como os comuns mortais.
Trocam um simples raciocínio e um simples julgamento, por uma série de malabarismos verbais onde os factos são aparados de forma a caberem nos esquemas verbais que papagueiam.
Convencem-se também que fazem parte de uma raça superior que dirige toda a sociedade, já que, tirando o caso dos médicos que podem ter a vida do paciente na mão, só eles têm o destino da sorte ou má sorte a atribuir, por via da “hieroglífica” com que julgam poder justificar ou ilibar tudo.
É por isso que eu tenho por certo que, mais vale que um limitado alivie a cabeça que ainda a preencha mais com aquilo a que depois não sabe dar uso.
Mal comparado, é como a diferença entre ser-se pobre e honesto ou novo-rico chico esperto.
São os patapoufs das leis. Os animais de letras, à Quevedo.
E depois, bem podem papaguear palavras, quando nem conseguem entender a diferença entre pertinência e impertinência com cobertura legal.
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UMA DAS CARACTERÍSTICAS dos livros de Michael Crichton, que faz com que pareçam tão verídicos, é o extremo cuidado que o autor dedica aos temas sobre os quais escreve, estudando-os com raro pormenor.
No thriler «Sol Nascente», de 1992, ele aborda em detalhe muitos aspectos da sociedade nipónica, entre os quais sobressai o facto de a criminalidade no Japão ser extremamente baixa – não porque as penas sejam elevadas, sublinha ele, mas sim porque a probabilidade de um criminoso ser apanhado e punido ronda os 100%, independentemente da gravidade do acto que cometa.
Não sei se, actualmente, a realidade ainda será essa. Apenas sei que estive, já depois disso, em Osaka (e noutras localidades menos conhecidas), e andei por lá, mesmo de noite, com um à-vontade que por cá, hoje, não teria.
Lembro-me amiúde desta obra de cada vez que vejo, em Portugal, gente responsável a desvalorizar o crime menor, adubando o caldo de cultura onde a impunidade cresce, a ponto de parecer que é quase um direito adquirido!
Claro que nada disto é novidade – mas olhem que às vezes até parece!
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Para a pertinência basta o bom-senso e uma boa dose de estratégia.
Para a impertinência legalista, qualquer gervásio a imita, sem que se note a diferença. Só aferem o acto, pelo que preocupação com poder vir a estar ilibado à posteriori.
Trabalham para mostrar trabalho, em função do que vem escrito e em função apenas das consequências para eles próprios. É trabalho onde acham que mais ninguém tem de meter o nariz. Com o argumento que mais ninguém é expert no que torna legal ou ilegal esse trabalho- para lá da moralidade do mesmo ou até da estupidez da opção do dito.
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Esta é até a razão pela qual nem todos têm estofo moral para poderem ser juízes (ainda que o devessem ter) mas qualquer um o tem para ser consciência alugada na qualidade de advogado. Da vítima ou do carrasco, geralmente com escolha de acordo com o montante que um ou outro vai pagar.
E à vez. Sem problemas, apenas com o código, que pode dar para tudo, e para quanto mais der melhor, mais clientela.
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Quanto ao código que foi “aliviado” (não vou dar sinónimos, como já fiz para a palavra refém que a Lolo não conseguia entender, para não competir em basófias) foi aliviado de prisões preventivas e ainda mais facilitada a vida a qualquer infractor.
Razão pela qual depois se pode ler que são agarrados pela polícia e mandados para casa pelos juízes.
Só que não são os juízes quem faz a lei, porque isto não é Pecos.
São os tais advogados/políticos com um pé no negócio dos consultórios e outro na Asssembleia, e esses é que não têm cara- nem são falados nos media.
Parecem gatos que nem no caminho para o inferno se conseguem agarrar… nas palavras de Quevedo e nas do Goya.
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O exemplo destes malabarismos demagógicos armados em chico-espertos foi dado pela lololinhazinha.
Como “não conhece” o crime de assalto a bancos, não pode falar da diferença entre um assalto a banco ou matar-se uma criança à porrada.
Não sei se existe o termo técnico de crime de matar uma criança à porrada.
Mas sei que qualquer pessoa normal, sabe o que isso é, sem precisar se vem catalogado com este nome seja em que código for.
O problema da mentalidade jacobina e demagógica é este- desconhecem a lei natural, e a lei positiva tem muitos truques e muitos nomes e muitos usos para o que der e vier.
Até pode servir para uma qualquer jurista alegar que desconhece o crime de assalto a bancos e daí não poder fazer a comparação moral com o crime de matar uma criança à porrada.
Ainda assim, com toda esta erística manhosa, também não conseguiu entender a diferença entre um assalto e um sequestro. E ainda menos que o facto de um ladrão poder ter um rápido ataque de arrependimento, quando encurralado dentro de um banco, é algo tão improvável como ser fulminado por um raio
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“Sabe qual é o seu problema?
É o mesmo do do Pinto e do da Sofia Ventura e do de milhares de advogados e aprendizes.”
Suponho a que a Zazie, com tanta excelência em psicologia como em direito, já saiba qual é o meu problema.
Eu não me enquadro nos seus rótulos pré-fabricados e se há defeito que não tenho é a falta de capacidade de pensar por mim. Talvez por isso não linke blogues para provar conclusões disparatadas.
Essa conversa do assalto e do sequestro levava muito tempo a explicar-lhe com fracas probabilidades de ser entendida. Lamento informá-la mas o que aqueles senhores fizeram foi mesmo um sequestro, ainda que para si o sequestro para ser sequestro deva ser mais americanado, mais encenado, etc.
Sabe que papaguear acriticamente os disparates dos outros não faz de si uma pessoa mais evoluída. E o problema de algumas matérias é que as pessoas têm mesmo que as perceber para conseguirem formular uma crítica digna desse nome. De outra forma, Zazie, é apenas ruído.
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ehehehe, o que esta Zarilu Alforreca mais gosta e’ de mandar sentencas, mandar sentencas num blogue, ehehehe, como ela fica tao feliz, tadita, ehehehe…
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«Lamento informá-la mas o que aqueles senhores fizeram foi mesmo um sequestro
Quando? quando entraram no banco para roubar ou quando lá ficaram encurralados e assim tentaram chantagear de modo a escaperem-se.
Responda apenas a isto, para eu não ser obrigada a ter de a chamar burra.
Já que andamos por aqui há perto de uma semana a dizer apenas isto e a lolo nem isto compreende.
Apenas a isto- responda apenas a isto- quando é que se deu o sequestro?
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Quanto a questões de “consciências alugadas”, moral e quejandos a menos que a conheça de algum lado, e não me parece, soam-me a comentários despropositados de quem anda a passar demasiado tempo no mundo virtual.
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Quanto aos altos dons para se fazer um julgamento moral entre a diferença de roubar dinheiro de um banco ou matar uma criança à porrada, estamos entendidas.
Nada que me admire. Não lhe toquei na tecla certa. Se tivesse dado o exemplo de acto de xenofobia ou racismo ou de maus tratos a uma mulher, era capaz de responder logo sem precisar de citar artigo da lei.
E também não me admira nada esta incapacidade moral na diferença entre roubo e morte de criança, porque li-a a defender o apagamento dos bancos de dados, em prol da liberdade dos pedófilos, contra a defesa de possibilidade de adoptarem e voltarem a abusar de crianças, quando foi o caso Fritz.
A Lolo também sacou logo da lei e, neste caso, conseguiu fazer pesar a balança em prol dos pedófilos ou tarados sexuais mais do que as crianças.
A sua amiga Tina_Monga, que anda para aqui disfarçada de ZazieII e Zazie III, até se enxofrou ligeiramente consigo nessa ocasião.
Mas é assim- quem vive de causas dá sempre prioridade à sua.
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errata: Fritzl.
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Responda lá à pergunta do sequestro, sff., já que anda com essa treta na boca há tantos dias.
Quando é que ocorreu a situação de sequestro- no acto do roubo ou quando ficaram encurralados pela polícia?
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Zazie, eu posso responder-lhe, mas para isso a zazie tem que querer perceber.
Nestas coisas, o truque é nós estarmos interessados em aprender.
É assim – como se diz lá na casa do big brolher – quando os senhores tiveram a brilhante ideia de assaltar um banco enqunato estava lá gente dentro, levando instrumentos que lhes permitissem imobilizar as pessoas, planearam um sequestro.
Depois vem a fase dois:
Quando, já dentro do banco, impediram as pessoas de sair livremente para a rua, consumaram o sequestro.
O que a zazie quer dizer é que o sequestro durou mais tempo do que poderia ter durado se a polícia os tivesse deixado fugir livremente.
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repetindo:
refém=> do árabe=>rihan= pessoa ou bem que fica em penhor de um contrato.
manietar= de manus+ atar=> prender as mãos
manipular=>de manípulo+ar= manobrar, orientar, perverter.
Ordem dos factos:
roubo, manietando as mãos para que ficassem quietos.
Encurralamento com consequência de penhora de quem se encontrava dentro do banco
directo televisivo+ explicações para os media=> manipulação, em sequência de quem apenas viu a parte final.
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E porque a minha paciência para explicar é infindável digo-lhe antecipadamente que se pode, em simultaneo, cometer um roubo e um sequestro. São crimes que não se excluem. Neste caso os senhores, assim ao longe, cometeram um roubo na forma tentada e tantos crimes de sequestro quantas as pessoas que sequestraram.
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Era bom que se fizesse um estudo (era fácil) da nacionalidade dos criminosos. È que para além dos cães perigosos a emigração tem aumentado a criminalidade. Até me sinto mal de dizer isto, mas não devo estar muito longe da verdade e os brasileiros, por exemplo, que nem pertencem à UE estão a ocupar muitos postos de trabalho que podiam ser dos nossos jovens, para não falar nas brasileiras e nas suas artes de pintar unhas e fazer massagens.
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Não, não houve impedimento, tanto mais que das 6 pessoas foram saindo até só lá ficarem duas.
E, se o assalto tinha como finalidade exigir algo em troca que não se encontrava lá, a quem exigiram o quê?
Eu só sei que há sequestro, quando exigem liberdade em troca, e entram as ditas negociações em função da penhora.
Não há qualquer sequestro com penhora e exigência a nenhuma entidade, quando se amarram as mãos às pessoas. Servindo para elas nem terem ideias tristes e arriscarem um tiro, ou estragarem-lhes o roubo.
Porque dentro de um banco há dinheiro e os ladrões roubam, não fazem sequestros. A não ser que os encurralem lá dentro.
E foi isso de diferente que este teve em relação à média de 100 em 6 meses.
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Ó senhora: roubam-se bens, sequestram-se pessoas. Percebe agora?
O bem jurídico no crime de roubo é a propriedade – eles não roubaram aquelas pessoas (que eu sabia)
o bem jurídico no crime de sequestro é a liberdade (por isso é que são tantos os sequestros quantas as vítimas).
Faça lá um último esforço para entender: ainda que o objectivo fosse apenas sacar a massa, o crime de sequestro consuma-se com o facto de terem impedido as pessoas de usar a sua liberdade para se raspar dali para fora.
Os crimes, para existirem, não têm que ser premeditados. Mesmo que achassem que não estava lá ninguém e só se lembrassem de os aprisionar depois, continuariam a cometer um crime de sequestro.
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enganei-me, embora se entenda, IMIGRAÇÃo
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O tipo que ocupou a tv e sequestrou os funcionários, sim, esse fez um sequestro exigindo algo em troca. Não foi lá para agarrar em algo e pirar-se o mais rapidamente.
Só se os ladrões fossem mongos é que ainda iam perder tempo a inventar sequestros e a chamar mais polícia em vez de sair presto com o que lhes importava- o carcanhol.
O mesmo carcanhol que teve prioridade na avaliação da actuação da polícia.
Agarrar o carcanhol, antes de mais, e caçar os gajos, foi a ideia que esteve à frente das consequências que a mesma poderia trazer para quem lá estava dentro.
Ao contrário da Lolo, a polícia não é ingénua, ao ponto de achar qeu eles até podiam não ser ladrões e terem evitado assim tanta chatice.
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«Ó senhora: roubam-se bens, sequestram-se pessoas. Percebe agora?
O bem jurídico no crime de roubo é a propriedade – eles não roubaram aquelas pessoas (que eu sabia)
o bem jurídico no crime de sequestro é a liberdade (por isso é que são tantos os sequestros quantas as vítimas).»
Já estou como o José. Depois disto só há a dizer- não vale a pena. Nunca conseguiria entender.
È pena não ter blogue ou tabuleta do consultório para a gente precaver os amigos. Por aí, não dá, não… não vale a pena.
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A zazie ainda vai concluir que as duas pessoas que lá ficaram foi porque se ofereceram. Porque, afinal, na sua forma de ver, quem quis saiu!
Até parece que aqueles dois são tolinhos que se lembraram de voluntariamente passar a sexta feira com uma arma apontada ao pescoço.
