Perder a cabeça:
28 Janeiro, 2009
Mário Crespo para Silva Pereira:
«- O tio era, ou não, tio do Primeiro-Ministro?
– O tio era… Está-me perguntar se o tio era, ou não, tio do Primeiro-Ministro?!
– Era ou não? Ou não? É?…
– Ó Mário Crespo… Está-me a desiludir profundamente…
– Temos casos… Desculpe, desculpe…
– Está-me a perguntar se o tio era tio, e se a prima era prima…
– Não, não… Não brinque com palavras comigo que eu não brinco com certeza.»
(via Valupi, recomendando-se todo o texto)
30 comentários
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Há cabeças sem miolos.
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De vitória em vitória até à derrota final, e ó mais meteram lá muita massa dos contribuintes quando já todos sabiam da falência anunciada, arranham o inglês técnico mas não toscam o alemão.
Vão em breve precisar de muitas aspirinas b, c e quejandas.
Talvez os vermes como o menezes dótor e o freitas os safe pela calada da noite.
A Qimonda Portugal reduziu em 75% a produção para esta semana. A multinacional alemã que, na sexta-feira, se apresentou à insolvência, prevê já despedir até Março mil trabalhadores na casa-mãe, em Dresden, segundo o “Jornal de Notícias”.
“Já há gente a chorar. Há duas semanas, tínhamos uma produção de 14 milhões de chips por semana. Ontem [anteontem] recebemos a alteração: esta semana passa para quatro milhões”, explicou ao jornal um dos trabalhadores da Qimonda, sob anonimato.
Em Vila do Conde, a fábrica, a maior unidade de montagem e teste de memórias da Europa, que tem na Qimonda AG o seu único fornecedor e cliente, poderá ter em risco imediato mais de mil trabalhadores, entre temporários e contratados a prazo.
Os cortes na produção em Portugal são confirmadas pelo Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Eléctricas do Norte e Centro (STIENC), que ontem se reuniu com delegados sindicais. Também a deputada do BE, Alda Macedo, ouviu o mesmo dos trabalhadores, ao final do dia.
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O facto de Pedro Silva Pereira ter usado uma entrevista que lhe era feita a ele para defender terceiros, demonstra já bem a gravidade do rombo que este “Freeportgate” infligiu no casco governamental.
A entrevista foi defensiva e mostrou até que ponto o “verniz postiço” de Silva Pereira estalou quando se fizeram perguntas incómodas.
Como Mário Crespo é um senhor e não precisa de bajular ninguém porque é um homem com imenso valor e qualidade, fez as perguntas que devia fazer e prestou um serviço público numa televisão privada.
http://sic.aeiou.pt/online/video/informacao/mariocrespoentrevista/2009/1/ministrodapresidenciasobrecasofreeport.htm
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Oh Gabriel,
Mas, ainda mais confrangedor, foi ver o Edil de Gaia, Menezes, o Pediatra (que não exerce há 20 anos), eleito do Blasfemo (?) Amorim, veio pôr fim, finalmente, à mais miserável presença na sua vida política.
Finalmente, Menezes, Rest In Peace, in PSD.
Mandem o Menezes borda fora. Já!
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por acaso o pedro silva pereira não veio defender 3os..
ele era um dos secretarios de estado ligados ao ministerio do ambiente
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por falar em perder a cabeça:
Comissão Parlamentar
Deputado levou actas de reuniões, mas Dias Loureiro nega que existissem
Um deputado do Bloco de Esquerda levou hoje para a Comissão Parlamentar ao caso BPN actas de reuniões da administração do banco e da SLN, que detinha o banco, mas Dias Loureiro insistiu que esses documentos não existiam.
Sol
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“Um deputado do Bloco de Esquerda levou hoje para a Comissão Parlamentar ao caso BPN actas de reuniões da administração do banco e da SLN, que detinha o banco, mas Dias Loureiro insistiu que esses documentos não existiam”.
Basta ler “1984”, de George Orwell, para se perceber o que quer dizer o Dr. Manuel!
