Bom dia (se puderem)
4 Fevereiro, 2010
Enquanto deputados e governantes discutem uma questão completamente lateral como as transferências para a Madeira, os mercados estão a avaliar muito negativamente a capacidade do Estado português para pagar dívidas, o que já está a ter reflexos nas empresas portuguesas. O PSI caiu 6% desde ontem. Note-se que esta avaliação está a ser feita pelos mercados (e não pelas tenebrosas agências de rating), isto é, por aqueles que podem ou não estar dispostos a financiar a dívida portuguesa e a investir nas empresas portuguesas.
E o governo continua a agir como se não percebesse a gravidade do problema.
21 comentários
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“o défice deste ano andará pelos 9 a 10%”
(Bagão Félix, Outubro? 2009)
“fiquei muito surpreendido com o agravamento do défice em Dezembro”
(Vitor Constâncio, Janeiro 2010)
“Portugal é hoje um país mais desenvolvido, mais próspero, mais moderno, mais preparado…”
(José Sócrates)
“o senhor não é o salvador da pátria; o senhor é o coveiro da pátria”
(Manuela Ferreira Leite, “a velha” do PS)
“é o dinheiro do PS”
(Elisa Ferreira)
“o PS é um partido (a)fundador da democracia”
(eu e não só)
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É provável que ainda venha a ser necessário aqueles cortes de salário que Teixeira S anunciava como “desnecessários”, ainda vamos ver greves de políticos (não sei bem à porta de quem…talvez do BCE, ou do FMI!!!).
Não faz sentido que em época de contenção se apresente o orçamento mais “obeso” de sempre… sinal de que estamos bem e nos recomendamos…
Seguimos um caminho pré definido por Bilderberg, sermos governados por um qualquer banco global… Obrigado a todos os governos do Pós 25 de Abril, em particular os últimos 15 anos…
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Acho que se devia criar uma agência, no seio da UE, que avaliasse de forma “independente” as cotações das empresas em Bolsa, de modo a defender o seu valor contra os ataques especulativos de quem corre o risco de perder o seu capital ao investirem nas acções dessas empresas.
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Está para nascer o PM que consiga quadruplicar o CDS do primeiro país a sair de uma recessão europeia em apenas 4 meses (50->200).
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É um país sem conserto. Ele é uma cabeça de vento completa, rodeado por yesmen, que andam a brincar com a vida dos portugueses.
O que me custa é a apatia dos agntes económicos, em especial a banca. Não vêm que serão os primeiros a falir?
Cambada de irresponsáveis.
anti-comuna
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#3
Essa é de chorar a rir. Parabéns grande comentário.
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O Cavaco devia reunor todos os partidos e os pressionar para se mexerem a sério.
Anunciem um corte de 10% em todo o funcionalismo público.
Anunciem um programa a sério de privatizações, desde transportes, RTP, CPs, etc. Fechem fundações e outras empresas para esconder as despesas.
Anunciem a desistência de todos os projectos megalómanos, do dito investimento público.
E não toquem nos impostos. Isso seria mater a retoma económica e contribuir para baixar a matéria tributável.
Mexam-se, seus calões. Mostrem por uma vez na vida que têm tomates e vontade de resolver os problemas do país.
Nem com o abismo à frente dos olhos esta gente dá um passo. parecem coelhos sob uma forte lanterna. Arre, que classe política estúpida.
anti-comuna
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Portugal entrou oficialmente em bancarrota.
Nao ter capacidade para pagar dívidas é isso que se chama.
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Ontem, o Comissario Almunia, e os mercados puseram mais uma vez a descoberto as fragilidades das contas portuguesas, e vieram dizer que o governo não está a fazer o que deve para inverter a situação calamitosa em que nos encontramos. O governo está isolado, e em panico: não me admiro nada que amanhã Teixeira dos Santos se demita. O que seria uma sorte para Portugal, porque um min das finanças que passa a vida a enganar-se nas contas, não pode ser ministro, não é verdade?
Ainda um pequeno aparte: tendo Manuel Alegre anunciado a sua candidatura à presidencia da Republica, expressamente contra o actual Presidente, como consta no seu manifesto de candidatura, o que é que está a fazer no conselho de Estado que é um orgão de aconselhamento do PR? É esta a ética républicana do M. Alegre: vale tudo, menos ser ético. E ainda não ouvi nenhum daqueles que estão sempre a pedir a demissão de toda a gente, quando não são amigalhaços, falar sequer deste assunto.
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É desta? Os ratos já estão a tentar abandonar o barco (esta pseudo-crise simulada relativa às finanças regionais, forçando uma ruptura que leve à demissão do PM), é sinal de que o rombo é fatal…
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Recorda-se a frase de Teixeira dos Santos quando já em Setembro de 2008 disse que a crise pouco atingiria Portugal e só não se fica com vontade de rir porque a situação é mesmo explosiva e vai atingir-nos a todos.
E também devemos recordar a maneira como Manuela Ferreira Leite foi tratada.
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Juntámos, num mesmo país, os profetas da desgraça e os palhaços da desgraça; os que pintam o negro de preto e os que se fingem surpreendidos quando já têm um pé na cova.
E os outros?
Os que continuam a trabalhar e a cumprir as suas obrigações como cidadãos e contribuintes?
Os que assistem ao beija-mão do PSD a Jardim, à cassete populista do CDS, à fossilização do PCP, à demagogia asquerosa e trauliteira do Bloco, à mentira cacofónica do PS?
Esses que aceitam o “apertar do cinto” mas pedem o fim da roubalheira e do despesismo.
