Delírios bloquistas
No JN de hoje (link não disponível):
Que faria um ministro das Finanças do BE? O exercício de futurologia foi feito, ontem, por Francisco Louçã, na sessão que juntou vários partidos europeus de Esquerda e que antecedeu a VI Convenção, que começa este sábado.
São quatro as decisões que o “ministro bloquista” tomaria de imediato, num contexto de um sistema bancário público: fim das comissões sobre as transferências entre bancos; renegociação integral das hipotecas sobre as casas; custo da habitação garantido através de um ‘spread’ mínimo sobre a taxa Euribor; e empréstimos à economia sem juros especulativos. “Seria a criação de um sistema bancário público. Os outros bancos seguiam esta política ou desapareciam”, acentuou o líder do BE (…)
No mundo imaginário do BE, os serviços são todos de borla, não há risco na concessão de crédito e esquemas tipo sub-prime são algo a promover. E nada de diferenciações, vivam os preços tabelados. Há que incorporar desde já todos os Bancos na CGD.
(…) Na conclusão de uma análise às origens da recessão simultânea ao nível mundial, Louçã sintetizou que houve um quadro de “lucros sem acumulação e de rentabilidades sem investimento”. E concluiu que a resposta, agora, “não pode ser a de pagar o banquete a quem é responsável pela situação”. Por isso, é que “quem não assume fechar os offshores, fecha os olhos aos traficantes”. (…)
Impostos iguais para todos, mas altos. E preparemos a invasão das Ilhas Cayman, de Gibraltar, das Ilhas Jersey, de Andorra, quiçá do Luxemburgo.
Louçã é economista e sabe perfeitamente que as suas teses são inaplicáveis e constituiriam o caminho mais directo para o colapso e miséria perene. Mas é um excelente vendedor de ilusões e apela a algo que cai fundo nos queques e betinhos que o seguem: a parasitagem.

preparem-se para o pior
a esquerda e a extrema-esquerda estão na moda
os capitalistas tiveram sessões de diarreia na ventoinha
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Enquanto não temos um governo do BE, temos algo de muito melhor:
lucros sempre fabulosos (este anos uns tantos por cento menos fabulosos, mas ainda assim fabulosos
milionários que continuam cada vez mais milionários,
milionários que estavam a ficar menos milionários, mas que os pobres estão a ajudar, entre outras formas através da CGD,
pobres cada vez mais pobres,
20% de empregados a trabalhar para se manterem no limiar de miséria.
Eu também não acredito nos sonhos do BE
Mas acredito ainda menos nos sonhos irresponsáveis e imorais do liberalismo.
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Porque é que as teses do Louçã “são inaplicáveis”? Convinha que explicasses. Senão estás a ser tão demagogo e populista como acusas o outro de ser. elementar, não?
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