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Coitados dos putos que roubam chocolates, mais um pouco, se apontarem pistola de água, ainda podem ser acusados de terem feito um sequestro…
E ainda bem que os terroristas não precisam de roubar propriedade quando sequestram pessoas, às vezes durante anos a fio, e apenas exigindo outras pessoas em troca, ou bens em troca, ou liberdades em troca. Não são ladrões.
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Não. eu prefiro a sua conclusão- eles até podiam não ser ladrões, ou podiam ter tido um voluntário acto de arrependimento umas horas mais cedo, porque tudo tem limites e já era demasiado tarde e por isso esgotaram-se todas as possibilidades de negociação
Há abates que até podem ser justificados ao minuto, ou à hora, ou ao que calha. Desde que calhe de se saírem com sorte-
Caso tivessem saído com azar e o ladrão ter abatido o outro sequestrado, a Lolo era capaz de encontrar qualquer outro artigo legal para explicar e justificar o facto do ministro ser demitido, ou a polícia ter apanhado com um bruto processo.
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Ainda assim, na sua típica erística achei mais perturbante o problema com a liberdade dos pedófilos em peso com as crianças vítimas, a propósito da lei austríaca.
È assim, com as feministas nunca se sabe quem vai ser a próxima vítima.
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Lololinhazinha,166.
Posso concluir das suas palavras que sempre que existe um assalto à mão-armada, existe simultaneamente um crime de sequestro?
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O problemas destes advogados é mesmo este- Não conseguem pensar os acontecimentos no decorrer deles- apenas pensam em função do desfecho, porque é para os desfechos que são pagos.
Para tentar ilibar uns e acusar outros. A`vez, sempre a posteriori.
Como os polícias que se agarram, a posteriori, aos papeis, para dizerem, a posteriori, que o desfecho até estava dentro da lei, logo estão impunes e tudo o que fizeram não tem de ser justificado.
Não existe diacronia na cabeça de quem só funciona para desfechos. É ganha a vida à custa deles.
Excepto se tiver uma boa formação moral e for obrigado a julgar tudo- todos os andamentos, e não apenas o resultado final. E fazê-lo do ponto de vista moral e não apenas do estrito alibi da legalidade ou ilegalidade.
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Somou o valor do roubo mais o acontecimento do sequestro- (nem importa quando, aconteceu, logo tem de saber onde arrumar a pena do dito cujo.
Portanto, com esta lógica de contabilidade de mercearia depois das coisas estarem feitas, a opção in loco, da polícia, antes do que veio a resultar é boa, dado que o desfecho apenas tem como ilegal os bandidos e o código não precisa de mais.
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“Posso concluir das suas palavras que sempre que existe um assalto à mão-armada, existe simultaneamente um crime de sequestro?”
Não se a privação de liberdade durar pelo tempo estritamente necessário á consumação do crime de roubo. De tal forma que a privação de liberdade não atinge autonomia face ao crime de roubo e a lesão ainda cabe na previsão penal do roubo (ex. limita a liberdade da pessoa durante o minuto que demora a tirar-lhe o relógio). Se, por exemplo, depois de roubar deixar a pessoa trancada num lado qualquer, já há em simultaneo o crime de sequestro.
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Zazie, agora já entrou no campo do delírio ao qual deixa de ser possível responder.
A zazie é que vê os factos pelo desfecho. Se o desfecho tivesse sido o homicídio de um dos reféns por parte dos sequestradores, provavelmente seria a primeira da lista a dizer que a polícia protegeu assassinos em nome do politicamente correcto e blá, blá, blá, blá.
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«Não se a privação de liberdade durar pelo tempo estritamente necessário á consumação do crime de roubo
Quem é que alterou este “timing”?
Decidiram eles fazer um roubo com a “longevidade” de 8 horas e meia?
Outra coisa:
Se é esta a situação- homens armados, a roubar um banco com pessoas lá dentro- quando é que estas pessoas passaram a ser “moeda de troca” com terceiros, tendo por fim os ladrões escaparem-se apenas com o roubo de bens que nem eram delas?
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é que eu até estou a ver que v. nem com mentalidade de contabilidade de mercearia se safa. Com estes fracos argumentos, qualquer advogado a arrumava.
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Portanto, pela sua lógica houve um sequestro que teve uma única feição e durou 8 horas, pela escolha dos sequestradores.
Foram para dentro de um banco, para sequestrarem pessoas durante oito horas, quando até se podiam ter despachado mais cedo, pois para agarrarem o carcanhol e deixarem-nas em paz, não precisavam de tanto tempo.
Não é assim?
E eu é que deliro…
“:O?
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oito horas e meia, Não esquecer os minutos, porque a qualquer minuto pode mudar a estratégia e de negociação passar-se a abate.
Eles estiveram durante oito horas e meia com gente trancada, quando para o roubo não precisavam de tanto.
Lá isso é verdade.
Mas algo me diz que não foram propriamente os ladrões que tiveram esta ideia tão triste.
Trancarem-se dentro de um banco com mais gente, depois de já terem o carcanhol na mão…
C’um caraças. É o que eu digo. Eles queriam apartamentos no Algarve e enganaram-se na porta.
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“Não sabia que lá no Queijo Limiano também se faziam mestrados.”
Lololinhazinha: c´mon! Cool it down!
Acha que por aqui, se escrevem teses? Os blogs servem para escrever umas coisas. Sobre o que escrevi nos últimos anos, no tal blog, não me envergonho. Foi divertido. Apenas tenho algum pudor, das vírgulas mal colocadas ou da sintaxe apressada. Tenho algum brio nisso, mas sou desleixado, demais, para me preocupar imediatamente.
Então, o roubo é apenas um crime contra a propriedade? É essa a sua característica distinta? Como um furto, portanto?
E já agora, no sequestro do banco, acha que é simples ou agravado?
E o roubo foi consumado ou tentado?
E… sabe, uma coisa? A Zazie acaba por ter razão num ponto essencial: um jurista deve ter humildade suficiente, para perceber que nem todos são juristas e que nem todos percebem a diferença entre um furto e um roubo. Principalmente porque há juristas que não o explicam devidamente, podendo e devendo fazê-lo. E isso será tanto pior quanto esses juristas trabalharem em tribunais a aplicar a justiça em nome do povo.
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E há outra coisa ainda: a Zazie costuma perceber com muita acuidade intelectual a essência destas coisas. Tome cautela, porque as perguntas que ela coloca, são pertinentes e fogem ao esquema típico do jurista. E ainda bem.
Conheço a Zazie, dos blogs, já há uns bons anos e tornou-se uma boa amiga que costuma perceber exactamente o que escrevo. Por vezes com um poder de síntese que me espanta.
E não é por ela ser simpática com o que escrevo que digo isto. É porque corresponde à verdade.
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Piscoiso: “Compreendo que uma decisão hierárquica, numa corporação militarizada, tenha de ser aceite sem discussão (…)”
ERRADO. Se a ordem dada figurasse um tipo de crime, o sniper não só podia como DEVERIA NÃO CUMPRIR A ORDEM. Não era a primeira vez que um agente se recusaria a cumprir uma ordem ilegal. Nem a primeira, nem a segunda, nem a terceira…
No caso, a ordem era legítima, logo (e como em qualquer local de trabalho) o sniper só tinha que fazer o trabalho para o qual lhe pagam e neste caso ele é pago para “defender a legalidade democrática e garantir a segurança interna e os direitos dos cidadãos”.
Piscoiso: “Basta ver que um mesmo problema, pode ser resolvido de modo diferente pelo Governo, de acordo com o Partido que foi eleito. Tudo legal.”
Mas se entende que o incidente poderia ter sido resolvido (com sucesso) de maneira diferente, está a dizer que a actuação foi ilegal, pois violaria o PRINCÍPIO DA NECESSIDADE:: o nº 2 do art. 18.º da Constituição da República Portuguesa: “A lei só pode restringir os direitos, liberdades e garantias nos casos expressamente previstos na Constituição, devendo as restrições limitar-se ao necessário para salvaguardar outros direitos ou interesses constitucionalmente protegidos.” o nº 2 do art. 2.º da Lei de Segurança Interna (Lei 20/87): “As medidas de polícia são as previstas nas leis, não devendo ser utilizadas para além do estritamente necessário.”; e o nº 2 do art. 3.º do Dec lei 457/99: “O recurso a arma de fogo contra pessoas só é permitido desde que, cumulativamente, a respectiva finalidade não possa ser alcançada através do recurso a arma de fogo, nos termos do n.º 1 do presente artigo [leia-se, uso de arma de fogo sem ser contra pessoas], e se verifique uma das circunstâncias a seguir taxativamente enumeradas:(…)”
Mas no caso, a PSP afirmou não lhe restarem outras alternativas para atingir o mesmo objectivo. Não duvido disso: se estes incidentes fossem resolvidos, por norma, desta forma, ainda poderia duvidar mas devemos ter em atenção que a PSP nunca, até àquela data, se usou de tais meios. Até então, sempre havia conseguido a rendição por meio da negociação.
Piscoiso: “(…) Se não houvesse tiros, a lei também se cumpria.
Mas como abriu a caça…(…)”
ERRADO. Se não houvesse tiro, e segundo a PSP (sim porque tenho em conta a versão da PSP e não do Zé, do Manel e do João) não havia outra solução para fazer cessar o ilícito de sequestro. Desta forma eles levariam um refém na viatura e, muito provavelmente, matá-lo-iam.
Além do Dec Lei 457/99 explicitar os casos em que é permitido o uso de força contra pessoas, a Constituição da República no seu art. 272.º, a Lei de Segurança Interna e as leis orgânicas da polícia incutem um DEVER de agir às polícias.
Em suma, se a polícia nada fizesse, embora o pudesse fazer legalmente, e a vida OU A INTEGRIDADE FÍSICA dos reféns ficasse afectada, a polícia teria cometido um crime por OMISSÃO.
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Quanto ao José, já vi pela aragem quem vai na carruagem.
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“Mas se entende que o incidente poderia ter sido resolvido (com sucesso) de maneira diferente, está a dizer que a actuação foi ilegal…”
Esta frase resume todo o seu articulado: Só há uma forma de actuar, no cumprimento da legalidade.
O seu “sucesso” é lei.
“Antes de ser polícia também era pessoa”, disse-me certa vez um elemento dessa corporação, por sinal pessoa amiga.
Que tal como os enfermeiros, são muito úteis, desde que se limitem ao seu métier.
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Tem de articular a frase que transcreveu com esta:
“(…) se a polícia nada fizesse, embora o pudesse fazer legalmente, e a vida OU A INTEGRIDADE FÍSICA dos reféns ficasse afectada, a polícia teria cometido um crime por OMISSÃO.”
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“(…)Que tal como os enfermeiros, são muito úteis, desde que se limitem ao seu métier.)
Foi o caso.
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Pinto:
V. nem vê a aragem, nem a carruagem. É esse o problema.
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O que escreveu, citando umas leis, é a prova de que o Direito, mesmo sendo uma matéria de tretas e aldrabices conceptuais, não é para todos.
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José, só volto a falar consigo quando vir que diz alguma coisa que tenha pés ou cabeça. Até lá: OFF.
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Cara Helena Matos!
Excelente Post!
O mais interessante é que é verdade que o legislador cada vez menos oferece esteiras que ajudem as consciencias a valorar a essencialidade dos bens jurídicos que são reiteradamente ofendidos!
Eventualmente já nem a presença perante o sistema formal de justiça o legislador exige, realizando necessidades de prevenção próprias, postulando uma pretensa auto regeneração da consciencia ou, ao mesmo tempo, dúvida quanto à validade material desses mesmos bens!
Esta condescendencia só pode ter os resultados que tem tido!! E, realmente, não pode admirar a ninguém! É pena porque, como bem diz…”Na verdade não precisávamos de ter chegado aqui. E neste caso a culpa não é dos suspeitos do costume. Mas sim daqueles que decidem quem são os suspeitos.”
Excelente Post
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A Teoria do Direito Penal (seguida mundialmente) está mal concebida. TODOS os ordenamentos jurídicos prevêem a legítima defesa, mais ou menos, nos mesmos moldes.
Não se apercebem estes pedantes que estão a criticar toda a escola do Direito que já remonta à época clássica.
Depois (como falta o saber) só criticam a rama; não se atrevem a formular juízos sobre a raiz (por exemplo, a razão de existirem causas de exclusão da ilicitude nos moldes que estão figuradas actualmemnte).
Não se apercebem que não têm um jurista, penalista, professor de Direito, criminologista, de RENOME que partilhe as suas ideias.
São só conversinhas de pseudo-intelectuais, convencidos que são gente muito erudita por seguir ideias da esquerda caviar (muito “à la mode”). Coitados.
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Cada vez que leio alguns comentários lembro-me de um texto que li recentemente e que espelha bem a vaidade que assola muitas cabecinhas. A certa altura o autor deixa, ironicamente, dicas aos jovens para estarem, como ele diz, “in”.
