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Bailouts e regulação

22 Setembro, 2008

Pode um Estado que concede “bailouts” ser um regulador credível? Não me parece que possa. A mensagem que é transmitida aos regulados é que o Estado mudará as regras a meio do jogo sempre que isso seja conveniente.

16 comentários leave one →
  1. Luis Moreira permalink
    22 Setembro, 2008 23:46

    Conveniente para os bancos e as seguradoras trapaceiras.Tem toda a razão, o mal não está na regulação.

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  2. Anónimo permalink
    22 Setembro, 2008 23:48

    S.uspeito que nesta fase do campeonato nao é bem regulaçao que estao a tentar. Estao a tentar é que nao seja o colapso e uma gde depresao. Por isso suspender o short selling. É um modo de ganhar tempo com a subida inerente da taçes pelos stops das vendas.

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  3. 22 Setembro, 2008 23:57

    Todos sabemos que os políticos adoram a mesa do casino, os dados e as cartas viciadas, especialmente quando são os croupier de uma mesa de jogo rectangular, onde os restantes e pretensos jogadores ficam baralharados com as regras de propaganda que engolem sem mastigar, permitindo-lhes que recolham o produto do embuste, preenchendo-lhes a pança. E se os deuses não estiverem de feição, certamente irão buscar dinheiro onde ele existir, e inventar pontes e aeroportos mesmo que não haja rios ou ares para atravessar … Tudo vale, nada vale, depende de quem manda!

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  4. Anónimo permalink
    22 Setembro, 2008 23:59

    ..ou sejam andam a falar em regulaçao para aqui e para acolá e é para entreter pois o que está a acontecer é que estao em panico a antever um grande colapso dos mercados. Se calhar escondem mais alguma coisa. Mas isso da febre regulatória dos políticos vem escrito em qualquer livro que fale da teoria de Down, bear markets e ciclos. É de livro.

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  5. Quegrande31 permalink
    23 Setembro, 2008 00:04

    Washington, 22 set (EFE).- Os líderes democratas do Congresso americano se negaram nesta segunda-feira a dar um cheque em branco para o Governo de George W. Bush realizar um dos maiores resgates financeiros da história do país e propuseram cláusulas para o controle do dinheiro.
    Nesta segunda, por meio de um comunicado com o objetivo de marcar o debate público do dia, o presidente Bush insistiu ainda na necessidade de atuar “rapidamente”. Ele pediu aos legisladores que não incluam cláusulas sem relação com a crise financeira no projeto de lei discutido no Congresso ou disposições que prejudiquem sua efetividade.
    Entretanto, os democratas deixaram claro que não vão assinar um cheque de US$ 700 bilhões, volume do pacote negociado, para que o Governo faça o que quiser.
    “Seria algo sem precedentes lhe dar US$ 700 bilhões para, virtualmente, um indivíduo sem nenhum tipo de supervisão, transparência e prestação de contas”, declarou o democrata Christopher Dodd, presidente do Comitê de Bancos do Senado, em uma entrevista à rede de TV “CBS”.
    Nesta declaração, Dodd se referia a Henry Paulson, secretário do Tesouro americano, cujo plano inicial, de apenas duas páginas e meia, preservava a máxima flexibilidade para o uso dos fundos sem nenhum tipo de mecanismo de revisão das decisões a serem tomadas para combater a crise.
    Por outro lado, a contra proposta entregue nesta segunda pelos líderes do Senado prevê a criação de um comitê de supervisão, que seria formado por representantes das agências de regulação financeira e do Congresso.
    Este plano também exige que o Governo receba ações das empresas às quais ajudar. E, devido ao que os contribuintes americanos pagarão pelas decisões erradas de investimento dos diretores das empresas, a proposta divulgada por Dodd quer que se estabeleça um máximo para seus salários milionários.
    “Queremos limitá-los como condição para lhes conceder ajuda”, declarou Barney Frank, presidente do Comitê de Serviços Financeiros da câmara baixa em entrevista à rede “ABC”.
    “Caso o secretário Paulson esteja de acordo, iremos rápido. Mas caso insista que, por algum motivo, isto é algo terrível, vai atrasar”, advertiu Frank.
    Paulson, que foi executivo-chefe do banco Goldman Sachs antes de assumir o cargo atual, declarou que estas medidas apresentadas pelos democratas poderiam ser tomadas posteriormente e que o pacote não deveria ser “punitivo”.
    No entanto, o ambiente político parece estar contra ele, pois tanto o candidato presidencial democrata, Barack Obama, como o republicano, John McCain, atacaram a “avareza” dos especuladores em Wall Street.
    A iniciativa democrata também pede ajuda para os proprietários de imóveis e permite que os juízes suavizem os termos das hipotecas dos donos de casas que se declararam em quebra para que possam permanecer em seus lares.
    Esta última cláusula enfrenta a oposição dos bancos, que são o terceiro ator em disputa nas negociações e que inundaram o Congresso com seus representantes para maximizarem suas vantagens neste pacote de ajuda.
    Diante da incerteza sobre como será o plano, na manhã desta segunda a Bolsa de Nova York caiu 1,7%, influenciada especialmente pela queda das ações das instituições financeiras.
    Em todo caso, tanto a Casa Branca quanto o Congresso concordam com as linhas gerais do plano: que é necessário contar com os US$ 700 bilhões e comprar a dívida de má qualidade vinculada às hipotecas para as quais não há mercado agora, pois ninguém no setor particular as quer.
    Nesta segunda, Bush reiterou mais uma vez que as conseqüências de uma não-interferência sejam profundas. No entanto, alguns legisladores rejeitaram estas pressões.
    “Muitos de nós votamos a favor de uma guerra (no Iraque) que agora lamentamos”, declarou o republicano Christopher Shays à “ABC”.
    “Acho que há um certo número de congressistas que desejam mais tempo. Não falo de uma semana, mas sim o suficiente para debater isto”, acrescentou.
    A Câmara Baixa poderá votar o pacote na quarta ou na quinta, enquanto o Senado faria isto na sexta, informam fontes legislativas.

