A humilhação
20 Setembro, 2008
O presidente sul-africano Thabo Mbeki foi acusado por um juiz de ter interferido juntos dos investigadores que procuravam acusar o seu rival (e provável sucessor) Jacob Zambu de vários crimes, mas que na semana passada se viu totalmente ilibado. O seu partido, ANC, imediatamente pediu a sua resignação, tendo hoje Mbeki anunciado que se irá demitir. *
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11 comentários
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BLASFÉMIAS 
Até num país com os problemas deste há um pouco de vergonha.
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Zuma pode ser um corrupto mas o apoio que Mbeki sempre deu a Mugabe é vergonhoso. Entre um e outro venha o diabo e escolha.
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Esta notícia apanhou-me de surpresa, pois evidencia uma crise política na África do Sul.
Esse país é um exemplo para o continente africano. Mas, pelos vistos, no seio do A.N.C. a ala radical está a fortalecer-se…
Não auguro um futuro risonho para a nação do arco-íris… É caso para se dizer: cry the beloved country…
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qual «ala radical»?
a de Mbeki que terá pressionado/interferido na investigação criminal sobre um adversário político?
ou a do do resto do anc que entendeu pouco digno manter um presidente assim?
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errrr… E agora vai o Zuma para presidente? 😛
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Por ali ainda resta alguma e colorida dignidade… enquanto que, por cá, nem colorida nem monocromática… entretanto, à falta dessa virtude, resta-nos muito do seu mal – corruption.
Ora essa… não podemos (nem queremos) ser todos iguais…!
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por cá tudo bem “vergonha precisa-se”. dignidade também
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Esse não precisava de fazer isso para se humilhar. Já se humilhou o suficiente quando, depois de descobrirem que tinha um caso com uma seropositiva, disse que nunca apanharia SIDA porque tomava um duche depois do sexo.
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Isto é apenas a ponta do iceberg pós Mandela, o ultimo e talvez o único que os faz, ainda, ter vergonha na cara.
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Acho que isto não é uma crise politica tão “crise” como possa parecer – o “Presidente” da África do Sul, apesar da designação, na realidade não passa de um “primeiro-ministro” (chefia o governo, é eleito pelo parlamento e tem que se demitir se uma moção de censura for aprovada), e primeiros-ministros que perdem o cargo por perderem a confiança do parlamento é o que mais há por esse mundo fora (é verdade que perder a confiaça do seu próprio partido não é muito normal, mas também não é tão raro como tudo isso).
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Em Portugal tal seria impensável!
O que quer dizer que a nível de justiça e de ética na política estamos muito abaixo da Africa do Sul.
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