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A Portela, ainda e sempre saturada

15 Abril, 2010
by

Isto é recorrente. De tempos a tempos, lá sai uma notícia alarmista sobre o esgotamento da Portela, com o objectivo de lembrar a extrema premência do novo aeroporto. Coisa que dura, aliás, há quase 40 anos, desde o Marcelismo, em que se concluiu pela irreversível saturação da Portela.

Sempre me custou a entender que um aeroporto, ocupando uma área sensivelmente idêntica à de Gatwick e de Stansted (32 e 20 milhões de passageiros em 2009, respectivamente), não consiga expandir o terminal de passageiros e alargar o aparcamento de aeronaves de molde a permitir semelhante performance, em passageiros e em movimentos de aeronaves.  E custa-me também a entender que a TAP, dispondo dos melhores slots na Portela e com uma quota de 60%, apresente uma taxa de ocupação das aeronaves tão miserável (68,5%, face à média de 76% das principais companhias europeias (vd. pág. 8).

Nestas alturas lembro-me sempre do Montijo, de Alverca, de Sintra, para onde poderiam ser desviados voos, evitando os, pelos vistos imprescindíveis, investimentos de racionalização.

Rico país este, que se dá ao luxo de não aproveitar equipamentos existentes. Quem ganha e quem perde com tudo isto?

61 comentários leave one →
  1. Desconhecida's avatar
    anónimo permalink
    15 Abril, 2010 21:32

    havias de morar na av. do brasil

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  2. Desconhecida's avatar
    luikki permalink
    15 Abril, 2010 21:45

    e sem contar com o espaço roubado pelo aeroporto privativo da corja: figo maduro…

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  3. Desconhecida's avatar
    Observador da decadência permalink
    15 Abril, 2010 21:46

    Pois é LR. Desmonstra a sua ignorância em relação às características físicas e operacionais da Portela.
    Nem fica um pouco curioso pelas razões que levaram o antigo regime a planear um novo Aeroporto há 50 anos atrás??!
    Sabe também que Lisboa já teria um novo Aeroporto se não tivesse havido o 25 de Abril?
    Ao contrário do que muitos bem pensantes e bem falantes “postam”,o Aeroporto da Portela não tem quaisquer condições. E menos condições de vida têm, as pessoas que vivem nos bairros de Alvalade, Olivais. E menos condições de saúde têm os que trabalham no Hospital de Santa Matia, e menos condições de ensino têm os alunos e professores da Cidade Universitária de Lisboa.
    São assuntos que os “iluminados” ignoram ostensivamente.

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  4. Euro2cent's avatar
    Euro2cent permalink
    15 Abril, 2010 21:48

    > havias de morar na av. do brasil

    A maior parte dela foi construída depois do aeroporto. Por acaso, ao tempo os aviões faziam bem mais barulho.

    Cresci lá perto. À uma da tarde, via a sombra das asas dos aviões cortar o sol na janela. Nunca me impediu de dormir à noite.

    Não se arranja outro pretexto ?

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  5. fado alexandrino's avatar
    15 Abril, 2010 21:53

    Se se derem ao trabalho de ir aqui encontrarão lindas fotos de aviões a aterrar em aeroportos onde as casinhas estão muito mais perto do que na Portela.

    luikki disse o que com uma simples caneta podia aumentar a Portela em vinte por cento.
    Não nos queiram comer por parvos.

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  6. Desconhecida's avatar
    xá xá permalink
    15 Abril, 2010 21:55

    Há que ampliar a coisa porque isto vai ter muito movimento…

    http://cabrastugas.blogspot.com/

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  7. Congonhas's avatar
    Congonhas permalink
    15 Abril, 2010 22:17

    Isto é o que dá em manter aeroportos dentro das cidades!

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  8. Ecotretas's avatar
    15 Abril, 2010 22:48

    Vejam explicações como deve ser em maquinistas.org
    Ecotretas

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  9. Desconhecida's avatar
    Anónimo permalink
    15 Abril, 2010 23:01

    Se percebesse minimamente de aviação saberia que Montijo não serve, tem orientação de pistas que prejudicariam as aproximações da Portela, ou seja, a operação desta. E Alverca fica praticamente no enfiamento da Portela, não se ganharia qualquer capacidade, usam o mesmo corredor.
    Quanto a Gatwick, tem 2 pistas paralelas, nada a ver com a Portela. Stansted tem uma pista, mas está saturada, há projectos a arrastarem-se há vários anos para se construir uma nova pista, talvez avance nos proximos 2 ou 3 anos. E infelizmente quem construiu a Portela estupidamente fez duas pistas, mas cruzadas.

    Postas de pescada toda a gente manda. Espero que os leitores assim o percebam. Andamos há anos a enterrar fortunas na Portela quando este nunca deixará de ser um aeroporto estruturalmente mau.

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  10. bagaço's avatar
    15 Abril, 2010 23:16

    Receita para o desastre

    10 estádios de futebol
    1 novo aeroporto
    2 ou 3 submarinos
    6 helicópteros
    2 tgv fresquinhos
    interesses obscuros (a dose costumeira)
    estupidez (uma mão cheia)
    megalomania (q.b)
    provinciana mania da imitação (1 raminho)

    fazer um bom refogado, juntar os ingredientes e cozinhar em lume brando

    mais receitas em: http://www.mindjacking.wordpress.com

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  11. JB's avatar
    15 Abril, 2010 23:59

    «Se percebesse minimamente de aviação saberia que Montijo não serve»
    Deve ser por isso, que o estudo da ANA de 1994,
    considerava a hipótese Portela+1 (Montijo-BA6).
    Com as devidas adaptações.
    Mas Portugal é Grande e o Crescimento o seu profeta.

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  12. lili's avatar
    16 Abril, 2010 00:02

    O escritório de advogados de José Miguel Júdice terá cobrado 460 mil euros (mais 110 mil euros que o contrato com Luís Figo) ao Taguspark para a realização de uma auditoria que levantou dúvidas a Vítor Castro, um dos administradores executivos do parque tecnológico. “Desta auditoria apenas tive conhecimento do relatório que foi disponibilizado quando o senhor presidente da Câmara fez uma reunião com o conselho de administração. Se foi feito mais trabalho, não tenho informação sobre os objectivos e resultados obtidos”, escreveu aquele administrado, em Junho de 2009, num memorando “pessoal e confidencial” dirigido a Isaltino Morais.

