Empirismo ingénuo IV
O empirismo ingénuo baseia-se no pressuposto de que podemos adquirir conhecimentos directamente através da experiência, isto é, que podemos conhecer a realidade sem qualquer teoria prévia, analisando apenas o que a realidade nos diz. Se adoptarmos esta perspectiva, a experiência de uma crise económica permite-nos adquirir conhecimento directamente. E que conhecimento é esse? Aparentemente, a crise mostra que todas as opções políticas que, no imaginário da esquerda, se tomaram antes da crise estão erradas. A crise serviria para refutar o neo-liberalismo, a desregulação etc. Seria também um sinal de que as teses socialistas de controlo da economia pelo Estado estão certas. Os liberais, por não aceitarem estas ilações, seriam uns dogmáticos que não reconhecem as evidências. Claro que o problema do empirismo ingénuo é que a realidade não fala. Tem que ser interpretada, e para isso são necessários sólidos conhecimentos teóricos sobre economia. Quem os tem corre o risco de passar por dogmático. Quem os não tem sente-se em contacto directo com a verdade.

Isso. Redimes-te com cada posta 🙂
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Esta foi dedicada aos Ladrões de bicicletas, não foi?
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Goldman-Buffett:
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http://www.reuters.com/article/newsOne/idUSTRE48N7NB20080924?pageNumber=1&virtualBrandChannel=0
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e o ambiente:
–
.Rublo-ouro.
.Transferencia massiva da Riqueza e Propriedade da Economia para as Finanças, cartel bancário e cartel governamental (vidé exemplo de Portugal, santa aliança Socialismo/Capitalismo Selvagem, penhoras bancárias de Habitação e Penhoras Fiscais).
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.Colapso do Dolar ?
.Instabilidae social nos EUA e lei marcial ?
.Riscos de complicações no federalismo nos EUA, memo Uniao Sovietica ?
.Fraude Financeira Histórica dos grandes especuladores mundiais nos Derivados e mercado de futuros versus FBI ?
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“Aparentemente, a crise mostra que todas as opções políticas que, no imaginário da esquerda, se tomaram antes da crise estão erradas. A crise serviria para refutar o neo-liberalismo, a desregulação etc.”
Pelo contrário o JM acha que as opções tomadas antes da crise estão certas e a crise serve para refutar o socialismo, a regulação, etc.
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««Pelo contrário o JM acha que as opções tomadas antes da crise estão certas e a crise serve para refutar o socialismo, a regulação, etc.»»
O melhor é ler o que o JM escreveu em vez de lhe atribuir aquilo que ele não escreveu.
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“Tem que ser interpretada, e para isso são necessários sólidos conhecimentos teóricos sobre economia.”
Não está a falar de si próprio, está, senhor investigador em biotecnologia (seja lá o que isso quer dizer)?
Devia informar-se melhor. Há inúmeros economistas insuspeitos de serem de esquerda que já defendem que o sistema vigente não pode ser mantido.
Antecipando a sua pergunta “Quais?” eu respondo-lhe com uma resposta tipicamente sua: “Informe-se que eu não tenho nada que o educar.”
Ele há com cada um…
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“««Pelo contrário o JM acha que as opções tomadas antes da crise estão certas e a crise serve para refutar o socialismo, a regulação, etc.»»
O melhor é ler o que o JM escreveu em vez de lhe atribuir aquilo que ele não escreveu.”
Parece que o JM não gosta quando lhe mandam postas à JM.
É mesmo só rir. Já disse que adoro vir aqui? 😀
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O pior do JM é quando se põe a filosofar e apresentar como certezas aquilo que em boa filosofia são apenas meras suposições.
Coerência filosófica é coisa que não conhece, adoptando sempre a perspectiva que melhor serve os seus interesses no momento.
Porquê que o JM não se limita a comentar gráficos e deixa a filosofia para os filósofos?…
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Empirismo – O termo tem a sua origem no grego empeiria, que significa “experiência” sensorial. O empirismo é considerado uma doutrina relativa à natureza do conhecimento. Restringiu-se amiúde o termo “empirismo” à filosofia clássica moderna, contrastando-se o “empirismo inglês” (Francis Bacon, Hobbes, Locke, Berkeley, Hume) com o “racionalismo” (Descartes, Malebranche, Spinoza, Leibniz, Wolff). De um modo geral, o empirismo defende que todas as nossas ideias são provenientes de nossas percepções sensoriais (visão, audição, tacto, paladar, olfacto). Por outras palavras, ditas por Locke: nada vem à mente em ter passado pelos sentidos.
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A tese fundamental de Hume é que a relação de causa e efeito nunca pode ser conhecida a priori, isto é, com o puro raciocínio, mas por experiência. As causas e os efeitos podem-se descobrir não pela razão, mas pela experiência, e todo o efeito é um acontecimento distinto da sua causa. Há uma diferença entre significado e referente. Na teoria da gravidade só temos o significado sem o referente. O efeito é observável mas a causa não o é. A causa é o hábito que pode ser conhecida – ainda que inobservável – por raciocínio indutivo, porém nunca se poderá estabelecer a partir daqui um principio, apenas hipóteses.