    http://www.efe.com/multimedia/ampliacion.asp?&opcion=0&mostrarMM=1&idioma=PORTUGUES

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  6. 23 Setembro, 2008 00:13

    Quem é que perde mais? Eu digo: os trabalhadores (da empresa falida) e os pequenos investidores (que não têm insider information e por isso demoraram muito a sair). Os seniors têm bónus milionários (ainda parece que há poucas semanas receberam o seu, no lehman brothers) e os grandes investidores sairam há muito, muito tempo, graças a informação privilegiada. É isso que você quer, que os trbaalhadores e os pequenos investidores paguem a factura dos grandes. É este o seu liberalismo, aliás, é este o liberalismo. Responsabilidade pessoal. Paga pelos pequenos.

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  7. Anónimo permalink
    23 Setembro, 2008 00:13

    Olalá, finalmente percebeu que o poder económico manda no político e que quaisquer regulações que venham partem do primeiro.
    Afinal nenhum ricaço vai para político , pois não? Para quê , se os pode comprar? E todos os políticos querem ser ricaços. É um facto indesmentível.
    O pensamento abstracto dos homens parece que os impede de ver o concreto.

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  8. 23 Setembro, 2008 00:51

    Mas o estado não é regulador da banca…

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  9. rxc permalink
    23 Setembro, 2008 01:25

    O JM parece esquecer-se quem é que verdadeiramente os coloca no poleiro. Está-se a fazer de ingénuo agora. E sim, o problema foi falta de regulação, como já foi dito até à exaustão, por tudo quanto é economista sério…

    Já agora, o Miranda que mostre os estudos e estatísticas em que se baseia para afirmar a sua descrença. É que sem eles, a sua argumentação é puramente especulativa e fruto da sua percepção muito particular (e enviesada, diriam alguns) da realidade.

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  10. JoaoMiranda permalink*
    23 Setembro, 2008 01:28

    ««o problema foi falta de regulação, como já foi dito até à exaustão»»

    Isto é interessante porque ainda ninguém conseguiu explicar qual é a regulação que faltou. Mais importante, ninguém foi capaz de explicar a tempo de evitar a crise qual a regulação que estava em falta.

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  11. JoaoMiranda permalink*
    23 Setembro, 2008 01:29

    ««Já agora, o Miranda que mostre os estudos e estatísticas em que se baseia para afirmar a sua descrença. »»

    Repare que é quem alega que há falta de regulação que o deve demonstrar. Não é quem duvida que ela falte.

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  12. 23 Setembro, 2008 01:52

    Não há economistas sérios que digam que foi falta de regulação, só há economistas ignorantes a dizer que foi falta de regulação.

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  13. 23 Setembro, 2008 10:17

    Tonibler, de facto Krugman (próximo prémio Nobel) e Stiglitz (prémio Nobel há já alguns anos) são profundamente ignorantes.

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  14. 23 Setembro, 2008 11:32

    Disseram isso?? Então são…

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  15. 23 Setembro, 2008 12:46

    Sim, também me queria parecer que se tratava de gente ignorante nesta coisa da economia. A gente os tugas é que percebe disto, pá, querem-nos é todos enganar mas a gente não se deixa ir nisso.

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  16. Anónimo permalink
    25 Setembro, 2008 22:24

    UM TRILHÃO DE DÓLARES DE AJUDA CONDUZEM A BOLHAS FUTURAS
    Hans Bader

    Porque a Bolha das Hipotecas aconteceu? Uma razão provável foi o fato das instituições financeiras terem se engajado no mercado de empréstimos irresponsáveis (emprestando dinheiro sem garantia – a gente que não poderia pagar a conta – favorecido pela política irresponsável dos Democratas desde o tempo de Bill Clinton), baseados no fato de que eles seriam “Grandes demais para quebrar”. E ainda que, caso ocorressem problemas, o Governo Central os apoiaria cobrindo os rombos por eles causados – uma percepção baseada em acobertamentos passados do Governo Central a instituições financeiras tais como o Banco Nacional Continental de Ilinois e a Gerência de Capitais a Longo Prazo, e, companhias como a Chrysler.