    Neste documento – que consta do processo sobre suspeitas de corrupção passiva relativamente a um contrato entre o Taguspark e Luís Figo e a participação deste na campanha eleitoral do PS – outras situações foram elencadas pelo administrador do Taguspark: um contrato de aquisição de sinalética para o parque no valor no 650 mil euros, sendo que 300 mil já teriam sido pagos sem que o fornecimento do material tivesse acontecido; o patrocínio de 225 mil euros ao piloto de automóveis Tiago Monteiro (mais 75 mil previstos para 2010) sem que, até Junho de 2009, tenha sido “realizada qualquer contrapartida do patrocínio concedido”.

    Mais: a aquisição de um novo “Sistema de Informação e Gestão”, no valor de 130 mil euros, “que passado mais de um ano ainda não está a funcionar”, refere Vítor Castro, acrescentando o pagamento de 73 mil euros em Abril de 2008 “para a realização de uma festa de lançamento da nova imagem do Taguspark”. “Decorreu mais de um ano e o evento ainda não se realizou”.

    Contactado pelo DN, José Miguel Júdice declarou não poder “comentar questões que apenas os clientes podem falar”. “Este escritório tem 200 advogados, por ano trabalha milhares de horas, só os clientes é que podem dizer se o trabalho foi feito, se estão ou não satisfeitos e qual o preço”. Também Isaltino Morais, presidente do Conselho de Administração do Taguspark, não quis adiantar nada em relação ao memorando do administrador Vítor Castro. idem

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  13. zedeportugal's avatar
    16 Abril, 2010 00:48

    “Não fossem as obras e Portugal perdia cinco mil milhões”, diz a ANA

    As coisas que a ANA diz…

    Outra vez a discussão do NAL? Caramba! A maior jogada política que o pinóquio jamais fez – ou fará. Tiro-lhe o meu chapéu. Só percebi depois. O macaco tinha – sempre teve, aliás (Fri-pór e isso) – interesses na zona árabe franca de Al Cuchête, mas sabia que se forçasse a decisão de tirar a coisa lá da Ota a malta das ecologias ia saltar~lhe em cima e arranjar uma brutal polémica. Assim, limitou-se a alimentar a polémica deixando que outros grandes interesses se manifestassem (CIP/Zeller, BES/BPN) e o povão ficou todo contente a pensar que tinha tido alguma influência na decisão. Os ecologistas ficaram verdes de raiva mas não ousaram hostilizar a vox populi, porque isso também não lhes convinha nada.
    Uma golpada de mestre.

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  14. zedeportugal's avatar
    16 Abril, 2010 00:52

    Novo aeroporto de Lisboa
    Van Zeller: “Foi Sócrates que pediu à CIP para avançar com estudo de alternativa à Ota”
    Por Lusa
    17.06.2007
    O presidente da CIP–Confederação da Indústria Portuguesa garante que foi a pedido do primeiro-ministro, José Sócrates, que a confederação avançou para o estudo de uma alternativa à Ota, abandonando a ideia inicial de uma acção com outras entidades.

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  15. zedeportugal's avatar
    16 Abril, 2010 01:02

    É claro que a magnífica equipa do Jardim no Deserto já tinha desconfiado e chamado a atenção para a coisa:

    Lisboa – Novo Aeroporto ou novo “Ageitoporto”?

    Mas a malta andava toda excitada e nem deu atenção.
    Pela leitura de alguns comentários aí em cima, alguns ainda não perceberam e provavelemnte não chegarão nunca a perceber.

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  16. Desconhecida's avatar
    Manuel do Carmo permalink
    16 Abril, 2010 01:08

    Está à vista de todos que a contra-informação do lobbie do novo aeroporto tenta sistemáticamente intoxicar a opinião pública com essa merda da saturação da Portela.

    Nem com as cinzas vulcânicas da Islândia o aeroporto da Portela vai estar saturado.

    Srs do lobie do novo aeroporto: se querem um novo aeroporto que consdtruam com o vosso dinheiro.

    Ademais podem ir para as putas que vos pariram.

    Querem deixar dívidas para os meus bisnetos mas não vão ter sorte!!!!!

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  17. Make bombs,not flowers!'s avatar
    Make bombs,not flowers! permalink
    16 Abril, 2010 01:40

    Nada detém a quadrilha do falso engº.

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  18. Daniel's avatar
    Daniel permalink
    16 Abril, 2010 01:47

    http://sol.sapo.pt/PaginaInicial/Sociedade/Interior.aspx?content_id=169377

    Ehehehe!
    Mais aldrabão e gatuno que este crápula,é difícil.
    Este Sócrates é mesmo a doomsday machine para esta nação.

    Um gajo que vote neste criminoso precisa de levar com um gato morto nas ventas até ele miar sete vezes!

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  19. Daniel's avatar
    Daniel permalink
    16 Abril, 2010 01:50

    PAIVA NUNES – Sim?
    ANTÓNIO PONTES – Tou sim?

    P. N. – Sim!
    A.P. – Sou eu, tas bom? Tá tudo bem?

    P. N. – Tá. Quem fala?
    A. P. – É o António Pontes.

    P. N. – Oh pá, desculpa lá… É que eu perdi o … Tenho aqui escrito…
    A. P. – Ah!

    P. N. – E ainda não aparece o teu nome.
    A. P. – Ah… Não sei porquê!

    P. N. – Eh … eh… Deixei cair o meu telemóvel durante as férias e perdi os contactos todos, tas a perceber!
    A. P. – Ah! Tá bem. Ih… Cum caneco! Ah… queres que eu te ligue para o telefone?

    P. N. – Não, então é o que está aqui…
    A. P. – Agora… Já sabes! Olha … Vê… É também por outra coisa… Lembras-te de eu te ter pedido aquele favor, se conseguires faz um contacto com uma pessoa que tu te dás muito bem, que é o João Castro, do Instituto Financeiro do Ministério da Justiça?

    P. N. – Ah sim… Não fiz!
    A. P. – Pronto, eh… eh… Havia aquela questão das prisões que iam sair mas vi agora a noticia no jornal que vai sair uma coisa que vai ser muito grande, 80 mil metros quadrados, que vai ser lançado por ele… que é a nova sede da Polícia Judiciária. Pronto, isto ainda é só uma noticia num jornal, não sei em que condições de…

    P. N. – Deixa-me ver que eu falo com ele.
    A. P. – Tá bem. A nova sede da Polícia Judiciária em Lisboa, oitenta mil metros quadrados de construção.

