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Editoriais sobre um país paralelo

5 Dezembro, 2009

O editorialista do Público de hoje, ao defender que empresas que pagam salários de 450 euros/mês são empresas dispensáveis em Portugal, mostra que não tem a mínima noção do país onde vive nem das limitações da economia portuguesa.

81 comentários leave one →
  1. Alexandre Gonçalves's avatar
    Alexandre Gonçalves permalink
    5 Dezembro, 2009 13:43

    Esse inteligente editorialista não deve saber que o custo efectivo para uma empresa de um trabalhador que ganha 450 euros de salário mínimo é de 708 euros por mês de trabalho efectivo (tx seg. social de 23,75% e pagamento de 14 meses contra 11 de trabalho efectivo). E se juntarmos a isso o subsídio de refeição a um valor de 3,5 € e 22 dias /mês daria mais 77 € o que totalizaria 785 euros, bem diferente de pensar em 450 € /mês.

    Obviamente que 450/mês é pouco para alguém sobreviver, mas querem que as pessoas ganhem mais então É NECESSÁRIO AUMENTAR A PRODUTIVIDADE. A questão é simples, se um trabalhador não produzir os cerca de 800 euros /mês de trabalho efectivo não é contratado e logo não arranja emprego. Agora venham com lirismos e negar a evidencia de que há gente que não produz 800 euros / mês. Quem acha que não que abra uma empresa e que os contrate a todos. É com certeza não é com os milhões que se gastam em formação profissional de qualidade e exigência ainda pior que as novas oportunidades que se vai a algum lado. Mas enfim, é tudo muito bonito no papel e neste país isso é que interessa.

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  2. tina's avatar
    tina permalink
    5 Dezembro, 2009 13:53

    E o problema é que o próprio governo vive numa realidade paralela. Até as pessoas terem experiência na prática, nunca saberão nada nem se identificarão com a situação dos outros. Para os que fazem as leis, a vida é fácil, funcionários públicos bem pagos, julgam que para os outros é a mesma coisa. Assim, se explica que o governo já esteja a cobrar impostos (pagamento por conta) mesmo antes das companhias terem lucros. Esta medida é sintomática do clima que o Estado estabelece para a criação de negócios.

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  3. .'s avatar
    5 Dezembro, 2009 14:05

    Ó burra, o pagamento especial por conta acaba no ano que vem.
    O outro, o normal pagamento por conta, é para não gastares tudo em comida e trapos e ficares sem dinheiro para pagar o imposto.

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  4. .'s avatar
    5 Dezembro, 2009 14:10

    Quanto ao editorial, que não li e por isso não sei se realmente diz isso, o problema é que não são mesmo dispensáveis. É o nosso problema, um salário de miséria de 450 euros é alto demais face a outros países.
    Temos de agradecer a Cavaco e à classe empresarial que desbarataram milhões de fundos para formação profissional.

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  5. Piscoiso's avatar
    5 Dezembro, 2009 14:15

    Sem um link para o editorial, não vou acreditar bovinamente no que JM diz.

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  6. tina's avatar
    tina permalink
    5 Dezembro, 2009 14:18

    O .disse ranhoso chegou para dizer mais umas bacoradas. As pessoas perdem o pagamento por conta se não tiverem lucros. Já lhe explicaram isso muitas vezes mas aquela única célula que tem no cérebro recusa-se a funcionar.

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  7. .'s avatar
    5 Dezembro, 2009 14:37

    Burra mais uma vez! Quem te explicou fui eu há uns dias e apenas perdem o pagamento ESPECIAL por conta se não tiverem imposto onde o possam deduzir em 4 anos.O pagamento ESPECIAL por conta já não existe para o ano.
    Arre que é falar com um calhau! Não aprende nem que se explique como a uma criança de 5 anos.

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  8. Desconhecida's avatar
    anónimo permalink
    5 Dezembro, 2009 14:51

    o miranda em campanha contra o público. é uma chatice aqueles sonae.com serem uns traidores.

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  9. Desconhecida's avatar
    Anónimo permalink
    5 Dezembro, 2009 15:02

    Sim?
    E o que é que o distinto editorialista acha disto

    http://portugalcontemporaneo.blogspot.com/2009/12/prokuplje.html

    não seria melhor estar em portugal a pagar 500 euros aos 600 funcionários de viana. (se calhar até ganhavam mais!)

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  10. tina's avatar
    tina permalink
    5 Dezembro, 2009 15:05

    Para o ano é para o ano. Até agora sempre existiu e é sobre essas leis absurdas do governo que estamos a falar. Além de ranhoso, não há dúvida que é muito analfabruto.

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  11. tina's avatar
    tina permalink
    5 Dezembro, 2009 15:07

    O comentário #10 é para o .disse-de-uma-só-célula-no-cérebro.

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  12. Paulo Nunes's avatar
    Paulo Nunes permalink
    5 Dezembro, 2009 15:09

    .disse

    Uma vez que age como se fosse dono da verdade e como alguém que conhece por dentro as dificuldades de gerir uma empresa, podia-nos agraciar com a informação do que faz na vida para ganhar os seus rendimentos?

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  13. tina's avatar
    tina permalink
    5 Dezembro, 2009 15:13

    …deve ser funcionário na repartição de finanças de Chelas.

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  14. .'s avatar
    5 Dezembro, 2009 15:14

    Faço o mesmo que o Paulo Nunes.

    Quanto à ignorante da Tina recordo-lhe que quem criou o Pagamento ESPECIAL por conta foi um governo do PSD com Manuela Ferreira Leite.O analfabeto aqui parece ser a Tina.
    Diga-se que concordo com a sua existência como medida de simplificação fiscal. Admito que em tempo de crise se possa SUSPENDER.

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  15. .'s avatar
    5 Dezembro, 2009 15:16

    Não Tina, não quero nada com repartições de finanças nem eles comigo. EU PAGO IMPOSTOS.

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  16. .'s avatar
    5 Dezembro, 2009 15:17

    Eu pago a escola dos seus filhos.

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  17. Gabriel Silva's avatar
    Gabriel Silva permalink*
    5 Dezembro, 2009 15:19

    .disse (14)

    O Pagamento Especial por Conta, vulgarmente designado por PEC, foi criado pelo Decreto-Lei n.º 44/98, de 3 de Março.

    1998….está a ver com que governo?