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“O melhor é ler o que o JM escreveu em vez de lhe atribuir aquilo que ele não escreveu.”
Ora o que o JM escreveu foi:
“Aparentemente, a crise mostra que todas as opções políticas que, no imaginário da esquerda, se tomaram antes da crise estão erradas. A crise serviria para refutar o neo-liberalismo, a desregulação etc.”
e eu esqueci-me do “aparentemente”
Portanto refraseando:
Aparentemente, a crise mostra que todas as opções políticas que, no imaginário do JM, se tomaram antes da crise estão certas. A crise serviria para reafirmar o neo-liberalismo, a regulação etc.
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o João Miranda está convencido que tem sólidos conhecimentos de economia. Essa prosápia fica-te mal. De resto, acho que está mais que provado que a esquerda conhece bem melhor os meandros do mercado que a direita.
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Claro que a realidade existe e é independente das nossas observações. É verdade que enquanto o romântico utiliza linguagem poética, o cientifico utiliza a matemática. Mas não é menos verdade que as ambos a descrevem apenas. Na verdade os objectos são apenas representações na retina de cada um de nós, por isso nunca chegamos á verdade , apenas a descrições. Quer dizer, o mundo está diante de nós , mas as descrições não estão.
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Só as frases podem ser verdadeiras. Somos nós humanos que fazemos as verdades ao fazermos linguagens. É que a linguagem não é apenas algo entre nós e a realidade, é também uma conveniência para explicar o mundo, já que o mundo não fala, somos nós que falamos.
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É pá, lá tenho de fazer a pergunta básica:
Mas o que é que a finança tem a ver com o que os liberais ou a esquerda proselita?
Acaso não são muitos dos grandes magnatas da finança apoiantes do Obama?
Está tudo passado. A puta das ideologias do PREC nunca acabará em Portugal.
Como não conhecem os problemas, transformam o maior crash mundial numa crise de ideologias.
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Eis o que diz o JM: «Claro que o problema do empirismo ingénuo é que a realidade não fala. Tem que ser interpretada, e para isso são necessários sólidos conhecimentos teóricos sobre economia. Quem os tem corre o risco de passar por dogmático. Quem os não tem sente-se em contacto directo com a verdade.»
Eis a especialização do JM na sua faculdade:
http://www.fe.up.pt/si/funcionarios_geral.FormView?P_CODIGO=420666
Portanto, como não tem sólidos conhecimentos teóricos de economia, sente-se em contacto directo com a verdade.
Ahhhh!!
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É que é só asneira. Falam disto como falariam de um mau ano vinícula.Uma treta. Sempre o mesmo esquematismo mental; a mesma grelha pronta a servir para tudo.
Tanto vale esta cena das improbabilidades de previsão para um crash da finança como para a polícia quando tem de actuar e nunca poderá saber se o bandido não é um inocente, ou o aquecimento mundial.
O JM especializou-se num esquema universal que invalida compreender-se o que quer que seja e que funciona sempre para qualquer assunto.
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“Descasca-se” o esquema e basta ir procurar posts sobre os mais variados assuntos que ele está lá. Sempre igual a si próprio. Sempre eficaz para não dizer nada, nem saber nada, nem precisar de conhecer o assunto acerca do qual se opina.
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É chato mas é verdade- é pura cientoinice.
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Na silly season foi com este mesmo esquema que provou que não se poderia saber se havia ou não havia aumento da criminalidade.
É mesmo um esquema multi-usos.
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Na rentrée pega no esquema para provar que nunca se poderá provar nada acerca do funcionamento da finança e de um crash que ele nem sabe ainda que é crash.
Ainda vai na fase da “crise”. O progresso acerca do “objecto de estudo” é que há uns meses atrás, em plena crise, ainda era mais um natural ciclo das leis da economia. As mesmas que governam os planetas e explicam a História e até a Reforma.
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E tudo lei e electricidade. A`Lenine.
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<>
Parabéns. Raramente vejo um blogger fazer auto-crítica. Sei que é um exercício marxista mas Marx ainda vive no coração dos liberais.
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ahahaha, grande boca.
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“Só as frases podem ser verdadeiras.”
Só o espírito pode conhecer a Verdade.
Bem-haja!
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Eu penso que quem têm sólidos conhecimentos teóricos de seja do que fôr e não os confronta de tempos a tempos com as mudanças ocorridas na realidade ( e as aceita) corre também um sério risco de ser mesmo dogmático. Teorias são só uns óculos para ler a realidade , mas de vez em quando convém mudar as lentes pois as diópterias podem já não ser as adequadas. Tem de haver sempre um vaivém contínuo entre as teorias e a realidade. Actualizar as ideias , aceitar que a realidade é cada vez mais mutável e que todas as teorias são insuficientes para explicar a acção humana dado as infinitas variáveis em jogo é o melhor seguro contra dogmas .
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Se as pessoas que têm os tais sólidos conhecimentos de economia se podem considerar como “especialistas” seria conveniente confrontar esta opinião do JM acerca destes, com o que escreveu num comentário a um post anterior, no qual os subestimava completamente
E esta posição vem confirmar plenamente, o comentário nª 8 a este post
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