Alimentar o desastre
O governo norte-americano resolveu «salvar» mais um banco, desta vez, o Citigroup. As perdas que os contribuintes norte-americanos vão assumir são colossais. Sem quaisquer garantias. E atendendo à situação do banco e ao volume dos produtos tóxicos que aquele banco possuiu (na casa dos 3 «trilions» de dólares), o mais natural será que daqui a meia dúzia de dias seja necessário nova intervenção, numa espiral imparável. Pelo menos até o FED dar o berro.
Do verdadeiro interesse dos contribuintes, do mercado e da economia em geral, seria deixar cair o que tivesse de cair, dividindo aquele monstro em pedaços, desfazendo-se da porcaria e vendendo os activos saudáveis.
Mas não será isto que acontecerá. A nova administração prepara, também ela, novos «bailouts» e plano colossais de emissão de dívida e manipulação do mercado, seja em favor dos construtores de automóveis, seja para quaisquer outras empresas ou sectores do top 500 que se apresentem de chapéu na mão. Até um dia…..

Primeiro deflação, que já está a ocorrer, e num futuro próximo (hiper)inflação? A receita preconizada pelo Barroso é idêntica aqui para este lado do Atlântico. Comprem ouro e yuans e encham o armário com conservas…We’re in for a bumpy ride.
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E o mundo assiste a tudo isso impávido e com uma serenidade diabólica.
A “receita milagrosa” Keynesiana parece ser a mesma para todo o lado e ninguém se insurge desde aqueles que agora nos dizem que isto é o verdadeiro mercado a funcionar ao que sempre acharam que o estado deve intervir em todo o que mexe.
A crise vai ser difícil de ultrapassar ( já sabíamos) e com tendência a ser bem longa(dado os indícios que nos são apresentados).
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Bom não posso dizer que não tenha razão, mas coloco uma questão…
O que se devia fazer, deixar cair e partir em pedaços ???
no fim quem se lixa é sempre o mexilhão meu caro, seriam milhares de familias no desemprego e sem susrento, não só as do banco como todas a outras indirectamente ligadas, é isso que voce queria, se o seu posto de trabalho dependesse de tal facto, certamente não falaria assim.
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Gabriel Silva, se me permite deixo-lhe o link de um blog( do qual não tenho qualquer ligação ) absolutamente essencial para se perceber o que se passou e anda a passar.
Merece leitura obrigatória (tenho-o como inprencidivél +- desde inicio do ano – altura em que o “descubri” )
E e se me permite,uma chamada de atenção no próprio blasfémias seria apenas um verdadeiro serviço público).
http://cincopesosdedoisquilos.blogspot.com/
o blog terminou esta semana..merece leitura dos arquivos..e está lá o endereço daquilo que parece ser o seu “sucessor”
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* inprencidivél deve ler-se imprescindível e “descubri”_descobri…
se virem outros não se dêem ao trabalho 😉
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Xman,
sim, seria uma crise, séria e com bastante desemprego temporário. Mas permitira limpar do mercado as empresas mal preparadas e ineficientes. Salvaguardava as boas empresas que tomariam o lugar e quota das eliminadas, e o esforço dos contribuintes seria destinado a apoiar temporariamente socialmente os mais necessitados, certamente em valor muitissimo inferior ao que agora tem sido chamados a suportar. Feito o reajuste do mercado, a economia estaria mais saudavel e pronta a recuperar.
Certamente tal custaria muito menos do que tem vindo a ser gasto, não se introduziram mecanismos que vão pesar sobre gerações futuras, não se fomentaria a sobrevivencia de empresas ineficientes, não se prejudicariam empresas saudáveis por concorrencia desleal, não se aceitariam mecanismos limitadores da liberdade individual e empresarial, não se destruiria valor monetário, não se manipulariam as condições de mercado. Só vantagens.
ou acha que este modelo que tem vindo a ser seguido, de utilizar montantes clossiais dos contribuintes não vai gerar também ele «milhares de familias no desemprego e sem sustento»? O problema é que tal modelo destroi qualquer hipótee de quando necessário as poder ajudar pois que o dinheiro não é elástico, e destroi as hipóteses de o mercdo se reajustar por si mesmo, o que convenhamos é mais criador de riqueza do que qualquer planeamento centralizado o qual, comprovadamente, conduz apenas á miséria..