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  18. tina's avatar
    tina permalink
    5 Dezembro, 2009 15:29

    ahahaha, isto é demais!…

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  19. tina's avatar
    tina permalink
    5 Dezembro, 2009 15:40

    E foi assim que se ouviu pela última vez do comentador .disse. Agora reaparecerá como outro comentador anónimo, igualmente analfabruto e ranhoso.

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  20. .'s avatar
    5 Dezembro, 2009 15:45

    # 17 Gabriel SSilva

    O que diz está correctíssimo. Tem razão, foi um governo PS quem o criou.

    Gostaria no entanto de recordar que foi Manuela Ferreira Leite quem passou o seu valor de 500 para 120 euros, aumentando-o em 150%, tornando assim mais difícil a sua recuperação na totalidade (se se poderá deduzir 500 euros mais difícil é deduzir 1250). Note-se que só empresas sem imposto a pagar durante 4 anos não o conseguem deduzir. Ora empresa nessas condições durante 4 anos não é assim lá muito credível.

    Penso que a introdução de “colectas mínimas” com valores adequados a cada actividade seria positiva pois permitiria poupar em número de fiscais das finanças.

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  21. .'s avatar
    5 Dezembro, 2009 15:47

    Ó Tina, hoje ainda não fez o seu peditório? Daqui a bocado é a hora da missa em Cedofeita. Vá lá para a porta da igreja chorar-se.

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  22. Desconhecida's avatar
    Zenóbio permalink
    5 Dezembro, 2009 15:48

    Alexandre Gonçalves

    Um empregado de café que tire 200 bicas por dia e que folgue 1 x semana produz €120/dia 600/semana ou 3000/mês.
    Como o café dá lucro de 90% significa que antes de impostos o empregado rende €2700. Não dá para pagar 475 euritos ao infeliz?

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  23. .'s avatar
    5 Dezembro, 2009 15:52

    200 por dia de 8 horas dá 25 por hora. É capaz se trabalhar na estação de Campanhã. Num café normal não acontece. Esquece-se também que há os custos das instalações, licenças, energia, compra da máquina e sua manutenção, etc.

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  24. tina's avatar
    tina permalink
    5 Dezembro, 2009 16:00

    “Como o café dá lucro de 90% significa que antes de impostos o empregado rende €2700. Não dá para pagar 475 euritos ao infeliz?”

    Não acredito como esta gente revela tão pouco conhecimento do mundo de negócios. Quer dizer, não há renda para pagar,… Assim se compreende como eles pensam que os empresários são todos ricos e há que os espremer até ao tutano.

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  25. Desconhecida's avatar
    Zenóbio permalink
    5 Dezembro, 2009 16:04

    . disse

    A máquina é oferecida pela marca de café. Não, não concordo que seja só em Campanhã. Um bom café tira isso…fora os panikes; 25 cafés por hora dá mais de 2 minutos por café. Eu cronometrei e um empregado com prática consegue tirar cafés ao ritmo de 1 café por minuto.

    Mas o que eu queria dizer com estas contas simples, é que a maioria dos pequenos negócios podem pagar 475 euros. O resto são lágrimas de crocodilo de quem compra Porches Panamera – (“Em Setembro inaugurou-se em Braga o Centro Porsche, e no final do mês de Outubro já tinham sido alcançados os objectivos de um ano inteiro”http://www.correiodominho.com/cronicas.php?id=1032) e lamenta não conseguir competir se for obrigado a dar mais €25 às funcionárias.

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  26. Desconhecida's avatar
    Zenóbio permalink
    5 Dezembro, 2009 16:05

    Tina,

    Eu falei em lucro bruto. O café não vende só cimbalinos.

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  27. Nuno Santos Silva's avatar
    5 Dezembro, 2009 16:17

    Infelizmente o João Miranda enganou-se ao dizer que o editorialista do Público defende a dispensabilidade das empresas que não conseguem pagar 475 euros por mês a um trabalhador.
    A frase completa é:
    «Mesmo sendo verdade que há empresas que morrerão se lhes for retirado o oxigénio dos salários de 475 euros, convém perguntar que sentido faz a sua existência num país europeu no século XXI».

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  28. tina's avatar
    tina permalink
    5 Dezembro, 2009 16:28

    “Mas o que eu queria dizer com estas contas simples, é que a maioria dos pequenos negócios podem pagar 475 euros”

    Então aprenda Zenóbio:

    “Esse inteligente editorialista não deve saber que o custo efectivo para uma empresa de um trabalhador que ganha 450 euros de salário mínimo é de 708 euros por mês de trabalho efectivo (tx seg. social de 23,75% e pagamento de 14 meses contra 11 de trabalho efectivo). E se juntarmos a isso o subsídio de refeição a um valor de 3,5 € e 22 dias /mês daria mais 77 € o que totalizaria 785 euros, bem diferente de pensar em 450 € /mês.”

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  29. tina's avatar
    tina permalink
    5 Dezembro, 2009 16:30

    E mais esta:

    “Tenho uma minúscula micro-empresa de serviços a meias com uma pessoa de família. Dá para nos sustentarmos, pagar os impostos e a nossa segurança social, e não dever nada aos fornecedores. Como apesar da crise temos tido trabalho, tínhamos pensado este ano que passou admitir um empregado para nos ajudar, já que há muito tempo que trabalhamos cerca de 10 horas por dia, os fim-de-semana são lá de vez em quando, e as férias reduzidas ao mínimo. Iríamos admitir uma pessoa a ganhar o salário mínimo; o trabalho não exige qualquer qualificação especial.

    O aumento de 24€ do salário mínimo de 2008 para 2009 inviabilizou esse propósito. É que por pouco que fosse, o acréscimo de cerca de 400€ de custo anual (diferencial de salário mais segurança social) representava 1/3 do nosso orçamento para publicidade (3 inserções em revistas da especialidade), do qual não podíamos prescindir.

    Compreendo que o salário mínimo é baixíssimo para se viver com um mínimo de conforto (e os pensionistas ainda estão pior), e podem dizer que se a minha empresa não pode dispensar esses 400€ por ano é porque é mal gerida, pouco produtiva, e mais valia fechar as portas.

    Mas o que é certo é que mesmo tendo de fazer as contas ao tostão (ou ao cêntimo, para ser europeu) dá para duas famílias não pesarem no orçamento de estado, e antes pelo contrário contribuírem para ele, mesmo que pouco. Se calhar uma terceira família podia ter passado a pesar menos… Assim continuamos sem fim-de-semana, o marido e filhos ajudam nas horas livres, mas ainda não fechamos a porta …por enquanto.”

