O partido da chicotada psicológica
6 Outubro, 2009
Mariano Rajoy, líder do Partido Popular espanhol desde 2004. Perdeu 2 eleições legislativas. Continua a ser líder do partido popular.
No mesmo período o PSD teve 5 líderes. Os últimos 4 foram considerados por pelo menos 1/3 do partido como muito maus. O PSD perdeu 2 eleições legislativas desde 2004.
Perderam os dois, duas vezes. A diferença é que o Partido Popular espanhol tem ideias consistentes há pelo menos 5 anos. Na verdade há muito mais que isso. Quanto ao PSD, não se sabe ao certo o que defende.
33 comentários
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O PSD é um partido social-democrata, como o PS. Só não se confunde com o PS por uma questão de carácter dos seus militantes de topo e um ou outro pormenor em que avulta o facto de a Maçonaria ter menos ( só um pouco) peso no PSD.
Os do PS agem e reagem como uma seita sempre que um dos seus é atacado. Percebem instintivamente que se desfazem como partido se abrem a brecha e deixarem queimar um dos seus. Mesmo quando isso acontece ( caso de Abílio Curto por exemplo) desprezam-no ao ponto de nem sequer o reconhecerem como militante. ( Vide reacção de Vital Moreira quando Abílio Curto disse que o dinheiro fora todo para o PS).
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É também essa a razão pela qual Rui Mateus desapareceu da circulação. Sabe que se aparecer, desaparece mesmo.
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O PS hoje em dia assume o papel que a Democracia Cristã ( também social-democrata) assumia na Itália: o compromisso histórico em nome dos interesses de um grupo alargado. Tal como a DC italiana, desaparecerá logo que um escândalo de dimensões comprováveis, se revele.
Já faltou mais.
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O PSD tornou-se num partido de “oportunidades” e quando assim é, as ideias é a última coisa que interessa.
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E o que é certo é que Mariano perdeu as primeiras legislativas, subiu nas segundas e este ano ganhou as europeias, para além de um resultado mais positivo nas últimas regionais. Penso que vai mesmo ser o próximo PM de Espanha.
Se no PSD houvesse 2ª Volta nas eleições, a MFL nunca tinha chegado a líder, esse é o grande problema.
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Também gostaria, que Ferreira Leite continuasse líder do Partido Social Democrata.
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Asneira. No post e no PP. Por não mudar de chefe o PP espanhol vai perder pela 3 vez.
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Quem escolheu um seleccionou o outro. Tanto faz. Servem o mesmo senhor.
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O videirinho CAA deve estar para pedir qualquer coisa ao Chico Zé Viegas. Talvez que lhe edite o “romance” que anda a perpetrar, com as sucessivas patas na poça que vai metendo…
Há gente que não se enxerga, caramba! Aliás, nem é gente.
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O PAÍS NA FALÊNCIA E ESTA GENTE A FALAR DE MERDAS, DE ROMANCES E DO OBNOXIO DO CAA.
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É o fado…tudo isto é triste tudo isto é fado…
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O sistema bancário é basicamente uma pirâmide de Ponzi (Dª Branca) . Para a pirâmide não desabar cria continuamente sempre mais débito.
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Nunca há dinheiro suficiente para cobrir a divida pendente na Banca. Excepto as moedas e as notas, todo o dinheiro é hoje criado pelos Bancos sob a forma de empréstimos. Regressa sempre à Banca mais dinheiro que o que emprestou a alguém. Os Bancos criaram o principal (o empréstimo) mas não o dinheiro que os clientes vão precisar para pagarem os juros e o dinheiro emprestado.
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A origem e razão da Crise, deixou de haver dinheiro para pagar os juros e o dinheiro emprestado nos mesmos moldes tradicionais de funcionamento do sistema com o dinheiro dos depositantes que faliu globalmente. Apenas.
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Surge agora, entre mais outras, a novidade duma moeda de reserva global (divisa internacional de referência) para alimentar a economia global enquanto os americanos resolvem os seus problemas de divida.
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E essa nova moeda são os SDR’s emitidos pelo FMI. E quando se diz ‘emitida’, é apenas dinheiro impresso tipográficamente; não há nada por trás que o suporte.