Os que não aceitam a fuga ao fisco nem a parvoice senil de deputados como o Jorge Strecht.
Os que sabem que no Governo e na oposição, como em toda a sociedade, existem integros e corruptos.
Os que, embora não especialmente letrados, sabem que é determinante melhorar a educação (em todas as suas vertentes), a justiça e a fiscalidade.
Os que sabem do lastro pesado das corporações na saúde, na educação e na justiça, que tem impedido reformas sérias nestas áreas.
Os que poupam e vão “pagar o pato” com essas poupanças.
Como ficam esses?
Esperam ou afiam as facas?
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É natural que antes do fim de ano tenhamos uma redução de salários próxima dos 5%,( para não se dizer que estamos pior que a Irlanda que reduziu em 10%).
Mas, como não deve chegar, preparem-se para verem o subsidio de Natal retido para ser transformado em Consolidados do sistema com taxas de juro à Salazar.
Atenção às poupanças: se não quiserem pôr os dinheiros debaixo do colchão, (até porque o desemprego e as leis inventadas por estes capangas conduziram o país a uma insegurança total,) evitem bancos tipo BCP e BES.
As alternativas são, a CGD porque é do Estado, o BPI porque tem uma gestão mais transparente, o Santander porque é um banco de retalho com muita liquidez e o Montepio porque é controlado por uma Associação de Socorros Mútuos com associados diligentes.
Se os freguêses tiverem alguma liquidez, tratem rapidamente de liquidar ou amortizar os empréstimos, porque aí estão a aparecer os juros leoninos.
Se forem jovens, emigrem para o Brasil, Angola, Africa do Sul, Reino Unido, Alemanha … países que precisam de mão de obra qualificada.
Se forem velhos, mais de 25 anos, fiquem em casa, sossegadinhos e evitem as constipações pois a saúde vai estar pela hora da morte.
E se julgarem que lá por terem 64 anos se vão reformar para o ano, desenganem-se, pois a idade da reforma vai passar para os 66 anos e meio (para não dizerem que estamos pior que a Espanha que irá para os 67).
…
Continuem a votar nos capangas do sistema e digam agora que tiveram azar!
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a gravidade do problema é tu não perceberes o que se passa nas negociações do aluguer do tostão e interpretares as declarações dos interessados como verdades absolutas e não como argumentos negociais. deixa-os poisar e vais a quantidade de malta a querer emprestar dinheiro para petróil e afins. ou és mesmo saloio ou tens má fé compatível com o burj dubai.
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7.anti-comuna disse
4 Fevereiro, 2010 às 11:11 am
Tudo isso para que a africanização continue.Nada de mudar nada na construção do grande sobado, esse império de novo tipo em que são os indígenas a pagar e a combater as diferenças e a acolher a África inteira que nos escolha.Logo nacionalizados não vão os gajos enriquecer outro país…
Ou a o regime rebenta e se desfazem as asneiras internacionalistas ou vamos ter mais do mesmo…
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Estou a ver uma hipótese de solução: é que se venda isto por atacado a Angola…
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“Arre, que classe política estúpida.”
Olhe que não, caro anti-comuna #7. Olhe que eles governam-se bem. Muito bem mesmo!…
Com o nosso dinheiro, é claro!…
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Para o nosso PM, o que é que representam problemas deste tipo, em comparação com “problemas” tipo Mário Crespo, Medina Carreira, M. M. Guedes, J. M. Fernandes ou J. M. Tavares?. Nada.
Isto não passa de uma gigantesca cabala urdida pelas entdades internacionais contra Portugal e o seu governo.
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“Olhe que eles governam-se bem. Muito bem mesmo!…
Com o nosso dinheiro, é claro!…”
Infelizmente tem razão, caro Pi-Erre.
Mas até dá pena.
anti-comuna
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Ó piscoiso!
Não dizes nada?
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Fuga. Toda a gente percebe que o Executivo, obrigado a negociar, obrigado a compromissos, presionado a decisões sérias, coerentes, francas, transparentes, multilaterais está a dar-se ares. Quer fugir. Quer fugir sobretudo porque a margem de verdade e credibilidade está esgotada, tal a argentinização perpetrada por Banco de Portugal, INE, Ministério das Finanças, ao longo do período pré-eleitoral. A guerra pífia e quixotesca às agências de rating (goste-se ou não se goste, são elas a determinar o custo dos juros!) e a superficialidade da agenda gay-política actual, os volumosos assédios aos media e as sistemáticas marradas aos livre-pensadores, livre-opinadores, tudo isso configura o impensável ou basicamente ocultado: um Mega-Pântano, Pântano ao Quadrado. Por isso, como escrevem mesmo os observadores provenientes do socialismo verterbrado, gente isenta e lúcida, mal se compreende o dramatismo político que o Governo coloca nas relações com a Oposição. Pura e simplesmente não é proporcional aos montantes envolvidos. Quando a Oposição adiou a entrada em vigor do chamado Código Contributivo que retirou ao Estado centenas de milhões de euros em receitas para a segurança social (medida de âmbito geral e nacional) ninguém falou em demissões. Agora Teixeira dos Santos ameaça demitir-se quando se joga uma quantia de menos de cem milhões a transferir para a Região Autónoma da Madeira. Teatro. Amuo. Vontade de fugir a sete pés lá para o Paraíso das offshores, dos berros, das lagostas, dos safaris em África, das compras na Califórnia, dos anúncios e sorrisos. O Povo não teve, nem tem!, recursos de literacia para descodificar os frutos putrescentes de esta casta de sôfregos.
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