“” (…) Fica aqui a dica aos jovens: se queres ser “in”, se queres passar a imagem de pessoa culta, sábia e erudita, tens forçosamente de apelidar G. W. Bush de “assassino” e Mahmoud Ahmadinejad, uma vítima das atrocidades americanas; tens de considerar uma caricatura a Maomé, uma provocação gratuita e uma caricatura de Sua Santidade o Papa com um preservativo no nariz, liberdade de expressão; tens de considerar Che Guevara (aquele que se licenciou em medicina para salvar vidas e tirou mestrado em “Kalashnikov” para aperfeiçoar o trabalho) um herói, Tony Blair e Durão Barroso uns criminosos; tens de considerar a Holanda o país perfeito (apesar de ter a capital mais insegura da UE), nada comparável à retrógrada Suécia onde a mera posse de um grama de droga é crime; tens de ver as reposições de ordem pública das polícias como agressões sanguinárias e os tumultos do Maio de 68, entusiasmos saudáveis da juventude; por fim, tens de colocar uma meia de senhora na cabeça e estragar as plantações de produtos tansgénicos e apelar à tolerância para com os indivíduos que andaram aos tiros na Quinta da Fonte (que não estão bem, bem, bem integrados). Tens de ter bom senso, muito bom senso.”
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A violencia no sul do pais é um problema .
Os sulistas queriam esvaziar o país e encher lisboa; conseguiram.
No entanto encheram lisboa de casos problematicaos.
Agora que se desenrasquem.
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Zazie,
A sua argumentação é absolutamente surreal. Nem vale a pena responder-lhe mais do que já lhe responderam. Naturalmente, acha que os outros é que não sabem pensar. LOL
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Conclusões do que se passou, apenas tirado destes comentários, já que ainda NINGUÈM transcreveu as conversas da polícia com os assaltantes/sequestradores.
1- Os assaltante foram fazer (armados) um assalto corriqueiro. (josé)
2- Uma cliente do banco que ia a sair, telefonou (e mal, devia ser presa, porque esse telefonema causou a morte de uma pessoa) a avisar a polícia do que estava a acontecer (josé).
3 – A policia apareceu no local (mal, porque nem deram aos assaltantes hipótese de se entregarem a bem, obrigando-os a sequestrar os funcionários do banco). (zazie)
4 – A situação agrava-se, por que os malandros dos sequestradores (o crime de assalto, é na minha singela opinião agravado pelo de sequestro, pelo que acho correcto que neste momento se chamem de sequestradores, ou o tipo que assaltou alguém e matou no processo, é só julgado pelo roubo?) recusam sair e solicitam transporte. Aparece o GOE.(vimos na televisão esta parte)
5 – Alegadamente esgotadas as conversações (que AQUI NINGUÈM sabe o que aconteceu, se não já as teriam postado) é dada a ordem de abater os criminosos. O militar (treinado para isso, ou seja não foi um biscate) faz o seu trabalho e acerta o alvo (Será que um advogado, arquitecto, engenheiro, doutor, mecânico, secretária, etc. ou outra profissão qualquer, quando faz bem o seu trabalho, para o qual estudou e treinou, também é sorte?).
6 – Certas e determinadas alminhas queixam-se que desta vez as coisas terminaram bem, porque podiam terminar mal (e eu podia ganhar o euromilhões).
Frase do dia: “o Direito, mesmo sendo uma matéria de tretas e aldrabices conceptuais”, Eu também não gosto, principalmente dos artigos que me obrigam a pagar impostos. Podemos não concordar, mas é aquele que temos. Se o Sr. joselito tiver o poder para o mudar, mude-o, ou então viva com ele. Ou então ainda vem dizer que os assaltantes do BES estavam a protestar contra o sistema legal instituído, e que queriam fugir para pedir asilo político (ou qualquer estória do género).
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“homem com fala de mulher, nem o diabo o quer”
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Pintinho!
Vejo que continua a largar umas perolazinhas por aqui e por ali!
Devo dizer-lhe em nome do bom senso, do direito natural e da eterna bondade do Senhor que a “polícia” deve agir para evitar a produção de um determinado resultado e não agir para provocar a produção de um (in)determinado resultado.
Para além da reserva de lei restritiva, necessidade, adequação, proibição do excesso, existe um outro princípio limite às restrições a direitos, liberdades e garantias que é a salvaguarda do núcleo essencial de um direito de onde deriva, concretizando o papel primaz e hetero-determinante da constituição, o critério de utilidade ou salvaguarda de efeito útil, plasmado, obviamente nos diversos diplomas legais que o Pintinho tanto gosta aqui de invocar!
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Nunca li tanta parvoíce como a que esse Joselito escreve, sempre tipo sentença cagada em papel selado.
Nem a galinha que o costuma acompanhar o consegue bater.
Vá continuar a cagar sentenças lá no seu Tribunal de Viana e deixe o Blasfémias em paz, que já tem comentadores anormais que cheguem!
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Inclusive, eu próprio, que só aproveitei a aberta para largar bosta na comadrice.
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Sempre que se pode aproveita-se. É para isso que sêmos todos comentadores e alguns mais anormais- inclusive.
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Tem razão. Eu também sou anormal mas costumo disfarçar melhor. rio-me do que nem percebo, e quando cago, limpo-me ao que está à espera.
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“homem com fala de mulher, nem o diabo o quer”
Zazie dixit.
Estava a ver-se ao espelho e, naturalmente, não gostou do que viu.
Tinha por trás, salvo seja, o José. De saias, claro.
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Digo eu…
E de caminho tiro o pepino de trás, que bem lavado, ainda se aproveita para a salada.
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Está difícil, mas há-de sair por onde entrou.
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Zé:
Aparece. Não te acobardes, como aqui o fazes. Aparece, pá!
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Apareces e dizes assim: fui quem escreveu aquilo de ti. Chega. Depois veremos o que sucede.
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“Não sabia que lá no Queijo Limiano também se faziam mestrados.”
Lololinhazinha: c´mon! Cool it down!”
José,
Não leve a mal. Nem costumo ler esse blogue, nem fazia a menor ideia que escrevesse lá.
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Será que é neste post que se bate o record de comments?
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Justiniano, eu próprio já sublinhei (e publiquei) exemplos de limites às restrições dos direitos, liberdades e garantias.
Se achar que a operação foi ilegal diga CONCRETAMENTE qual a norma ou normas violadas. Deixe-se de filosofas.
Mas antes leia o comentário 185.
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Este pinto nunca será galo!
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Pinto!
O ponto é exactamente esse!
Ninguém disse que esta tinha sido ilegal!
V.mce insiste em crer fazer coincidir licitude com mérito! V.mce insiste em crer fazer crer que o caminho é unívoco e absolutamente intransponível se o não fosse como foi!
E insiste, não obstante as ressalvas que lhe são colocadas, em não querer perceber, repetindo até à exaustão o mesmo argumento! V.mce ensurdece e não cuida de ler correctamente os seus interlocutores…(ex: Não sei onde foi buscar a ideia de que advogo a extinção da legítima defesa…ou outras ideias que parece, erroneamente, pressupor)
Quanto ao comentário 185, devia ter percebido que foi exactamente o que motivou o comentário 200!
V.mce elege uma parte do argumento e exclui outra porque pura e simplesmente não ajuda à justificação pré concebida!
Melhores cumprimentos;
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Lololinhazinha:
Os blogs são sítios onde se escrevem umas coisas, para desenfastiar de outros, onde se lêem. Nada mais.
Depois de começar a escrever, torna-se viciante. No meu caso, ajuda a recentrar o interesse em certas coisas que de outro modo até me passavam despercebidas.
E ajuda a aprender a escrever com as vírgulas certas. Ando nesse exercício.
Mesmo que tenha que apanhar com a grunhice de alguns comentadores, tipo Zé.
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José Diz: ” A filosofia das leis penais, parece-mne profundamente errada. É simples de entender: os seres humanos são todos recuperáveis socialmente. São bons selvagens. No fundo, é a mesma ideologia do Ensino que temos. ”
O erro é sempre o mesmo curiosamente. As ideologias. Tomar que todos os homens (e mulheres) são iguais entre si, já não nos direitos (ou deveres) mas em si mesmos.
Sem dúvida que grande parte dos criminosos são recuperáveis. Mas sem dúvida que há criminosos(as) irrecuperáveis. O papel da Justiça será julgar caso a caso, crime a crime.
Pois cada homem (e mulher) é diferente dos outros todos.
Só as ideologias, sejam de esquerda ou de direita, tendem a dizer que são todos iguais.
Neste caso, somos todos “Bons Selvagens”.
Para outros, curiosamente, ninguém tem capacidade de recuperar socialmente.
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Pinto Diz: ” Os snipers são como médicos cirurgiões: repõem a ordem de forma cirúrgica. ”
Esta saiu mal de certeza.
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Pois saiu: vê-se no resultado.
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Justiniano, você não percebeu o comentário 185.
Das duas uma: ou entende que a PSP tinha soluções menos gravosas (e aí o tiro foi ilegítimo pelas razõe que expliquei no comentário 185 e aliás, já estou farto de explicar) ou não (e a legítima defesa é válida). Não há volta a dar.
Se não houver mais nada de interessante nos vossos comentários, este assunto, por mim, está morto e enterrado. É que nem sequer tem mais discussão.
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eheh
Eu não disse: pega-se no desfecho, vai-se ao código, vê-se se está nos conformes. Se está, é legal. Assunte encerrado.
Estratégias?
Nããã… não há estratégias, há apenas o que se fez, e o resultado.
………
E na cabecinha dos casuísticos, é precisamente a mesma coisa. Se já aconteceu, e foi assim, para que perder tempo, com o que não aconteceu e que se podia ter feito?
“:O))
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Exemplo do sequestro- é sequestro porque é esse o nome que lhe dão.
Se primeiro, nada tinha a ver com uso como escudos humanos ou penhora exigindo liberdade em troca, porque eram meros “espectadores/testemunhas do roubo, não importa.
O que importa é o desfecho e como estava a coisa na altura do desfecho. Como havia sequestro, por alturas do desfecho, e esse tinha exigência em troca à polícia, o que aconteceu antes, não importa- não pode haver responsabilidades assacadas aos que defendem- logo, foi inevitável e a soma de mercearia está feita.
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A lógica engraçada. É que partem do princípio que os ladrões podiam não o ser. Para quê manietar pessoas que estão a presenciar aquilo e até podem chamar a polícia ou sacar de pistola, ou negarem-se a abrir o cofre?
Podiam era ter colaborado logo com toda a gente e deixado que os apanhassem mal entraram para roubar.
Assim pelo menos já não havia perigo para ninguém nem as forças de segurança precisavam de matar a cabeça a pensar estratégias.
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O que significa que qualquer cidadão que vá a um banco e seja supreendido por um assalto, a partir dagora não sabe o que o pode esperar.
Pode dar-se o caso de voltarem à eficácia de os capturar lá dentro e lá temos a probabilidade de armas apontadas à cabeça e tiros a assobiar ao lado. Ou reactivas certeiras dos assaltantes, caso não acertem em tudo à primeira.
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“de agora”
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Pinto Diz: ” Os snipers são como médicos cirurgiões: repõem a ordem de forma cirúrgica. ”
curiosamente Diz: Esta saiu mal de certeza.
Pinto Diz: ” Pois saiu: vê-se no resultado. ”
Toda a gente foi salva, tal como fazem os cirurgiões, presumo.
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Pinto Diz: ” Justiniano, você não percebeu o comentário 185. Se não houver mais nada de interessante nos vossos comentários, este assunto, por mim, está morto e enterrado. ”
Ainda agora começamos.
185 Piscoiso: “Compreendo que uma decisão hierárquica, numa corporação militarizada, tenha de ser aceite sem discussão (…)”
Pinto Diz: ” ERRADO. Se a ordem dada figurasse um tipo de crime, o sniper não só podia como DEVERIA NÃO CUMPRIR A ORDEM. Não era a primeira vez que um agente se recusaria a cumprir uma ordem ilegal. Nem a primeira, nem a segunda, nem a terceira… ”
Nem a quarta, nem a décima, nem a centésima pelos vistos.
Pinto, de que crimes e ilegalidades está a falar com tanto conhecimento de causa ?
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Curiosamente, ainda bem que voltou a referir esse exemplo dos médicos. Vou dar um exemplo: um médico tem duas pessoas internadas à espera de transplante de um coração. As pessoas estão pertíssimo da morte. Entretanto chega um coração compatível (à partida) às duas pessoas. Ambas têm as mesmas hipóteses de serem salvas. O médico sabe que a que não receber o novo coração irá morrer. Olha para as duas e, aleatoriamente, escolhe uma para receber o coração. Os familiares da que não recebeu e acabou por falecer intentam um processo crime contraó médico. Este será punido?
Resposta: Não. E não porquê? Porque está em causa outra causa da exclusão da ilicitude – conflito de deveres.
O que os polícias fizeram, CIRURGICAMENTE, foi inverter o rumo dos acontecimentos: um ou dois inocentes iriam morrer. A polícia neutralizou (e num caso resultou a morte, situação que era muito provável no caso) as pessoas que potenciaram, ilegalmente, o risco para salvar quem era alheio à situação: é esta a ideia que alicerça a legítima defesa.