    P. N. – Ok, ok.
    A. P. – Tá bem, Zé? Pronto, então depois se me puderes dizer alguma coisa também do almoço eu agradeço. Olha, desculpa lá…

    P. N. – Um abraço.
    A. P. – Estas maçadas todas que eu te dou… É… É que é uma grande ajuda que tu me dás! Tá?

    P. N. – Tá, ok. Um abraço, um abraço.
    A. P. – Um abraço, muito obrigado.

    P. N. – Tá, tá.
    A. P. – Obrigado, obrigado.

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  20. Daniel's avatar
    Daniel permalink
    16 Abril, 2010 01:52

    O apoio de Figo a José Sócrates e ao PS concretizou-se em dois momentos. A 7 de Agosto, o ex-futebolista deu uma entrevista ao Diário Económico, realizada pelo director deste jornal, António Costa, em que teceu rasgados elogios à governação socialista. Um mês depois, no último dia da campanha eleitoral para as legislativas, Figo tomou um pequeno-almoço com o primeiro-ministro na esplanada do Hotel Altis-Belém, em Lisboa. No final, fez declarações à comunicação social presente no evento e repetiu os elogios ao PS.

    «Por decisão dos arguidos, a celebração do referido contrato constituiu um expediente para, através de uma remuneração anual, pelo período convencionado de três anos, alcançarem, da parte de Luís Figo, um apoio político-partidário determinado», considerou a procuradora Teresa Almeida.

    Para a magistrada, Rui Pedro Soares, Américo Thomati e João Carlos Silva agiram com «consciência dos seus actos e conhecedores de que a sua conduta era vedada por lei, sabiam estar a negociar com as funções que exerciam em sociedade de capitais maioritariamente públicos no benefício de terceiros. Sabiam que, por serem administradores de uma sociedade de capitais maioritariamente públicos, não podiam interferir, condicionar ou determinar a sua actuação, de modo a que o exercício das suas funções se não desse de modo livre, isento, imparcial e objectivo e apenas segundo a sua consciência e as normas e regras aplicáveis». Por essa razão, os três gestores são acusados do crime de corrupção passiva para acto ilícito, punível com prisão até oito anos.

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  21. Daniel's avatar
    Daniel permalink
    16 Abril, 2010 01:53

    Taguspark
    PS suspeito de financiamento ilícito
    Por Luís Rosa
    O DIAP de Lisboa comunicou à Entidade das Contas dos partidos o despacho de acusação do ‘caso Figo’, onde se concluiu que os contratos da PT e do Taguspark com o jogador visaram o apoio eleitoral a Sócrates

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  22. Daniel's avatar
    Daniel permalink
    16 Abril, 2010 01:56

    Os submarinos submergiram, o champanhe voltou ao frigorífico e os socialistas estão de novo nas barricadas a proteger o senhor engenheiro relativo.

    Nestas coisas de justiça lusa, o melhor mesmo é ser-se muito prudente. Cautelas e caldos de galinha nunca fizeram mal a ninguém. De um dia para o outro saíram acusações de corrupção passiva a três boys do Largo do Rato e o próprio partido do senhor engenheiro relativo está a ser investigado por suspeita de financiamento ilícito.

    É por isso compreensível que a alegria provocada pelos submarinos, com o CDS no fio da navalha, tenha dado lugar a uma natural aflição. E é ainda mais compreensível que PS e PSD tenham adiado a comissão de inquérito às contrapartidas dos negócios militares. Quem come milhões, teme sempre indigestões.
    http://www.cmjornal.xl.pt/noticia.aspx?channelID=00000093-0000-0000-0000-000000000093&contentID=493BC9E2-71DE-4B90-B246-224374A9EC2F

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  23. Há sempre quem sabe tudo...'s avatar
    Há sempre quem sabe tudo... permalink
    16 Abril, 2010 03:07

    A verdade é que ninguém percebe que quem tem conhecimentos para tratar da questão dos aeroportos não está disposto a misturar-se com incompetência e ignorância dos bandidos que estão no poder. A alguns faria jeito arrecadar umas massas mas têm medo e sabem que ficam queimados.
    De um modo geral, quem aborda o tema não faz a mais leve ideia do que se trata. Isto ressalta do que lemos nas “postas” e nos comentários.
    Uma passagem pelos bancos de escolas superiores técnicas e de economia talvez lhes fizesse bem e já saberiam qualquer coisa.

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  24. Desconhecida's avatar
    Pois permalink
    16 Abril, 2010 03:19

    .
    Em qualquer parte do Mundo onde se constrói um Aeroporto Internacional rapidamente se começam a desenvolver novas cidades, vilas, parques hoteleiros etc. São uma ancora. E a unica região do País que precisa dela para saír da letargia a que tem sido condenada é o Centro, o novo Aeroporto em Coimbra. Seria a unica justificação nacional para um novo Aeroporto Internacional e quiçá dum TGV Lisboa/ Porto. O resto parece mais projectos de ‘novos ricos’ ou de ‘brilhas’

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  25. Desconhecida's avatar
    Anónimo permalink
    16 Abril, 2010 07:23

    #24

    Um aeroporto em Coimbra para ser como o de Beja?

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  26. fado alexandrino's avatar
    16 Abril, 2010 08:55

    Se percebesse minimamente de aviação saberia que Montijo não serve

    Há anos um avião da Ibéria aterrou por engano no Montijo.
    Portanto nao se percebe porque é que Portela + 1 na opinião do “inteligente” não podem existir.

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  27. Desconhecida's avatar
    Manuel do Carmo permalink
    16 Abril, 2010 10:03

    lADRÕES.

    Para determinada corja a forca é muito pouco!

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  28. Snow's avatar
    Snow permalink
    16 Abril, 2010 10:26

    Muito interessante sobre as últimas notícias é perceber que, havendo capacidade para 20 milhões de passageiros, o aeroporto tem capacidade até pelo menos 2020.

    Isto, no centário de crescimento mais generoso, e não considerando o efeito do TGV, nem que os aviões são cada vez maiores e transportam cada vez mais pessoas – pelo que, se a capacidade de movimentos de aviões se mantém, a capacidade medida em passageiros tem crescido constantemente…

    Depois, é curioso perceber o quão centralista é o sistema aeroportuário nacional. As regiões norte e centro, Alentejo e Algarve têm fornecido constantemente passageiros para o aeroporto de Lisboa. Se tivessemos um sistema aeroportuário funcional, haveria desvio de rotas para Porto e Algarve, que têm capacidade de expansão dos aeroportos a um custo reduzido.