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A crise ainda não está resolvida. Como tal está longe de ter acabado. Perante esta globalidade de facto, surge fantasia teórica considerar o nível de endividamento externo e o desequilíbrio das contas públicas sequer como problemas estruturais nesta fase da Crise.
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As nossas deficiências estruturais muito sérias são só o aumento do desemprego, a baixa do consumo (produtividade, haver quem compre o que se produz) e a perca de competitividade internacional dos nossos preços.
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O que está em questão nacional é só a FALTA DE LUCRATIVIDADE DO TECIDO PRODUTIVO PORTUGÊS. O único estruturante de Portugal contra a crise. Só viável pela forte baixa de impostos, amnistia fiscal, reforma abolindo os modos actuais para pagar o Estado e da Segurança Social.
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Tudo contrário a prioridades de equilíbrio das contas públicas e do desagravamento do nível de endividamento externo nesta fase da Crise.
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È fantasia tentar conciliar ou misturar a redução do desemprego, o aumento da produtividade e da competitividade externa com equilibrar contas públicas e reduzir o endividamento externo porque não são sequer prioridades nesta fase de luta internacional contra a CRISE.
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Só 1% da humanidade tem os talentos mais brilhantes: SABER O QUE FAZER e FAZÊ-LO
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Espero que MFL se deixe de paninhos quentes para com mininos “armani” (que perderam as eleições internas do partido e podem acabar com o partido em 3 tempos – penso que é isso que procura-m) e consiga pôr ordem na “casa”.
O PSD está a precisar que alguém dê dois murros na mesa.
Que a mão não lhe doa!
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O Partido Popular espanhol é um partido Social Democrata?
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Espero que a MFL enxote a cáfila socretina tipo passistas-coelhone que são uns autêncicos submarinos para afundar o PSD.
Se fosse ela, indicava a essa corja a porta de saída.
E o prof.Marcello também não é flôr que se cheire!
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Na mouche João Miranda!
Mas esta malta está habituada à espuma do tempo, não apreendem o movimento em águas profundas, espera-os a morte por afogamento.
É um escândalo que na segunda feira depois das legislativas ouçamos um pelintra do calibre do Marco António falar em suposto nome do PSD. Nem sabem esperar pelo próximo congresso para discutir ideias. A imagem que esse pelintra, que vive dos nossos impostos, deu do PSD é que o partido não merece ser governo — é demasiado instável.
O PSD por este andar vai acabar como o PS francês, vai descer abaixo da fasquia dos 20% e ser apenas uma federação de manda chuvas autarquicos.
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A estabilidade do PP espanhol é a emanação da estabilidade do Regime. É uma monarquia. Está tudo dito.
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Errado:
O PSD não é comparável ao PP espanhol. Porquê?
1.º – O PSD é um Partido Social-Democrata (de acordo com a ideia de Social-Democracia Portuguesa, tal qual a definiu Francisco Sá Carneiro); o PP é um Partido Conservador, herdeiro do Franquismo; quando foi fundado como Aliança Popular, tinha 7 ex-ministros do Caudilho entre os seus dirigentes máximos;
2.º – O PSD é um Partido genuinamente Português, fruto dos legados ideológicos: Social-Cristão; Social Liberal; Tecnocrata- Social e Social-Democrata; o PP é um Partido Conservador, que acolheu no seu seio a desaparecida UCD e um pequeno Partido Liberal, extinto.
O que explica a actual crise do PSD é a falta de discussão política interna. O que sucedeu durante e depois dos 10 anos de Cavaquismo. O PSD tem de se «Social-Democratizar» com rapidez.
Só encontro u nome capaz de devolver ao Partido a sua linha ideológica original: Marcelo Rebelo de Sousa! O único ex-líder do PSD que nada teve a ver com o Cavaquismo e que por isso mesmo, pode agora avançar para a liderança do seu Partido de sempre!
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Muito provavelmente, a diferença entre os dois partidos de oposição (de direita) advirá de o grau de captura do Estado em Portugal ser bem maior do que em Espanha.
