Manuela Ferreira Leite ainda está em liberdade. Como você costuma dizer, o liberalismo concede liberdade para exprimir as suas opiniões mas não assegura simpatia pelas mesmas. O problema da linha argumentativa de MFL é que é um beco sem saída, a não ser que considere mesmo a possibilidade de suspender a democracia. Mesmo se o que ela disse for verdade – e você não demonstra que é verdade com 30 anos da prática politica portuguesa – o que interessa é encontrar meios de ultrapassar esse problema em democracia.
É incrível como os media querem continuar a deturpar o que Manuela Ferreira Leite diz, e com isso tentar descridibiliza-la e até, ridiculariza-la. O que a líder do PSD disse, e bem, foi que “não se pode hostilizar uma classe profissional para de seguida ter a opinião pública contra essa classe profissional e então depois entrar a reformar”.
Ora isto é exactamente o que o governo do PS está a fazer. Como sabe que as suas más reformas, vão ser contestadas pelas classes profissionais, Sócrates tenta denegrir a imagem destas na opinião pública, para depois os restantes portugueses ficarem de lado dele.
Para implementar reformas na Justiça, tentou fazer crer que o que estava mal eram os juízes e as suas férias compridas. Nada mais errado e ridículo. A fraca justiça tem a ver com tudo menos com a performance dos juízes.
Para implementar reformas na Educação, tentou fazer crer que o que estava mal eram os professores e a sua avaliação. Nada mais errado e ridículo. A fraca educação tem mais a haver com o facilitismo do que com o desempenho dos professores.
As palavras de MFL foram irónicas, no sentido de criticar a forma como Sócrates tem governado, e a maneira que tem adoptado para implementar as diversas reformas. Mais uma vez, a comunicação socratiana vem tentar arranjar um problema onde ele não existe, aproveitando para fugir á questão central… a forma errónea como este governo reforma.
ó Luis Melo toda a gente ouviu as palavras de MFL e como ela disse o que disse. Escusam de pensar que as pessoas são todas burras. É que quando tentam explicar o que ela disse ainda é pior pois toda a gente pode ouvir o original. Não existe só transcrito. Existe a imagem e o som.
Manchado, na minha opinião, pela qualificação do Sócrates como o PM mais reformista dos últimos 15 anos (se bem que, considerando as reformas nos últimos 15 anos, não é difícil chegar ao topo da tabela classificativa). Anunciar reformas, tal como anunciar investimentos ou benefícios fiscais para carrinhos a pilhas que ainda não existem, é uma coisa. Proceder a reformas é outra coisa completamente distinta…
Imperfeito, de facto: “Hugo Marçal, arguido do processo de pedofilia da Casa Pia, acusado de 36 crimes de lenocínio e abusos sexuais, está há mais de um ano a trabalhar numa Escola Básica em Elvas”, Sol
Até parece que nas ditaduras não fica tudo ao serviço da requiza pessoal dos ditadores, respectivas famílias e grupos de interesses que o suportam… Até parece que a fortuna da famílias Pinochet os da Emelda Marcos foi conseguida pelo mérito e inteligência… Francamente! O problema de Portugal é outro: tem a haver com as pessoas e com as “élites”. psicanalises.blogspot.com
A tese tem um pequeno problema. A democracia continua a ser o regime mais bem sucedido nos planos económico e social um pouco por todo o mundo. E países há que conseguem implementar reformas bem mais difíceis do que aquelas que o governo de Sócrates procurou fazer. Pelo que o enfoque na natureza do regime, que o JM tenta legitimar através deste seu artigo, assemelha-se à tentativa de se matar uma mosca com um canhão. O problema é meramente paroquial e reside na democracia portuguesa ou, se quisermos, no regime pós-25 de Abril, e mais precisamente, na incompetência que o tem distinguido. Para tal, a filosofia política não é chamada ou, sendo-o, explica muito pouco.
«A segunda noção – de que as democracias são presas mais fáceis dos interesses particularistas do que as ditaduras – é igualmente problemática. Ela esquece que, nas ditaduras, o interesse mais particularista de todos e que tem ao mesmo tempo maiores probabilidades de vingar sem qualquer controlo é, claro, o do próprio ditador. Nada substitui a democracia como método de controlo desse potencial predador em que qualquer governante se pode transformar.»
Manuela Ferreira Leite ainda está em liberdade. Como você costuma dizer, o liberalismo concede liberdade para exprimir as suas opiniões mas não assegura simpatia pelas mesmas. O problema da linha argumentativa de MFL é que é um beco sem saída, a não ser que considere mesmo a possibilidade de suspender a democracia. Mesmo se o que ela disse for verdade – e você não demonstra que é verdade com 30 anos da prática politica portuguesa – o que interessa é encontrar meios de ultrapassar esse problema em democracia.
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“Nas ditaduras não são permitidas críticas ao ditador nem ao seu regime. As democracias não são muito diferentes. Também têm os seus tabus.”
AhAhAh !
Então a PIDE era uma gestora de tabús ?
