Um candidato a primeiro-ministro simplex
A estratégia económica de José Sócrates é provavelmente a mais delirante e mais autista que um candidato a primeiro-ministro alguma vez apresentou a eleições.
Sócrates apresenta-se ao eleitorado como tendo resolvido as contas públicas, mas na realidade chega ao fim do mandato com dívida pública a 80%, défice na ordem dos 7%, crescimento negativo, peso do Estado na economia da ordem dos 50% e impostos ao nível mais alto de sempre. Ou seja, não resolveu as contas públicas e agravou os impostos.
Sócrates apresenta-se ao eleitorado propondo o mesmo tipo de medidinhas que tomou desde que demitiu Correia de Campos. Estas medidinha não têm qualquer impacto estrutural positivo. São um paliativo que terá quer ser pago ao longo dos próximos anos.
Sócrates tenta capitalizar uma oscilação (até ver) fortuita do PIB mundial no 2º semestre tentado com isso demonstrar que as suas medidas paliativas tiveram efeitos estruturais. Efeitos estruturais só se observam a longo prazo e é lamentável que um candidato a primeiro-ministro não perceba isso.
Sócrates apresenta-se ao eleitorado sem qualquer estratégia específica para o país que pretende governar, recorrendo aos chavões do keynesianismo padrão, sem se dar conta que Portugal é uma economia pequena e aberta onde esses chavões teriam a menor probabilidade de funcionar.

Sócrates, e os outros todos. Sejamos honestos, sff.
GostarGostar
Mas afinal isto é um espaço de pensamento livre ou de propaganda politica???????
GostarGostar
alternativas, ja’! sr. miranda apresente-as…
rapido como e’ a criticar,nao deve ter dificuldades em nos dar uma soluçao para o pais.
recomendo-lhe isençao,seriedade,transparencia e, ja’ agora, sentido de estado.
GostarGostar
só não percebi o “…desde que demitiu Correia de Campos…”?
GostarGostar
Pareceu-me que os comentários feitos até à data são ainda mais parciais do que o artigo a trás, que é de opinião publicado por João Miranda, que apenas não é mais do que uma constatação real dos factos.
Meus senhores se não querem abrir os OLHOS ao menos não tentem fecha-los aos outros.
GostarGostar
Sócrates é o maior exemplo da decadência das nossas instituuições democráticas.
Daqui a 50 anos os historiadores ficarão perplexos com uma questão: como foi possível uma pessoa tão impreparada e obtusa ter chegado a Primeiro-Ministro de Portugal?
GostarGostar
Mas afinal isto é um espaço de pensamento livre ou de propaganda politica???????
Ah. Cómo?. Que nao é mesma coisa?
GostarGostar
OK. Este já sabemos que não quer.
Agora diga lá qual é que quer,
para a minha tia Varela saber em quem votar.
GostarGostar
É por isso que não vais a deputado.
Não sabes que eles aboliram o termo “autista” do parlamento?
Senão ias lá explicar essa merda e toda a gente batia palmas.
GostarGostar
O artigo não me traz grandes novidades, uma vez que mesmo esquecendo os números que são terríveis, no dia-a-dia vai-se sentindo na pele. Aquilo que me indigna mais, é esta nova teoria que algumas figurinhas tristes inventaram, de que um artigo de opinião tem de ser imparcial!!!!!! Nos países civilizados como na Inglaterra, os jornais são assumidamente parciais! Em Portugal é normal para alguns pensar, que os artigos de opinião têm de ser imparciais, e os orgão de comunicação social públicos, pagos com os impostos do contribuinte, podem ser meios de propaganda de um qualquer partido que esteja no poder, como é exemplo o anúncio de propaganda da RDP contra as manifestações dos professores!!!
GostarGostar
“medidinhas” é uma palavra tipica que diria pacheco pereira. Foi infectado pela arrogancia e soberba e malcriadice do psdistas
GostarGostar
Eu nem acredito que, pela primeira vez ao ler um post neste blog, concordo com tudo o que o João Miranda disse. É obra!
GostarGostar
“É obra!”
use papel higienico de dupla folha que é mais macio
GostarGostar
O João Miranda deve ter pesadelos com o Sócrates, pois, ao contrário de qualquer pessoa intelectualmente honesta, não é capaz de ver nada bom que o PM tenha feito ao longo do seu mandato.
Por exemplo: como é que o João Miranda sabe que o défice está em 7%? Sabemos é que ele estava próximo desse valor em 2004 e que em 2007 desceu para uns históricos 2,8%. Como é que sabe que o endividamento é de 80%? Como é que olvida a grave crise internacional no estado da economia portuguesa? Basta olhar para o que se passa na nossa vizinha Espanha. Se calhar também é culpa de Sócrates.
Se o João Miranda quer fazer política partidária porque não o assume claramente?
GostarGostar
««como é que o João Miranda sabe que o défice está em 7%? Sabemos é que ele estava próximo desse valor em 2004 e que em 2007 desceu para uns históricos 2,8%. Como é que sabe que o endividamento é de 80%? »»
São valores conhecidos. Não há nenhum segredo nisso.
««Como é que olvida a grave crise internacional no estado da economia portuguesa?»»
Onde é que olvido a crise internacional? Acontece que a crise internacional existe e as suas consequências para Portugal não se resolvem fingindo que as contas públicas estão controladas ou que as medidinhas que se tomam têm efeito estrutural.
««em 2007 desceu para uns históricos 2,8%»»
Um défice de 2,8% como o melhor valor no ciclo económico é um valor descontrolado. No melhor ano do ciclo económico tem que haver superavit, caso contrário não é possível compensar os piores anos.
GostarGostar
««Se o João Miranda quer fazer política partidária porque não o assume claramente?»»
Fazer críticas ao primeiro-ministro é fazer política partidária? Já agora, qual é o meu partido?