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  30. .'s avatar
    5 Dezembro, 2009 16:34

    Ó Tina, já reparou que se ninguém pagar impostos tem a Tina de começar a pagar pelas coisas de que usufrui e que são pagas pelos outros, tal como a escola dos seus filho? E que tal começar a pagar 400 euros por mês?

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  31. Tio Estanislau's avatar
    Tio Estanislau permalink
    5 Dezembro, 2009 16:55

    Tio Eufrásio, compadre

    Pelos vistos, e já não é a primeira vez que, nestes anos últimos, vamos ter a azeitona e a castanha apanhadas à borla

    E o preço vai descer (?) substancialmente (?), topas ???

    Quem quer trabalhar, paga

    Nós, eu o tio Eufrásio, não somos exploradores

    Sopinha de pão, com azeite e um ovo, uma garrafa de água de 0,5 de água para o dia inteiro e sardinha ou cavala

    Se sobrar, dividem e levam para o jantar

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  32. Desconhecida's avatar
    Zenóbio permalink
    5 Dezembro, 2009 17:12

    Tina,

    Qual é o seu limite? Trabalhadores a custo 0? Tipo contrato de trabalho da apanha do cacau?

    Não seja parcial, o que eu disse ao mencionar €475 significava um aumento de €25. Feitas as contas, o empregador teria um acréscimo mensal de €25+€5,93= €30,93 ou um encargo suplementar anual de €433,02. Uma exorbitância.

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  33. Romão's avatar
    Romão permalink
    5 Dezembro, 2009 17:27

    25€ por ano, só podem pagar algodão e ainda pagam imposto de cubata.

    Isso é que eram tempos.

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  34. Romão's avatar
    Romão permalink
    5 Dezembro, 2009 17:27

    25€ por ano, só podem plantar algodão e ainda pagam imposto de cubata.

    Isso é que eram tempos.

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  35. Desconhecida's avatar
    Anónimo permalink
    5 Dezembro, 2009 17:29

    «Mesmo sendo verdade que há empresas que morrerão se lhes for retirado o oxigénio dos salários de 475 euros, convém perguntar que sentido faz a sua existência num país europeu no século XXI»

    O grande problema que a europa do século XXI enfrenta é mesmo esse, o facto de há já longa data estar a viver muito acima das suas posses, com benesses sociais incomportáveis e que sabe bem não mais poder prolongar este estado de coisas. Se calhar as empresas que pagam estes salários “ridículos” é que estão certas, só que infelizmente fazem-no pelas razões erradas.

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  36. Desconhecida's avatar
    Anónimo permalink
    5 Dezembro, 2009 17:36

    “Mas o que é certo é que mesmo tendo de fazer as contas ao tostão (ou ao cêntimo, para ser europeu) dá para duas famílias não pesarem no orçamento de estado, e antes pelo contrário contribuírem para ele, mesmo que pouco. Se calhar uma terceira família podia ter passado a pesar menos… Assim continuamos sem fim-de-semana, o marido e filhos ajudam nas horas livres, mas ainda não fechamos a porta …por enquanto.”

    Mas se os governantes decidirem aumentar os impostos, no mínimo, serão mais duas famílias a pesarem no orçamento, e com algum jeito, a ingressarem na economia paralela.

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  37. tina's avatar
    tina permalink
    5 Dezembro, 2009 18:17

    “Feitas as contas, o empregador teria um acréscimo mensal de €25+€5,93= €30,93 ou um encargo suplementar anual de €433,02.”

    Mas sabe quanto é que isso representa em vendas? Uma exorbitância!… Especialmente agora em tempos de recessão, em que se vende pouco. É totalmente absurdo fazer imposições de salário em tempo de recessão porque a inflação está baixa e o desemprego está alto. E agora, tenho de ir, espero encontrá-lo outra vez por aqui.

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  38. Desconhecida's avatar
    Eleutério Viegas permalink
    5 Dezembro, 2009 18:24

    Agora, além do “coiso”, que anda mais calminho, e do gajo que “cá está” a central de deinformação socretina lanções um fulano chamado “disse”. Não sei para que é o ponto…

    Quanto ao salário mínimo… Há situações e situações, há empresários e empresários, mas na grande parte dos casos de quem ganha este mínimo, a alternativa é isto ou o desemprego. Portanto…

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  39. Marcus Aurelius's avatar
    Marcus Aurelius permalink
    5 Dezembro, 2009 18:34

    Tudo que seja Profissional Liberal e PME e que não tenha a MAMA do ESTADO ou um PADRINHO está completamente FODIDO. Andamos é a pagar para CHULOS que vêm para aqui dizer MERDA da GROSSA. Então os escribas com o cu sentado em frente a um computador no word a fazer copy pastes de editoriais indianos, muitos deles a trabalhar para certas Multinacionais deviam era levar todos nos CORNOS. Melhor emprego não existe. Esses não têm uma ASAE para lhes FODER AS BENTAS. Andamos nós a pagar impostos para um ESTADO GORDO PARASITÁRIO, para os Xicos – Espertos das RSIS, para os Ciganos legalizados, para não falar de POETAS que nunca fizeram um corno na vida e andam a receber reformas milionárias. Fora os milhares de SANGUESSUGAS que andam de baixa pela caixa e de caixa pela baixa. Pagar impostos para quem? PQP! Prefiro não pagar um cêntimo a esses CABRÕES e distribuir a minha riqueza a quem eu bem entender e a quem eu acho que mereça. Se eu quiser pagar uma vacina compro, não preciso que andem uns FDP a gastar milhões de euros em negociatas para encher os bolsos. Que Estado Social é este? Isto é o Estado Socretino. Estado do Saque.

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  40. Piscoiso's avatar
    5 Dezembro, 2009 18:35

    O Eleytério anda preocupado com quem não pensa pela sua cartilha cretina porque os apoda de socretinos.

    Quanto ao salário mínimo, é o mínimo que se exige.

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  41. .'s avatar
    5 Dezembro, 2009 18:43

    Meu caro Eleutério,
    Pense e fale a sério
    Não fale às cegas
    Caro Viegas

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  42. Eduardo F.'s avatar
    Eduardo F. permalink
    5 Dezembro, 2009 18:51

    Rousseau, quer na Educação quer na Economia, continua a provocar muitos estragos. Conviria que o romantismo deveria ficar circunscrito às bibliotecas. Mas estou muito pessimista que seja possível circunscrevê-lo.