Agora poderá dizer: “mas quem garante que os sequestradores iriam matar? Ninguém. Mas havia fortes (fortes não, fortíssimas) possibilidades de isso acontecer. Ao vermos uma pessoa apontar uma arma à cabeça de outra, ameaçando matá-la, não podemos aferir que a vítima não corre perigo de vida (mais faltaria).
Agora voltando à medicina: chega a um hospital, um indivíduo acidentado e inconsciente. O médico acredita piamente que para o salvar terá que lhe amputar as duas pernas. O médico, MESMO SEM O CONSENTIMENTO DO ACIDENTADO, não só pode como deve amputar-lhe as pernas para lhe salvar a vida, não obstante de haver uma réstia de probabilidade de ele sobreviver sem a amputação. Pode o médico ser acusado de ofensas à integridade física graves? Não, a menos que se viesse a descobrir que tinha havido má fé ou negligência grosseira por parte do médico. No caso da polícia, idem: se agora se viesse a descobrir (pelas transcrições das escutas telefónicas) que os sequestradores não faziam a mínima intenção de matar e haviam prometido libertá-los e entregarem-se, a polícia (na pessoa daquele que mandou disparar, pois os snipers seriam induzidos em erro) seria criminalmenete punida, E BEM.
Quanto à sua inquietude sobre as ilegalidades da polícia, pode ficar descansado que não me refiro a ordens de matar ou algo do género. Refiro-me a meros procedimentos burocráticos de expediente mas não vou aprofundar com exemplos pois a matéria reveste-se de especial complexidade. Umas vezes a razão está do lado dos superiores, outras vezes não.
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Curiosamemnte, mais uma coisa: quando puder diga aí à Zazie que a palavra refém vem escrita no Código Penal, nomeadamente, no seu artigo 162,º, para se referir, precisamente, a vítimas de sequestro e rapto. Diga que ela até lhe pode chamar um assobio (tanto faz) mas a palavra faz parte integrante da norma.
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“quando puder diga aí à Zazie que a palavra refém vem escrita no Código”
Vejo que há por aqui novos comentadores que não conhecem a Zarilú Alforreca por isso ainda perdem tempo com uma embusteira destas, os outros já nem lêem o que ela escreve.
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Para quem não sabe, a especialidade dela são vídeos porno e catolicismo. De resto, não adianta falar com ela sobre mais nada.
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A palavra lerda, de origem castelhana, também vem no dicionário.
Facto que, para quem sofre de lerdice, por mais que abra o dicionário e a papagueie, não consegue alterar os seus efeitos.
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Dentro desse problema congénito pode-se até dar com os próprios a corroborarem o que os outros disseram, sem se darem conta disso:
«O que os polícias fizeram, CIRURGICAMENTE, foi inverter o rumo dos acontecimentos: um ou dois inocentes iriam morrer»
Exacatmente. Também foi isto que os críticos tentaram explicar, e aqui eu ainda tive veleidade de o fazer com o doutora lololinhazinha.
Mas em vão- porque precisamente essa ordem de acontecimentos, já tinha sido a opção estratégica que nós achamos tão perigosa quanto eles.
Uma vez tomada, é um facto que pode ter como consequência a morte de inocentes.
Mas, na cabecinha deles, incapaz de movimento diacrónico, esse é um problema “estruturalista”- não tem causas pontuais, não é derivado de opções que não pensaram neste perigo- é apenas legal ou ilegal.
Se o desfecho não levou à morte do dito inocente, a responsabilidade em quem acrescentou risco ao que antes não corria esse risco, não existe.
Não faz parte do balanço do desfecho, quando se tem de somar as ilegalidades e confrontar com as palavras do código.
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E, na verdade, nada indica que tenham invertido o rumo dos acontecimentos antes de os terem encaminhado nessa mesma direcção.
Dá mais ideia é que depois de os terem encaminhado nessa direcção, lá tiveram de remediar, apressadamente, com o fogo de artifício escolhido, de acordo com o que quiseram mostrar que também sabiam fazer.
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O que não sabem fazer (os próprios e os que dão as autorizações para o show dos remendos),vem no post/artigo do Público.
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Mas isto tem alguma conversa? Por-se em dúvida a legítima defesa neste caso? Por-se em causa a actuação da polícia neste caso?
Ó pinto, louvo-lhe a paciência. Não vê que está a discutir com meninos mimados que não sabem o que se passa para além da sua rua? Sabem lá quando é de noite, quanto mais sobre o trabalho da polícia.
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O José no comentário nº 88 disse que ele não chama a polícia.
Eu como polícia fico preocupado, vou ficar sem emprego. É um problema. Como é que vou ganhar o ordenado sem a ajuda do José a dar-me trabalho? Na PSP ganho à peça e se não tiver clientes fico sem trabalho. Nem vou dormir a pensar nisto.
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Quer-se dizer. Não sei se ele disse que nunca chama a polícia ou que os gerentes dos bancos é que não o fazem de imediato, para não provocarem situações mais perigosas.
Mas, para o caso, durmo na mesma.
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“E, na verdade, nada indica que tenham invertido o rumo dos acontecimentos antes de os terem encaminhado nessa mesma direcção.
Dá mais ideia é que depois de os terem encaminhado nessa direcção, lá tiveram de remediar, apressadamente, com o fogo de artifício escolhido, de acordo com o que quiseram mostrar que também sabiam fazer.”
Sempre o mesmo pressuposto falso.
Será que a polícia os encaminhou a assaltar a dependência do BES, e a não se entregarem?
Os assaltantes/ sequestradores (brasileiros, aqui todos concordamos). Agora não lhes ter sido dado opção, ou serem levados pela polícia a tomar aquela opção, é argumento que não cola.
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V. chega tarde e sem nick e agora ninguém vai ter pachorra para lhe explicar o que já foi explicado.
A opção criticada está no post e está em dezenas e dezenas de comentários.
Se não consegue entender o que se disse, o problema é de iliteracia.
Na verdade, os assaltantes, podiam não ser assaltantes, os criminosos, podiam não ser criminosos e vivíamos todos no melhor dos mundos.
O post mostra é que, não vivemos, ao contrário do que muitos até querem fazer crer, falseando as estatísticas. E a responsabilidade disso não se deve à falta de arrependimento voluntário dos criminosos.
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Como também mostra o post, e é corroborado nos comentários, que o pressuposto “humanismo” com que se alivia a lei, ou desleixa tudo, até tem patrocínio de esquerda.
Alguma dela, a mesma que aparece por aqui, a dizer que a lei foi alterada para ficar mais humanista, mas que os abates são necessários, dentro dessa perspectiva humanista.
De outra forma, sem abate, vinham cá para fora e aí o humanismo deles tem poucos efeitos regenerativos ou hipnóticos, capaz de transformar a marginalidade e desenraizamos, ou impunidades, no melhor dos mundos.
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Lei frouxa, irresponsabilidades políticas vendidas por utopias humanizantes, chamar racismo e xenofia a quem vê a realidade, esconder a realidade nessas fantasias ideológicas e meter o lixo debaixo do tapete; dizer que os marginais podiam não o ser, por mera opção, defender depois abates cirúrgicos para manter tudo na mesma, é a receita do pensamento do poder. De há muitos anos a esta parte. Porque o pensamento do poder, é compartilhado pelos partidos que alternam o poder.
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É claro que a alteração recente do código, de fundo “cassapiano” teve um compromisso político bem evidente. Os outros que também anuiram, limitaram-se a seguir o ditado: se vês a casa do vizinho a arder, é melhor meteres as barbas de molho”.
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Interprete o título- está lá tudo o que importa: “desta vez a culpa não é dos criminosos” Com ironia q.b.
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li os comentários todos. Esta Zazie e este José não dizem nada de concreto para o que aconteceu no BES. Falam falam falam e vai-se a ver é laranja sem sumo. Nada. Nem dizem o é que a polícia deveria ter feito nem o que esteve errado. Nada.
Não lhe dêem mais conversa. Os comentários do Pinto são muito claros. Não vi uma pessoa a contradizer de forma clara o que ele argumenta. Vê-se que é a pessoa mais informada.
Pinto alguns andam a aprender consigo e ainda por cima são arrogantes e cospem-lhe na cara. Responda que quem quiser aprednder que vá estudar. Não lhes ensine mais. Que vivam na ignorância que também é bom. Se quiserem aprender que peçam se faz favor.
A Zazie põe as culpas na lei que é frouxa como se a culpa foose da lei, como se não soubessemos viver em liberdade mas antes debaixo do chicote. Conversa de garotada.
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MaGooo:
Antes de comentar e escrever inanidades, aprenda a ler o que está escrito.
Mas para seu esclarecimento sucinto, apenas acrescento: A PSP ( e o GOE) colocou em risco a vida de pessoas, ao intervir do modo como o fez. Fê-lo, baseada em opções erradas, embora legalmente admissíveis.
Está aí tudo o que precisa de saber. Sem entrarmos na discussão de galos e pintos.
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O mal está na lei. È uma generalidade que abarca um mundo. È uma frase feita.
Mas daí a culpar a actuação da polícia, pela morte de um dos brasileiros, neste caso em particular…
Desta vez, não lhe dá jeito singir-se aos factos?
O título interpreta-se bem, os seus comentários, neste caso, é que não.
“A opção criticada está no post e está em dezenas e dezenas de comentários.” .. dezenas e dezenas de post a demonstrarem “ipso facto” que as suas teorias fantasiosas do que poderia ter acontecido. “Até nem houve sequestro”. Claro os funcionários não sairam porque eram necessários 4 para jogar à sueca.
“You can’t teach an old dog new tricks”.
Ou será que é necessário fazer como o mestre escola do seu tempo e dar-lhe umas boas reguadas na mão, para ver se aprende a matéria dada?
Ainda acredita que há esquerda e que há direita… são apenas nomes… o PSD é igual ao PS, o CDS é igual ao BE, e o PCP, ninguém sabe o que é , nem ele próprio. Só por aí se vê o que anda enganada…
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[246]
Se v. é polícia, acabou de fazer jus a um velho dito que não honra muito a tradição de capacidade de raciocínio da coporação:
Essas palavras, sem capacidade de entender o que se diz, são de “cabo de esquadra”.
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Já que está convencido que é capaz de entender o que se escreve, interprete lá o título e junte-lhe esta passagem da própria autora:
«Sem darmos por isso o crime tomou conta das notícias. E isto numa sociedade que há anos se dedica a negar que o crime existe. Agora chega com snipers, GOE’s, “gang’s rivais”. »
e junte-lhe mais esta para o espírito que a enforma:
«O legislador, essa figura aparentada com o Espírito Santo, pois nunca o vimos, nunca lhe podemos pedir contas e é suposto que lhe reconheçamos a superioridade do discernimento, resolveu diluir as tristezas das utopias que não realizou impondo a sua própria Cidade do Sol aos seus concidadãos»
Interpreta lá, para não passar por iletrado.
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Agora chega(já se foi obrigado a constatar que existe) [o crime]com snipers, GOE’s, “gang’s rivais”. »
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As pessoas habituadas a preencher formulários, interpretam a lei, segundo o que lá vem escrito.
A formação da polícia, ainda deixa muito a desejar.
Da PSP, quero dizer. A PJ, é um bocado melhor.Bem melhor, aliás. A GNR, anda a melhorar, no sentido militar da expressão. Mas é preciso rédea curta, a esta corporação. O que aliás, acontece, porque a parada, ainda é local que existe nos sítios onde aquartelam. E a contiência, de rigor,ainda é hábito cumprido. A PSP há muito que deixou de saber o que isso significa.
Tiram curso superiores, mas com pouca superioridade.
Depois, lemos disso que aí fica.
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Lá para chegar a conclusões apressadas, e catalogar é você entendida e célere de escrita.
«O legislador, essa figura aparentada com o Espírito Santo, pois nunca o vimos, nunca lhe podemos pedir contas e é suposto que lhe reconheçamos a superioridade do discernimento, resolveu diluir as tristezas das utopias que não realizou impondo a sua própria Cidade do Sol aos seus concidadãos»
… troque a palavra “legislador” por Zazie e temos a sua descrição.
… eu chamar-lhe-ia peixeira do bulhão, mas não vamos desprestigiar um grupo de trabalhadoras com a formação mínima escolar.
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Sim , José..
A PSP não é constituidas por militares…
A GNR sim…
Parafraseando-o
“Tiram cursos superiores, mas com pouca superioridade.
Depois, lemos disso que aí fica.”
Pouca cultura geral. Há coisas que até um míudo de 10 anos sabe.
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E passemos a outro assunto que este já cheira a peixe podre…
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Pinto Diz: ” Curiosamente, ainda bem que voltou a referir esse exemplo dos médicos.”
Eu não voltei a referir nenhum exemplo dos médicos (como se fossem meus)
Eu respondi ao SEU exemplo dos médicos. Seja preciso, como os snipers.