    É por isto que é cada vez mais notório que é do interesse nacional (e não só regional) que o Aeroporto Sá Carneiro e Faro tenham gestão autónoma.

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  29. Piscoiso's avatar
    16 Abril, 2010 10:40

    Isto da Portela começa a ser uma saturação.

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  30. Snow's avatar
    Snow permalink
    16 Abril, 2010 10:42

    #24,

    Isso teria feito sentido se fosse um aeroporto para “low cost” e a linha a Madrid fosse por onde devia ser: por Coimbra ou Aveiro.

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  31. Desconhecida's avatar
    Pois permalink
    16 Abril, 2010 10:56

    #25,
    O Aeroporto Internacional de Coimbra ficaria a menos de 1H de TGV do centro de Lisboa, a meia hora do Porto. Há muitissimos Aeroportos por esse Mundo fóra a cerca de 1H/1,30H dos centros da cidades. Para falar nos mais proximos por exemplo Gatwick, La Guardia etc etc.
    .
    O Centro do Litoral ao interior fronteiriço precisa duma forte ancora de desenvolvimento, quiçá a região que tem sido mais menosprezada pelos investimentos publicos fortes. Tem potencialidades unicas inexploradas nas industrias, ciências, pescas, investigação, informatica, novas tecnologias, floresta, comércio, culinária, artesanato, universidades, turismo balnear, turismo termal, turismo rural, ski, turismo de montanha etc. Tudo abandonado pelo Poder Central em favor doutras Regiões como por exemplo a que citou no caso de Beja.
    .
    Há que ter uma nova visão politica macro. Ousadia para recentrar o País para a fixação das populações locais contra o abandono e desertificação do interior. Implica voar alto contra comodismos politicos do Poder de Lisboa tipo ‘Portugal é Lisboa, o Algarve e o Norte, o resto é paisagem’.
    .

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  32. Desconhecida's avatar
    anonimo permalink
    16 Abril, 2010 11:41

    finalmente o pds recupera nas sondagens e o passos é quase tão popular como o retido pelas cinzas.

    psd 28,5%
    cds 13,1%
    ps 36%
    cdu 8,2%.
    be 8%

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  33. Desconhecida's avatar
    16 Abril, 2010 14:43

    Anti-comuna, leia-a:

    «Dizem eles que os governos europeus oferecem ajuda de €30 mil milhões à Grécia . Soa muito bem, mas o diabo esconde-se nos pormenores. Os ditos cujos empréstimos de “ajuda” serão concedidos, se e quando o governo grego os solicitar, mas à taxa de juro praticada pelo mercado (agora em torno dos 5%). É uma exigência de Berlim que tal “ajuda” seja concedida à taxa de mercado. Contudo, isto não faz qualquer sentido: uma operação de salvamento é necessária precisamente quando os mercados deixam de funcionar e se recusam a refinanciar a Grécia a taxas sustentáveis. Assim, insistir em que o salvamento se verifique a taxas de mercado equivale a insistir em que não haja qualquer salvamento. As contradições deles são insanáveis.

    Pelo seu lado, o Bundesbank está à beira de um ataque de nervos. Mas o que é que teme o banco central da Alemanha? Os seus receios são de que a Grécia se marimbe para a dita “ajuda” dos governos europeus e recorra directamente ao FMI. O Bundesbank acredita que o FMI imporá menos condicionalidades à Grécia do que a UE (chama-o de Fundo Maximisador da Inflação). Assim, o FMI teria de pedir dinheiro aos seus membros mais importantes em troca dos Direitos Especiais de Saque (DES) por ele emitidos. E nessa altura o Bundesbank seria imediatamente convocado a dar os recursos ao FMI a fim de este os transferir à Grécia. »

    Fonte: um site que só vale a pena ler o diagnóstico.

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  34. Desconhecida's avatar
    Observador da decadência permalink
    16 Abril, 2010 15:31

    #26
    O piloto da Ibéria foi suspenso.
    O problema da Portela não se resume à sua saturação. (Saturação que é conhecida por quem lá trabalha e não por quem ouve dizer umas larachas aqui ou noutro sítio qualquer).
    Um dos problemas principais da Portela é a gestão do espaço aéreo, bem como os obstáculos existentes nas àreas de protecção à aproximação de aeronaves. Um pequeno exemplo é o facto do aeroporto de Lisboa estar preparado para as aeronaves operarem em baixa visibilidade na pista 03/21,mas nas aproximações de Sul para Norte essas aproximações não são possíveis devido a obstáculos que perfuram as áreas de segurança de aproximação,como sejam o Hotel Radisson, o edifício da REN e o edifício da churrasqeira do Campo Grande. Estas operações são possíveis de Norte para Sul. O aeroporto de Lisboa tem uma outra pista, a 17/35, que já não é usada para aterragens e descolagens devido ao seu uso para rolagem de aeronaves. Antigos caminhos de circulação que eram usados, foram transformados lugares de estacionamento e no novo terminal de vôos domésticos. O aeroporto de Lisboa está em obras contínuas desde há mais de 20 anos, onde se têem enterrado milhares de milhões de euro.
    Hoje qualquer solução para o novo aroporto é má. Porque, nos últimos 30 anos a construção desordenada em volta da Grande Lisboa ocupou de tal maneira o território que já não é possível a construção de um novo aeroporto nas condições ideais de segurança, bem como de espaço para futuras expansões devidamente planeadas sem obstáculos inamovíveis.
    Outra das razões de peso para a extinção da Portela prendem-se com as operações de aproximação. A aproximação a Lisboa é feita através de um funil, desenhado pelas áreas militares de Montereal, Sintra, Montijo e Alverca. Mais a àrea civil do aeroporto de Cascais. Com o aumento de tráfego, o servilo de controlo de tráfego aéreo prestado transforma-se num quebra-cabeças nos períodos de pico de tráfego.
    Este assunto do novo aeroporto, devia ser tratado por especialistas e técnicos reconhecidos nas diversas áreas técnicas que a construção de um aeroporto implica. E as suas conclusões deviam ser respeitads e implementadas. O que assistiu foi a estudos encomendados a pedido, que deram lugar a várias conclusões viciadas sem ter em conta um dos aspectos fundamentais da questão. E que é o facto de um aeroporto ser feito para aviões aterrarem e descolarem.