GostarGostar
O Eng. Sócrates é simplex, antes assim. Aquela medidinha que a Dra. Ferreira Leite realizou com o Citigroup é algo complicadex, mas se calhar é só para mim.
GostarGostar
Com as receitas a diminuir drasticamente devido a aos cortes no consumo, e com as despesas a subir do mesmo modo devido ao apoio que se tem de dar aos desempregados, por exemplo, esse défice é perfeitamente compreensível economicamente. Já não o foi em 2004 com um défice de 6,83%, visto nada do que hoje acontece ter tomado lugar nessa altura, e por isso mesmo se conseguiu baixar este valor para 2,6%.
As medidas “chavonadas” que afirma que ele apresenta, funcionam de facto, por isso é que praticamente todos os países a eles têm recorrido. Isto para já não falar que pelo menos o PS apresenta estas medidas, o que demonstra uma governação muito mais planeada do que a que, o PSD, poderia vir a adoptar
GostarGostar
#16 João Miranda,
Não me diga que ainda não percebeu que quem critica PS/Sócrates é automaticamente porque defende PSD/Ferreira Leite. Em Portugal só temos 2 partidos, o resto é paisagem. (Isto inclui a impossibilidade de se ser apartidário, do BE, do CDS, do MEP, etc…).
GostarGostar
««Com as receitas a diminuir drasticamente devido a aos cortes no consumo, e com as despesas a subir do mesmo modo devido ao apoio que se tem de dar aos desempregados, por exemplo, esse défice é perfeitamente compreensível economicamente.»»
Eu não quero saber se é compreensível. Eu quero saber o que é que o futuro PM pretende fazer para travar o descalabro. O que noto é que o actual PM parece achar que o problema se resolve com mais despesa, isto depois de ter passado 4 anos a aumentar impostos.
GostarGostar
Ó homem diga lá o que vc faria, para a gente saber.
Não dizemos nada ao Sócrates.
GostarGostar
Factos são factos disse
3 Setembro, 2009 às 2:06 am
Já se percebeu que o Crossfire é um fiel seguidor do actual PM. Respeito mas lamento. Mas anoto a elevação e o conteúdo dos seus comentários.
No entanto, não lhe assiste qualquer razão na defesa que faz dos grandes investimentos públicos, pelas razões que vou enunciar.
Crescimento da Dívida Externa Liquida de Portugal (Passivo – Activo) durante o governo Sócrates
ANO PIB (milh.€) Dív. Líq. Externa Portugal (milh. €) Dív. Ext. Líquida (% PIB)
2004 144.128 92.205,3 64,0%
2005 149.123 104.681,4 70,2%
2006 155.446 125.833,5 80,9%
2007 163.190 148.974,4 91,3%
2008 166.197 161.531,1 97,2%
2009 163.736 164.689,1 100,6%
Nota: Os dados da dívida externa relativos a 2009 são apenas reportados até Março de 2009.
Assim, entre 2004 e 2009, o valor do PIB de Portugal cresceu, em valores nominais, ou seja, sem entrar com o efeito da subida de preços, 13,6%, enquanto a dívida externa liquida portuguesa aumentou 78,6%. Em milhões de euros, o PIB cresceu 19.608 milhões €, enquanto a dívida aumentou 72.484 milhões de euros, ou seja, 3,7 vezes mais. Como consequência, entre 2004 e 2009, a dívida externa líquida do Pais passou de 64% do PIB para 100,6% do PIB. É um crescimento sem dúvida insustentável.
MAS O PROBLEMA DA DÍVIDA EXTERNA É AINDA MAIS GRAVE, POIS FALA-SE SEMPRE DA DÍVIDA LÍQUIDA E NÃO DA DÍVIDA TOTAL BRUTA QUE É MUITO MAIS ELEVADA
Os dados anteriores sobre a dívida, que são aqueles habitualmente referidos e normalmente divulgados pelos media, enganam porque não correspondem à totalidade da dívida do País. Aqueles dados referem-se apenas à Dívida Liquida Externa, que se obtém deduzindo à Dívida Externa Bruta, ou seja, a totalidade daquilo que o País efectivamente deve ao estrangeiro (o chamado PASSIVO do País) aquilo que ele tem a haver do estrangeiro (o chamado Activo). No entanto, o que o País efectivamente deve ao estrangeiro é a dívida externa bruta, e é ela que tem de ser paga, e é sobre ela que se tem de pagar juros e dividendos. O quadro seguinte, construído também com dados divulgados pelo Banco de Portugal, mostra com clareza a dimensão dessa dívida total efectiva.
Valor da dívida bruta total efectiva de Portugal
Ano Dív. Bruta Externa Portugal ou Passivo (milh. €)
2006 402.857,4
2007 444.137,7
2008 444.117,9
2009 (só até Março) 451.520,4
Percebe agora porque é que não se pode continuar com esta política suicida de enveredar por megalómanos investimentos públicos? Já atentou para o facto de que a ser seguida a política que você defende, o país cairá na bancarrota?
(In, http://www.blasfemias.net/2009/09/02/socrates-vs-portas/#comments)
GostarGostar
Sexo Por Decreto?
A Educação Sexual nas escolas é um assunto polémico. E a sua implementação não se compadece com tantos avanços e recuos – sem intenção de trocadilho -, com imensos estudos e teorizações, complementados com legislação valteriana, tudo validado e embrulhado com a opinião de especialistas que nos fazem querer optar pela castidade mais radical.
Governo ultima regulamentação e formação de professores de educação sexual
O Governo está a preparar a regulamentação da nova lei da educação sexual e um programa de formação para professores, disse o secretário de Estado Valter Lemos, garantindo que grande parte da estrutura necessária para aplicar o diploma já existe.
“Está a ser preparada a legislação”, afirmou Valter Lemos, acrescentando que grande parte da estrutura necessária para pôr em prática no próximo ano lectivo a nova lei da educação sexual, aprovada este ano, já estava a funcionar. “Todas as escolas já têm um coordenador de educação para a Saúde, a educação sexual já está em todas as escolas, obrigatória”, nesse âmbito, referiu.
