Corrupção II
17 Abril, 2009
O caso Freeport tem revelado indícios de corrupção a todos os níveis da sociedade portuguesa incluindo sistema político, justiça, administração pública, jornalismo e grandes empresas que vivem dos negócios do Estado. É como se Portugal fosse controlado por várias famílias italianas em estreita colaboração entre si. É tudo legal. A coisa funciona à base de amiguismo, cumplicidades partidárias e corrupção do próprio conceito de legalidade. Neste contexto as medidas anti-corrupção que estas famílias vão defendendo, como a penalização do enriquecimento ilícito, seriam aplicadas pelos próprios corruptos. Estas medidas devem ser entendidas como instrumentos à disposição dos corruptos para defesa do seu mercado cativo.
49 comentários
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Neste país já se desconfia que negócios é confundido com corrupção e tráfico de influencias. Qualquer negócio é suspeito. Deviam acabar já com os negócios. Os que ganham os negócios são sempre processados.
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Isto já só vai a tiro!!!
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Pois claro, neste país qualquer pessoa que ganhe dinheiro é ladrão, qualquer politico é corrupto, e os santos são os da justiça , os jornalistas e os profs sindicalistas.
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Isto é bláblá de teórico…
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a máfia do largo dos ratos em todo o seu explendoroso sucesso
ou a mexicanização da coisa pública
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Pelo Corrupção II, Perdoo-lhe pela barbaridade de Entre-Rios!
E já agora que tal o novo Código das Custas Judiciais, queres justiça? Pagas à cabeça! … afinal não vale mais a justiça que um prato de feijão e arroz à mesa?
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A fixação de JM ao Freeport, faz lembrar o Vasconcelos e o Apito Dourado no Trio de Ataque. Em cada sessão desbobina a cassete.
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Miranda,
Ainda vais levar com um processo… Lembra-te que quem se mete com o PS leva!
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deve vir aí borrasca da grossa. na volta o gandarez é deputado municipal em santarém pelo ps.
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Não, não. João Miranda está a entrar no verdadeiro Heart of Darkness. No coração das trevas profundas do nosso mal estar social.
A corrupção entranhada e misturada com a normalidade da vida social.
Para entender o discurso de João Miranda de quem não quero ser intérprete mas apenas altifalante em comentário, basta olharmos à nossa volta:
Viremo-nos para a Câmara Municipal. Como entraram lá quase todos os funcionários? Por cunha. Como continuam a entrar? De igual modo. Como trabalham os engenheiros técnicos, civis, arquitectos e outros com possiblidade de fazerem uma perninha na actividade privada e liberal de gabinete técnico? No limite da legalidade e para além dela, obviamente. Mas a confusão nesses limites é cada vez maior.
Viremo-nos agora para o Hospital grande do sítio: como trabalham os médicos lá nos serviços? E os enfermeiros? Como acumulam tantas horas e ainda assim têm tantas possibilidades de viajar em congressos quatro vezes por ano?
Como receitam medicamentos e com que critérios específicos?
Viremo-nos para outros sector: o dos empreiteiros de obras públicas. São eles os peritos da pequena e grande corrupção. Sabem tudo e todos podem saber: basta perguntar-lhes como ganharam os concursos, como acrescentaram trabalhos a mais, como negociaram e com quem, as facilidades etc etc.
Deste universo da pequena corrupção salta-se facilmente para a grande e que os políticos de topo percebem melhor que ninguém.
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Porque é que as pessoas não querem verdadeiramente saber disto?
Por várias razões:
Porque têm familiares ou são elas próprias agentes desta corrupção entranhada.
Porque são mentecaptos e sectários.
Porque não querem saber. Têm mais que se preocupar.
Porque aceitam este estado de coisas, por falta de formação cívica.
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A penalização do enriquecimento ilícito é a prova clara que este governo não tem princípios nenhuns. São uns bandalhos que estão a tornar o país numa bandalheira completa.
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JM, na mouche. O estado tem o monopo’lio da corrupc,a~o, e quer mante^-lo a todo o custo. No fundo como qq monopolista.
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Os prejudicados são só os honestos e sem padrinho.Ou seja quem contribui a pensar que isto é um mar de rosas e afinal é de polvos grandes e pequenos.”Concuros” é a obra prima da rapaziada do polvo.Mas claro sempre tudo legal.E quem refilar tem a “justiça” amante de esquerda á perna…
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#11.
A questão, para mim, não é a aceitação de toda essa panóplia que esboçou e que está à vista de toda a gente.
A questão é a solução, e para essa, estou à espera, sentado, pela sua sugestão.
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#12 a tua tia dava-lhe a prova do bónus
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Não podia estar mais de acordo com esta análise…
Há males que vêm por bem, e esta crise económica terá a virtude de sacudir a sociedade portuguesa, alertando-a para essa realidade e motivando-a a agir.
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I Parte
Lenta mas inexorável
uma dissolução endémica alastrou,
com tanta política deplorável
o bem-estar social berrou!