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Chamo a atenção para o equívoco que a Comunicação Social tem divulgado. O estudo não é da OCDE. É desenvolvido por um grupo de peritos “liderado por Peter Matthews” e segue os critérios (“metodologia e abordagem”) da OCDE. E foi solicitado pelo ME, que, para abonar a credibilidade, assegura que foi elaborado por uma equipa de peritos internacionais de independentes (para quê referir expressamente “independentes”?!). E baseia-se nas informações fornecidas pelo ME. Tudo isto se lê na página derosto do ME, de que transcrevo o seguinte: “Solicitado pelo Ministério da Educação (ME), este estudo corresponde a uma avaliação intermédia, realizada durante a fase de implementação das reformas, com o objectivo de verificar se as medidas desenvolvidas estão a atingir os resultados previstos e se as estratégias adoptadas devem ser ajustadas em função da experiência. Liderada pelo professor Peter Matthews, esta avaliação seguiu a metodologia e a abordagem que a OCDE tem utilizado para avaliar as políticas educativas em muitos países-membros, ao longo dos anos, com resultados positivos”. Abílio Carvalho
Já agora, quanto é que pagaram à equipa de Peter Mattews? Eu conheço a forma de trabalhar dos peritos internacionais. Actuam em rede e juntam-se por afinidades intelectuais e políticas. Oferecem os seus serviços aos Governos e às Organizações Internacionais Globalistas, como a OCDE.
Mais em : http://www.profblog.org/2009/01/o-relatrio-dito-da-ocde-foi-encomendado.html
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O Mário Crespo levou tanta porrada que no final já tinha pena dele. Sinceramente não sei o que é que o Gonçalo aqui em cima bebeu. As perguntas feitas ao homem não foi ele que as escolheu, será que esta evidência não está ao nível da escola primária? O Crespo foi incompetente até dizer chega, e ainda por cima o ministro preparadíssimo respondeu tudo tintim por tintim. Quando o Crespo meteu o pé na poça foi na sua pergunta idiotíssima sobre se era possível haver corrupção no governo, e sobre o tio se era tio ou não, sobre todas as questões que não eram nada relevantes sobre a questão que o levou a ser entrevistado, que era sobre a legalidade do processo FreePort.
Foi igual a ver o Titanic a afundar-se. Coitado do Crespo. Ainda por cima tinha uma lista tão fascinante…
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Mas afinal, as perguntas foram combinadas ou não? Se assim for, o Crespo cumpriu bem a parte dele.( Há contas a pagar ao fim do mês…)
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#3
“Como Mário Crespo é um senhor e não precisa de bajular ninguém porque é um homem com imenso valor e qualidade, fez as perguntas que devia fazer e prestou um serviço público numa televisão privada.”
Realmente fez as perguntas que se impunham. Todos estávamos ansiosos por saber se o tio era mesmo tio e se a prima era mesmo prima. E todos ficamos muito mais descansados por apurar que afinal ambos são mesmo originais. Não fora Mário Crespo, ainda haveria a suspeição de se tratarem de contrafações ou coisa parecida…
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Que me desculpem os jornalistas, mas parece que não há em Portugal quem saiba conduzir uma entrevista, fazer as perguntas certas, apanhar as contradições do entrevistado, etc…
A entrevista de ontem foi miserável. Mário Crespo deu todo o tempo de antena ao ministro para que este despejasse a cassete que trazia de casa e, no final da entrevista, certamente frustrado por ter levado uma lição de um clone de Sócrates, perdeu a cabeça. O que demonstra que não preparou a entrevista convenientemente – caso contrário, poderia ter colocado perguntas bem mais pertinentes – e que, depois de uma carreira longa, continua a deixar-se enganar pelo político mais amador.
Ninguém mostra entrevistas conduzidas por jornalistas ingleses nos cursos de jornalismo e na formação profissional a que os jornalistas da sic certamente terão acesso?
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José Barros disse
Tem razão.
No meu blog bem avisei para irem ver o Frost/Nixon para aprenderem, mas coitados alguns mal conseguem ler as legendas e devem ter desistido.