E nem sequer me respondeu. Deu outro exemplo de médicos. Mas não me respondeu.
Aqui fica a pergunta feita ao seu exemplo dos médicos
” Toda a gente foi salva, tal como fazem os cirurgiões, presumo. ”
Não disse nem que sim, nem que não.
O dar outro exemplo não é resposta “Toda a gente foi salva, tal como fazem os cirurgiões, presumo.”
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O José e a Zazie só se espumam de raiva contra a polícia. Ainda não os vi apresentar uma alternativa para a resolução do que aconteceu no BES de campolide. Será assim tão difícl dizer algo do género, “na minha opinião a polícia deveria blá blá blá”.
Mas não. Só dizem que os polícias são isto são aquilo. São estes os argumentos? Parecem conversas dos delinquentes dos bairros sociais e os detidos dos estabelecimentos prisionais.
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Curiosamente, chega. Assim não. Ou lê atentamente E PENSA UM POUCO sobre o que escrevo, ou não volto a comentar.
Dei precisamente exemplos de situações médicas em que nem toda a gente é salva, em que o médico decidiu quem salvar e, igualmente, em que o médico não é responsabilizado.
Dei exemplos de outra causa de exclusão da ilicitude: conflito de deveres.
Assim como já me fartei de referir outra situação análoga: quando os médicos fazem um transplante ou outra operação delicada, colocam em risco a vida dos pacientes e muitas vezes sem o consentimento deles (casos de pessoas que entram inconscientes para o hospital). Mas ainda andam por aí pessoas (que já começo a colocar em dúvida a sua sanidade mental) a insistir nas mesmas ideias bacocas.
Também já ando cansado de dizer que a operação foi legal e PELAS DECLARAÇÕES DA PSP (pois é essa que tenho em consideração), não havia outra alternativa. Mas continuam por aí alminhas a insistir que havia mais soluções, mesmo sem saberem o que foi escutado telefonicamente, as conversas neagociadores/sequestradores. Só não dizem é quais eram as soluções ou alternativas para o problema: só falta mesmo esse aspecto.
Assim não adianta manter diálogo.
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“Alguma dela, a mesma que aparece por aqui, a dizer que a lei foi alterada para ficar mais humanista, mas que os abates são necessários, dentro dessa perspectiva humanista.”
Zazie,
Como fui em quem disse que o novo cpp é mais humanista presumo que se esteja a referir a mim. Você é cansativa com essa coisa da esquerda, da direita do centro e as suas rotulagens constantes. Fico então a saber que sou de esquerda. Ainda bem que veio para me esclarecer a que caixa pertenço. Também ninguem me ouviu dizer que os “abates” são necessários, por isso não tire conclusões tão rápidas. Eu não estive lá, não sei o que é que as pessoas que conseguiram fugir disseram à polícia, não analisei a situação e por isso não sei como é que a polícia se convenceu que o melhor fazer era intervir daquela maneira. O que eu acredito é que a decisão não foi tomada de ânimo leve e em face das circunstâncias pode ser muito justificada. Compreenderá que a sua alternativa – a polícia não aparecer para deixar os sequestradores fugirem á vontade, não convence ninguém.
Quando se quiser fazer ouvir não deturpe o que os outros dizem nem lhes invente orientações políticas.
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Escutaram-nos telefonicamente antes de os encurralarem lá dentro?
Responda a isto, apenas a isto, já que tem lata para se armar aos cucos em matéria de ensinar os outros a pensar.
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lolinhazinha, quem fala assim não é gago.
Pena que, de caminho, não tenha respondido a nenhuma pergunta concreta que eu lhe coloquei, nem sequer tenha mostrado os seus dotes em especialista em direito, fartinha de me tentar ensinar, quando o José lhe fez aí perguntas, bem de direito, da sua especialidade.
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Eu não lhe fiz perguntas de matéria que não é a minha. Mas deixe-lhe perguntas de coisas que v. papagueia, refugiando-se na lei.
O José fez-lhe perguntas directas, com questões que a lololinhazinha me respondeu, meramente de saber de leis e que eu, já agora, também gostava de saber como é.
Quem puxou dos galões, para não raciocinar, foi a lolo. Seria lógico e consequente que também pudessemos aferir se, mesmo nesses galões, o lustro puxado está à altura da jactância.
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Quanto a esquerdas e direitas, passo. V. já por aqui me chamou tanta coisa a par de facista, que nem valia a pena vir com a rábula da virgem ofendida que não cataloga ninguém.
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E eu estou-me pura e simplesmente nas tintas para o que v. é. Mas não me estou nas tintas para o espírito do código. Porque v. é html, não é código penal com que todos os portugueses tiveram de apanhar e calar.
E tem aí, pontos concretos, bem precisos, formulados pelo José, para responder à altura, sem precisar desses desabafos pseudo-humildes e pseudo-fatigados, quando não lhe interessa a conversa.
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Ó Zazie tenha um pouquinho de educação.
Eu só lhe vou responder para que outras pessoas não pensem que inventei:
Após a PSP ter isolado o local, a PSP fez também o isolamento electromagnético (todas as chamadas móveis foram barradas).
Os telefones da dependência bancária ficaram imediatamente sob escuta. As conversações interceptadas ajudaram a polícia a descobrir algumas das intenções dos sequestradores e servirão agora como prova em Tribunal.
(Leia a Revista Sábado que muito se falou neste espaço e conheça mais pormenores)
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V. salta fora.
Quando lhe fazem perguntas concretas- e eu deixei-as aí, desaparece.
Outros voltaram e deixaram mais perguntas directas e v. chega, passa por cima disso, como se nem tivesse lido, e só lhe dá para empastelar com tretas de falas que mais parecem à Susaninha da Mafalda que à Lolozinha, do Bolinha e da Brotoeja.
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O José não me fez qualquer pergunta que tivesse ficado sem resposta.
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E não desate já aos gritinhos, porque não era insulto. Nunca percebi esse seu nick patusco e, como nem blogue tem, a única coisa que me ocorreu foi essa lolozinha da BD, a que tem um amigo- o Bolinha, sempre com a mania que é detective e que o pai dela é que é ladrão de tudo o que desaparece em casa.
Por acaso até lia o Bolinha e Lolozinha.
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Cada vez começo a ter mais certezas: José e Zazie são a mesma pessoa. Não acredito que neste espaço se concentrassem duas pessoas tão desequilibradas.
ASs semelhanças estão à vista:
Discurso agressivo e prepotente;
Insistem nas mesmas ideias mesmo quando já foram devidamente explicadas e contrariadas;
Têm o mesmo discurso do: “polícia é bronco e eu intelectual”;
Dizem barbaridades que não lembram ao Diabo (como a do assalto corriqueiro)
perdem-se em críticas às leis e à obrigação que os cidadãos têm de respeitá-las;
etc.
Enfim, seria muita coincidência tratar-se de pessoas diferentes. São, com toda a certeza, a mesma pessoa ccom dois nick’s.
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Não volto a responder aos dois (ou seja, ao mesmo).
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Se os pontos formulados pelo José são concisos, ninguém tem dúvida. O pior é o conteúdo. É enviusado. E como os persupostos são errados, as conclusões mais erradas são.
Não sabem o que REALMENTE aconteceu e passam a vida a postar “bitaites” de treinador de bancada. (e convesso mais uma vez, eu NÃO SEI). A hipótese de se render e de se entregarem, deve ter sido dada aos assaltantes, obviamente, julgo eu.
Essa de escutar telefonicamente antes de os “encurralar” lá dentro… Se eles não tivessem sido “encurralados”, (como quem não tivesse outra hipótese, senão resistir ou morrer, mas enfim…), não havia conversas para ouvir, porque os brasileiros já tinham dado à sola. Enfim…abrenúcio,, que o/a burro/a é velho/a…
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Mr. MaGOO:
Não é contra a polícia.No que me diz respeito, é contra esta acção da PSP. Uma grande asneira, no meu entender e pelo que já escrevi. E contra os polícias de giro que a defendem.
Pergunte a um qualquer inspector da PJ, o que pensa desta nabice da PSP.
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Zazie:
1. Não vi nenhuma pergunta do José, ou sua, á qual não tenha respondido. Aliás, a zazie nem pergunta nada. Lança provocações (mais ou menos grosseiras dependendo dos dias) que as pessoas consoante a disponibilidade e a vontade lá vão repondendo, ou não).
2. Não presuma que as pessoas “desaparecem” para não ter que lhe responder que isso não faz qualquer sentido.
3. Quanto ao nick (patusco, certamente – adoro essa palavra -) não se canse a perceber que não quer dizer nada.
4. Seria mais agradável discutir alguma coisa consigo se a zazie não fosse sempre tão agressiva. Já percebi que é uma questão de estilo, mas provoca o desagradável efeito de as caixas de comentários parecerem uma arena romana.
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No fundo é tudo uma questão de estilo.
O seu é atirar-se desenfreadamente à polícia e a tudo o que mexa, aproveitando todas as oportunidades para largar fel. O meu é não tirar conclusões precipitadas. São vícios profissionais, o que se há-de fazer?
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José, o Director Nacional da PJ esteve presente com mais alguns elementos. No final aprovaram a acção. Mas enfim.
Moita Flores, um forte defensor da PJ, desta vez também aprovou a acção do GOE.
E mesmo que não concordassem, a PJ é uma polícia de investigação e não de intervenções policiais (não percebem nada das funções do GOE).
Agora a investigação está a seu cargo.
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E é claro que a folga que foi dada aos criminosos, teve acréscimo de irresponsabilade com esta alteração recente do Código.
Não é preciso ser-se entendido em nada para se saber que bem pode a polícia apanhá-los porque nada lhes acontece.
E é por isso que depois, quando até são humilhados, lhes roubam as armas e os fazem passar por tolinhos, eles são capazes de falhar a pontaria com 7 tiros disparados dentro de uma povoação, no adro da igreja. Ou chamar atiradores especiais, para resolver o que não resolvem diariamente.
Porque, se acaso fossem mesmo terroristas, o mesmo código também servia para facilitar a vida aos acusados, obrigando a que lhes fossem contados os detalhes processuais- mesmo no caso de verdadeiro gang terrorista.
Facilidades que podem ser muito úteis para determinadas pessoas prepararem os alibis dos telemóveis que nem eram esses ou as portagens que nem iam para Elvas, mas são um verdadeiro perigo público se, à tabela, o terrorismo entrar em cena e usar as mesmas leis, que não foram feitas em função da sociedade.
E, para eu ter esta noção, também não foi precisa existência de uma qualquer lololinhazinha virtual, convencida que tudo sucede em função dela.
Agora o que posso é dizer, por mera abstracção instrumental, é que a posição da lololinhazinha até tem equivalência no comportamento do poder. E aí é que se dão as inconsequências que não batem certo.
Porque, quem faz a lei com base num espírito tão humanista que até deixa estas folgas todas para a impunidade da criminalidade, não pode ser o mesmo que legitima uma ordem para matar, num caso de assalto a banco, que nem roubo a clientes teve, ou nem mortes e agressões violentas que se equiparem ao que todos os dias sucede.
Não só não bate certo, como nega a tal “superioridade moral de esquerda” que serve para a propaganda e para a diferenciação clubística.
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Esteve presente o director nacional e não só. Era o que faltava, DEPOIS, de ter aparecido a PSP em peso, e o GOE com o peso específico de sanar a nabice de quem ordenou a comparência da PSP a cercar o banco por causa daqueles perigosíssimos bandidos que iriam fazer explodir o edifício, depois de “manipularem”, os reféns.
Enfim, fico por aqui na discussão com polícias.
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Lololinhazinha:
Não me lembro de ter lida nada, que tenha respondido a duas perguntas simples que lhe coloquei ( depois de ter lido a sua argumentação sobre a iliteracia processual penal de alguns que aqui aparecem). Então, as perguntas eram estas, simples:
1. O sequestro é simples ou agravado ( e já agora porquê)?
2. O roubo é consumado ou tentado?
Eu sei que isto aqui não é para se escreverem teses ou apresentar mestrados.
Mas quem discutiu processo penal, atirando a quem não é jurista, a condição de ignorante, não fui eu…
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Eu atiro é aos políticos. E, se não viu as perguntas, junte-se ao maggoo e dê uma curva que eu tenho pouca pachorra para hipócritas.
V. gosta de se fazer ainda mais tolinha e sonsa do insonso que já é.
Tem aí as minhas perguntas, pois.
E tem as do José, que até vêm no seguimento da sua doutoral lição de direito que achava que me estava a dar- Onde disse (166)» roubam-se bens, sequestram-se pessoas. Percebe agora?
O bem jurídico no crime de roubo é a propriedade </em»
E tem as minhas onde tentei que fizesse o esforço sobrehumano de pensar se o dito sequestro- com amarrar as mãos para estarem quietos, era da mesma ordem da penhora e exigência à polícia, com pistola apontada à cabeça, depois de encurralados
(160. 162; 166)
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José,
sem teses de mestrado e na minha perspectiva:
O roubo é tentado.
o sequestro é simples (a menos que tivesse havido tratamento cruel, que não me parece o caso)
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E quem diz processo penal, diz direito penal substantivo, que para o comum dos mortais é a mesma coisa, mas para o jurista, são pratos diferenciados.