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  35. fado alexandrino's avatar
    16 Abril, 2010 20:23

    34.Observador da decadência disse
    16 Abril, 2010 às 3:31 pm

    Parte da sua resposta não está correcta.
    Acontece que o ILS está na aproximação da 21 e não da 03 e não tem nada a ver com edificios ou outra coisa qualquer.
    A pista 35 tem pelo menos 4 SID’s
    O problema da Portela são dois.
    1º Pistas cruzadas.
    2º A presença usurpante da Força Aérea ocupando a parte chamada de Figo Maduro.

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  36. Desconhecida's avatar
    Observador da decadência permalink
    16 Abril, 2010 22:38

    Tanto a pista 03 como a pista 21 têm ILS (Instrument Landing System). E ambos os equipamentos são idênticos.São antenas de alta tecnologia de precisão e, extremamente sensíveis a obstáculos ou movimentos.É devido aos obstáculos existentes do lado Sul ( pista 03), que esta pista não pode operar em baixa visibilidade, apesar do equipamento estar preparado para tal.Para uma aeronave operar com esse sistema em baixa visibilidade, também ela tem que estar equipada com equipamento equivalente e a tripulação tem que estar certificada para operar com o seu avião nessas condições. A pista 35 está encerrada às aterragens e descolagens há quase 2 anos. Tem procedimentos de aproximação de instrumentos STAR (STandart ARrival),mas são procedimentos de não-precisão, desenhados com base numa antena que se chama VORLIS (Veryhigh Omnidirectional Range de LISboa).O ILS é diferente (são outras antenas),e está disponível apenas para as pista 03/21. Os SID’s que refere são para descolar e não para aterrar (SID= Standart Instrument Departure). A placa militar (espaço para estacionamento de aeronaves), que é conhecida por Figo Maduro, tem dimensões muito reduzidas e está localizada num espaço remoto do aeroporto.
    Nos tempos em que a pista 35 era utilizada, para uma aeronave aterrar nessa pista, os controladores da aproximação radar de Lisboa tinham que pedir autorização à torre de controle da base aérea do Montijo, porque o segmento final de aproximação perfura a aérea militar dessa base aérea.
    As descolagens de aeronaves no aeroporto de Lisboa, são também muito condicionadas, pelas áereas militares envolventes. Montijo, Sintra e Alverca. Por exemplo, a proximidade de Alverca. Se descola uma aeronave de Alverca, não pode descolar nenhuma de Lisboa. E vice-versa.

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  37. Desconhecida's avatar
    Observador da decadência permalink
    16 Abril, 2010 22:43

    O ILS de lisboa para a pista 21, está certificado para operar em Categoria 3 ( CAT III ), após 4000 horas em teste. Na pista 03 o mesmo equipamento, está certificado para operar em Categoria 1 ( CAT I ).
    A CAT III, tem ainda 3 níveis de operação, A, B e C. Nenhum aeroporto do Mundo está certificado para o nível C. Lisboa, à semelhança dos principais aeroportos da Europa, está certificada para o nível B e, repito apenas para a pista 21.

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  38. Desconhecida's avatar
    Observador da decadência permalink
    16 Abril, 2010 22:49

    As diferentes categorias do ILS, estão operacionais de acordo com as condições meteorológicas ou com as previsões meteorológicas que existem para as 6 horas seguintes. Quem decide que categoria validar é a Torre de Controle do Aeroporto de Lisboa. No caso de ser implementada a CAT III (a mais baixa visibilidade), a Torre só pode dar início à operação, depois do Director do Aeroporto confirmar que a área sensível do ILS está devidamente esterlizada.

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  39. Lm's avatar
    16 Abril, 2010 23:22

    E eis como em 3 ou 4 penadas se esfumou a basófia sabe-tudo do postador LR.

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  40. fado alexandrino's avatar
    17 Abril, 2010 00:23

    36.Observador da decadência disse
    16 Abril, 2010 às 10:38 pm

    Como muito bem observa os ILS de ambas as pistas não são iguais.
    É claro que um piloto em condições IFR vai sempre preferir o CAT III para a 21 via LAR não é o VASIS da 08 que o vai entusiasmar.
    De qualquer maneira é conversa que não cabe neste blog.
    O aeroporto do Montijo servia perfeitamente para receber as low-cost e a proximidade é igual á de dezenas de grandes cidades com dois e três aeroportos.
    Figo Maduro é longe, mas entao não querem estacionar os aviões em Beja?
    Problema grave, esse sim, é as pistas serem cruzadas.

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  41. Desconhecida's avatar
    Observador da decadência permalink
    17 Abril, 2010 01:06

    Não Fado.
    O avião aterra na pista de serviço.Que é atribuída pela Torre, mediante a direcção e intensidade do vento à superfície na soleira das pistas.Se o vento estiver de quadrante sul é a 21, se vier do quadrante norte é a 03. Um avião tem que aterrar e descolar contra o vento. A operação em categoria 3 só é feita nas condições atrás descritas,só na pista 21 e naqueles dias em que está um nevoeiro em que não se vê um palmo à frente do nariz.
    Quanto à proximidade de aeroportos,sobre como é lá fora não tenho conmhecimento suficiente. Apenas que em Londres, Heathrow fica a 12 KM do centro da cidade e Gatwick fica a 50 Km. Em Hong-Kong construíram um novo aeroporto no mar. Em Macau também. Os novos aeroportos de Frankfurt, Munique e Amsterdão são fora da cidade. Em Paris também e a grande distância. A próximidade entre aeroportos por si só ,não significa facilidade ou dificuldade, o mais importante é a orientação das pistas. No caso do Montijo a pista principal que é a de instrumentos é a pista 08/26. Neste caso concreto a pista 26 converge com a pista 21 de Lisboa… ou seja não podem descolar 2 aviões ao mesmo tempo das duas pistas. Mas enfim, quem sabe, sabe que a Portela não mais chouriço por onde encher. Todos os aeroportos e aérodromos existentes num raio de 54km, centrado no aeroporto de Lisboa, estão lá desde pelo menos meados da década de 60. Ora isso foi há 50 anos…. desde então, construiram-se prédios, ampliaram-se instalações, o tráfego aéreo aumentou exponencialmente e as pistas são exactamente as mesmas, já sem falar na estrutura do espaço aéreo que se mantém practicamente a mesma.
    O problema principal que existe hoje, como já escrevi, é que QUALQUER solução para um novo aeroporto é má. As vistas dos governantes são muito curtas, e além disso quando é necessário usar óculos ninguém os põe com medo de ficarem mal vistos. É assim a nossa cultura dos últimos 84 anos… pelo menos.