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encosta-te, encosta-te, que tens um futuro brilhante. As coisas que os nojentos fazem. para o de baixo.
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Estou de acordo consigo, Kolchak (não tinha lido antes o seu comentário).
Porém, a questão que o João Miranda coloca, prende-se com a instabilidade do PSD tem apresentado, em especial nos últimos 5 anos, instabilidade de resto semelhante àquela que o PS sofreu quando Cavaco foi 1º Ministro.
Este “desasossego” resulta, na minha tese, do facto de nenhum dos dois partidos do centrão poder viver afastado do Poder que é visto, por ambos, como uma plataforma distribuidora de sinecuras.
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Eduardo F.
O PSD só esteve “sossegado”, infelizmente, com o Cavaquismo.
O Partido foi, desde a sua fundação, de um “desasossego” constante: foi o que fez sobreviver ao PREC; foi isso que lhe conferiu uma aura de constante insatisfação com o atraso de Portugal; foi isso que o fez chegar à governação com resultados positivos; foi isso que fez acreditar milhões de Portugueses que o seu País não tinha de ser pobre.
O bom que Cavaco Silva foi como Primeiro-Ministro; foi inversamente proporcional ao que foi como líder do Partido.
Há muito que escrevo neste blogue a mesma ideia: urge «Social-Democratizar» o Partido Social-Democrata.
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Kolchak,
Como bem aponta, houve um “desasossego” (“criativo”, acrescento eu, parafraseando Schumpeter) que terminou com a chegada de Cavaco ao poder.
Após Cavaco, que, estamos também de acordo, “secou” tudo em seu redor,o “desasossego” tem sido de outra índole. E não tem sido uma boa índole.
A luta de MFL, agora, deverá concentrar-se em tentar viabilizar a “boa moeda” que existe no PSD lutando, com todas as forças, para que não vença a “má moeda”. A bem de Portugal, que consiga alcançar este objectivo.
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Eduardo F:
Infelizmente Manuela Ferreira Leite de quem fui votante nas eleições internas e nas legislativas, revelou-se uma desilusão. Foi incapaz de ultrapassar a «formatação» cavaquista e por isso mesmo (14 anos depois da saída de Cavaco do governo), saiu derrotada. Agora é demasiado tarde para substituir a «má moeda» cavaquista, pela «boa moeda» Social-Democrata
Como antes escrevi, Marcelo Rebelo de Sousa parece-me ser a pessoa ideal para lhe suceder. É de longe o militante com mais condições para unir o PSD e vencer as próximas legislativas, daqui a 2 anos.
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Por acaso um empresário agrícola de Valência, amigo de longa data da minha família, comentou quando o Zapatero venceu pela primeira vez há cerca de 5 anos ou 6 anos que a Espanha ia ser arruinada. O resultado está à vista. Ah, e curiosamente, Rajoy também não gosta de grandes obras públicas! E vai vencer, daqui a três, não tenham dúvidas.
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«Marcelo Rebelo de Sousa parece-me ser a pessoa ideal para lhe suceder»
Não concordo. De todo. Não tem perfil. Já o demonstrou. Em três anos de liderança do PSD.
A sua exposição pública polémica também não o credibiliza para ter qualquer tipo de sucesso. Em que matérias MRS se distanciou das (des)políticas de JS?
MRS é um tipo complexo, de jogo pelo jogo.
MFL é de longe, nesta fase, a melhor aposta do partido. É uma executiva. Excelente.
Não tem treino de paleio. Simples, tem de treinar mais.
Na AR vai ter muitas oportunidades para aprender.
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“Foi incapaz de ultrapassar a «formatação» cavaquista e por isso mesmo (14 anos depois da saída de Cavaco do governo), saiu derrotada.” – 24
Discordo. Totalmente.
Aliás, viu-se pela “patada” que o Cavaco lhe acabou de dar nas Legislativas.Ele usou e abusou sempre dela quando esteve enrascado, enquanto foi PM. Da sua competência técnica e qualidades discretas de liderança.
Constatou-se que são completamente diferentes e ela parece ser genuinamente uma social democrata.
