Saltar para o conteúdo

Um coisa e o seu contrário

15 Março, 2010

Dos 89 congressos realizados na democracia pelos partidos que actualmente têm assento parlamentar, um terço pertence ao PPD/PSD, para usar a sigla tão a gosto de Santana Lopes. Até nisso este é um partido sui generis: os seus mais destacados quadros não estão de acordo sobre a forma de identificar o partido. (…) Dentro de semanas embrulharão de novo o busto do fundador e sentar-se-ão de frente para ele noutro pavilhão, com as mesmas faixas laranja acabadas de colocar. Já o fizeram 32 vezes

6 comentários leave one →
  1. Desconhecida's avatar
    anónimo permalink
    15 Março, 2010 11:09

    saía mais barato fazerem uma romaria anual ao cemitério e sempre mantinham a média para o guiness

    Gostar

  2. Desconhecida's avatar
    António Lemos Soares permalink
    15 Março, 2010 11:27

    Costumo dizer aos meus amigos que o PSD não é um Partido. É antes uma «Frente Partidária» constituída por 4 correntes fundamentais, muitas vezes contraditórias entre si: a Social-Cristã; a Social-Liberal; a Social-Tecnocrata e a Social-Democrata.
    É isso que explica o elevado número de Congressos e a lista de líderes que já teve, desde o dia 6 de Maio de 1974.
    É, de facto, um Partido “Sui Generis” na Europa. Mas, como também digo habitualmente: ou se ama; ou se odeia.

    Lista de presidentes
    Francisco Sá Carneiro (1974-1978)
    Emídio Guerreiro (1975)
    António Sousa Franco (1978)
    José Menéres Pimentel (1978-1979)
    Francisco Sá Carneiro (1979-1980)
    Francisco Pinto Balsemão (1981-1983)
    Nuno Rodrigues dos Santos (1983-1984)
    Carlos Mota Pinto (1984-1985)
    Rui Machete (1985)
    Aníbal Cavaco Silva (1985-1995)
    Fernando Nogueira (1995-1996)
    Marcelo Rebelo de Sousa (1996-1999)
    José Manuel Durão Barroso (1999-2004)
    Pedro Santana Lopes (2004-2005)
    Luís Marques Mendes (2005-2007)
    Luís Filipe Menezes (2007-2008)
    Manuela Ferreira Leite (2008-)
    [editar] Primeiros-Ministros
    Francisco Sá Carneiro (1979-1980)
    Francisco Pinto Balsemão (1981-1983)
    Aníbal Cavaco Silva (1985-1995)
    José Manuel Durão Barroso (2002-2004)
    Pedro Santana Lopes (2004-2005)
    Luís Marques Mendes (2005-2007)
    Luís Filipe Menezes (2007-2008)
    Manuela Ferreira Leite (2008-2009)

    Gostar

  3. P Amorim's avatar
    15 Março, 2010 14:29

    1 – A lista de primeiros ministros no comentário #2 está errada por excesso.
    2 – Lendo a lista de Presidentes, há alguns que, a mim, não votante habitual no PSD me fazem saudades.

    Gostar

  4. Desconhecida's avatar
    António Lemos Soares permalink
    15 Março, 2010 15:52

    P. Amorim:

    Tem toda a razão!

    Luís Marques Mendes (2005-2007)
    Luís Filipe Menezes (2007-2008)
    Manuela Ferreira Leite (2008-2009).

    Nunca foram Primeiros-Ministros de Portugal.
    Transcrevi os nomes da «Wikipédia» e, por lapso, estes três últimos, também passaram como chefes de governo.

    Gostar

  5. DC's avatar
    15 Março, 2010 18:29

    Ola helenafmatos, muitos dos textos que voce, avatar, escreveu, sao uma escandaleira, ideologicamente falando. Ja me apeteceu escarrar nalguns…

    Mas fui ver a Análise: Uma coisa e o seu contrário, e é uma grande crónica, grande texto, o seu melhor do meu sempre. Digo eu… Parabéns

    Gostar

  6. ALS's avatar
    António Lemos Soares permalink
    16 Março, 2010 00:03

    Depois de mais um congresso (o 32.º!), sem se discutir, praticamente, política, várias são as possibilidades que, como sempre, se colocam ao Partido Social-Democrata.

    Hipóteses para o futuro do PSD;

    a) – Ser um Partido Conservador;

    b) – Tornar-se um Partido Social-Democrata, tout court.

    c) – Converter-se num Partido Liberal;

    d) – Transformar-se num grupo político Social-Cristão;

    e) – Defender uma via Tecnocrata-Social;

    f) – Procurar, na esteira dos seus fundadores, uma simbiose original entre os seus vários legados, na perspectiva de alcançar a «Social-Democracia Portuguesa», como lhe chamou Sá-Carneiro.

    A minha opinião é a seguinte:

    Hipótese: a) – Não parece fazer qualquer sentido. Sociologicamente o Partido é progressista; por outro lado, o espaço «conservador» está ocupado pelo CDS-PP;

    ” b) – Em Portugal já existe um Partido Social-Democrata, que é o PS;

    ” c) – É uma possibilidade real, mas errada. Na Europa há vários Partidos deste tipo. Todavia, não têm, por norma, vocação de poder. Alcançam entre 10 a 15% dos votos e, na melhor das hipóteses, coligam-se com os Social-Democratas ou com os Conservadores;

    ” d) – Um dos legados mais fortes do PSD, embora pouco explorado nos últimos 25 anos. O Partido não é, todavia, somente, Social-Cristão;

    ” e) – A Linha mais seguida desde os anos 80. A crise financeira de 2008 parece ter demonstrado que a subserviência da Política à Tecnocracia é um erro desastroso;

    ” f) – Considero ser a única via possível para recolocar o Partido no poder. É necessário que surja um líder, com a capacidade de proceder a uma verdadeira refundação do PSD. Não no sentido de um qualquer «regresso ao passado»; antes com a ideia de um urgente «regresso ao futuro».

    Gostar

Indigne-se aqui.