Pouco mais do que ladrões de automóveis
O artigo de hoje de Vítor Malheiros no PÚBLICO reduz o Hamas a uma espécie de ladrões de automóveis, malfeitores que incomodam a vizinhança.
«Imagine-se que o gigantesco Bairro da Cova da Burra, aqui nos arredores de Lisboa, se tinha transformado no coito do pior tipo de malfeitores, num daqueles bairros de lata impenetrados pela polícia. Imagine–se que a violência tinha invadido o quotidiano do bairro, dominado por um gang cujos elementos, com a impunidade garantida pela força, saíam de vez em quando para atacar e roubar os pacatos cidadãos dos bairros limítrofes. Carjackings e assaltos a residências, à mão armada, tinham-se tornado frequentes. E alguns dos assaltos tinham-se mesmo saldado por mortes. Num ano já tinham morrido seis pessoas na sequência destes assaltos.»
Mas imaginemos então que os ditos ladrões de automóveis se transformavam num partido, devidamente apoiado por outros países, e que passavam a ter como programa além de roubar automóveis exterminar os vizinhos, os portugueses por exemplo, cujo direito à existência não reconhecem. Imagine-se que por desfastio dos roubos dos automóveis, mandavam jovens, mulheres e crianças para se fazerem explodir nas ruas, nas escolas, nos supermercados, nos cinemas dos vizinhos… Podia até ser em Lisboa, ali para as bandas das Picoas e todos os dias os ditos portugueses esperavam que os ladrões de automóveis que também governam um território não os matem num atentado.
Nesta fase os ladrões de automóveis-governantes já esqueceram de roubar automóveis propriamente ditos a não ser que sejam as ambulâncias que usam para transportar explosivos. Os ladrões de automóveis-governantes andam tão ocupados que não têm tempo de governar no sentido mais comum da palavra. O seu povo depende quase absolutamente da ajuda estrangeira e curiosamente do próprio povo que pretendem exterminar mas a cujos hospitais não raramente têm de recorrer.
Seria bom que o Hamas fosse um caso de polícia. Simples delito comum. Não é.

“Seria bom que o Hamas fosse um caso de política”
não será “caso de polícia”.
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Corrigido
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Oh o Vitor Malheiros que destruiu os Forums do Público há uns anos quando a coisa não lhe começou a correr de feição…
Mais uma vez um palerma de um jornalista não percebe as vidas que foram salvas pelos sistemas de aviso e pelo socorro atempado nem as palestinianas que foram postas em risco pelo Hamas, o que desde há anos é incentivado pelo comportamente de jornalistas como Vitor Malheiros. E talvez queira a polícia a entrar na Cova da Moura contra RPG-7’s, Mísseis anti-tanque, minas e cargas explosivas de 100kg enterradas na estrada. E homens bomba e escudos humanos. Patético. É só imaginar num raio de 15km ou 20km, este ano já aumentado para os 40km os Lisboetas, Sintrenses e outros irem para os abrigos centenas de vezes para o senhor Vitor Malheiros poder dizer: só há seis baixas…
Um caso de polícia: http://www.weaponsurvey.com/missilesrockets.htm
Morteiros, Mísseis e rockets Palestinianos.
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A esquerda europeia só é romântica até ter as suas famílias visadas.
Nessas alturas costumam esperar pela ajuda americana.
O modo como os membros do Hamas se escudam com a população civil é criminoso. Mesmo assim esperemos que a limpeza desses terroristas seja o mais eficaz possível. Assim se combate o terrorismo fundamentalista internacional.
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Um “coito” “impenetrado”? Que raio de forma de escrever…
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Estupidez, ignorância,má fé ou ,simplesmente ,um escriba-lacaio pago por quem de direito?…
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Bem na fase de roubos de automóveis e assaltos julgo que ninguém pode negar.O resto virá naturalmente.Quando é necessário arranjar mais uns empregos para uns “intermediários”, animadores culturais, sociólogos arranjam-se uns falsos arrastões e chove dinheiro sobre o assunto como no BCP e BPP…
Maravilhosas leis de imigração e nacionalidade que de repente transformam um habitante duma selva longínqua num cidadão nacional cheio de direitos… e nenhuns deveres…
Se a coisa ainda não é como o jornalista descreve deixem que uma estrutura de mando se instale e depois verão.Ou será que a acção policial se exerce como no restante espaço nacional?