Professores aprendem a dar Educ. Sexual
Apesar das “dificuldades” de formar professores para a Educação Sexual, no âmbito da Educação para a Saúde, o psiquiatra Daniel Sampaio estima que no final do mês seja apresentado o programa de formação dos docentes para esta área.
O objectivo desta formação é assegurar que os docentes que ainda não foram formados nestas áreas recebam os devidos contributos dos especialistas. Apesar de ser a área mais complexa, a Educação Sexual não é a única vertente desta formação, que aborda ainda a alimentação e a actividade física, o consumo de álcool e drogas e a saúde mental. “Não vão existir aulas de Educação Sexual, mas sim uma aprendizagem que vai ser dinamizada”, explicou Daniel Sampaio. As associações de pais consideram que a lei sobre Educação Sexual nas escolas tem condições para avançar, desde que haja envolvimento da comunidade na sua concretização.
Isto é tudo muito dinâmico. Pena que não saia há anos do mesmo sítio.
Cá para mim no próximo mandato ainda vamos ser acusados de andar a promover a promiscuidade e a devasssidão da moral e bons costumes da juventude.
http://www.educar.wordpress.com/2009/09/02/sexo-por-decreto/
GostarGostar
“Eu não quero saber se é compreensível. Eu quero saber o que é que o futuro PM pretende fazer para travar o descalabro”
Percebo o seu estado de espírito João. Contudo não nos podemos esquecer que só analisando os factos correctamente e enquadrando-os nas várias situações económicas em que estes ocorreram é que teremos uma verificação real do que foram os fracassos e os sucessos da governação, bem como esta é também a única forma de verificar qual a melhor solução para o futuro para “travar o descalabro”. É um facto que Sócrates aumentou os impostos, mas também não deixa de ser verdade que também os diminuiu. O problema da simples descida da taxa de imposto é que se não existirem níveis de confiança elevados, é que por si não vai representar injecção de capital no mercado, logo não solucionando coisas como o desemprego. Veja-se o exemplo do IVA. Em ambas as subidas de 2% no seu valor, a isso correspondeu uma acentuada quebra no consumo. Já com a sua descida em 1% o aumento do consumo não foi a esse valor proporcional.
GostarGostar
Hoje o PM vai estar na inauguração da low cost Ryanair no Porto!
Digam mal das low-costs
GostarGostar
Crossfire,
Ler os seus posts é no minimo irritante.
Dar como exemplo o caso do iva é ridiculo, este e o IRS sao dos impostos que mais dependem do ciclo economico.
O seu ministro das financas, rotulado pelo FT como o PIOR DA EUROPA (dos 27), demonstrou a maior das incapacidades de antecipacao do impacto da recessao economica no orcamento do estado, que nunca havia apresentado uma mudanca tao adversa como apresentou recentemente, com as receitas a cairem mais de 20% e a despesa a aumentar mais de 2%. Um buraco gigantesco.
O governo de socrates nao durou 1 ano, o ano da crise, o governo de socrates teve 4 anos e meio. Os socialistas estiveram o a frente dos destinos do WORST PERFORMER da europa 10 dos ultimos 14 anos.
Durante este periodo de tempo o crescimento economico foi MISERAVEL.
Nao obstante todas as privatizacoes, fundos comunitarios, alienacoes de patrimonio, desorcamentacoes, o deficit publico explodiu para os cerca de 80% que se verificam agora.
Como o JM bem diz, mesmo no melhor dos anos, quando a Espanha e outros paises Europeus registavam superavits, portugal, mesmo com artimanhas contabilisticas, so conseguiu registar um deficit ligeiramente inferior ao requerido pela UE.
E como se estivessemos a falar de um aluno que, no melhor dos seus testes, teve 9.45 em 20. todos os restantes testes sendo piores que 7 em 20.
E uma heranca pesada aquela que nos deixam.
O seu PM vai viver o resto dos seus anos com as glorias dos EUROS 2004 (flop economico), energias eolicas ultra subsidiadas, sem ter resolvido nenhum dos problemas estruturais do país.
GostarGostar
Em 2007 despesa subiu 21%
Benefícios fiscais custam 1.100 milhões de euros ao Estado
Isenções, reduções de taxas, deduções e amortizações
Os benefícios fiscais custaram quase 1,1 mil milhões de euros ao Estado em 2007, mais 21 por cento do que o registado no ano anterior, de acordo com a Conta Geral do Estado, refere a «Lusa».
O documento sobre as contas públicas portuguesas, entregue segunda-feira no Parlamento, mostra que em 2007 a despesa fiscal com benefícios fiscais foi de 1.094 milhões de euros, contra os 905 milhões verificados em 2006, valores que correspondem a impostos que deixaram de ser arrecadados.
O valor total dos benefícios fiscais corresponde a 0,7% da riqueza produzida em 2007.
As isenções, as reduções de taxas, as deduções à matéria colectável e à colecta, as amortizações e as reintegrações aceleradas são alguns exemplos de benefícios fiscais.
A maior fatia recaiu sobre o IRS, representado 37% do total dos benefícios fiscais, e sobre o Imposto sobre os Produtos Petrolíferos, onde os benefícios representaram 24% do total, incluindo benefícios para biocombustíveis e energias verdes.
Os benefícios fiscais em sede de ISP duplicaram o seu peso na receita líquida do Estado e aumentaram 9% face ao ano anterior.
Quanto ao IRC, os benefícios fiscais somaram 235 milhões de euros, mas caíram 6,5% face ao ano anterior, com as deduções ao rendimento a serem os principais responsáveis por esses benefícios.