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JM,
Disse. Bem dito. Sem a sua “desejada” polémicazinha de Blasfémias.
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Artigo excelente, como já disse alhures.
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É incrível como os media querem continuar a deturpar o que Manuela Ferreira Leite diz, e com isso tentar descridibiliza-la e até, ridiculariza-la. O que a líder do PSD disse, e bem, foi que “não se pode hostilizar uma classe profissional para de seguida ter a opinião pública contra essa classe profissional e então depois entrar a reformar”.
Ora isto é exactamente o que o governo do PS está a fazer. Como sabe que as suas más reformas, vão ser contestadas pelas classes profissionais, Sócrates tenta denegrir a imagem destas na opinião pública, para depois os restantes portugueses ficarem de lado dele.
Para implementar reformas na Justiça, tentou fazer crer que o que estava mal eram os juízes e as suas férias compridas. Nada mais errado e ridículo. A fraca justiça tem a ver com tudo menos com a performance dos juízes.
Para implementar reformas na Educação, tentou fazer crer que o que estava mal eram os professores e a sua avaliação. Nada mais errado e ridículo. A fraca educação tem mais a haver com o facilitismo do que com o desempenho dos professores.
As palavras de MFL foram irónicas, no sentido de criticar a forma como Sócrates tem governado, e a maneira que tem adoptado para implementar as diversas reformas. Mais uma vez, a comunicação socratiana vem tentar arranjar um problema onde ele não existe, aproveitando para fugir á questão central… a forma errónea como este governo reforma.
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ó Luis Melo toda a gente ouviu as palavras de MFL e como ela disse o que disse. Escusam de pensar que as pessoas são todas burras. É que quando tentam explicar o que ela disse ainda é pior pois toda a gente pode ouvir o original. Não existe só transcrito. Existe a imagem e o som.
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Um artigo interessante.
Manchado, na minha opinião, pela qualificação do Sócrates como o PM mais reformista dos últimos 15 anos (se bem que, considerando as reformas nos últimos 15 anos, não é difícil chegar ao topo da tabela classificativa). Anunciar reformas, tal como anunciar investimentos ou benefícios fiscais para carrinhos a pilhas que ainda não existem, é uma coisa. Proceder a reformas é outra coisa completamente distinta…
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“qualificação do Sócrates como o PM mais reformista dos últimos 15 anos”
De facto, Sócrates é o campeão de um campeonato miserável:
1. Guterres é um frouxo.
2. Durão é um saltitão.
3. Flopes é um flop.
4. Sócrates é um propagandista.
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ainda não chegou o natal e já
os banqueiros cantam o “jinglebel”
jinglebel! jinglebel!
já não há “papel”
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O que é fantástico á algumas figurinhas tentarem explicar aquilo que todos ouvimos da boca da MFL. Quando é preciso explicar…
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Imperfeito, de facto: “Hugo Marçal, arguido do processo de pedofilia da Casa Pia, acusado de 36 crimes de lenocínio e abusos sexuais, está há mais de um ano a trabalhar numa Escola Básica em Elvas”, Sol
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Até parece que nas ditaduras não fica tudo ao serviço da requiza pessoal dos ditadores, respectivas famílias e grupos de interesses que o suportam… Até parece que a fortuna da famílias Pinochet os da Emelda Marcos foi conseguida pelo mérito e inteligência… Francamente! O problema de Portugal é outro: tem a haver com as pessoas e com as “élites”. psicanalises.blogspot.com
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Já tiha lido e gostei muito. Para dizer a verdade, não leio nenhum outro colunista do DN a não ser o João. Os outros são muito chatos.
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A tese tem um pequeno problema. A democracia continua a ser o regime mais bem sucedido nos planos económico e social um pouco por todo o mundo. E países há que conseguem implementar reformas bem mais difíceis do que aquelas que o governo de Sócrates procurou fazer. Pelo que o enfoque na natureza do regime, que o JM tenta legitimar através deste seu artigo, assemelha-se à tentativa de se matar uma mosca com um canhão. O problema é meramente paroquial e reside na democracia portuguesa ou, se quisermos, no regime pós-25 de Abril, e mais precisamente, na incompetência que o tem distinguido. Para tal, a filosofia política não é chamada ou, sendo-o, explica muito pouco.
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Os dados empíricos desmentem as afirmações do João Miranda.
O Pedro Magalhães fala sobre esse assunto no seu último texto no público, disponível aqui:
http://www.outrasmargens.blogspot.com/
Um excerto do texto:
«A segunda noção – de que as democracias são presas mais fáceis dos interesses particularistas do que as ditaduras – é igualmente problemática. Ela esquece que, nas ditaduras, o interesse mais particularista de todos e que tem ao mesmo tempo maiores probabilidades de vingar sem qualquer controlo é, claro, o do próprio ditador. Nada substitui a democracia como método de controlo desse potencial predador em que qualquer governante se pode transformar.»
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Caro Alfredo,
Que afirmações minhas é que os dados empíricos desmentem? É que eu faço muitas, e nenhuma delas é desmentida pelos dados do Pedro Magalhães.
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