Donde vêm as armas automáticas?De que vivem?Como se multiplicam?Arranjaram um belo futro para os vossos filhos…
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Mas não é. Aliás há 25 anos começou por sede uma espécie de rede de solidariedade social, bem vista e apoiada por Israel, que os sabia serem muito diferentes da Fatah. Íntegros e não corruptos, por exemplo. Procurem bem nos arquivos.
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Podia até ser em Lisboa, ali para as bandas das Picoas
E se, colateralmente, acertassem na Rua Viriato o Malheiros mudava logo ou de emprego ou de opinião.
Como jornalista não deve ser levado a sério.
No mesmo registo a notícia da morte do Kuku (de que fiz eco no meu blog) também classifica exemplarmente os jornalistas do Público.
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Imaginem então que este caso se passava aqui ao lado, entre os espanhóis e a ETA. Que um partido ligado a esta tinha subido ao poder. Como responderia a Europa e pessoas civilizadas como a Helena se o Estado espanhol desatasse a bombardear áreas densamente povoadas, matando etarras mas também mulheres e crianças, a privar de água e electricidade centenas de milhares de civis, etc, etc?
Pois é. desde que de um lado não estejam os maltrapilhos dos árabes, já tido parece diferente.
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“Como responderia a Europa e pessoas civilizadas como a Helena se o Estado espanhol desatasse a bombardear áreas densamente povoadas, matando etarras mas também mulheres e crianças, a privar de água e electricidade centenas de milhares de civis, etc, etc?”
Luis, para a situação poder ser considerada semelhante, muitas coisas teriam que acontecer. Primeiro, os etarras teriam que matar indiscriminadamente (inocentes, de preferência), enviar diariamente dezenas de mísseis para o resto de Espanha, andar livremente armados em território espanhol, terem o poder de facto, o exército e a polícia de Espanha teriam sido expulsos das zonas em causa, usariam espanhóis como escudos humanos, igrejas e hospitais como quarteis disfarçados, ambulâncias como equipamento de transporte de armas, queixar-se-iam de manhã à noite de Espanha e prometeriam dia sim dia não matar todos os espanhóis.
Como é óbvio, nenhuma região de nenhum país europeu chegaria sequer perto disso. Se chegasse, haveria guerra civil.
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El Rey pide un alto el fuego “inmediato” en Gaza
Don Juan Carlos expresa su “honda preocupación” por la situación en Oriente Próximo
mais um que aderiu ao BE!
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#11- JCD- é mesmo isso; mas nem toda a gente tem capacidade de entender…
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Pois eu não entendo um paralelismo do JCD:
“Andar livremente armados em território…”o exército e a polícia de … teriam sido expulsos das zonas em causa
Para o JCD a Faixa de Gaza é território israelista? Shalom,JCD.
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“Para o JCD a Faixa de Gaza é território israelista? Shalom,JCD.”
O Hamas não é governo legítimo e desde Junho de 2007 que não estão autorizados a usar armas pela autoridade palestiniana. A milícia armada é ilegal.
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JCD 15.
Completamente de acordo. Mas não respondeu à pergunta. Para si Gaza é Israel? É o que se depreende do que afirmou antes. Se sim, Shalom JCd. Se não, saudações leoninas.
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Helena,
O Hamas é um gang perigosissimo.
Esta situação está a destapar um paradoxo: parece que neste momento o único estado que quer um estado palestiniano é Israel. O palestinianos ao apoiarem o Hamas está mais que visto que não querem. Neste momento, lutar contra o Hamas, é lutar por um estado palestiniano independente.
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Levy,
Acho que esgotaram as asas, lá para os lados do Grande Israel. Do Irgun à Mossad são todos uns santinhos, só querem bem aos palestinianos, e eles, mal agradecidos, não entendem. Alguém duvidará da boa vontade dos judeus ao analisar os factos desde 1947? (Honni soit qui mal y pense).
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#16
É claro que Gaza não é Israel; não consta, sequer, que Israel algum dia tenha afirmado que era. Com efeito:
– não há declaração de anexação;
– em 1994, passou a respectiva administração para a autoridade palestiniana;
– em 2005, retirou-se completamente.
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