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  43. Eduardo F.'s avatar
    Eduardo F. permalink
    5 Dezembro, 2009 18:52

    Quero dizer, naturalmente, “devesse” em vez de “deveria”.

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  44. Eduardo F.'s avatar
    Eduardo F. permalink
    5 Dezembro, 2009 19:08

    Bom, o melhor é mesmo leramo editorial em causa. Como não tenho paciência para o copiar para a caixa de comentários, extraio apenas o seguinte excerto:

    «Mesmo sendo verdade que há empresas que morrerão se lhes for retirado o osigénio dos salários de 450 euros, convém perguntar que sentido faz a sua existência num país europeu do século XXI».

    Se este excerto não confirma a afirmação do João Miranda então a dislexia é, também ela, uma doença pandémica que se instalou entre nós. Ou então, o que também é provável, os testes PISA reflectem, com exactidão a iliteracia do país. Ah! Resta também a má-fé como factor explicativo.

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  45. Eduardo F.'s avatar
    Eduardo F. permalink
    5 Dezembro, 2009 19:10

    O comentário 43 não é meu.

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  46. .'s avatar
    5 Dezembro, 2009 19:13

    E o 44 ?

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  47. Percebeste Alguma coisa do que ele disse?'s avatar
    Percebeste Alguma coisa do que ele disse? permalink
    5 Dezembro, 2009 20:38

    «O editorialista do Público de hoje, ao defender que empresas que pagam salários de 450 euros/mês são empresas dispensáveis em Portugal, mostra que não tem a mínima noção do país onde vive nem das limitações da economia portuguesa.»

    E você João, tem essa noção ?
    Explique-se melhor porque não disse NADA.

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  48. Eduardo F.'s avatar
    Eduardo F. permalink
    5 Dezembro, 2009 20:51

    Como há quem pense que a melhor forma de contra-argumentar passa pela usurpação da identidade e falsificação dos comentários, faço lembrar, especialmente para aqueles participantes no Blasfémias mais recentes, que os comentários assinados como Eduardo F. serão verdadeiros se e só se a dimensão do avatar, em bytes, corresponder a 1447 bytes. Portanto, neste post, e à hora a que escrevo este “comentário”, a entrada #45 correponde a usurpação da minha identidade.

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  49. Percebeste Alguma coisa do que ele disse?'s avatar
    Percebeste Alguma coisa do que ele disse? permalink
    5 Dezembro, 2009 21:00

    49,

    Esquece…tu és um zé-ninguém. Estás preocupado com a tua identidade na blogosfera…um mero comentador de cartucho ?!
    Poupa-nos.

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  50. anónimo's avatar
    5 Dezembro, 2009 21:08

    Era uma vez o crédito de mercado

    No âmbito do seu poder de supervisão prudencial, o adormecido Banco de Portugal perguntou ao BCP quais os montantes de endividamento directo da Mota-Engil e, também, qual o valor dos empréstimos a sociedades suas participadas, nomeadamente os consórcios que gerem as concessões rodoviárias Lusoponte e Aenor. Devem ao BCP cerca de 900 milhões de euros. A Mota tem créditos directos assumidos junto do BCP de cerca de 300 milhões de euros e a sua divida total à banca ascende a 1,3 mil milhões de euros.

    Mas a Mota-Engil não é a única empresa cuja dívida põe em perigo a solvabilidade do BCP. É apenas um de um grupo de Seis clientes que devem ao BCP o equivalente a 80 por cento do seu valor em bolsa, um risco concentrado que o Banco de Portugal permitiu que chegasse a este cúmulo e para o qual só agora parece querer despertar.

    Todos nós sabemos o que aconteceu com o pequenino BPN e quanto custou ao país o torpor do BdP que o possibilitou. Ora, o BCP tem uma dimensão mais de dez vezes maior do que tinha o BPN. Se lhe acontecesse o mesmo, teríamos um risco sistémico agora real, com falências em dominó. Um risco real que ajuda a entender e será parte da equação da forma ruinosa como foram negociados os termos contratuais das concessões das 5 novas auto-estradas, nomeadamente a transferência do risco das concessionárias para o Estado apontada pelo Tribunal de Contas. O Governo, o mesmo sustentado por aquele partido que teve o cuidado de colocar varas da sua confiança na administração do BCP, terá tentado minimizar um descalabro potenciado por um regulador que não desempenha o seu papel. Terá consciência de que, no pior dos cenários, o muito seu Vítor Constâncio poderá custar ao país uma enormidade incomparavelmente maior do que os 270 mil euros que junta anualmente ao seu pecúlio. No melhor, e a somar a esse valor, custará ao país a sua contribuição para a diferença entre os termos contratuais que garantem por largos anos uma renda às felizes contempladas com as adjudicações em causa e aqueles que teriam sido alcançados caso acautelar o interesse público tivesse sido a prioridade de cada uma das negociações.

    Mas teria que ser forçosamente assim? A regulação é o que se vê. Não funciona. E o crédito, está mais que visto, constitui um risco acrescido para toda sociedade quando colocado à mercê da ganância de privados irresponsáveis. Os seus custos podem extravasar, como já aconteceu, e não apenas em Portugal, os balanços da instituição de crédito que o conceda e do cliente que o contraia. Ao invés, em mãos públicas, para o bem e para o mal, todos nós teríamos direito a votar na Assembleia Geral respectiva. E não apenas na hora de pagar. Também na de distribuir os lucros, que actualmente enriquecem uma pequena minoria à razão de mais de 12o milhões de euros diários, pela sociedade que todos queremos melhor. Mais e melhor Saúde, Educação, coberturas sociais, Justiça, Cultura. E mercado.
    http://www.opaisdoburro.blogspot.com/2009/12/da-regulacao-e-do-credito.html

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  51. anónimo's avatar
    5 Dezembro, 2009 21:15