A uns 8 a 10 dias, as sondagens davam um empate técnico PS-PSD. Num clima de controle total da informação por parte do pêsse, de intimidação ao ponto de muitos quadros não poderem dar a cara com receio de represálias e bloqueios de toda a ordem!
O que aconteceu nesses dias?
O resto pergunte ao Cavaco e á rataria do interior do partido.
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Vai depender muito de quem se candidatar. Passos Coelho, apesar de ter saído derrotado nas anteriores directas, sai agora vencedor e com um certo tónico de razão já que MFL não foi capaz de se impôr face a José Sócrates. Para combater o PM era necessário alguém com mais paleio do que MFL. Nestas eleições, o PSD tinha mais do que nunca condições para ganhar, dada a má prestaçao do Governo, mas conseuigu perde-la.
Paulo Rangel (ou Aguiar-Branco se decidir avançar) têm a vantagem de ter a Velha Guarda do seu lado. Ainda assim, não sei se seriam os ideias. Rui Rio, espero que não saia da CMP!
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Aos últimos comentadores:
É evidente que Cavaco Silva tirou, como sempre, o tapete à líder do PSD. Já antes o tinha feito a outros líderes como Fernando Nogueira ou Pedro Santana Lopes. No entanto, Manuela Ferreira Leite cometeu erros básicos que são, sem dúvida, da sua inteira responsabilidade. Alguns de que me recordo:
1.º- Ter permitido que o PSD votasse a favor da lei de financiamento partidário. Depois de muito bem ter alertado para: o despesismo do governo; o subsequente descontrolo orçamental; a derrapagem das contas públicas; o défice escondido; incompreensível foi mesmo ver um deputado do PS, ser o único a votar contra uma lei disparatada;
2.º- A lista de deputados. Considero que Pedro Passos Coelho teve uma conduta indigna e lamentável desde que Ferreira Leite foi eleita. O que é que a Presidente do Partido podia fazer? Convidá-lo ou não a fazer parte dos candidatáveis! Preferiu não fazer… Tinha um adversário que podia controlar na AR. Passou a ter um adversário que, usando os truques baixos que deve ter aprendido na JSD, passou a actuar na sua rectaguarda …!
3.º- A lista de deputados. Como se pode compreender que, um Partido que se quer impor como alternativa e que fundamentou a sua campanha no apelo à honestidade e ao mérito; tenha candidatos apenas por razões de parentesco*, ex.s: o filho do Presidente da Câmara (PC) de Vila Nova de Gaia; o filho do (PC) de Barcelos; o filho do (PC)de Coimbra, etc., etc.
4.º – Programa. Muito pobre e mal estruturado. Sem chama e sem propostas que galvanizassem a sociedade civil. O PP aproveitou as lacunas do PSD para apresentar um conjunto de ideias mais apelativas e concretas, embora roçando a demagogia muitas vezes.
5.º- Cavaco Silva. A máquina propagandística do PS aproveitou – evitando discutir a lamentável situação do País – a histórica ligação de amizade pessoal e política, entre a presidente do PSD e o Chefe de Estado. Ferreira Leite não podia adivinhar que houvesse a enésima «cavaquice» dos últimos 14 anos; devia ter percebido, sim, é que os socialistas jogariam sujo com isso!
*- Sou e serei sempre monárquico: logo, admito que uma relação de parentesco possa ter, como excepção, relevância política… Porquê? Porque considero o Rei a personificação humana da Pátria e um factor de união entre os Portugueses.
Todavia, no campo que é da estrita responsabilidade da «República», como é o caso de um Partido Político, as relações de parentesco são de evitar a todo custo: de maneira a evitar o nepotismo.
Quanto mais forte e livre a República for, mais hipóteses haverá de restaurar a Monarquia! Como refere um livro com as últimas cartas de Agostinho da Silva:
«Viva a República! Viva o Rei!»
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faça-se o referendo
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“A diferença é que o Partido Popular espanhol tem ideias consistentes há pelo menos 5 anos”
Pois, mas há uma semelhança: os doís PP’s são dirigidos por dois gayzolas…Modernices…
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Não.
Gayzices é coisa de Liberais e diria mais, liberais e europeus…
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Euroliberal.
És um paneleiro
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