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O estado de nervosismo
revela-se em ínfimos pormenores,
a ausência de moralismo
resvala para comportamentos menores.
O insulto é diário
para a mais simples inteligência,
esta política de “aviário”
tresanda à mais pura prepotência!
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governo e ps insultam a minha inteligência
azares do PR com a corja politica
ex-ministro ligado ao bpn
pm ligado ao freeport
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Não sei que entrevista é que o Gonçalo (3) viu, mas lembre-se que então vai ter que defender Mário Crespo sempre, na tal televisão privada que é de um fundador do PPD/PSD. Mas é independente…porque foi bota-abaixo. Fosse ao contrário e o MC era serviçal.
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O Crespo não há meio de aprender, por mais que veja as entrevistas do “60 Minutos” da CBS.
Parecia o José Carlos Soares no Canal Benfica.
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Somos um povo imbecilizado e resignado, humilde e macambúzio,
fatalista e sonâmbulo, burro de carga, besta de nora, aguentando pauladas, sacos de vergonhas, feixes de misérias, sem uma rebelião, um mostrar de dentes, a energia dum coice, pois que nem já com as orelhas somos capazes de sacudir as moscas …’ Guerra Junqueiro escrito em 1886
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Estou no Brasil, mas a semelhança dos fatos é impressionante!!
Visitem meu blog: http://agrj.wordpress.com e se gostarem, divulguem ou insiram em sua lista de links!!
[]s
Dinho
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gostei e se regista o preciosismo de linguagem do nosso manequim armani qundo se referiu ao primo na conferencia de imprensa.
” o filho do meu tio ”
não soa diferente de primo ? , menos tu cá tu lá , parece uma figura distante ,
“o filho do meu tio ” cria toda uma nova paleta de possibilidades para designar familiares incomodos :
irmão : “o pai do meu sobrinho ”
pai : “o neto do meu bisavô ”
e o mais que se queira
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#18
Oh homem, você definitivamente atascou-se nesse trecho do Guerra Junqueiro.
Mas não desespere que o reboque já vai a caminho…
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mas não perdeu a vergonha
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O tio é meio-irmao da mae. Logo o primo é só meio-primo ou será só 1/4 de primo?
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A todos aqueles que criticam o jornalista Mário Crespo, gostaria de deixar umas breves linhas.
A coragem demonstrada por este jornalista mostra que embora a classe esteja completamente manietada por um governo que “despeja” propaganda por todos os poros (ver caso OCDE, como o mais recente exemplo), existem pessoas que não receiam perguntar à terceira figura do governo português, questões essenciais para perceber o caso Freeport.
Que os caros leitores não saibam a diferença entre uma pergunta retórica e a pergunta que não foi respondida (essa sim relevante, como por exemplo se a secretária de José Socrates enquanto ministro do ambiente era sua prima), faz pensar como que o povo português está controlado pela “opinião pública”.
Eu, enquanto espectador, percebi efectivamente que os factos constantes da referida “lista” de Mário Crespo são sintomáticos de uma forma de governar (que infelizmente é partilhada pelos partidos de poder). Do tráfico de influência, do compadrio, da falta de critério e vergonha com que o Estado actua nos mais variados aspectos.
Se é verdade que a pergunta final não tinha outra resposta possível, essa resposta deveria ser dada por cada um de nós ao observar os factos relatados.
Tios, Primos, Primas, reuniões a pedido da Camara e prometidas por familiares, alegados pagamentos em dinheiro (“Luvas”), processos aprovados em 20 dias sem serem ouvidas todas entidades competentes. Se isto não leva a pensar que o Estado (e os seus decisores) está viciado, penso que o povo português merece o Estado que tem.
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André Oliveira Costa (23)
«O tio era, ou não, tio do Primeiro-Ministro?» não me parece grande sinal de «coragem« mas de alguém que perdeu completamente o pé, o tino, o senso, a calma, o profissionalismo e será certamente um das frases do ano.
Ok acontece a qualquer um.