    Em frente é que é o caminho

    Ao longo de três anos, por opção política, o investimento público caiu para mínimos. Havia um défice a combater. O investimento privado caiu por arrastamento e, com ambos, diminuiu a criação de emprego. Os salários caíram e as relações laborais foram “flexibilizadas”. Havia que equilibrar uma batalha, perdida à partida por força de um comércio livre que permite a concorrência em pé de igualdade entre produções com e sem direitos laborais e restrições ambientais, de uma espécie de competitividade que se conseguiria embaratecendo o factor trabalho. O consumo das famílias caiu por arrastamento e, com ele, também por esta via, a criação de emprego. Houve empresas que tiveram que fechar as suas portas, perdendo-se o emprego que asseguravam. Da conjugação de todos os anteriores, caíram as receitas fiscais e caíram as contribuições para a Segurança Social, tantos foram os encerramentos e tão forte foi a diminuição da actividade das empresas, e porque a massa salarial diminuiu, quer em termos absolutos, quer em proporção da riqueza total criada. Com todos eles, aumentou o défice orçamental, forçando a novos cortes no investimento público e a congelamentos salariais, com as mesmas consequências atrás referidas, e aumentou o défice da Segurança Social, forçando a introdução de uma nova fórmula de cálculo das pensões, penalizadora, e a um aumento da idade da reforma. A opção política foi, assim, a de manter quem deveria estar em casa a descansar de toda uma vida de trabalho a ocupar os postos de trabalho que deveriam ser ocupados pelo exército de desempregados que, soube-se ontem, ultrapassam já os 10 por cento da população activa. 10,2 por cento, para ser mais preciso. Mas nada de recuar nas e repensar as políticas que foram seguidas, sem dúvida alguma, as mais correctas. Não há erros a assinalar. A “culpa” é toda, todinha, da maldita crise internacional. As políticas são para manter. A bola de neve continua a crescer.
    http://www.opaisdoburro.blogspot.com/2009/12/em-frente-e-que-e-o-caminho.html

    Para que serve o voto útil no PS II

    Portugal não utilizou 6.151,6 milhões € de fundos comunitários do QREN até 30/06/2009 que o podiam ser para dinamizar a economia e criar emprego, por Eugénio Rosa.
    http://www.5dias.net/2009/12/01/para-que-serve-o-voto-util-no-ps-ii/

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  52. anónimo's avatar
    5 Dezembro, 2009 21:17

    O Império Mota-Engil

    A Mota-Engil é a Companhia das Índias Orientais do socialismo moderno à portuguesa. O seu poder no Aparelho do Estado durará, talvez não 200 anos, mas enquanto durar a hegemonia estabelecida pela via marítima Sócrates-Jorge Coelho.
    (5 Dias)

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  53. tina's avatar
    tina permalink
    5 Dezembro, 2009 21:24

    “Tudo que seja Profissional Liberal e PME e que não tenha a MAMA do ESTADO ou um PADRINHO está completamente FODIDO. Andamos é a pagar para CHULOS que vêm para aqui dizer MERDA da GROSSA”

    exactamente.

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  54. Eduardo F.'s avatar
    Eduardo F. permalink
    5 Dezembro, 2009 21:26

    #50,

    O seu comentário qualifica-o perfeitamente.

    Entretanto, já cumpriu a quota para que lhe paguem a avença?

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  55. anonimo's avatar
    5 Dezembro, 2009 21:30

    O tecido empresarial português é quase inteiramente constituído por PME. São estas empresas que empregam. Com uma taxa de desemprego já insuportável para uma economia frágil como a nossa, não seria de apostar totalmente no apoio, através do não agravamento dos custos designadamente do factor trabalho, a estas empresas? Os benefícios são económicos e também sociais.

    O grande problema está na concepção das políticas económicas e sociais do desgoverno que tivemos durante a último legislatura e que quer continuar no caminho da tragédia.

    Inevitavelmente, a curtíssimo prazo, o país terá que ser gerido por pessoas com o mínimo de competência e sentido de serviço ao país. É imperioso e urgente.

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  56. lili's avatar
    5 Dezembro, 2009 21:34

    Itália: milhares na rua para exigir a demissão de Berlusconi

    Milhares de pessoas manifestaram-se este sábado em Roma contra o primeiro-ministro italiano, Sílvio Berlusconi, num protesto organizado através da rede social Facebook, noticia a «EFE». numa manifestação pelas ruas de Roma à convocação feita

    O «No Berlusconi Day», iniciativa criada a 9 de Outubro por um grupo que pretende a demissão do chefe do Governo, mobilizou 500 mil pessoas, segundo refere a organização.

    O prémio Nobel da Literatura José Saramago não está presente mas enviou uma mensagem para ser lida durante o evento.

    No decurso da marcha várias pessoas envergaram máscaras de Berlusconi com a inscrição «não».

    A manifestação começou pelas 14h locais (13 em Lisboa), na Praça da República, em direcção à basílica de São João de Latrão, onde foi montado um palco para o evento.

    Os discursos ficam por conta da sociedade civil e de figuras da cultura italiana, destacando-se outro Nobel de Literatura, Dario Fo.

    De acordo com Gianfranco Mascia, um dos promotores da manifestação, «esta é uma manifestação convocada por cidadãos na internet e graças à internet. Somos um movimento político, mas não pertencemos a nenhum partido e decidimos organizar esta manifestação justamente porque os partidos não o fazem», explicou.
    http://www.tvi24.iol.pt/internacional/berlusconi-italia-saramago-manifestacao-roma-tvi24/1108200-4073.html

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  57. Filipe's avatar
    Filipe permalink
    5 Dezembro, 2009 21:36

    O jornalista do Público, assim como a maioria dos nossos comentadores e politólogos que pululam na nossa comunicação social deviam viver durante uns meses fora de Lisboa a gerir uma PME, e assim ficariam a conhecer o país real. Esse não está nas páginas dos jornais, no Chiado, no Estoril nem nos hotéis do Algarve, mas sim na Covilhã, em Bragança ou mesmo no Porto.

    Ao gerirem uma PME, ficariam a saber que é quase impossível arranjar empregados com formação técnica. Não há monitores de maquinaria, costureiras ou padeiros que se apresentem no primeiro dia de trabalho com uma formação técnica avançada e exigente nestas áreas, que cheguem sempre a horas, e que seja produtivos e eficientes. Se eu quiser um empregado para uma quinta agrícola no Alentejo que saiba adubar, regar, enxertar, perceba de gado ou saiba gerir o espaço, isto é´, que tenha um 12.º ano numa Escola Agrária em condições, pura e simplesmente não arranjo. Se eu quiser um padeiro que saiba fazer pães de leite, massa folhada, pão alentejano ou bolos com qualidade e que tenha uma formação numa Escola Profissional de Pastelaria, Padaria ou Restauração não arranjo! O que há é gente que não sabe fazer nada e que em 8 horas faz mal o que podia ser feito em metade do tempo. É assim que querem salários altos? Bem, o melhor é acabarem de vez com as PME e ficarem só as grandes empresas. Melhor dar eutanásia do que prolongar ainda mais o sofrimento, como eles defendem.