Em sede de IVA, o Estado deixou de arrecadar 99 milhões de euros devido aos benefícios fiscais, valor próximo dos 95 milhões verificados com os benefícios do Impostos Automóvel (IA) e Imposto sobre Veículos (ISV).
http://www.agenciafinanceira.iol.pt/noticia.php?id=968365&div_id=1730
GostarGostar
Das low cost não, mas digo mal do JS. Sé sabe estar presente nas inaugurações e no corte das fitas. O facto de esta base quase não ter ido para o Porto devido às dificuldades impostas pela ANA (empresa pública sobre a alçada do Ministério dos transportes e que no ano passado era suspeita de querer favorecer o aeroporto de Lisboa) é um pormenor. Aliás esquecido à muito. Quem vir o nosso primeiro parece que ele foi o grande responsável por tudo. Enfim, nada que não estejamos habituados. Bem haja ao pessoal da Ryanair por não ter desistido da base no Porto.
GostarGostar
LISBOA, 21 sep (IPS) – Indicadores económicos y sociales periódicamente divulgados por la
Unión Europea (UE) colocan a Portugal en niveles de pobreza e injusticia social
inadmisibles para un país que integra desde 1986 el ‘club de los ricos’ del continente.
Pero el golpe de gracia lo dio la evaluación de la Organización para la Cooperación y el
Desarrollo Económicos (OCDE): en los próximos años Portugal se distanciará aún más de los
países avanzados.
La productividad más baja de la UE, la escasa innovación y vitalidad del sector
empresarial, educación y formación profesional deficientes, mal uso de fondos públicos,
con gastos excesivos y resultados magros son los datos señalados por el informe anual
sobre Portugal de la OCDE, que reúne a 30 países industriales.
A diferencia de España, Grecia e Irlanda (que hicieron también parte del ‘grupo de los
pobres’ de la UE), Portugal no supo aprovechar para su desarrollo los cuantiosos fondos
comunitarios que fluyeron sin cesar desde Bruselas durante casi dos décadas, coinciden
analistas políticos y económicos.
En 1986, Madrid y Lisboa ingresaron a la entonces Comunidad Económica Europea con índices
similares de desarrollo relativo, y sólo una década atrás, Portugal ocupaba un lugar
superior al de Grecia e Irlanda en el ranking de la UE. Pero en 2001, fue cómodamente
superado por esos dos países, mientras España ya se ubica a poca distancia del promedio
del bloque.
‘La convergencia de la economía portuguesa con las más avanzadas de la OCE pareció
detenerse en los últimos años, dejando una brecha significativa en los ingresos por
persona’, afirma la organización.
En el sector privado, ‘los bienes de capital no siempre se utilizan o se ubican con
eficacia y las nuevas tecnologías no son rápidamente adoptadas’, afirma la OCDE.
‘La fuerza laboral portuguesa cuenta con menos educación formal que los trabajadores de
otros países de la UE, inclusive los de los nuevos miembros de Europa central y
oriental’, señala el documento.
Todos los análisis sobre las cifras invertidas coinciden en que el problema central no
está en los montos, sino en los métodos para distribuirlos.
Portugal gasta más que la gran mayoría de los países de la UE en remuneración de
empleados públicos respecto de su producto interno bruto, pero no logra mejorar
significativamente la calidad y eficiencia de los servicios.
Con más profesores por cantidad de alumnos que la mayor parte de los miembros de la OCDE,
tampoco consigue dar una educación y formación profesional competitivas con el resto de
los países industrializados.
En los últimos 18 años, Portugal fue el país que recibió más beneficios por habitante en
asistencia comunitaria. Sin embargo, tras nueve años de acercarse a los niveles de la UE,
en 1995 comenzó a caer y las perspectivas hoy indican mayor distancia.
Dónde fueron a parar los fondos comunitarios? , es la pregunta insistente en debates
televisados y en columnas de opinión de los principales periódicos del país. La respuesta
más frecuente es que el dinero engordó la billetera de quienes ya tenían más.
Los números indican que Portugal es el país de la UE con mayor desigualdad social y con
lossalarios mínimos y medios más bajosdel bloque, al menos hasta el 1 de mayo, cuando
éste se amplió de 15 a 25 naciones.
También es el país del bloque en el que los administradores de empresas públicas tienen
los sueldos más altos.
El argumento más frecuente de los ejecutivos indica que ‘el mercado decide los salarios’.
Consultado por IPS, el ex ministro de Obras Públicas (1995-2002) y actual diputado
socialista João Cravinho desmintió esta teoría. ‘Son los propios administradores quienes
fijan sus salarios, cargando las culpas al mercado’, dijo.
En las empresas privadas con participación estatal o en las estatales con accionistas
minoritarios privados, ‘los ejecutivos fijan sus sueldos astronómicos (algunos llegan a
los 90.000 dólares mensuales, incluyendo bonos y regalías) con la complicidad de los
accionistas de referencia’, explicó Cravinho.
Estos mismos grandes accionistas, ‘son a la vez altos ejecutivos, y todo este sistema, en
el fondo, es en desmedro del pequeño accionista, que ve como una gruesa tajada de los
lucros va a parar a cuentas bancarias de los directivos’, lamentó el ex ministro.
La crisis económica que estancó el crecimiento portugués en los últimos dos años ‘está
siendo pagada por las clases menos favorecidas’, dijo.
Esta situación de desigualdad aflora cada día con los ejemplos más variados. El último es
el de la crisis del sector automotriz.
Los comerciantes se quejan de una caída de casi 20 por ciento en las ventas de
automóviles de baja cilindrada, con precios de entre 15.000 y 20.000 dólares.
Pero los representantes de marcas de lujo como Ferrari, Porsche, Lamborghini, Maserati y
Lotus (vehículos que valen más de 200.000 dólares), lamentan no dar abasto a todos los
pedidos, ante un aumento de 36 por ciento en la demanda. Estudios sobre la tradicional
industria textil lusa, que fue una de las más modernas y de más calidad del mundo,
demuestran su estancamiento, pues sus empresarios no realizaron los necesarios ajustes
para actualizarla.