Mas para além de que ficaria bem reconhecer tal, conviria saber o que o levou a tal estado de exaltação, perdendo-se uma boa ocasião, essa sim, para averiguar efectivamente o que se passou e não permitir que pelo seu mau desempenho tenha deixado o ministro brilhar e usar de tempo de antena.
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o nosso jornalismo é uma tristeza… e entrevistadores capazes contam-se pelos dedos de metade de uma mão!
não só é urgente renovar a classe política, como também é urgente criar um média independente de interesses financeiros e políticos e liderado por profissionais de topo!
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Caros Amigos
Mário Crespo usou deliberadamente um estilo provocatório na entrevista para desmontar o ar seráfico de Silva Pereira que, de facto, foi muito bem preparado para os pormenores burocráticos(entrada em vigor da lei, imbróglios legais por causa da área protegida por motivos ambientais …).
Tudo parecia ir muito bem para o lado de Silva Pereira quando Crespo lhe coloca 2 questões nas quais, na opinião de uma parte de vocês, ele (Crespo) “patinou”
1 – “o tio é mesmo tio”?
2 – “há corrupção neste caso e no governo”?
1 – Obviamente que foi um jogo retórico! Mário Crespo não é criança nenhuma (aprendeu com grandes reportagens que fez em teatros de guerra, nos EUA e na Europa) e procurou empertigar o nº2 de Sócrates, como que “mas afinal o que é que anda a tentar mistificar …”
2 – Se repararam bem na entrevista (julgo que sim), antes desta pergunta Crespo diz assim “eu já sei que me vai dizer que não” – ou seja, a pergunta foi feita DELIBERADAMENTE para testar a capacidade de Silva Pereira em “manter a pose” – Crespo cansou-se, como julga que a maioria dos portugueses, dos achaques legalistas e das manobras e subterfúgios de “afirma pereira”
Com os melhores cumprimentos
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Silva Pereira demonstrou, mais uma vez, que a voz do dono, existe!
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Interessante.
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Põem-se pessoas com filhos a “viver” com 400/450€, dão-se conselhos para se conformarem. Pelo menos no Serviço Nacional de Saúde a factura será paga. E não é pequena.
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Em termos de Capitalismo e Livre Mercado qual é o interesse de garantir milhões para a Banca não falir se não há mercado – Cidadãos/Empresas empobrecidas á força – para comprar produtos bancários por falta de solidez pessoal ? . A solução é mais milhões à mesma Banca para não falir ? Nunca mais se sai disto.
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É obvio que só se sai da Tragédia Nacional quando os Políticos deixarem de resistir contra os Cidadãos e Empresas serem mais ricos . Optarem por injectar poder de compra directamente a cada Cidadão e Empresa através duma FORTE BAIXA GERAL DE IMPOSTOS.
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É a solução mais barata, sustentada, a unica que funciona contra a Crise. Cada cidadão, cada Empresa, é Consumidor e Contribuinte. Sem eles resta continuar a aposta no Medo e Miserabilismo com paliativos que só acabarão na Deflação/Depressão profunda.
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No “omega” a chegar em enxurrada será a Colectivização total com a Estatização da Economia e toda a Banca . Pela 1ª vez na Historia se essa Colectivização suceder será apoiada pelas Classes Médias. Não pelo operariado e agricultores como em 1917 em S Petersburdo. Por isso irreversível, longe do que sucedeu no PREC após o 25 de Abril.
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É tão simples como isto. A duvida Politica é se ainda há tempo para evitar o Colectivismo.
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A pergunta que fez estalar o verniz 1 (minuto 25)
– “Confirme-me isto: a prima do senhor ministro do ambiente era secretária dele?”
Resposta (ao bom estilo socrático): Teatralidade “Eu vim aqui para esclarecer os pormenores relacionados com o licenciamento do “Freeport”. Nada de dizer se havia ou não compadrio …
A pergunta que fez estalar o verniz 2 (minuto 26 e 30 segundos)
– “Era possível no ambiente governativo que se vivia obter favores?”
Resposta: “Eu acho essa pergunta insultuosa”
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