    Tristes e ignorantes «elites» andam por Lisboa… Deslumbrados, arrogantes e burros…

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  58. anonimo's avatar
    5 Dezembro, 2009 21:36

    “Editoriais sobre um país paralelo” – JM

    Claro!

    De acordo.

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  59. anonimo's avatar
    5 Dezembro, 2009 21:45

    # 58

    A realidade que descreve INFELIZMENTE vai-se agravar MUITÍSSIMO consequência do que se está a passar, nestes últimos anos, no sector da Educação. AGRAVAR E MUITO.

    A mensagem para os alunos é que não é necessário estudar, esforçar-se. ETCCCCCCCCCCCCCCCC

    ESSE SIM, VAI SER O TOTAL DESCALABRO.
    O país não se vai MESMO endireitar, a manter-se gente completamente incompetente, doida, incapaz etccccccccccccccccccc

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  60. anonimo's avatar
    5 Dezembro, 2009 21:48

    Escola Agrária?

    O ensino politécnico, em geral, é a fraude TOTAL.
    Não dá para explicar.
    Não dá.
    É de-mais, para quem sofre de problemas cardíacos …

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  61. gigi's avatar
    5 Dezembro, 2009 22:07

    Cinco Erros que Pagaremos Caro

    A actual política educativa assenta em muitos equívocos, chavões mal demonstrados, fundamentações erradas e muitos anúncios de “sucessos” que não passarão de falhanços a curto ou médio prazo. Algumas das medidas erradas irão demonstrar a sua invalidade daqui por uma mão-cheia de anos, enquanto outras que se anunciam terão efeitos devastadores a mais longo prazo, para lá de 2013, que é o horizonte da actual governança. Quando se realizarem as provas de um hipotético PISA 2018 perceberemos isso, mas entretanto já terá sido deitada fora a pouca água que resta na banheira, o bebé e tudo o que está à volta.

    Aqui vou apenas alinhar aqueles que acho mais calamitosos:

    1. A multiplicação de cursos que de profissionais ou profissionalizantes só têm o nome: na realidade muitos CEF (ou EFA) não passam de uma forma de combater o insucesso escolar – e em menor grau o abandono – através da criação de cursos praticamente sem meios técnicos, com uma capacidade de integrar os alunos no mercado de trabalho meramente provisória e uma estratégia cosmética para dar a entender que voltámos a ter uma espécie de ensino técnico intermédio. Na verdade são muitas vezes “turmas de nível” disfarçadas onde se promete sucesso em troca da presença na escola ou, se outras asneiras singrarem, apenas da matrícula. Entre nós apresenta-se, portanto, como grande iniciativa o que além-fronteiras já começou a ser questionado por fornecer uma educação de segunda qualidade, sem verdadeira relação com as necessidades de mão-de-obra e apenas iludindo os formandos com um diploma sem especial valor para os empregadores, conhecedores de tudo isso e que acabam por preferir trabalhadores formados através da prática no local de trabalho.

    2. A quebra de qualquer laço de confiança entre a maior parte da classe docente e a tutela: o que acabou por acontecer nestes dois últimos anos foi a instalação de um clima de perfeita animosidade, repulsa e desânimo entre um número enorme de professore, em todos os escalões da carreira, muitos deles sem historial de postura muito crítica ou de adesão a “radicalismos” sindicais. Não são poucos os estudos que demonstram que sem um activo empenho dos docentes, nenhuma reforma educativa consegue ter sucesso, mesmo as que se baseiam em pressões directas sobre eles ou em truques legislativos para “inventar sucesso”. Viñao Frago, David Tyack, Diane Ravitch e outros têm escrito sobre isso, desmontando os mecanismos que fazem com que a intenção legislativa, mesmo quando é límpida e transparente, tem dificuldade em atingir o terreno concreto das realizações. Por maioria de razão, a situação piorará quanto mais a tutela desacreditar e amesquinhar aqueles que quer que lhe obedeçam. Porque quanto maior a pressão, mais forte tende a ser a reacção, a mais curto ou longo prazo.

    3. A opção pela monodocência (coadjuvada) para um ciclo de escolaridade de seis anos: os resultados insatisfatórios dos vários testes comparativos do PISA demonstram até que ponto é essencial o aprofundamento das aprendizagens nos primeiros anos da escolaridade. Ora uma opção por um modelo generalista de docência, num país onde as bases da literacia (científica ou outra) são pouco firmes, é algo profundamente errado. O que os especialistas e responsáveis governamentais actuais parecem não entender é que os tempos, sendo de dispersão das áreas de conhecimento e de alguma hiper-especialização, não são necessariamente de molde a ganhar muito com educadores generalistas, quando os alunos cada vez acedem com maior facilidade a conhecimentos muito específicos sobre muitos temas. Quem interpreta a situação de forma superficial, considera que são necessários meros técnicos educativos com um saber pedagógico geral, complementado com uns créditos disto e daquilo, tudo polvilhado com um mestrado de pouco mais de seis meses. Quem entende o que se passa, percebe que é necessário exactamente o contrário. Que após uma fase inicial de aprendizagem de hábitos de trabalho, pesquisa, estudo e organização da informação, os alunos de hoje, da era digital e da informação rápida e acessível, precisam de educadores que tenham uma formação “forte” nas suas áreas de especialidade, por forma conseguirem ajudar os seus alunos a dar sentido ao manancial informativo disponível. E isso não se consegue com alguém “com umas ideias” de Matemática, com outras de História e mais algumas de Ciências ou Língua Portuguesa.

    4. A definição de apenas dois ciclos de escolaridade de seis anos com pretensos fundamentos pedagógicos e alegando que visa reduzir o choque das transições para os alunos mais jovens (embora a taxa de retenção não confirme esse choque de forma iniludível), quando na realidade a medida tem, com estes actores políticos, meros objectivos de mascarar o insucesso escolar, pois o que se vai pretender é que só no final de cada ciclo possam existir retenções e que cada professor titular de turma seja directamente responsabilizado – na sua avaliação – pelo (in)sucesso dos alunos a seu cargo. O que, em países com uma alfabetização consolidada e com meios familiares capazes de acompanhar e ajudar os alunos nos seus estudos, pode ser uma vantagem e uma boa medida, entre nós dificilmente o será, porque corresponderá à extensão do actual modelo do 1º CEB com o consequente adiamento do aprofundamento dos conteúdos abordados, que a própria formação generalista dos docentes impedirá. Para além disso, é uma medida que visa reduzir o número de professores no activo, sem especiais vantagens para os alunos.