    P.S. VASIS? 08? está a falar de quê? e outra coisa, pilotos entusiasmados? hoje em dia, esses não conservam a licença de vôo por muito tempo.
    VASIS = Visual Approach Slope Indicating System

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  42. Desconhecida's avatar
    Observador da decadência permalink
    17 Abril, 2010 01:30

    Para terminar, há cerca de 15/18 anos a poderosíssima IATA, transmitia a ideia de que, com o avanço tecnológico, não haveria grande problema se os aeroportos internacionais ficassem no centro das cidades ou paredes meias. A possibilidade de acidente seria mínima e de caminho fazia-se concorrência feroz aos comboios.É por essas alturas que nasce o TGV em França, como alterantiva credível aos aeroportos dentro das grandes cidades.
    Esta ideia foi abandonada há já algum tempo e os novos aeroportos são agora construídos fora dos grandes centros urbanos. Porquê? porque, grosso modo, os aviões ainda fazem muito barulho e poluem à brava o meio ambiente. Isto foi uma evolução. Pena é, que esta evolução dos conceitos europeus aeroportuários não tenha chegado a Portugal ainda.

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  43. Desconhecida's avatar
    Anónimo permalink
    17 Abril, 2010 22:07

    Observador, está a dar pérolas a porcos. A estratégia e knowhow aeronáutico desta malta que tudo sabe está apenas certificada para gerir uma pista de carros na Feira popular.

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  44. Carlos Santos's avatar
    Carlos Santos permalink
    19 Abril, 2010 19:48

    Envio texto retirado de um trabalho do site http://www.maquinistas.org de Rui Rodrigues

    SEGURANÇA NA PORTELA

    Este tema também foi utilizado e temos que reconhecer que é dos que maior aceitação deve encontrar para pessoas menos informadas. Contudo, na Europa, existem muitos aeroportos onde os aviões, na aproximação, têm que sobrevoar habitações como acontece em Londres, Paris ou Berlim, Nice etc. Além disso, na Ota iria ocorrer exactamente o mesmo problema pois os aviões teriam que sobrevoar o Carregado, onde vivem dezenas de milhar de pessoas.

    As fases mais críticas dos voos por instrumentos são a aproximação final e a aterragem. Para regulamentar a operação nestas duas fases, a ICAO (International Civil Aviation Organization), uma agência especializada das Nações Unidas, definiu as seguintes categorias, com o objectivo de garantir com segurança as técnicas da navegação aérea internacional:

    Categoria I – Nesta categoria, a aterragem só pode ser efectuada se a visibilidade na pista ou RVR (Runway Visual Range) – distância à qual o piloto de um avião que se encontrar sobre o eixo de uma pista pode ver os sinais de superfície da mesma, ou luzes auxiliares de aproximação, – for igual ou superior a 800 metros (2.400 pés) e o avião estabelecer contacto visual na DA (Decision Altitude – Altitude de Decisão) de 200 pés ou acima.

    Categoria II – A aterragem pode ser efectuada se o RVR for igual ou superior a 400 metros (1.200 pés) e o avião estabelecer contacto visual na DA de 100 pés ou acima.

    Categoria III – Nesta, existem três subcategorias:

    – Cat III A – RVR mínimo 200 metros (600 pés)

    – Cat III B – RVR mínimo 100 metros (300 pés)

    – Cat III C – RVR zero

    Os aeroportos de CAT III possuem melhores condições do que os de CAT II ou CAT I.

    A Portela preenche os requisitos da CAT III B isto é, tem excelentes condições de navegação aérea, enquanto que a Ota só terá categoria I ou II, muito pior que a da Portela.

    Pelas categorias do ICAO fica demonstrado que a Portela garante muito maior fiabilidade que a Ota, por cumprir os requisitos mais importantes, que são determinantes num aeroporto – garantia do cumprimento de horários e realização dos respectivos voos. Para que estas condições se possam verificar, um aeroporto deverá possuir boas condições de navegação aérea e meteorológicas.

    SE ALGUÉM AFIRMAR QUE A PORTELA NÃO É UM AEROPORTO SEGURO A MELHOR RESPOSTA A ESSA AFIRMAÇÃO É RESPONDER QUE É UM AEROPORTO DE CAT III B

    Se um dia o actual aeroporto de Lisboa saturar, a estratégia a adoptar deveria passar por manter a Portela e construir uma nova infra-estrutura num local plano que permitisse a sua construção faseada e a operação simultânea com o actual e de acordo com as necessidades do País. Seria uma forma de rentabilizar as centenas de milhões de euros investidos até hoje e continuar a tirar partido das condições naturais excelentes e únicas da Portela, que garantem elevada fiabilidade.

    Na região da Grande Lisboa existem poucos locais para construir um novo aeroporto. Fechar a Portela seria o mesmo que encerrar definitivamente o porto de Lisboa.

    A Portela raramente encerra devido às condições meteorológicas nos 365 dias do ano. O nº de dias que a Portela encerra é ZERO. Por vezes, só fecha por escassas horas. É uma das maiores provas da sua fiabilidade

    Ver vídeo com exemplo de aterragem com condições de CAT III. Na Ota não era possível aterrar nestas condições porque Ota só teria CAT I ou CAT II. A Portela está certificada com CAT III B. A Ota não porque segundo a Parsons só teria categoria I ou II, muito pior que a da Portela

    http://www.youtube.com/watch?v=uigpqpDWIwE (vídeo de 47 segundos)

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  45. Gabriel Órfão Gonçalves's avatar
    19 Abril, 2010 23:12

    Sobre a questão da poluição, escrevi aqui

    http://bravosdopelotao.blogspot.com/2007/03/perguntas-da-naer-ou-como-tudo-se.html

    na resposta ao ponto nº 15

    —————————————————————————————————————

    Sobre a questão do ruído, reproduzo aqui um mail que enviei a amigos e colegas de luta contra a Ota:

    «Título: Re: António Costa afirma que o aeroporto deve dar lugar a segundo grande pulmão verde da cidade

    Já alguém viu um político frequentar o parque de alvalade, a quinta das conchas, o parque da gulbenkian, ou monsanto, sem ser por motivos eleitorais?
    Eu não! Quando muito o parque Eduardo VII, ao lusco-fusco.
    É melhor ficar por aqui.

