O Preço Certo
Leio agora no JN que Vitor Constâncio afirmou que descer os salários em Portugal agravaria a recessão. Para ser coerente, Vitor Constâncio deveria sugerir um aumento de salários, o que, segundo a lógica do Governador, só poderia atenuar a recessão. Constâncio diz mais: “Um corte de salários nominais […] provocaria […] uma diminuição do consumo e também um aumento da instabilidade financeira, por via do aumento de incumprimentos de responsabilidades.” Logo, só poderemos concluir que um aumento dos salários nominais provocaria um aumento de consumo e também a diminuição da instabilidade financeira, por via da diminuição de incumprimento de responsabilidades”. Do que é que o governo está à espera para nos ajudar?
Claro que o governador fala de um altar em que a entidade “Salários” é uma variável macroeconómica. Haver empresas a falir e desempregados são questões micro-estatísticas que não o afligem. Há outra hipótese: o Governador não defende nem aumentos, nem cortes salariais porque este governo foi tão genial na estratégia, tão perfeito na acção, tão apurado nas medidas, e tão afinado nas decisões que conseguiu colocar o nível dos salários no ponto em que se minimizam os efeitos da recessão, optimizam os níveis de consumo e se evitam os incumprimentos. Melhor não pode ser. Já estamos au point.

Quer um bom argumento para baixar os salários?
Primeiro, podíamos começar pelo seu para ver o que dava. E se estiver satisfeito, continuávamos com o salário do JM e assim sucessivamente até que os “blasfémias” estejam todos abrangidos. Se resultar, passávamos a fase seguinte. Os salários dos “insurgentes” etc…
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Bem visto.
Vitor Constâncio tem de mandar uns bitaites inócuos de modo a desviar as atenções das perguntas na inquirição a Oliveira e Costa, em que os deputados querem avaliar até onde chegou a sua incompetência na fiscalização aos bancos.
Por sorte (de VC), Oliveira e Costa tem indicação dos advogados para não molestar o BP… Num caso de polícia e cadeia, convêm estar de bem com o poder instituído.
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Eu não quero nenhum argumento, porque não preciso. Se a minha empresa estivesse em dificuldades, baixar os salários poderia ser uma questão de sobrevivência, como já me aconteceu nos anos 90. Se estiver bem, aumentar os salários é uma excelente maneira de premiar os melhores colaboradores.
Do mesmo modo, se uma pequena empresa estiver em vias de falência, o despedimento individual pode ser a única solução. São situações que só podem ser vistas caso a caso e onde deveria haver flexibilidade.
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OK. Caso a caso. Não com a generalidade com que os fundamentalistas, seja do liberalismo, seja do socialismo, gostam de falar do assunto.
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Caro Anónimo:
Para os liberais, é sempre caso a caso. Tudo o resto é colectivismo.
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Do que é que o governo está à espera para nos ajudar?
Olha, olha
Então também estás a apelar ao estado providência divina ???
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LOL
Parece que o JCD é funcionário público… Ouvi dizer, pode ser mentira. Mas apenas no caso de ser, de quanto está disposto a abdicar? 10%, 20%?
E na empresa dos anos 90? Mantiveram-se as margens de lucro? Porque muitos acham as empresas inviáveis quando reduzem os lucros em 20%…
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A Lógica jcd
Se me atirar de uma janela no quinto andar, esborracho-me no chão. LOGO, se não me atirar, serei projectado para o espaço..
bahhh
Miguel
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O Constâncio tem razão. Todos os especialistas dizem que é uma crise de procura e ainda querem cortar ao poder de compra?
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PSD ao poder! Oferecem placebos para a crise…
Falam, falam, mas eu nunca os vi fazer melhor.
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#4
Ok, já estiveste mais longe de ser convencido!
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jcd
Isto não vai lá, nem nunca irá com argumâncias.
O preço só está certo, quando no cargo estiver alguém da simpatia.
Se a apologia do amiguismo e do adeptismo futebolistico/polítiqueiro acabasse, lá se iam os favores e as mordomias…
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