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Sem duvida, tal como já referi até concordo em grande parte consigo, no entanto considero que talvez medidas radicais possam ser catastróficas, por isso talvez uma tentativa de corrigir gradualmente e progressivamente pudesse suavizar a transição, mas talvez isso já não seja possivel na conjutura actual e solução possa passar pelo que sugere.. talvez !!
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mas com incertezas de “talvez não resolvemos nada, e sim com acções concretas.
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Evidentemente, que este furor de nacionalizações dos mega-prejuízos vai ter que ser pago. E vai ser pago por aqueles que agora tem 5 ou 10 ou 15 anos.
Que culpa têm as crianças? Nenhuma. Mas, vão pagar os bolsos cheios de Buffett, Soros, Botin ou Amorim.
É a vida. A civilização ocidental viveu durante muito tempo na “economia virtual”. Pouco trabalho, muitas férias, muitas mordomias.
Ainda há dias, veio à tona um pormenor, os 3 CEO’s da Chrysler, GM e FORD, foram a Washington nos seus “corporate jets” pessoais, onde pernoitaram em hotéis de 5 estrela,s tendo como objectivo pedir um bailout de 25 biliões de dólares!!!
Querem o quê? A continuar esta “festa” está a aparecer por aí, um novo Robespierre, que cortará cabeças como quem corta manteiga!
Não há volta a dar. A banca bem tenta limpar o lixo para debaixo do tapete…..mas o lixo é tanto! E as mordomias continuam.
Declaração de interesses: nunca tive qualquer admiração pro Engels ou sequer por Marx.
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E o nosso Ministério Público não poderia decretar a prisão preventiva de uma dúzia de marmanjos da alta finança para melhor apuramento de responsabilidades? Creio que do ponto de vista formal seria uma decisão muito fácil e, pelo menos, era um “aviso à navegação”. Seguramente que esses marmanjos iriam começar a contar coisas muito interessantes. Não há na PJudiciária uma equipa para os delitos do colarinho branco? Porque espera?
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SIM SENHOR!
Esta é que é mesmo uma posta bem desarrincada.
A nova Administração americana parece que vai convidar o autor da posta para chairman da Reserva Federal.
Há gente com cada ego!…
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é da maneira , consolem-se profetas do apocalipse , que o interior fica logo superlotado e a agricultura volta a estar na berra. haja sementes.
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“A receita preconizada pelo Barroso é idêntica aqui para este lado do Atlântico. Comprem ouro e yuans e encham o armário com conservas…”
Mas o Barroso tem alguma receita?
Francamente! se aquilo é receita vou já mudar de medicamento!!
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12., eu por mim tenho um bom pedaço de terreno que vou amanhar entretanto…Boa sorte para o pessoal da cidade.
Agora mais a sério, para o Alex do 11.: Faber on TARP: ‘the best option is to do nothing’. Recomendo-lhe também ler/ver o que andam a dizer Ron Paul, Jim Rogers, Peter Schiff, Max Keiser, etc. É sempre bom conhecer várias perspectivas, a menos que sejamos como a Ministra da Educação.
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Parece que o Joseph Stiglitz também não acha muita piada ao bailout.
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“O que se devia fazer, deixar cair e partir em pedaços ???”
Sim, deixar os Bons apanhar os bocados que valham alguma coisa. E quem foi incompetente ser punido.
Isto é o apogeu do Governo Sem Dôr – típico do Socialismo Democrático/Social Democracia , o Governo em que ninguém sofre as consequências dos seus actos e onde todos são comprados por uma burocracia Estatizante com os Governos a aumentarem o Estado para 50% da economia(quando Keynes andava por cá o Estado era 20-30%)…
A mesma mentalidade que faz não haver chumbos na Escola é a mesma que faz não haver Bancarrotas. 0(zero) falhas.
Todos somos salvos por uma mão paternal e protectora. Mentira! o pagamento vem mais tarde.
Agora esperem os lindos resultados do Estado ter 60% da economia(incluíndo a dívida).
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Não foi com este Citigroup que Manuela Ferreira Leite negociou a titularização das dívidas ao fisco?
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Se foi, será considerada um “activo tóxico” ?
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mais do mesmo …
é um gigantic bailout que se vê para a economia mundial
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