Embora não seja novidade
o conteúdo das declarações,
na justiça não há igualdade
agudizando as proscrições.
O mexilhão injustiçado
na aplicação da legislação,
fica amordaçado
com tamanha ostracização!
II Parte
O terrorismo fiscal em acção
com a conivência socialista,
levará à expatriação
do direito moralista.
Clandestinamente criminalizado
num crime sem processo,
o direito fica aterrorizado
com este moralismo possesso.
O mexilhão injustiçado
com uma justiça exorbitante,
fica mais amordaçado
com este terrorismo trucidante!
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Mas a malta disfraça muito bem.Dão aborto para as meninas com vergonha de dizer lá em casa da provincia que estão é espera dum mulatinho,dão droga com fartura,dão amor gay e lésbico…mas o destino é lá no meio do continente africano…e ainda um dia as meninas de esquerda vão ter que cortar os seus clitóris porque será a nova moda…
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Excelente post.
Parabéns!
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Piscoiso:
Como se resolve o problema no Heart of Darkness do Conrad? ( Ou no Apocalipse Now do Copolla que é a sua adaptação)?
Cortar a cabeça ao polvo. As várias cabeças. Se forem como a Medusa que tinha várias e que após o corte voltavam a crescer, nada há a fazer.
Há uma coisa, porém que é sempre possível: escrever e falar contra. Não fazer como a avestruz.
E ainda outra: fazer como na Itália e mudar de polvo de vez em quando.
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Este mecanismo de penalização do enriquecimento ilícito mostra de facto muita conivência com a corrupção. As pessoas podem enriquecer ilicitamente desde que entreguem 60% ao Estado. No fundo revela que este governo acha que enriquecer por corrupção não é um crime sério. Percebe-se agora como Sócrates se possa ter açambarcado dos tais milhões do Freeport, se aprovou uma lei sem princípios é porque ele também não os tem.
Um post brilhante João. Deprimente por ser tão verdadeiro.
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E ainda tem um outro problema:
Aqui há uns anos ( não muitos), num programa Prós & Contras, sobre estes assuntos, o dr. Mota Campos, fiscalista conhecido da tv e professor de mérito em Coimbra, com assento no escritório de José Miguel Júdice, disse em público que não conhecia casos de corrupção. Nem pequena nem grande.
Este espírito complacente de um grande advogado fiscalista diz tudo sobre nós e a elite que governa: nem sequer têm a noção do mal.
O escritório de que faz parte, é uma das cabeças deste polvo. E não estou a falar em termos criminais, é bom que se entenda.
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Por exemplo, uma coisa que não é corrupção, tudo foi legal e que afinal é um caso curioso:
O caso do Eleven
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Se na Medusa não há nada a fazer,
falar contra é nada dizer.
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Falar e escrever contra é combater a anomia- outra das cabeças da Medusa.
Foi assim que os países evoluidos nestas coisas, abateram mais cabeças que nós.
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O caso do eleven é um caso tipico de “corrupção”. É por causa de não gostarem dos donos. E dos donos serem figuras publicas em especial um deles. Se não estivesse lá esse, ninguém se interessava pelo eleven
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É? Então deixe lá esses donos ( todos da Maçonaria ou adacentes), e analise o assunto como se conhece. Leia sff. e depois diga se é apenas por não gostar desses donos.
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Comece por analisar o local da implantação. E vá lá ver a “obra de arte”…e depois pense por si e diga se havia alguém capaz de uma coisa daquelas naquele sítio, sem serem os tais donos?
Se chegar a essa conclusão, responda por favor: como se chama isso?
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Já agora, para combater a anomia, podia debater-se a corrupção nas religiões, começando pelos mais católicos.
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A cor-r-“o”pção é que está a dar.
Malta, vc estão a dormir
Em terra de cegos quem tem olho é rei.
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#21 – “fazer como na Itália e mudar de polvo de vez em quando.”
é o que está a acontecer com o restaurante nacional, mas os comensais continuam a preferir o arroz ao lagareiro, porque se torna um prato mais económico para familias. hábitos alimentares são muito difíceis de alterar.
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Excelente post.
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#21 – há quem sonhe com napalm e valquírias, eu vou com cordon bleu.
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Excelente post e também os comentários do José.
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Com claque e tudo.
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Se chegar a essa conclusão, responda por favor: como se chama isso?
O local de implantação é muito bom Por isso é casa cheia, porque as pessoas gostam. Se não fosse assim o parque não seria interessante e se calhar era só para negócios escuros e da noite. Há pessoas que invejam tudo. Preferem o nada do que ver alguém ter sucesso.
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não é claque, é auto-elogio. estes gajos inventam tudo para brilhar.