    Gostava de saber se o Costa tem medo de aterrar em La Guardia, no London City, em Newark ou outros que tais. Ah, mas como dizia o recém-falecido Cmd. Sousa Monteiro (morreu num dos recentes acidentes noticiados), o London City fica a 11 Km… do centro de Londres! Esta era, para ele, a grande diferença, em relação à Portela!!!!
    E quantos mortos fez o Aeroporto de Lisboa em quase 70 anos de actividade? Se esse fosse o motivo tínhamos de encerrar muita Avenida em Lisboa!

    Vejam: (o último é pura e simplesmente espectacular!)

    Como se vê, em Londres não há prédios!!!!!!!! Este aeroporto tem vôos diários de Paris, Genéve, Zurich, Frankfurt. Dinheiro, meus caros! Dinheiro!!!

    Querem diminuir o barulho???????
    Aumentem a ladeira de aproximação em meio grau. O ruído é inversamente proporcional ao cubo da distância. É fazer as contas, como dizia o Guterres. (Para meio grau não é preciso certificação especial de tripulações.)
    Querem diminuir o ruído? Aumentem o ponto de toque da pista 03 em 500 a 800 metros, e logo vêem a diferença do barulho sobre o Campo Grande e o Júlio de Matos. A pista da Portela é bem grande. BEM GRANDE!!! (A 03 é maior que qualquer das pistas da base das Lajes. Acho que isto dá uma ideia da Portela… É ir ao Google medir. Já a inversa 21 da Portela é mais pequena, por ter uma zona de pista não utilizável em aterragem (mas ainda assim utilizável em descolagem!) por causa da reflexão do sinal electromagnético do ILS.)
    Querem diminuir o ruído? Com uma pista de mais de 3 Km, de que estão à espera para o “abatement noise procedure” nas descolagens? A pista é tão grande que os aviões da família A320 descolam do meio da pista! Do meio da pista!!! Por que é que não descolam lá da ponta, mas com menos potência??????? Eu sei: é por causa daquela aberração daquela taxiway (http://bravosdopelotao.blogspot.com/2008/04/isto-contra-segurana.html), que ninguém quer prolongar porque “quanto pior for a Portela, melhor para os bolsos de alguns!”.

    Peçam a um especialista para calcular em decibéis quanto daria a diminuição do ruído com estes factores conjugados:
    1) aumento do ponto de toque na 03 (o Costa se pudesse até puxava a 03 para mais perto do Júlio de Matos, só para fazer ainda mais ruído!…)
    +
    2) aumento de meio grau da ladeira de aproximação (além de que com esta última solução, não só o avião fica mais distante do solo, como, devido à maior inclinação da ladeira, é preciso menos motor (ou será que as leis newtonianas foram alteradas por decreto???) – são, portanto, só por aqui, dois efeitos combinados.

    Tou farto de “especialistas” como este Costa. Vão à net que tá tudo lá, sobre os assuntos que referi. Lisboa precisa de dois aeroportos. Não já, mas a longo prazo. Projectam Alcochete para 80 milhões de passageiros, a muito longo prazo. Isso dá 219 mil pessoas por dia. Mesmo que um terço seja em trânsito (o que é muito generoso, e parte do pressuposto não demonstrado de que é possível fazer de Alcochete um hub, quando as tendências mais recentes são para o “ponto-a-ponto”), calculam o que são as acessibilidades para fazer esta gente chegar e sair de Alcochete??? Há um ditado entre os pilotos americanos que diz: “Se Deus quisesse que os homens voassem, fazia-os chegar mais depressa ao aeroporto”. É que eles lá sabem bem o que é um pesadelo como o Chicago O’Hare.
    O que isto vai dar é:
    Lusoponte = dinheiro em caixa. Brisa = dinheiro em caixa. Privatizem Portugal todo, pá! ANA, Exército, e já agora o Sócrates, que com dois rins, pulmões, etc., ainda tem muito para dar. Transplantes, entenda-se!

    A destruição da Portela é como pegar numas boas toneladas de ouro e atirá-la em mar alto em sítio irrecuperável.
    Para mim, Portela é para sempre.
    Se alguém tiver dúvidas, estou sempre disponível para responder. Se há erros, corrijam-mos. Agradeço.

    Cumprimentos,
    Gabriel»

    ———————————————————————————————————-

    “Observador da Decadência” escreveu:

    «No caso do Montijo a pista principal que é a de instrumentos é a pista 08/26. Neste caso concreto a pista 26 converge com a pista 21 de Lisboa… ou seja não podem descolar 2 aviões ao mesmo tempo das duas pistas.»

    Pois é, convém atirar areia para os olhos da malta, não é?

    Quem quer fazer crer aos outros que o Montijo é incompatível com a Portela vai sempre buscar as pistas 08/26.
    Será descuido censurável ou deliberada má fé a ocultação de que o Montijo tem também pistas noutra orientação?

    O que é que será que as pistas 01/19 estão a fazer no Montijo? A brincar às escondidas?
    Se estão lá é porque servem para que os aviões descolem e aterrem, não?
    Quem é que, no seu perfeito juízo, vai advogar a utilização da Portela (03/21, como é óbvio) com as 08/26 do Montijo, quando tem ali as pistas 01/19, praticamente paralela com as 03/21 da Portela? (Convergem a 40 Km dali… ironicamente sobre a Ota…)

    Vamos estudar os dossiers de uma ponta à outra, ok?

    O relatório diz o seguinte, no ponto 10, que trata do “Faseamento e Operação simultânea com a Portela”:

    (Pág. 10-4)

    «Montijo B (Orientação de pistas Este/Oeste) – Situação mais complexa porque as
    linhas de aproximação da actual pista 03 na Portela, com a 08 no Montijo, se cruzam
    num ponto onde as aeronaves se encontram na trajectória final antes da aterragem.
    Também nas descolagens da pista 21 na Portela e da 26 no Montijo existe o mesmo
    tipo de conflito, bem como em caso de descolagem ou aproximação falhadas. Cada
    situação de conflito introduz uma redução de 5% na capacidade de pista. Face aos
    análogos regimes de ventos a atribuição das pistas em uso 03 ou 21 na Portela
    corresponderá, respectivamente, às 08 e 26 no Montijo.