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Ó zazie, páre lá com os seus desequilíbrios!
Também lhe podia ter explicado que o bem juridico no roubo, em rigor, é misto – apesar de preponderância do factor propriedade – porque também abarca a violência que é exercida sobre a vítima (até um determinado ponto), mas isto para si é chinês, não é?
Porquê perder tempo?
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Então segue-se a pergunta. Se é “simples”, o que quer que isso seja, em quanto é que é cotado na lei?
Dá direito a quê? quando as pessoas são julgadas e não abatidas?
É que já li por aqui muita gente a dizer que o simples facto de alguém apontar uma pistola à cabeça de outrem dá direito moral para a matar. Devia ser abatido por isso.
Ora, como não temos pena de morte, o que é que a nossa lei faz a quem comete este crime, que a Lolo diz que é “simples” e não agravado?
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Lololinhazinha
Concordo consigo na qualificação penal. Foi isso que escrevi lá na tal Loja que não frequenta. E vi-me confrontado com um magistrado que me refutou as duas ideias. Educado, boa pessoa, respondi-lhe com o que podia e sabia, mesmo sem ser lugar de mestrado.
E escrevi isso, para sustentar que assim, a pena aplicável ao sobrevivente, nunca, mas mesmo nunca irá ultrapassar os cinco anos de prisão efectiva.
Até apresentei o caso, noticiado agora e que dá conta da condenação de quatro indivíduos em Vila do COnde, por causa de seis roubos consumados, ocorridos entre Junho e Setembro de 2007.
Um dos condenados, tinha 21 anos na altura. Sabe qual a pena para esses crimes todos, praticados com armas de fogo apontadas aos caixas dos bancos?
Quatro anos e sete meses de prisão. Tendo esta pena sido suspensa!
Por quê? Pelo facto de as leis penais serem brandas demais e incitarem objectivamente os bandidos à prática de crimes.
Alguém duvida disto?
O Figueiredo Dias, em consciência, duvidará disso?
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Equilibre-se v. que eu estou bem sentada e responda lá. Não desvie, não desvie.
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José,
E já agora, o josé é que conclui que eu atirei a condição de ignorante a quem não é jurista. Eu limitei-me a considerar hilariante ler a zazie a falar de direito. Supnho que eu nºao faria melhor figura a falar de astronomia. Era pouco provável é que me ouvissem falar com tantas certezas.
Resume-se tudo ao mesmo: é uma questão de estilo.
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O José diz que as leis são brandas de mais. A lololinhazinha acha que são apenas boas e humanistas.
Então em que ficamos- a polícia tem actuações que são proporcionais ao que à condenação que a lei promete?
É só isto, Todo este post da HM e todo este debate se resume a isto.
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Lolozinhazinha:
É mais simples explicar à Zazie ou a quem pouco ou nada percebe de penal ( a maioria das pessoas e isso não é factor de diminuição intelectual, no meu entender), o que significa o roubo simples ou agravado.
O artigo que cito em seguida tem uma parte ( nº1) que refere uma pena de 1 a oito anos. É o roubo “simples”.
O “agravado”, ( nº 2) significa que essa pena sobe uns anos na moldura abstracta ( diferente da concreta que é a pena efectiva aplicada em julgamento). Como se pode ler.
Artigo 210.º
Roubo
1 – Quem, com ilegítima intenção de apropriação para si ou para outra pessoa, subtrair, ou constranger a que lhe seja entregue, coisa móvel alheia, por meio de violência contra uma pessoa, de ameaça com perigo iminente para a vida ou para a integridade física, ou pondo-a na impossibilidade de resistir, é punido com pena de prisão de 1 a 8 anos.
2 – A pena é a de prisão de 3 a 15 anos se:
a) Qualquer dos agentes produzir perigo para a vida da vítima ou lhe infligir, pelo menos por negligência, ofensa à integridade física grave; ou
b) Se verificarem, singular ou cumulativamente, quaisquer requisitos referidos nos n.os 1 e 2 do artigo 204.º, sendo correspondentemente aplicável o disposto no n.º 4 do mesmo artigo.
3 – Se do facto resultar a morte de outra pessoa, o agente é punido com pena de prisão de 8 a 16 anos
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Não, v. pode-se rir com o que quiser e até comigo. Mas não pode é dizer que usei qualquer arguemento de leis, como estes patuscos de cabos de esquadra.
Em parte alguma. Em parte alguma eu saquei de coisas que não sei.
Antes pelo contrário, até lhe disse que há o pressuposto da lei natural e essa é moral e permita a qualquer ser humano saber fazer um julgamento moral, mesmo sendo analfabeto, em leis ou assinando de cruz.
V. é que não seguiu o raciocínio e se voltou para mim, com a tal jactância característica, dizendo que eu não podia falar porque isto era coisa para entendidos.
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José,
Eu não acho que as leis sejam demasiado brandas. Acho que as elevadas margens existentes nas molduras penais são mal aproveitadas por quem aplica a lei, que em muitos casos devia fixar menas mais próximas dos máximos das molduras.
Em relação ás qualificações dos crimes também não tenho grandes dúvidas. E sim, é trágico que se tenha disparado sobre uma pessoa que se tivesse sido apanhada dificilmente estaria mais de dois anos (ou três) presa. Simplesmente, a polícia entendeu que havia perigo de a coisa dar para o torto – objectivamente, sabemos que podia ter dado – e entendeu intervir assim. Como já disse, não estive lá mas acredito que tivessem motivos para considerar que esta era a melhor opção.
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Ando a escrever um artigo sobre as raízes das leis penais. Já concluí uma coisa que aliás já sabia de cor: o humanismo das leis penais ( Código Penal de 1982) foi um objectivo deliberado e prosseguido, pelo seu autor moral e material ( enquanto autor do Projecto), Eduardo Correia.
Ele o diz, na Introdução ao diploma e em artigo avulso que cito. Até se torna interessante ler outra vez a esta luz, as razões para o abandono de uma certa prevenção geral em favor de uma recuperação do delinquente. Sâo incríveis de ingenuidade, as suas razões ( de Eduardo Correia) sessentistas, de todo ( o Projecto é da primeira metade dos anos sessenta). Vale a pena reler.
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Tenho uma vaga ideia de ver a Zazie jurar a pés juntos que não havia nenhum crime de sequestro…foi essa parte que se tornou hilariante para mim.
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Pois é Lololinhazinha, V. vai ao sumo da questão. À essência da mesma. Já percebeu esse núcleo fundamental da minha argumentação. E estou convencido que se acreditar que foi efectivamente a polícia quem colocou em maior risco a vida dos reféns ( que aliás foram assim constrangidos, por causa da intervenção policial, é bom que se diga porque foi mesmo isso que sucedeu) então, falta pouco para “dar porrada”, aqui nestes bacanos da polícia que não conseguem descortinar a razão destas coisas.
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O que a Zazie disse, segundo entendi. foi que não haveria sequestro, sem intervenção da PSP. E nisso, acho que tem razão.
Quanto às benevolências penais: a verdade é que as penas abstractas podem ser mais elevadas, porque a moldura o permite. Mas não o permitem a jurisprudência e a doutrina.
Esta, segundo o próprio autor do Còdigo, é mesmo para a benevolência e o humanismo à outrance.
Está lá escrito, preto no branco, pelo que os aplicadores da lei, seguem este género de bons costumes à portuguesa.
O problema é que estas concepções geraram este laxismo social e policial. E agora estamos nisto:
do oito, passa-se logo ao oitenta, a matar com snipers.
Isto é de loucos!
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Pois, eu não sei o que é que v.s chamam sequestro. Mas sei que são coisas absolutamente distintas, manietar as pessoas para fazer um assalto, de serem encurralados e passarem a usá-las como escudos humanos.
Entende isto sem ir ao código?
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«O que a Zazie disse, segundo entendi. foi que não haveria sequestro, sem intervenção da PSP. E nisso, acho que tem razão.»
Exacto José. Foi mesmo isso que eu a tentar dizer a todas estas avis raras que se recusam a raciocinar comigo.
E que depois lá vêm com o argumento- se não fossem ladrões nada disto acontecia.
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José,
Não me venha é dizer que foi a polícia que criou a situação ao ter aparecido. O que é defende entao? que sempre que há um roubo a polícia não apareça durante as primeiras duas horas?
Se o José estivesse no lugar da polícia o que faria? sentava-se na esplanada a beber uma cervejola?
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E deixe-me corrigir uma coisa: Escrevi, porque o acho, que o roubo é mesmo consumado e não tentado como defende. Por uma razão: o saco, se nele havia dinheiro ( dizem que sim e de importância significativa) esteve na possa efectiva e real dos co-autores. Um deles, até saiu do edifício com ele na mãe e viu-se pela tv. Isso para mim, chega para a consumação.
Mas, como sabe bem, para outros nem sequer isso é suficiente para se dizer que o roubo foi consumado.
Um dos argumentos para mim, mais importantes, é que o roubo não é apenas um delito contra a propriedade, mas tem uma componente de violência contras as pessoas. E essa violência consumou-se integralmente, com a ameaça das armas.
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“Mas não o permitem a jurisprudência e a doutrina.”
A doutrina não diz grande coisa sobre isso. E a jurisprudencia, naturalmente, vai-se adaptando às necessidades dos novos tempos. Não tão depressa quanto seria desejável.
Apesar de todas as críticas que são feitas ao sistema judicial, tem alguma dúvida que as coisas estavam bem piores há dez anos atrás?? Eu não tenho.
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A PSP só apareceu, porque uma alma caridosa avisou a polícia, julgando que estava a fazer uma acção benemérita. Não foram os funcionários do BES quem o fizeram. Estes, têm instruções do chefe maior, para nada fazerem que os possa colocar em risco de vida. Logo, o que os empregados do banco costumam fazer não é chamar logo, logo a polícia, para apanhar os bandidos em flagrante. Isso, era dantes. E quanto a mim, tem toda a razão de ser.
Pense bem:
Neste caso concreto, o que seria melhor, para todos (incluindo a PSP)? Fazer como fizeram, armando em heróis por conta própria, por causa do dinheiro do BES, ou deixar o roubo ocorrer, os ladrões sairem e tentarem depois a perseguição ou a descoberta dos mesmos?
Diga, colocando-se dentro do banco naquelas circunstâncias, o que preferia mesmo que sucedesse.
E ponha-se no lugar do gerente do banco.
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José,
Para ser consumado tinham que ter o produto do saque com aquilo que nos livrinhos chamam “um mínimo de tranquilidade”. Eu concordo com essa parte dos livrinhos. Para mim, não se consumou. E também não concordo que baste consumar-se a parte da violência sobre as pessoas (sem o aspecto material da coisa) para se poder falar em roubo consumado.
Quando muito, quando a violência é demasiado grande para uma mera tentativa, faz-se a batota da autonomização da violência como ofensas á integridade física. Com sabe, o sistema permite-o.
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Há dez anos atrás, estava o ovo da serpente a aquecer. Agora, está a sair.
As leis só produzem verdadeiramente os seus efeitos, passados anos sobre a sua aplicação.
Esta lei penal que temos e a doutrina que a sustenta ( repito, de Eduardo Correia e dos alemães, em boa parte mas não só. E.C até refere que o nosso Còdigo Penal respeita a tradição de Beleza dos Santos, mas não me parece nada.), são provenientes de um cadinho de brandura.
Dos anos sessenta, antes dos anos de brasa europeus. o Maio de 68, não é por acaso que se cita nestas coisas, porque foi o culminar de um espírito em que se misturou o esquerdismo com o idela libertário do porreirismo e da felicidade ao virar da esquina. Peace, brother!
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Não disse que basta a consumação da violência. Disse que tem mais sentido assim considerar o roubo, porque a doutrina que se aplica ao roubo, nesse caso do “mínimo de tranquilidade”, aplica-se ao furto. E neste não existe aquela violência contra as pessoas.
Assim, há acórdãos divergentes sobre isso e citei-os no meu texto lá na Loja que não frequenta.
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Sendo a matriz a mesma para os dois crimes não considero que faça sentido deixar de exigir, também no roubo, o domínio de facto sobre o produto com esse “mínimo de tranquilidade”. Aliás, se assim fosse, não eram pensáveis casos de desistência no crime de roubo.
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Está a ver como esta discussão teórica sobre o roubo, nem sequer reune o consenso dos juristas?
Que fará dos não juristas…
Até logo.
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“Esteve presente o director nacional e não só. Era o que faltava, DEPOIS, de ter aparecido a PSP em peso, e o GOE com o peso específico de sanar a nabice de quem ordenou a comparência da PSP”´
José, esse é o procedimento. A PSP chega e solicita a PJ. Enquanto o crime decorrer a PSP tem o comando. Quando a PSP terminar com o crime a PJ avança.