Pero la zona norte donde se concentra el sector textil, tiene más autos Ferrari por metro
cuadrado que Italia.
Un ejecutivo español de la informática, Javier Felipe, dijo a IPS que según su
experiencia con empresarios portugueses, éstos ‘están más interesados en la imagen que
proyectan que en el resultado de su trabajo’.
Para muchos ‘es más importante el automóvil que conducen, el tipo de tarjeta de crédito
que pueden lucir al pagar una cuenta o el modelo del teléfono celular, que la eficiencia
de su gestión’, dijo Felipe, aclarando que hay excepciones.
Todo esto va modelando una mentalidad que, a fin de cuentas, afecta al desarrollo de un
país’, opinó.
La evasión fiscal impune es otro aspecto que ha castrado inversiones del sector público
con potenciales efectos positivos en la superación de la crisis económica y el desempleo,
que este año llegó a 7,3 por ciento de la población económicamente activa.
Los únicos contribuyentes a cabalidad de las arcas del Estadoson los trabajadores
contratados, que descuentan en la fuente laboral. En los últimos dos años, el gobierno
decidió cargar la mano fiscal sobre esas cabezas, manteniendo situaciones ‘obscenas’ y
‘escandalosas’ , según el economista y comentarista de televisión Antonio Pérez Metello.
‘En lugar de anunciar progresos en la recuperación de los impuestos de aquellos que
continúan riéndose en la cara del fisco, el gobierno (conservador) decide sacar una
tajada aun mayor de esos que ya pagan lo que es debido, y deja incólume la nebulosa de
los fugitivos fiscales, sin coherencia ideológica, sin visión de futuro’, criticó Metello.
La prueba está explicada en una columna de opinión de José Vitor Malheiros, aparecida
este martes en el diario Público de Lisboa, que fustiga la falta de honestidad en la
declaración de impuestos de los lamados profesionales liberales.
Según esos documentos entregados al fisco, médicos y dentistas declararon ingresos
anuales promedio de 17.680 euros (21.750 dólares), los abogados de 10.864 (13.365
dólares), los arquitectos de 9.277 (11.410 dólares) y los ingenieros de 8.382 (10.310
dólares).
Estos números indican que por cada seis euros que pagan al fisco, ‘le roban nueve a la
comunidad’, pues estos profesionales no dependientes deberían contribuir con 15 por
ciento del total del impuesto al ingreso por trabajo singular y sólo tributan seis por
ciento, dijo Malheiros.
Con la devolución de impuestos al cerrar un ejercicio fiscal, éstos ‘roban más de lo que
pagan, como si un carnicero nos vendiese 400 gramos de bife y nos hiciese pagar un
kilogramo, y existen 180.000 de estos profesionales liberales que, en promedio, nos roban
600 gramos por kilo’, comentó con sarcasmo.
Si un país ‘permite que un profesional liberal con dos casas y dos automóviles de lujo
declare ingresos de 600 euros (738 dólares) por mes, año tras año, sin ser cuestionado en
lo más mínimo por el fisco, y encima recibe un subsidio del Estado para ayudar a pagar el
colegio privado de sus hijos, significa que el sistema no tiene ninguna moralidad’,
sentenció.
GostarGostar
De facto o IVA e o IRS são impostos que dependem do ciclo económico e foi precisamente por isso que os mencionei para exemplificar como uma baixa do impostos significativos para os portugueses, nesta altura, não será a medida mais eficaz.
Relativamente aos demais temas que refere. Tem razão em dizer que este governo não durou somente 1 ano, o da crise. Por isso mesmo é que é preciso ver o que foi feito anteriormente e como disse em post anterior enquadra-lo. Este governo partiu em 2004 numa situação de recessão séria com um défice igualmente elevado e por isso é que mesmo com os superavits mundiais o melhor que Portugal conseguiu foi um crescimento de 2% anual, antes desta crise.
Eu até poderia concordar consigo na sua metáfora sobre os alunos, contudo tal é-me impossível visto que os mesmíssimos alunos de 7 em 20 do passado pretendem substituir o aluno de 9.45 em 20 de hoje. É por essa razão que as alusões ao passado são obrigatórias juizos sobre o futuro.
Por fim quanto à sua posição face aos meus posts, tal não me diz respeito nem me impedirá de continuar a expressar a minha opinião sempre que achar que o devo fazer. Não tenho qualquer ligação partidária pelo que apenas me preocupo em buscar uma solução para os problemas do país, respeitando sempre a opinião dos meus concidadãos, quer de mim discordem ou concordem.
GostarGostar
excelente análise
GostarGostar
Sócrates só pode fazer isso por causa dos nossos Jornalistas.
“É um facto que Sócrates aumentou os impostos, mas também não deixa de ser verdade que também os diminuiu.”
Uma pérola da patetices. Sócrates aumentou os impostos e pior aumentou-os para a próxima década pelo menos com o endividamento ou não sabe que dívidas são impostos futuros? O País neste momento está na bancarrota, coisa que ainda não percebeu.
GostarGostar
Todos os aumentos de impostos têm efeitos duradouros tal como o endividamento. Por isso é que estes foram aumentados para combater o endividamento em que já estávamos mergulhados, pois os seus efeitos seriam piores, nessa altura, do que os do aumento dos impostos. O lucklucky considera uma “pérola de patetices”, factos, eu por outro lado acho que a afirmação do país estar na bancarrota é totalmente desproporcionada. É a vantagens do nosso regime, qualquer um tem a sua opinião.
GostarGostar
“São valores conhecidos. Não há nenhum segredo nisso.”
Então, sff diga-me onde posso consultar esses seus números.
“Já agora, qual é o meu partido?”
Não sei, o João Miranda é que mo podia dizer, em vez de o andar a dissimular. Que tem uma fixação anti-Sócrates doentia, disso não há a mínima dúvida.