    No momento, o Governo esta confirmando a validade destas percepções ao propor uma ajuda maciça ao setor financeiro ao custo de talvez um trilhão de dólares”, ao comprar os empréstimos podres. Esta é a terrível e inconsistente velha idéia do saneamento, que encorajará novas bolhas financeiras por gerações e gerações no futuro, recompensando a incapacidade de Gestores de Bancos e Empresas. Os líderes no Congresso apoiaram o Presidente Bush aparentemente em troca de um altamente custoso pacote de estímulos sociais aos eleitores Liberais (Democratas) da mesma forma que um famoso pacote anterior de 160 bilhões de dólares.

    Caso não haja ajuda, a economia poderá entrar em recessão, mas, então, ela começará a recuperar-se novamente, e as descuidadas e incompetentes instituições que a causaram seriam punidas com grandes perdas ou falência. Isto é mais ou menos, o que aconteceu na pequena recessão de 1921-1922, que começou tão mal quanto a Grande Depressão, mas rapidamente terminou, resultando numa Explosão Econômica, porque o Governo não “mediou” a economia, e não ajudou ninguém.

    Hoje em dia, todos falam sobre como, em teoria, mais regulamentação “poderia” ter diminuído o “comportamento de risco” que contribuiu para a Bolha das Hipotecas. Mas, a “Regulamentação” nunca deixa de ser embasada na “Teoria” dos “Sábios e oniscientes” reguladores. Durante a Bolha, representantes oficiais de todos os matizes ideológicos estiveram deveras envolvidos em incentivar o comportamento de risco irresponsável que a causou, ao invés de detê-lo. Os Legisladores Liberais (Congressistas Democratas) estiveram forçando os empréstimos de risco visando promover a assim chamada ‘Casa Própria viável’ [i], a “Justiça Racial” e a “Diversidade”, enquanto a administração Bush os encorajava, como uma forma de incrementar os índices de aquisição de Casa Própria e promover o Slogan de Sociedade Proprietária de Bush.

    Durante as Bolhas, os Reguladores Governamentais, partilham do mesmo “instinto de manada” que as pessoas do Setor Privado, com a diferença, que eles (os Reguladores) sabem ainda menos do que o setor privado acerca do funcionamento do mercado, como David Brooks demonstra hoje no New York Times. Como Brooks salienta, um Regulador obsessivo em promover a aquisição das Casas Próprias nunca aconselharia a um banco a não atender a uma pessoa pobre, portanto de alto risco de empréstimo, durante a explosão de aquisições do Mercado Imobiliário, não interessando aí o quão prudente pudesse ter sido o conselho. Tendo trabalhado na burocracia federal, adquirindo entendimento do mundo real, concordo inteiramente com Brooks.

    Como nós previamente comentamos a Administração Clinton, estupidamente, pressionou os bancos a realizar empréstimos de risco a pessoas que não tinham condições de adquirir a Casa Própria, em nome da “Casa Própria Viável” e da “Justiça Racial”. Um comentarista liberal, em resposta ao comentário disse que a Administração Bush estupidamente encorajou os empréstimos de risco para hipotecas a pessoas sem poupança e capacidade financeira de amortização, as quais não tinham responsabilidade para poupar, visando a amortização ou quitação. (Aqueles de nós, que pouparam dinheiro suficiente para a amortização ou quitação por conta própria, não éramos elegíveis ao subsídio, e, tivemos que subsidiar compradores irresponsáveis que não pouparam, com os nossos impostos).

    Muitos comentaristas, tais como o Ex-Presidente do FDIC (Federal Deposit Insurance Corporation http://www.fdic.gov/ – Corporação Federal de Seguros de Depósito), acreditam que a legislação federal de contabilidade, agravou a crise financeira, e criou perigosas confusões nos Registros Contábeis do Sistema Financeiro Americano.

    Longe de recompensar corretamente as pessoas que avisaram contra as hipotecas e bolhas financeiras, a Administração agora ataca decididamente aqueles que corretamente previram o risco, e sobre o mesmo especularam financeiramente, predizendo que os ativos de risco estavam superavaliados. “A SEC (United States Securities and Exchange Commission) decidiu proibir todos os negócios tidos como especulativos de 799 financiamentos provando, mais uma vez, que não vivemos num livre mercado”.

    John Berlau explica porque os especuladores são heróis não valorizados:

    Se alguma vez houve o caso de se “matar o portador das más notícias” este seria um. Como um comentarista do programa CNBC´s Fast Money disse terça à noite, um especulador, não é alguém que alardeia em falso que o teatro esta pegando fogo, ao contrário, ele é a pessoa que antes de todos, toma ciência de que o teatro esta pegando fogo.

    Hans Bader
    Counsel for Special Projects
    hbader@cei.org

    CEI’s Counsel for Special Projects is Hans Bader. Coming to CEI in 2003, Hans’s prior casework has included suits involving the First Amendment, federalism, and civil rights issues. He graduated from the University of Virginia with a B.A. in economics and history, and later earned his J.D. from Harvard Law School. Just before joining CEI, Hans was Senior Counsel at the Center for Individual Rights.

    Tradução: Mayr Sampaio Fortuna Neto

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