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O tal mínimo de tramquilidade é que não vem ao caso, quando os tombos são feitos pela própria banca, ou os sacos azuis estão na mão dos representantes oficiosos do povo.
Está visto que eu nem a porcaria de um graffitti acho que se deve tolerar, quanto mais desculpar assaltantes armados.
Agora o que é mais que óbvio é que as notas do banco dispensavam tanto excesso de zelo policial, tendo em conta o que depois originaram.
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Mas é precisamente por até a porcaria dos riscos na parede ser considerada arte e os assaltos comuns, coisa que nem conta, que este caso não é sintomático de mais nada, do que consequência do monstro que andam a alimentar.
E a lei da bala aparece, pois. Aparece a lei da bala e é aceite como sinónimo de “justiça popular”. E a partir daí, sim, estão até a contribuir para mais barbaridade ser imitada, ou crueldade vingativa, tolerada.
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“Mas é precisamente por até a porcaria dos riscos na parede ser considerada arte(…)”
Ó zazie, não esperava isto de si. Já percebi pelo seu blogue que adora arte. Olhe que há graffitis que até dava gosto ver em museus. Eu própria tenho uma boa colecção de fotografias de alguns!
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A HM tem áí um link para de um blogue Lisboa SOS onde se pode ver no que consiste essa trampa de “tags” a que chamam graffittis.
Não, não suporto isso e até tenho um velho bordão sempre que há eleições camarárias. Enquanto não fizerem brigadas para apagar essa trampa e cuidarem dos sinais de trânsito, como num país civilizado, não voto.
E não voto mesmo. Se for preciso até lhes mando cartas abertas.
Porque conheço muito jovem pobre que lá compra o caderninho, para fazer os seus desenhos e pinturas, sem sujar a propriedade pública. Sem a impor, como mijadela territorial- aos outros.
E até é por esses pequenos detalhes que também cheguei a apoiar as teorias do Rudy Giulliani. De pequenino é que se torce o pepino.
Ao alimentar este espírito de que é tudo nosso, e que se lixe a pareda da casa, ou do muro, ou do metro, porque eu sou capaz de ir lá mijar e aquilo “é meu” que tudo começa.
A principal questão da falta de respeito e brio e cuidado por natureza ou espaço público, só é assimilada se a noção de não sujar e não estragar for entendida.
Quando não é, está dado o primeiro passo para o despotismo dos gangs onde o vandalismo se torna a única forma de “pertença”. Por desprezo para com o que é dos outros.
Pior, por desprezo absoluto até pelo que os rodeia. Só acredito no defensor de graffittis que se deixar que o sujem com o mesmo, da cabeça aos pés e mais o popó e tudo o que é propriedade privada sua.
Por acaso, até estou de partida para Londres onde decorre uma exposição na Tate sobre essa trampa. E já tinha pensado que não vão escapar de lá deixar o meu protesto.
Mais do que gostar de arte, eu gosto de espírito de respeito pelo colectivo e de forte sentido de civismo. Onde tanto entra o respeito pela natureza, como não se mutilarem obras de arte com riscos, a que agora chamam grafffittis, por mera importação possidónia da América.
Em Londres os meus familiares, ligam imediatamente à Scotland Yard.
Mas, se for preciso oferecer material e até incentivar ou divulgar qualquer trabalho artístico- humildemente feito no seu caderninho, ou com tostões poupados para comprar a tela, em vez de gastarem balúrdios na trampa dos sprays, podem contar comigo.
Sempre contaram. E é até em nome dos artistas honestos em vez dos mija nas paredes que acho que devo falar.
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Aliás, os graffittis com alguma arte são mínimos e são todos feitos pelos do Chapitô.
O resto é tag, é trampa com o mesmo tipo de letra, igual em toda a parte- é o maior nojo e sintoma da decadência que aceitamos.
Digo isto há décadas. Desde sempre. E adoro arte, desde sempre.
Do mesmo modo que tenho respeito e gosto pela natureza. E até acho que tudo isto é falta de noção ecológica, antes de mais.
Mas essa já era outra conversa, que podia levar a muito lado. A ecologia implica tanta coisa que se perdeu, em troca do egoísmo e de tudo ser validado pelo cifrão- bem que os “socializantes” podem dizer que é em nome do colectivo que são anti-liberais. Não o podem ser porque trocaram o respeito pelo que já cá estava antes de nós e pelo que não tem valor meramente material- pelo respeito- que é de ordem estética e sagrada.
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tem aqui no que dá essa “arte” e pode consultar o
Lisboa sos para ver a “beleza” que ela nos proporciona.
Até porque quem faz uns faz os outros e o risco pelo desafio à polícia ou ao local mais arriscado é que conta. Ou à parede limpa e bonita mesmo a “precisar de ser estreada”.
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185
Piscoiso: “Basta ver que um mesmo problema, pode ser resolvido de modo diferente pelo Governo, de acordo com o Partido que foi eleito. Tudo legal.”
Pinto Diz: “Mas se entende que o incidente poderia ter sido resolvido (com sucesso) de maneira diferente, está a dizer que a actuação foi ilegal, pois violaria o PRINCÍPIO DA NECESSIDADE:: ”
299 José Diz:
” A PSP só apareceu, porque uma alma caridosa avisou a polícia, julgando que estava a fazer uma acção benemérita. Não foram os funcionários do BES quem o fizeram. Estes, têm instruções do chefe maior, para nada fazerem que os possa colocar em risco de vida. Logo, o que os empregados do banco costumam fazer não é chamar logo, logo a polícia, para apanhar os bandidos em flagrante. Isso, era dantes. E quanto a mim, tem toda a razão de ser. “
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A tal necessidade decorre do sequestro, acho eu, que não me quero armar aos cucos a falar à jurista. Mas tem lógica que, em havendo ameaça sobre outrem, haja necessidade legal de agir de forma a defender a pessoa ameaçada.
E é por isso que eu achei que estavam a chamar o mesmo nome a 2 coisas distintas- amarrar os braços aos que assistem, para ficarem quietos e levar a que os que podem abrir o cofre o façam rapidamente, para se pirarem o mais depressa possível, não é a mesma coisa que tornar reféns pessoas, fazendo delas penhora a quem não oferece o que se deseja- neste caso, penhora como moeda de troca à polícia, para os deixarem fugir.
Por isso é que, antes de encurralar se deve pensar em estratégia mais inteligente. Se a questão é apanhar os ladrões e o dinheiro do banco, há muitos outras formas, que dispensam fazer-se da coisa um ataque terrorista.
Não havia necessidade, como diria o outro…
Cada um tinha ido à sua vida e caçar os tipos, depois de filmados era bem mais barato, fácil e menos perigoso para todos.
Eu diria que isto até uma criança de 5 anos entende. Tragam-me o cérebro de uma criança de 5 anos…
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Pinto Diz:
” Curiosamente, chega. Assim não. Ou lê atentamente E PENSA UM POUCO sobre o que escrevo, ou não volto a comentar. “
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Agora o wishfull thinking que até sabiam por telepatia que estava tudo planeado desde início e que era para fugirem com as pessoas no carro e matarem mais a frente não sei quantos, é mera treta para justificar o engodo em vez da continuação das negociações.
As negociações ou foram mal feitas, ou pura e simplesmente desbarataram o tal primo que até tinha o pedido à mãe de um deles, para que a senhora acreditasse que ele estava a trabalhar.
Aqui sim, com isto podia haver formas mais inteligentes de fazer quebrar sujeitos que nem tinham tarimba para a macacada arriscada e descabelada em que se meteram. Um puto de 23 anos, sem cadastro, verga, pois. Se nunca matou e a questão é descabelamento com o carcanhol, verga. É preciso é mais arte e inteligência para fazer vergar que balas especiais, à prova do vento, para acertarem em “cerebelos”, em casos destes.
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Curiosamente, você anda muito confuso. Que é que tem a ver as instruções internas do BES com as soluções da polícia para resolver o caso após a sua chegada? O BES, para não afectar a sua imagem, até pode pedir aos seus empregados para não accionarem o alarme e só decorrida uma ou duas horas avisar a polícia, mas isso são intruções internas de uma empresa privada que visa, única e exclusivamente, o lucro.
E por favor, não me coloque mais excertos de frases de duas pessoas (ou uma só) deste espaço. Uma pessoa que dá como solução a impassividade da polícia, a permissão de fuga com um refém na viatura (sim, porque a primeira coisa que eles fizeram, mesmo antes de assaltarem e de chegar a polícia, foi fazer reféns; uma das reféns já explicou isso) e depois lograr-se uma perseguição com um refém lá dentro, é uma pessoa mentalmente debilitada.
Igualmente, uma pessoa que escreve “(…) porque o acho, que o roubo é mesmo consumado e não tentado como defende. Por uma razão: o saco, se nele havia dinheiro ( dizem que sim e de importância significativa) esteve na possa efectiva e real dos co-autores. Um deles, até saiu do edifício com ele na mãe e viu-se pela tv. Isso para mim, chega para a consumação (…)” não é jurista (ou então tenho de concordar que o ensino anda pelas ruas da amargura).
A Lololinhazinha explicou-lhe, e bem, porque o roubo é tentado.
Portanto é assim Curiosamente: se quiser entender que a polícia agiu mal, vai fazê-lo, independentemente do que aqui se escreva (é como aquela música do “bate o pé, bate o pé, bate o pé”). A conversa está cada vez mais degradante e deprimente: insultos à polícia, opiniões aberrantes, qualificações abusurdas, UMA alternativa ridícula e muita presunção à mistura. Não vou continuar a mexer neste caldo de baboseiras.
Goo, tudo o que você disse já lhe foi dito e sublinhado. Ele não quer entender. Não perca mais tempo.
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Olha que engraçado.
A lololinhazinha é que podia aproveitar agora, com este palonço do Pinto, a dar umas lições de direito. Porque este sim, este está com a mania que percebe de leis.
Este é que é um bom exemplo hilariante de um burro armado ao pingarelho. Até diz que o crime foi tentado e não foi consumado, mas o que o estúpido não expllica é que é que isso significa em termos jurídicos.
E nem eu sei. Não sou expert na matéria, nunca me meteria querer explicar nada nestes termos.
Porque os debates que li entre juristas e não entre cabos de esquadra, tinham argumentos que não chegavam a consenso.
Questão que ainda torna mais caricata a apreciação do caso. Era ladrão e roubou, mas em termos técnicos, até esse detalhe de se saber se roubou ou apenas tentou roubar, dá para tudo.
A lololinhazinha o que defende e o burro do cabo de esquadra nem atinge é que o roubo foi apenas tentado- não foi consumado.
E o José defende que houve roubo. Porque saiu com o saco do local onde ele estava e porque ameaçou pessoas para o obter, não furtou às escondidas e nem foi furto que se ficasse no local onde estava- sem que a dita propriedade tivesse sido sonegada.
Penso eu que é assim que, em linguagem comum, e pensando, se pode interpretar a polémica de ameaça de roubo ou roubo efectivado.
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»A Lololinhazinha explicou-lhe, e bem, porque o roubo é tentado.»
Ó tolinho, explica lá tu o que ela explicou que eu também me queria rir com as tuas tosquices.
“Explicou e bem” O que é que este palonço imagina que está a dizer ao papaguear isto?
eheheheh
Ele há com cada um…
“:O)))
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«Igualmente, uma pessoa que escreve “(…) porque o acho, que o roubo é mesmo consumado e não tentado como defende. Por uma razão: o saco, se nele havia dinheiro ( dizem que sim e de importância significativa) esteve na possa efectiva e real dos co-autores. Um deles, até saiu do edifício com ele na mãe e viu-se pela tv. Isso para mim, chega para a consumação (…)” não é jurista (ou então tenho de concordar que o ensino anda pelas ruas da amargura).
O bimbo. E isto tudo porque o bimbo fala como as donas de casa. Se não é o Moita Flores que dá na tv e não é algum artista que aparece nos jornais, não conta, não tem argumento ad baculo para o palonço se apoiar.
E depois arma-se em jurista. A achar que percebe de leis, quando ele nem ler o que se escreve consegue.
É problema de iliteracia em grau avançado.
E a lololinhazinha, agora sim, é que tinha uma boa oportunidade para responder.
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errata no 317- onde escrevi crime foi tentado deve ler-se roubo foi tentado e não consumado.
Ou seja, nem roubo houve para as contas a apresentar em julgamento- apenas tentativa de roubo.
É assim que eu acho que isto se traduz na perspectiva de leitura técnica da Lololinhazinha. A mesma que também lí no In Verbis por um “Ai Ai no Havai”
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Zazie:
O Pinto não será jurista. Em primeiro lugar, é polícia. Logo, compreende-se a dificuldade na argumentação subtil.
Ainda assim e porque não pára de me ofender, fica aqui um acórdão do STJ ( Supremo Tribunal de Justiça, para o Pinto saber de quem se trata), onde se resume toda a problemática jurisprudencial e conceptual que os pintos não atingem.