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O post é justo, põe o dedo na principal ferida tuga e é comentado (explicado) de forma não menos inteligente e arguta pelo commentador “José”. Mas o post é ainda notável por 2 razões: 1) o autor constata com tranquila e genuína naturalidade algo que existe (a corrupção) a todos os níveis da vida Tuga – instituições públicas, sector privado, as diversas classes sociais e em geral a cultura portuguesa; 2) Os restantes commentários, críticos ou de apoio, independentemente das motivações dos autores (aliás, bem explicadas pelo “José”) aceitam com igual e prosaica naturalidade a ideia essencial do post. Talvez os bisnetos ou trinetos do João Miranda e do José venham a produzir massa crítica que ajude a acabar com esta vidinha à portuguesa… Até lá a realidade Tuga será sempre como dizia aquele senhor gordo e rosado ao regressar de Inglaterra a Portugal: “Então Palmela, lá voltamos à piolheira!..” (ps.: foi por estas e outras que a maçonaria da época lhe deu um tiro)
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“O local de implantação é muito bom Por isso é casa cheia, porque as pessoas gostam.”
Claro, claro. Calhou foi o facto de serem logo amigos do então presidente que não desfazendo e sans blague é um gajo porreiro e tal ( sem ofensa, repito).
E todos amigos da corda, ou seja do clube, ou seja do grupo, ou seja ainda de iniciação nos mistérios gozosos.
É esse o problema que estamos a tratar aqui.
Parece que antes tinha havido proposta para uma basílica….mas era de outro clube, mais simples e transcendente e sem ligações prandiais..
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“O local de implantação é muito bom Por isso é casa cheia, porque as pessoas gostam.”
Claro, claro. Calhou logo foi o facto de serem todos conhecidos e amigos do então presidente que não desfazendo e sans blague é um gajo porreiro e tal ( sem ofensa, repito). O Rosado Correia pai também era.
E todos amigos da corda, ou seja do clube, ou seja do grupo, ou seja ainda de iniciação nos mistérios gozosos.
É esse o problema que estamos a tratar aqui.
Parece que antes tinha havido proposta para uma basílica….mas era de outro clube, mais simples e transcendente e sem ligações prandiais..
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Os ricos e mafiosos metem a guita noutro país, os influentes mantém-se intocáveis como se mantém hoje, os inimigos serão perseguidos, os pequenos empreiteiros e malta dos biscates passa a fazer circular apenas dinheiro vivo. A lei vai servir apenas para a arraia miúda e classe média, o resto é apenas um poder para perseguir, manipular e por via disso até mesmo aumentar a corrupção. É sem dúvida o caminho totalitário da servidão.
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Mir,
Prove que lá que você se importa mais do que nós.
As pessoas importam-se mas têm as mãos atadas, a democracia é uma arma limitada para combater os males da sociedade.
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Deve ser a vez das mulheres da limpeza, essas corruptas que dão cabo do país…
A zézinha que trate já disso.Num megaprocesso.E que seja ouvido o provedor do trabalho temporário…
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É que a malta anti-corrupção só tem encontrado GNR´s, PSP´s e caramba algum dia tinham que ser as mulheres da limpeza!E os porteiros que se ponham a pau…
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“Mir,
Prove que lá que você se importa mais do que nós.
As pessoas importam-se mas têm as mãos atadas, a democracia é uma arma limitada para combater os males da sociedade.”
Tina: não tenho que provar nada (nem pretendo). Constato factos. De resto, o meu comentário, visto exclusivamente do interior da realidade portuguesa, é uma banalidade que ninguém constesta. Felizmente, existem outras realidades – para a sanidade de muitos e talvez irritação de alguns.
(E, já agora, a democracia nada tem a ver com o fundo da questão portuguesa; quando muito, ela é um álibi, uma auto-justificação colectiva, que a usura do tempo – já 4décadas caramba! – já gastou)
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Bem, então assumo que está como o resto de nós, importa-se mas não pode nem faz nada. Gosta de pensar que se encontra numa situação algo superior, mas não está. E desconfio que até se importa menos que muitos de nós, porque se importasse podia aconselhar então o que faz para achar que é assim tão especial de corridas.
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Além disso, eu não culpei a democracia de nada. Apenas disse que não é suficiente para combater os males da sociedade. Passo a explicar se não compreendeu. Um governo hábil que saiba granjear a maioria, nem que seja à custa de minorias, irá sempre ganhar eleições.
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Muito bem.
Quem tenha conhecimento – por muito pequeno que seja – dos escritórios de advogados, sabe o seguinte. Poucos são os concursos públicos em que não há falcatrua, seja porque os relatórios do júri são alterados sem qualquer justificação, presume-se que por ordem política, seja porque os concursos estavão viciados desde o início, razão pela qual apenas a empresa, vencedora antecipada, apresenta proposta (estas coisas sabem os outros concorrentes melhor que ninguém). Também são habituais casos de escritórios de advogados que trabalham simultaneamente para a câmara ou empresa pública que lança o concurso e para um dos concorrentes. Enfim, é este o panorama e não vale a pena negar o que é evidente. A solução passa por magistrados competentes em matéria de investigação criminal e corajosos. Não basta um dos requisitos e por isso também que o panorama é o que é. Fala-se muito na questão da Bragaparques, mas aí ao menos houve uma condenação. O estigma social ninguém tira ao Névoa. O problema são os outros 95% de casos que são arquivados.
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