    5. Um modelo errado de formação profissional e certificação de competências assente meramente numa certificação e não numa aquisição de competências ou conhecimentos, pois o projecto Novas Oportunidades baseia-se na seguinte lógica: atrair quem sente falta de uma “certificação” para aceder a uma situação melhor, entrando num esquema de formação que nada de substancial lhes traz (e a maioria dos potenciais empregadores sabem isso) para além do diploma e eventual participação em cerimónia oficial. O culminar de tudo é a distribuição de diplomas em catadupa, preparados em centenas de centros de validação de certificações, numa teia burocrática que absorve boa parte das verbas envolvidas (o formador e o certificador, por regra, ganham mais do que o formando/certificado), que depois se apresentam, em acções de propaganda, como enormes sucessos de uma política de requalificação da população activa com baixos níveis prévios de qualificação. O problema é que, nem se estudam a sério as consequências deste tsunami certificador em termos de ganhos efectivos de rendimentos pelos, nem estes novos diplomados são testados de forma independente e comparativa nas competências que supostamente adquiriram. E tudo acabará como os cursos do Fundo Social Europeu: a médio prazo, constatar-se-á que a população activa continua subqualificada em muitas áreas do mercado de trabalho. Apesar de dezenas e centenas de milhar de certificações e diplomas.

    Mas claro que, quando se perceberem os erros, a culpa nunca será de ninguém. Pois até aposto que os relatórios oficiais dificilmente negarão adjectivação abundante e entusiasmada quanto ao “sucesso”.

    E a vidinha continuará como sempre.
    http://www.sol.sapo.pt/blogs/paulog/archive/2007/12/28/Cinco-Erros-que-Pagaremos-Caro.aspx

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  62. Filipe's avatar
    Filipe permalink
    5 Dezembro, 2009 22:57

    Estes cursos técnico-profissionais são uma fraude! Como se pode ensinar futuros mecãnicos, pasteleiros, agricultores ou estilistas se as escolar não têm estufas, fornos, oficinas ou maquinaria para os alunos aprenderem, nem professores com formação para tal?

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  63. Desconhecida's avatar
    jiboia cega permalink
    5 Dezembro, 2009 23:13

    Filipe. Informa-te antes de vomitares bacoradas.

    O meu filho tirou um curso de Mecatrónica com aulas teóricas e práticas, foi fazer o estágio para uma empresa e ficou lá a trabalhar.

    Isto numa época em que a indústria automóvel passa por grande crise.

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  64. Desconhecida's avatar
    anti-piscoiso permalink
    5 Dezembro, 2009 23:15

    Zenóbio. O café dá 90% de lucro???

    A 55/60 cêntimos, o café dá entre 300 a 400%. Garantidos.

    É garantido por quem está no negócio.

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  65. Desconhecida's avatar
    Zenóbio permalink
    5 Dezembro, 2009 23:39

    anti-piscoiso

    Já contei com lavagens, guardanapos, açúcar, talheres, água e energia.

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  66. Filipe's avatar
    Filipe permalink
    5 Dezembro, 2009 23:42

    Jiboia Cega, o caso do seu filho será certamente uma excepção. Dois familiares meus também fizeram um curso técnico e estão a trabalhar na Autoeuropa. Mas a minha família tem PME’s e está ligada a associações do sector, portanto sei do que falo. Já agora, modere a linguagem, este blog não é o pátio de uma secundária suburbana.

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  67. JMG's avatar
    JMG permalink
    6 Dezembro, 2009 00:30

    O aumento do salário mínimo não é em muitas empresas apenas o aumento do salário mínimo, porque obriga a rever os salários de quem ganhava mais do que o salário mínimo, para manter uma certa coerência da grelha salarial. Se não se fizer assim criam-se tensões no ambiente de trabalho. Mas isto é em muitas PMEs reais, nas PMEs da imaginação de teóricos da gestão (toda a gente) é diferente.

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  68. anonimo's avatar
    6 Dezembro, 2009 00:36

    # 63

    Claro. Onde iremos pagar muito caro será na formação das pessoas. Os custos do tufão que está a espatifar as bases da sociedade – a Educação.

    Que ninguém ouse dizer que os professores não avisaram a população da calamidade social que se estava a preparar pela via total da mentira e da manipulação da informação.

    O caos ainda não está completamente instalado, porque muitos professores conscientes do seu papel decisivo na construção e no desenvolvimento do país, ainda não cruzaram os braços.
    Estou optimista que “aguentem a barra pesada”, até o país se ver livre desta cambada de malfeitores.

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  69. Desconhecida's avatar
  70. Tina's avatar
    Tina permalink
    6 Dezembro, 2009 02:29

    70,

    VAI À MERDA.

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  71. tina's avatar
    tina permalink
    6 Dezembro, 2009 09:10

    Não disse nada disso. Estão a usurpar o meu nome.

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  72. tina's avatar
    tina permalink
    6 Dezembro, 2009 09:21

    Os ranhosos descem ao mais baixo nível que se possa imaginar, não hesitam em recorrer aos truques mais sujos. Como aquele documento fraude que aparece no Abrupto, que faz passar Sócrates por honesto-distraído e Armando Vara por honesto-escrupuloso. JPP descreve bem o comportamento destes ranhosos:

    “O que me preocupa é que pululam nos meios do poder uns meninos convencidos que vale a pena imitar o “departamento dos truques” do Nixon, o tal que acabou no Watergate, uns amadores que viram uns filmes de espionagem e que passam o dia, pagos com o dinheiro dos contribuintes, a fazer brincadeiras na Internet convencidos que são muito sofisticados. Um dia dá para muito torto, no entretanto vão fazendo exercícios escolares de treino como estas falsas “escutas”.”

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  73. tina's avatar
    tina permalink
    6 Dezembro, 2009 09:28

    Mais mentiras do governo de Sócrates. (Entrevista a Bagão Féliz tirada da referência do anónimo 70)

    “E queria falar de assunto que os analistas esquecem muitas vezes.