GostarGostar
Crossfire
Eis uma apreciacao critica da performance do seu amigo Socrates e do pior ministro das financas da UE. Uns botabaixistas, bem sei, nao vem a luz que ilumina o seu “menino de ouro”.
A Fitch Ratings anunciou hoje ter revisto em baixa para “negativa” a sua estimativa de evolução da notação da dívida do Estado português, devido ao impacto da crise nas contas públicas.
“A revisão das perspectivas de evolução para ‘negativa’ reflecte a preocupação da Fitch sobre o impacto potencial da crise económica global nas finanças públicas de Portugal no médio prazo, tendo em conta as fraquezas estruturais do país, aumento do endividamento em todos os sectores da economia e fraco historial de consolidação orçamental”, diz a agência de notação em comunicado hoje emitido.
Actualmente, a Fitch tem uma notação de ‘AA’ para a República Portuguesa, mas a agência nota que o Produto Interno Bruto (PIB) por capita português e a tendência de crescimento da economia nacional estão “significativamente abaixo” da média dos países que têm esta notação.
Na opinião da Fitch, “existe uma elevada probabilidade de que o rácio da dívida pública portuguesa em relação ao PIB poderá superar os 80% até 2011”, o que indica a necessidade de “uma consolidação orçamental significativa” para fazer descer o endividamento do país.
“Embora Portugal não tenha sido afectado de modo desproporcional pela crise global, a sua fraca posição à partida tem, como reflectido pelas perspectivas negativas, deixado a avaliação da sua dívida mais vulnerável a este choque económico e orçamental severo”, diz o documento.
GostarGostar
Fitch Affirms Portugal at ‘AA’; Outlook Revised to Negative
2009-09-03 13:31:24.628 GMT
FITCH AFFIRMS PORTUGAL AT ‘AA’; OUTLOOK REVISED TO NEGATIVE
Fitch Ratings-London-03 September 2009: Fitch Ratings has today
affirmed Portugal’s Long-term foreign currency Issuer Default
Rating (IDR) at ‘AA’. The agency has simultaneously affirmed
Portugal’s Long-term local currency IDR at ‘AA’, Short-term
foreign currency rating at ‘F1+’ and Country Ceiling at ‘AAA’.
The Outlooks on the Long-term IDRs have been revised to
Negative from Stable.
The revision of the Outlook to Negative reflects Fitch’s
concern about the potential impact of the global economic
crisis on Portugal’s public finances over the medium term,
given the country’s existing structural weaknesses, rising
indebtedness across all sectors of the economy and short track
record of fiscal consolidation. Portugal’s GDP per capita and
trend growth are significantly below the ‘AA’ median, which
reduces debt tolerance relative to other high-grade sovereigns.
In Fitch’s opinion, there is a high likelihood that Portugal’s
public debt/GDP could increase to over 80% by 2011. Significant
medium-term fiscal consolidation will be required to put this
ratio on a declining path.
“Portugal has had some success in implementing structural and
fiscal reforms since 2005, but the country remains structurally
weak relative to peers,” said Douglas Renwick, Associate
Director in Fitch’s Western Europe Sovereign team. “Although
Portugal has not been disproportionately affected by the global
downturn, its weak starting position has, as reflected by the
Negative Outlook, left its sovereign rating more vulnerable to
this severe economic and budgetary shock.”
Portuguese GDP per capita (in purchasing power parity terms)
was USD22,080 in 2008, under two thirds of the ‘AA’ median of
USD34,400. Portugal’s relative lack of economic flexibility and
poor export performance compared to peers has impeded growth
over the last decade. While there have been improvements on
both these fronts, in Fitch’s view the medium-term growth
outlook remains weaker than peers. Meanwhile, Portugal’s
domestic and external leverage has greatly increased since it
joined the euro area in 1999, exacerbating downside risks to
medium-term growth.
Portugal had brought its general government deficit under the
Maastricht limit of 3% of GDP by the onset of the global
economic crisis in 2008, roughly stabilising the public debt
stock around 65% of GDP. However, the recession, and the
government’s fiscal stimulus response, will result in a further
increase in the debt/GDP ratio of around 20 percentage points
by 2011 from 2008 levels, according to Fitch’s forecasts. In
order to lower this ratio after the recovery, further fiscal
tightening will be required by the next administration. Over
the next two years, Portugal will be approaching the upper
limit of the amount of debt Fitch considers consistent for its
current rating, given its level of economic development and
dynamism. As a result, Fitch would expect to see concrete and
sizeable consolidation plans included within the next budgeting
process by early 2010.
Despite the Negative Outlook, Portugal’s ‘AA’ rating is
supported by a relatively strong banking system, membership of
the euro area (which removes the threat of a currency crisis)
and macroeconomic stability, as ten-year volatility of
inflation, growth and fiscal receipts has been low. Fitch also
takes comfort from the fact that, in the run up to this month’s
parliamentary elections, the need for structural and fiscal
reform appears to have been acknowledged by both major
political parties.
Confidence that sustained consolidation can be achieved and
that the economy can significantly outperform its weak growth
record this decade would likely support a revision of the
Outlook to Stable. Conversely, a weaker-than-expected economic
recovery or budgetary outturn, or an insufficient programme of
fiscal consolidation would likely result in a downgrade of
Portugal’s sovereign ratings.
Contacts: Douglas Renwick, London, Tel: +44 (0) 20 7417
4237/e-mail: douglas.renwick@fitchratings.com; Brian Coulton,
London, +44 (0) 20 7682 4097/e-mail:
brian.coulton@fitchratings.com.
Media Relations: Peter Fitzpatrick, London, Tel: + 44 (0)20
7417 4364, Email: peter.fitzpatrick@fitchratings.com.
Fitch’s rating definitions and the terms of use of such ratings
are available on the agency’s public site,
http://www.fitchratings.com. Published ratings, criteria and
methodologies are available from this site, at all times.