Quanto á Lololinhazinha, obviamente percebe esta argumentação e sabe perfeitamente da discussão que se pode travar acerca do entendimento sobre a tal “posse pacífica”, em tranquilidade. Que para uns, se torna perfeita com a retirada e colocação da esfera de poder do autor, para outros, se exige um pouco mais ( alguns falam em saída do estabelecimento, como se diz no acórdão. Ora, o saco em causa saiu efectivamente do estabelecimento.) Isto tem importância, por exemplo, no furto de supermercado, em que o vigilante, se apercebe do furto, deixa o autor passar pela caixa sem pagar, claro e depois actua. Poucos duvidam que isto resulta em consumação do crime. E no entanto, já há vozes discordantes.
Em Direito, este tipo de discussões, não costumam impressionar os pintos. Mas é por isso mesmo que nunca chegam a galos, para retomar o mau gosto da referência, a que me vejo obrigado pelo tom chocarreiro, continuado, do personagem.
É que parece que o jurista Pinto, nunca leu um acórdão, enquanto chocava a sapiência jurídica, nem se apercebe das divergências que na maior parte das vezes acontecem, nos assuntos jurídicos.
Aliás, há outra divergência, neste caso: houve legítima defesa de terceiros, ou apenas uso de direito de necessidade?
Poucos se atrevem a avançar ideias. Será que os Pintos atingem a diferença?
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O próprio Hi Hi no Havai, que me parece magistrado, ( juiz) concluiu que estas coisas, são discutíveis. E muito discutíveis. A decisão do JIC no caso do assaltante sobrevivente, foi num sentido. Veremos como será na acusação e julgamento e recurso se o houver.
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Esqueci-me de colocar o acórdão. Fica aqui. É ler o ponto 2 onde se escreve sobre a condenação:
http://www.dgsi.pt/jstj.nsf/0/d2587e7235d5875180256dff002f2bbf?OpenDocument
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Eu sei que a Lololinhazinha sabe destes assuntos. Por isso mesmo é que achei que podia explicar ao Pinto, como me explicou a mim, já que ele a cita sem saber o que está a dizer.
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Estes termos técnicos é que são muito engraçados: “o objecto furtado em pleno sossego ou em estado de tranquilidade”
ehehe
Mas estes últimos artigos do JM no DN também me parecem surrealistas. Aquilo é tudo inocente a apontar pistolas à cabeça das pessoas.
“:O)))
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Reparei na wikipédia (pode não ser nada fiável) que os termos para sequestro variam em muitas línguas e o sentido até pode ser comparável ao rapto (kidnaping) com resgate de reféns.
Não faço a menor ideia. Mas o sentido é outro, bem diferente, de apenas privar de movimentos.
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Também vem por lá uma variante brasileira que até inclui nos crimes hediondos, para os quais nem existe amnistia ou liberdade condicional.
È claro que estas coisas nunca podem ser entendidas apenas por palavras.
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O crime de sequestro, previsto no código penal, só pode ter relevância penal ( susceptível de reacção criminal) se se verificarem os seus elementos constituintes. Ou seja, é preciso interpretar a lei, para ver se o facto cabe nela, tal como foi escrita. Este princípio fundamental do direito penal, enuncia-se em latim: nullum crimen sine lege. É o chamado princípio da tipicidade. Só há crime se a lei o tiver previsto e só nos termos dessa previsão, porque não é possível interpretar extensivamente em direito penal substantivo.
É nesta interpretação que aparecem as hipóteses que se tiverem alguma lógica, devem ser consideradas e é por isso que aparecem também decisões de tribunais, afastadas do espírito do legislador que se vê obrigado a corrigir a trajectória do disparo vertido na lei. É neste âmbito que o Direito se pode tornar aldrabice e muitas vezes consegue.
O crime de sequestro prevê-se assim, nos seus elementos essenciais:
“Quem detiver, prender, mantiver presa ou detida outra pessoa ou de qualquer forma a privar da liberdade”. Nesta formulação cabem comportamentos como o do sargento que optou por guardar para si a menor Esmeralda, filha de outrém. E foi condenado por isso. No entanto, o tribunal superior desdisse o tribunal de 1ª instância e considerou que o sargento não sequestrou a pequena Esmeralda.
Percebem?! Depois de muito barulho mediático, o Direito, trasmudou-se e a pena de prisão efectiva de 4 anos, passou a mera ameaça…
Percebem outra vez?
Artigo 158.º
Sequestro
1 – Quem detiver, prender, mantiver presa ou detida outra pessoa ou de qualquer forma a privar da liberdade é punido com pena de prisão até três anos ou com pena de multa.
2 – O agente é punido com pena de prisão de dois a dez anos se a privação da liberdade:
a) Durar por mais de dois dias;
b) For precedida ou acompanhada de ofensa à integridade física grave, tortura ou outro tratamento cruel, degradante ou desumano;
c) For praticada com o falso pretexto de que a vítima sofria de anomalia psíquica;
d) Tiver como resultado suicídio ou ofensa à integridade física grave da vítima;
e) For praticada contra pessoa particularmente indefesa, em razão de idade, deficiência, doença ou gravidez;
f) For praticada contra uma das pessoas referidas na alínea l) do n.º 2 do artigo 132.º, no exercício das suas funções ou por causa delas;
g) For praticada mediante simulação de autoridade pública ou por funcionário com grave abuso de autoridade.
3 – Se da privação da liberdade resultar a morte da vítima o agente é punido com pena de prisão de três a quinze anos.
No nº 1 prevê-se o sequestro simples, com pena até três anos.
No nº 2, prevê-se uma agravação dessa pena, que fica de dois a dez anos, se tiver sido praticado em determinadas circunstâncias.
Há quem jure a pés juntos que o comportamento dos assaltantes do BES, é passível de terem cometido o crime agravado nos termos da alínea b) do nº 2.
Percebem, outra vez?
Perguntem ao Pinto que ele sabe…
Zazie: quando falo em aldrabice do Direito, tenho em mente estas coisas e outras. Muitas outras.
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Quando mencionei o princípio da tipicidade, estava a pensar também no da legalidade. São princípios estruturantes do direito penal de todas as latitudes.
O Direito, particularmente o penal, tem facetas de grande hilariedade, pelos efeitos práticos que provoca. Coisas que desacreditam qualquer mente pensadora.
Coisas que permitem piruetas aos julgadores. Coisas que nos fazem pensar que isto do Direito é mesmo uma aldrabice.
E tem que ser, porque não é matemática.
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E quando pergunto se percebem, é pergunta retórica, para reafirmar que isto não se percebe linearmente. Aparentemente foge à lógica. Mas cabe no senso comum, ás vezes.
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Pois, dá para ver que não basta citar uma palavra.
Ainda assim, no caso de roubo apenas tentado ou consumado, não percebo como é que se pode dizer que ele foi apenas tentado, ao mesmo tempo que se assegura que eles vieram cá para fora para fugir (não vieram tomar ar) e vieram com o dinheiro.
Então qual poderia ser o argumento? que o dinheiro não escapou do local, esteve no saco e na mão dos ladrões e eles ainda podiam ter ideias de se arrependerem e o deixarem-no lá dentro, mesmo depois de terem vindo para a rua, para fugir e trazendo-o na mão?
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Zazie:
É mesmo essa a perspectiva a considerar, na interpretação do que se deve entender por tentativa e consumação. As teorias “clássicas”, sobre esse aspecto de um comportamento humano, podem de facto ser apresentadas como o modelo de observação do modo de funcionamento do Direito e dos seus aplicadores.
Há os pintos que raramente têm dúvidas e nunca se enganam e depois há outras aves, algumas de arribação que se permitem todas as dúvidas sobre esse momento fatal em que se pacifica a posse e se torna tranquilo o objecto subtraído.
No caso do acórdão citado, há várias posições de poleiro. Uma que fez vencimento, colooca a fronteira na porta: se o ladrão transpõe a porta, já está. Se não, ainda falta esse pequeno passo, para alguém, transpor o limiar de mais uns anos de prisão.
Depois, na prática, isso tem uma importância quase nula. A pena final e o seu cumprimento reflectem quase nada estas discussões de galinheiro.
Mas do que estamos aqui a falar, é da actividade típica do jurista: discutir se os anjos tem sexo e se alguns ser
ao hermafroditas.E nesse caso, que sexo realmente terão…
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Num jornal de ontem, uma juíza conhecida – Conceição Oliveira- em quase todos os processos mediáticos de há uma dúzia de anos atrás, diz-se doente e incapaz de convencer os médicos a darem-lhe a baixa e a reforma. Terá doença bipolar,segundo afirma.
No entanto, diz uma coisa extraordinária: num processo que começou a julgar por negligência médica, em que morreu um bebé, deu por si a preocupar-se demais e a envolver-se emocionalmente demais, com o caso. Pediu escusa e saiu. No julgamento que contiuou, os médicos foram absolvidos. Segundo ela, tinha-os condenado, apenas pelo que ouviu.
Independentemente das razões pessoais da mesma, isto é preocupante. Não me querendo parecer que ela fosse condenar os médicos, por interpretação errada dos factos e direito, parece-me outra coisa: os julgamentos agora, são uma espécie de apreciação pela rama, dos factos investigados durante meses ou anos. Em meia dúzia de horas, o juiz, toma conhecimento do que lhe parece, do que lhe apresentam e faz o seu juizo que numa boa parte destes casos difícieis, redunda em nada. Para desesperança das vítimas e gáudio dos prevaricadores.
Para isto, o Direito serve para aldrabar. Com o Direito faz-se tudo o que se quiser. Até Justiça.
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Em Itália, nos anos oitenta, os processos da Mafia, que chegavam à Relação, com condenações pesadas por homicídio, corrupção, etc, começaram a ser anulados, por vícios processuais. Um juiz, apenas um juiz, virtuoso no manejo da lei processua, anulava sistematicamente o trabalho de centenas de investigadores e acusadores. Por irregularidades processuais, que detectava aqui e ali.
De tal modo se tornou escandaloso que lhe foi instaurado um processo de averiguações que conduziu a acusação por “collusione” com a Mafia siciliana.
O nome dessa rosa, era Corrado Carnevale. Nunca se provou essa collusione, porque estas coisas, não se provam assim, com processos de intenção. E foi absolvido, por sua vez.
Mas quem lhe sentiu os efeitos das suas decisões iníquas, sabe muito bem o que se provou ou não.
O Direito, serve para tudo. Mesmo para fazer Justiça.
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José:
CRIME é toda a acção prevista e punida no
código penal.Não é preciso tanto rigor técnico, porque quem não for jurista terá algumas dificuldades em entender tão precisa explanação teórica.Deixe-me recordar-lhe que 70% dos políticos são juristas.
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Eu não sou jurista e nunca tive dificuldade em entender as explicações do José. Acho é que não conheço muitos mais juristas capazes de explicar, de modo tão simples, o que é complexo.
E é pena que os outros tenham desandado, agora que a questão começava a fazer sentido.
“;O)
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Por exemplo- nesta questão de roubo tentado ou consumado, torna-se um tanto incongruente que, quem defende que não houve armadilha para os fazer sair do banco, negociando liberdade, se diga, em simultâneo, que os tiros fatais, foram feitos “in-extremis” porque já iam a fugir para o carro com os reféns (e com o dinheiro, acrescente-se) e, ao mesmo tempo, também digam que, em relação ao dinheiro, foi apenas tentativa de roubo.
Podiam ainda deixá-lo lá, já depois de terem vindo para a rua com ele, para a tal fuga que foi parada sem outra hipótese.
Penso eu. Ainda que perceba que até podia existir as duas coisas- sequestro e deixarem lá o dinheiro. Mas, para isso, não o tinham na mão, nem tinham vindo com ele cá para fora para fugirem.
A coisa não me parece lógicamente coerente.
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Mas, como o José disse, é mais uma querela dos anjos (aquele detalhe de quando é que ainda lá está, ou quando é que já saiu).
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Nada melhor do que a noção de “crime”, para mostrar o que pode ser uma discussão jurídica.
Só para exemplificar, aquilo que T
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…Sói para exemplificar, aquilo que Tancredo refere como sendo a noção de crime – “crime é toda a acção prevista e punida no código penal”, pura e simplesmente não é correcta.
Nem é toda a acção ( também a omissão pode ser crime, por exemplo) ; nem é apenas a que está prevista no código penal ( há inúmeras leis avulsas que tipificam crimes).
Mas ainda falta um elemento essencial e que determina toda a filosofia da nossa lei penal: a culpa.
Não há definição de crime no Código Penal, curiosamente. Há uma aproximação no…Código de Processo Penal, mas ainda assim, falha o conceito global.
Então, onde temos a definição dessa coisa concreta que é o crime?
Na doutrina, apenas.
Há quem diga por isso que crime é todo o facto ( e não apenas acção), típico ( previsto como tal na lei), ilícito ( contra legem) e culposo ( em termos subjectivos e imputáveis ao sujeito).
Mas até esta definição, é discutível.
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Outra querela: um menor de 16 anos pode cometer crimes?
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