    ARF – Qual?

    – É comparar orçamentos. Hoje em dia não é possível comparar orçamentos.

    ND – Porquê?

    – Porque há cada vez maior desorçamentação. Quer do défice, quer da dívida. Vou-lhe dar dois exemplos. O ministro das Finanças e o primeiro-ministro dizem que as despesas com pessoal na administração pública, no sector público administrativo, diminuíram de 15 para 11 por cento do PIB. É uma mentira.

    ARF – Uma mentira?

    – Sim. O que é que aconteceu? Aconteceu que os funcionários dos hospitais, que agora são entidades públicas empresariais, da antiga Junta Autónoma das Estradas, que agora é uma sociedade anónima, de alguns laboratórios do Estado, das universidades que se transformam em fundações deixam de ser pessoal do Estado. Mas estão lá.

    ARF – São pagos pelo Estado.

    – São pagos pelo Estado. Arrisco dizer que um défice actual de 8 por cento equivale, em termos comparáveis, a um défice de 11, 12 ou 13 por cento e há 15 anos.”

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  74. bulimundo's avatar
  75. .'s avatar
    6 Dezembro, 2009 09:44

    Ui! Bagão Félix, esse magnífico Secretário de Estado da Formação Profissional do governo Cavaco Silva, quando a UE fazia aqui chover dinheiro.
    Não há dúvida de que fez um bom trabalho…

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  76. anónimo's avatar
    6 Dezembro, 2009 10:53

    DN: «PSD impõe comissão de inquérito ao Magalhães»

    O facto de ter sido escolhido sem concurso o portátil da JP Sá Couto para o programa e-escolinha está na mira dos socias-democratas. Bem como os gastos para o erário público

    http://www.tvi24.iol.pt/sociedade-nacional/dn/1108272-4555.html

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  77. Desconhecida's avatar
    anónimo permalink
    6 Dezembro, 2009 11:08

    podiam propor um inquérito ao aluguer da dívida pública ao citi.

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  78. anónimo's avatar
    6 Dezembro, 2009 11:12

    Fundação fictícia

    A Fundação das Comunicações Móveis foi o artifício de que o Governo se serviu para fazer
    o ajuste directo dos computadores Magalhães e outros no âmbito da sua política da
    educação. Mas fê-lo contrariando o direito nacional e comunitário.

    O direito nacional e comunitário obriga à realização de um concurso público para a
    aquisição dos ditos computadores. A natureza excepcional dos procedimentos contratuais
    não competitivos, ainda recentemente sublinhada pelo Tribunal de Contas num relatório que
    avaliou um conjunto de grandes obras públicas, foi mais uma vez defraudada, como já
    sucedeu no passado.

    O Governo defende-se alegando que não celebrou qualquer contrato de aquisição de
    computadores e programas informáticos, seja por ajuste directo, seja por qualquer outra
    forma. No âmbito das iniciativas do programa e-escola, é o operador de telecomunicações
    que contrata com os fornecedores do equipamento necessário para a concretização das
    iniciativas.

    Mas é manifesta fraude à lei nacional e comunitária evitar a obrigação do concurso
    público através da celebração de contratos de aquisição de bens, por ajuste directo feito
    por interposta pessoa jurídica de direito privado.

    Com efeito, a referida Fundação das Comunicações Móveis é controlada por emissários do
    Governo, financiada pelo Governo, sediada em imóvel do Governo e prossegue objectivos
    políticos do Governo, realizando uma operação de colocação de computadores nas escolas
    amplamente explorada pelo Governo para fins de propaganda política no país e no
    estrangeiro.

    O artifício da interposição de uma pessoa jurídica de direito privado num negócio desta
    natureza tem um propósito claro de evitar a aplicação das regras do direito público, que
    imporiam a realização do concurso público e a fiscalização do Tribunal de Contas. Dito de
    outro modo, o Governo prossegue a sua política fora dos limites da lei da contratação
    pública e das directivas comunitárias e nomeadamente da Directiva 2004/18/CE relativa à
    adjudicação de contratos públicos, adjudicando por interposta pessoa a quem bem entende
    os contratos de fornecimento de bens que servem a sua política. Estas são, aliás, as
    conclusões preliminares do relatório do comissário Charlie McCreevy, titular da pasta do
    mercado interno da Comissão Europeia. Este modo de fazer política através de artifícios e
    fraudes à lei revela um desprezo grave pelas regras como funciona um Estado de direito.
    Não há império da lei quando o Governo é o primeiro a defraudar os mecanismos de
    transparência e fiscalização da actuação da administração pública, afastando mesmo o
    Tribunal de Contas do exercício das suas competências legais.

    A actuação tortuosa do Governo no negócio dos computadores terá consequências políticas a
    nível nacional, competindo a cada português avaliar nas próximas eleições os governantes
    responsáveis. Mas a actuação do Governo terá também consequências jurídicas altamente
    nefastas para o País, na medida em que as instâncias europeias venham a sancionar
    Portugal pela utilização do artifício da Fundação fictícia. Nessa altura serão todos os
    portugueses a pagar pela política ilegal do Governo. C
    http://www.dn.sapo.pt/inicio/opiniao/interior.aspx?content_id=1290880&seccao=Paulo%20Pinto%20de%20Albuquerque&tag=Opini%E3o%20-%20Em%20Foco

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  79. anonimo's avatar
    6 Dezembro, 2009 11:21

    # 78

    Depois dos governos do pêsse-Guterres, MFL safou o país e você ainda vem falar de uma medida que tomou para safar o país do descalabro TOTAL?

    É idiota, estúpido, pobre e mal agradecido.

    Essas técnicas de manipulação das pessoas já não pegam, pimpolho!

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  80. .'s avatar
    6 Dezembro, 2009 12:22

    Estava pior do que agora?
    Não se pode voltar a fazer o mesmo?

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  81. Desconhecida's avatar
    TRIBUNUS permalink
    6 Dezembro, 2009 14:29

    a existencia de mão de obra a 450 euros. è culpa de um estado permissivo que deixou o aluno abandonar os estudos
    para levar uma vida ociosa. que não permite que o kesmo tenha capacidade para vender a sua força de trabalho. Homens e mulheres pouco exigentes vem agora dizerr que trabalharam 30 anos numa empresa, sugeitos a uma escavidão que lhe sabai bem, ia dando….

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