Fitch’s code of conduct, confidentiality, conflicts of
interest, affiliate firewall, compliance and other relevant
policies and procedures are also available from the ‘Code of
Conduct’ section of this site.
Provider ID: 00353874
-0- Sep/03/2009 13:31 GMT
GostarGostar
Como já disse antes as coisas têm de ser enquadradas. Toda a gente sabe que o investimento público gera dívida, mas há que ter em atenção que a baixa de impostos, porque significa menos receita, e não garantia de investimento, também gera endividamento. A opção é entre estes dois caminhos e teremos de escolher qual o que gera a médio-prazo mais emprego e riqueza para dotar o país de recursos e re4sponder aos problemas sociais. O que o estudo afirma é que com esta actual situação e com os problemas estruturais que Portugal já tinha, e que não foram completamente resolvidos desde 2005, o efeito da crise pode ser acentuado. Mas isso já era conhecido, se o défice não tivesse sido controlado, e algumas políticas alteradas, nesta altura não haveria resposta possível que o Estado pudesse dar a esta crise.
Basico como já disse antes não tenho ligações políticas, expresso somente a minha opinião e não defendo amigos ou ataco inimigos, procuro a resposta mais eficaz aos problemas do país.
GostarGostar
As agencias de rating nao dormem nem vem as entrevistas preparadas pelos nossos jornalistas de segunda.
A realidade é que portugal está no mau caminho, muito mau caminho.
Foram 10 anos de socialismo que nos enterraram, como eles bem fazem notar, a última decada foi uma decada perdida em Portugal.
A consolidacao que o socrates fez na primeira parte do seu mandato mais nao foi que o resultado de uma subida agressiva de impostos e uma melhoria na eficiencia fiscal.
A segunda parte do seu mandato foi desastrosa, porque ele vincou o maior problema que portugal tem: despesa. penso que cerca de 80% da despesa do estado é fixa, sao “direitos adquiridos”. ele tornou essa situacao ainda pior.
A Fitch alerta, e bem, que deveriamos estar a discutir a consolidacao orcamental. O Socrates fala de mais despesa. Os numeros ainda nem sequer tem em conta os projectos de fim de mandato: o TGV, as escolas, etc.
Onde é que se vai cortar para comecar a mostrar superavits?
GostarGostar
Os bancos não pagam 25% de IRC; através de
benefícios arranjados pelo governo pagam cerca de 12%
Em 2005, segundo o Banco de Portugal, os bancos que constituíam 87% do
sector bancário português obtiveram lucros que atingiram 2.987 milhões
de euros. No entanto, 1.525 milhões de euros, ou seja, mais de metade
não pagou imposto ao Estado. E isto sucedeu porque a banca conseguiu
deduzir aos Lucros Totais obtidos o valor de 1.525 milhões de euros,
nomeadamente de benefícios fiscais e a prejuízos das empresas do
grupo. ……
No período compreendido entre 2004 e 2007, ou seja, em apenas 4 anos,
a banca arrecadou em Portugal 13.537 milhões de euros de lucros, tendo
pago de imposto (IRC + derrama) apenas 2.115 milhões de euros, o que
corresponde a uma taxa efectiva de imposto de apenas 15,6%, ou seja,
uma taxa muito inferior à legal, que é paga pelas outras empresas, que
é actualmente 25% de IRC e 1,5% de derrama
Agora digam lá se o que roubaram aos professores não foi para o
orçamento do estado??
De acordo com dados divulgados pela própria Associação Portuguesa de
Bancos, em 2006, a banca portuguesa obteve 2.800 milhões de lucros e
pagou apenas 544 milhões de impostos e taxas, o que correspondeu a uma
percentagem de 19%. Em 2007, apesar de ter obtido mais lucros, pois
passaram, entre 2006 e 2007, de 2.800 milhões de euros para 2.847
milhões de euros, o imposto pago desceu -28,7% pois passou de 544
milhões de euros para apenas 388 milhões de euros, o que significou
que, em 2007, a percentagem paga fosse apenas de 14%. Se a banca
tivesse pago as taxas legais, ou seja, aquelas que têm de pagar
nomeadamente as PME, o Estado teria recebido, em 2006 e 2007, mais 621
milhões de euros de IRC e derrama do que recebeu.
Portanto, os elevadíssimos lucros da banca continuam a serem
financiados à custa do Orçamento do Estado apesar das promessas do
ministro das Finanças e do 1º ministro. Também aqui Sócrates diz uma
coisa e faz outra, já o que está em jogo são os interesses dos grandes
grupos económicos que este governo está cada vez mais refém e apoia à
custa do OE.
GostarGostar
O governo já injectou mais de 2 mil milhões de euros na banca falida.
Como diz o prémio Nobel: a banca apostou mal nos clientes, mas apostou
bem nos políticos (!)
Mas o crédito para as micro, pequenas e médias empresas continua a não
chegar até elas. Ninguém sabe o que a banca anda a fazer ao dinheiro
mas é certo que o retém e que ele não circula.
O prémio Nobel da economia acusou ontem a alta finança de ser a única
responsável pela crise e diz que os governos não estão a combate-la
com eficácia.
O que a alta finança mundial fez fez foi detectar que afinal havia
dinheiro do fundo da pirâmide (os que vivem no limiar da pobreza e
que, à força de querer pertencer à classe média desataram a comprar
casa) e captou esse dinheiro pobre que, todo junto, são biliões de
biliões.
O problema é que os pobres deixaram de ter capacidade de honrar os
seus compromissos e isso causou a hecatombe geral”.
Agora a alta finança está a reclamar dos estados a contribuição para a
minimização do prejuízo que ela e apenas ela provocou.
E muitos governos – como o nosso – vão na cantiga de injectar o
dinheiro dos contribuintes em bancos falidos, agravando a crise.
Porque esse dinheiro era urgente nas empresas para dinamizar a
economia. Não devia ser dado à banca, que continua falida embora com
prejuízos menores.
Porque é que o governo não pára de injectar dinheiro no BPP e o BPP
nem assim o devolve aos seus clientes?
Porque é que o governo não injecta esse dinheiro nas empresas com
futuro mas que sem ele não o terão? Ou pelo menos porque não o devolve
aqueles que depositaram as suas economias nesses bancos muito duvidosos?
Os depositantes não guardarão o seu dinheiro em casa.
vão depositálo noutros bancos que lhe mereçam mais confiança. O
dinheiro circularia. Assim, não.
O dinheiro assim dado à banca falida desaparece de imediato para as
off-shores, como referem os principais especialistas na matéria. Nem
um cêntimo é usado para reanimar a economia nacional. É tudo dinheiro
deitado à rua. Literalmente.
Quanto mais o governo der aos BPPs desta vida, mais os BPPs o enviam
para o estrangeiro para o porem a salvo.
Como diz o prémio Nobel: a banca apostou mal nos clientes, mas apostou
bem nos políticos.
Contem vídeo da intervenção do prémio Nobel da Economia.
http://www.joaotilly.weblog.com.pt/
GostarGostar
O problema no meu ponto de vista, é que Portugal precisa de impulsionar a criação de riqueza, o que se não fizer, levará a que continuem a existir gastos extraordinários em subsídios sociais, e uma redução das receitas, o que impossibilitará a consolidação orçamental, pois estes gastos não serão “cortados”. Tendo isto em conta e baseando-me nos argumentos que já expôs face às consequências que uma baixa dos impostos teria no mercado, é que acho que, se o país terá de ficar forçosamente mais endividado, deveria fazê-lo com base no investimento público.
O que me atormenta mais é precisamente o facto de a culpa desta situação não se dever somente ao socialismo, oxalá assim fosse, seria um sinal que existiria um projecto alternativo. Infelizmente a alternativa afigura-se apenas em nada fazer, em tudo suspender, o que na minha opinião é apenas manter por mais tempo a situação em que já se encontram os portugueses, podendo mesmo provavelmente agrava-la, sem nada de minimamente produtivo ser feito.
GostarGostar
Desde a década de 90 que portugal investe massivamente em infraestruturas, pergunte ao cavaco e todos os que vieram a seguir.
Se isso nao teve impacto de monta na economia portuguesa, que cresceu sempre abaixo da média europeia e se colocou na linha da frente dos países mais endividados no mundo, porque razao haveria de passar a ter impacto agora?
GostarGostar
Impacto penso que existiu para ser franco. Se se verificarem os factores de desemprego, crescimento e produtividade verificar-se-à que, desde os inícios da década de 90 até 2001, estes factores estiveram em valores positivos tal como nunca haviam estado. Penso que agora teria um efeito possivelmente superior uma vez que é minha convicção que ajudaria a resolver os problemas que Portugal tem hoje e que nunca antes teve, como o desemprego tão elevado.
GostarGostar
O desemprego elevado que portugal tem é o resultado de nao ter um tecido economico competitivo, o país deu tanto a ganhar as construtoras civis, nacionais e internacionais. essas so empregam quando ha obras, nao é o tipo de trabalho que seja durador, nem que acrescente qualquer mais valia para um país cujo principal problema é nao exportar. a nao ser que comecem a aparecer compradores para os CCBs, autoestradas, aeroportos portugueses, nao me parece que o sector da construcao nos va resolver os problemas.
mais, o desemprego so nao é pior porque o estado representa 50% da economia e em portugal so se fica desempregado se se trabalhar no sector privado.
quando os futuros (nao muito longincuos) governos tiverem de implementar programas de cortes a serio, ai sim verá o desemprego a explodir.
GostarGostar
É assim eu nunca me referi ao empregos directos que as obras públicas criam no sector da construção. A verdadeira criação de emprego vem a partir daí. Primeiro tira muitas pessoas que trabalham deste sector, do desemprego. Depois o que isto fará é que pelas bases comece a haver mais capital a circular. O empregado da construção civil, deixa de recorrer aos subsídios públicos e passa a gastar dinheiro que não tinha, noutros locais, o que levará com que outras empresas recebam a sua parte dos capitais e vejam a procura pelos seus bens aumentar. Claro está que isto é um mero exemplo, muito rústico. A meu ver esta mecânica de funcionamento opera a um nível muito mais complexo. Sinceramente também espero que o façam no futuro, contudo agora não me parece a altura indicada para tal, pois muitas empresas sobrevivem de muitas empresas que trabalham para o Estado. Neste altura penso que seria uma medida de aumento do desemprego e de todos os problemas que com ele advêm.
GostarGostar
.
A Oposição espanhola funciona assim (projectos diferentes ao eleitorado):
.
Los populares convocan un gran acto contra la subida fiscal
http://www.elpais.com/articulo/espana/populares/convocan/gran/acto/subida/fiscal/elpepuesp/20090903elpepinac_3/Tes
.
Para os situacionistas não ficarem orfãos:
.
Germany Becomes Tax Haven for Firms and Wealthy
http://www.spiegel.de/international/business/0,1518,646558,00.html
La UE pacta mantener los estímulos fiscales hasta que haya recuperación
http://www.elpais.com/articulo/economia/UE/pacta/mantener/estimulos/fiscales/haya/recuperacion/elpepueco/20090903elpepieco_2/Tes
.
NM Rothschild pitches motorway privatisation plan
http://business.timesonline.co.uk/tol/business/industry_sectors/banking_and_finance/article6814923.ece
.
GostarGostar
João, parabéns por um post tão bom.
GostarGostar
curioso. o socrates parecia o rambo quando reuneu forças para calar a Manuela Guedes e burrou-se todo,quando foi intimado por um jornalistazinho para se rir da cara dele.
Gato fedorento!!!os pequenos tambem dominam e riem na cara de politicos otários.
GostarGostar
Isto é um blogue comunista ?
GostarGostar