    (…)

    Montijo A (Orientação de pistas Norte/Sul) – Apesar da maior proximidade à
    Portela a orientação de pista paralela à actual pista principal, permite operar como um
    único aeroporto, não se prevendo que existam restrições ao tráfego com significado,
    embora exija um maior esforço de articulação e coordenação.»

    Estas frases foram escritas pela Empresa Pública “Aeroportos e Navegação Aérea”.

    É óbvio que a situação A é preferível à B.

    Quem não tiver o relatório da ANA que defende Portela + Montijo pode pedir-mo directamente para

    gabriel.orfao.goncalves@gmail.com

    ou descarregá-lo directamente aqui:

    http://rapidshare.com/files/377806264/NAL__ANA__1994_.pdf.html

    (É só carregar no link escolher “free user”, esperar que o contador faça a contagem decrescente, e depois descarregar.)

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  46. Desconhecida's avatar
    Observador da decadência permalink
    20 Abril, 2010 10:24

    Ouça ò Gabriel, as coisas não como o Sr. quer, mas sim como têm que ser, porque de outra maneira não funcionam.
    1º O barulho É problema. Á aterragem e à descolagem. Na descolagem o avião faz mais barulho ainda.
    2ª A convergêmcia de pistas (Lisboa e Montijo)é um dado incontornável. E no caso do Montijo com a pista 01/19, e Portela 03/21, os aviões têm que estar bem separados um do outro, muito antes do ponto de cruzamento de rotas. No presente caso se 2 aviões descolassem do Montijo e na Portela ao mesmo tempo nas pistas 01 e 03, por exemplo,poucos segundos após a descolagem já não estão separados com a distância mínima exigida. Se for para Sul podem descolar à vontade, mas para sul já não podem aterrar ao mesmo tempo…
    A pista de instrumentos de precisão do Montijo é a 08/26.A pista 01/19 é raramente utilizada devido ao perigo muito grande de “birdstrike” a baixa altitude na área da lezíria com bandos de aves que por ali proliferam.Um “birdstike” é uma expressão usada para significar:”pássaros a entrarem pelos motores a dentro”. Foi o que aconteceu em La Guardia com o avião que amarou no Hudson.
    O meio grau a mais de inclinação da ladeira do ILS em London City,(que desconheço) só pode ser assim para evitar que obstáculos perfurem o angulo de descida ideal. E ao contrário do que escreve, com uma ladeira mais inclinada, o avião tem que vir com o motor bem metido para não cair. Se a razão de descida é maior, a uma cada vez menor distância ao solo, não há nenhum piloto que “deixe” vir o avião com motores ao ralenti. Aliás nem com meio grau a mais nem com o angulo normal.Na aproximação final o avião tem que “voar seguro no ar” pelos motores.
    Para terminar digo-lhe o seguinte, a Portela e o Montijo como aeroportos, poderia coexistir para a aviação civil. É possível fazer quase tudo hoje em dia. Mas essa situação seria uma situação atamancada, remendada que obrigaria a um monte de restrições á operação dos aviões com desenhos de rotas de aproximação e desenhos de rotas de saída perfeitamente loucos e que complicariam ainda mais a prestação dos serviços de tráfego aéreo na àrea de Aproximação Radar de Lisboa, hoje já de si complicada. Bem à maneira dos “projectos” que em Portugal se gosta de fazer, em cima do joelho. É uma pena que não se construam projectos de raíz, bem planeados bem organizados e preparados para o futuro.
    É isso que está em causa com o novo aeroporto.

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  47. Gabriel Órfão Gonçalves's avatar
    20 Abril, 2010 11:30

    Estou com pressa para sair, mas respondo-lhe sucintamente:

    O barulho à descolagem remedeia-se em parte com uma procedimento de redução de ruído durante a descolagem. Se A320 e similares descolam do meio da pista 21, bem poderiam descolar do início desta com redução de potência – a menos que as leis da física tenham entretanto sido altaradas por decreto e eu não tenha sabido…

    Em Londres, os 5º exigidos de glidepath (e não meio grau, que já teria os seus efeitos…) são exigidos por razões de redução de ruído. Isso está escrito por toda a internet, em sites especializados. Hei-de disponibilizar-lhe aqui digitalizações de artigos em revistas de aeronáutica sobre a certificação do A318 para operar em London City. Se, com mais inclinação de ladeira, o avião fizesse mais barulho, (como sustenta) então quem idealizou e certificou o procedimento para a ladeira do London City é doido…

    «E no caso do Montijo com a pista 01/19, e Portela 03/21, os aviões têm que estar bem separados um do outro, muito antes do ponto de cruzamento de rotas.»
    Sim, é verdade. Só é pena que não faça as contas e nos fale em Km. É que isto não vai lá por palpites. É verdade que têm de estar separados muito antes do cruzamento, mas quão antes? Nos aeroportos com duas pistas paralelas são permitidas, pelo menos em condições de boa visibilidade, aterragens e descolagens simultâneas. Isto em pistas distanciadas entre si por 2Km! É óbvio que nesses casos os aviões não estão em rotas convergentes, (mas sim em rotas paralelas) mas não faça da convergência uma obsessão. Dois aviões a descolarem da 03 Portela e da 01 Montijo podem seguir à vontade até aos 2000-3000 pés antes de corrigir a rota, cada um em 10º, (o da Portela corrige para a esquerda, e o do Montijo para a direita) para ficarem paralelos. Chama a isto uma solução remendada? Então que dirá do espaço aéreo em Nova Iorque… Essas dos “segundos depois” em que, de acordo consigo, os aviões já não estão à distância mínima exigida é pura falsidade – os seus aviões descolam a velocidade supersónicas, não? Já lhe disse: apresente-me um controlador aéreo que subscreva as suas afirmações e eu dou-lhe os tais 5 mil milhões de euros… Palavra de honra.

    «desenhos de rotas de saída perfeitamente loucos e que complicariam ainda mais a prestação dos serviços de tráfego aéreo na àrea de Aproximação Radar de Lisboa, hoje já de si complicada». Complicada? Imagino que descomplicado seja o espaço aéreo de Paris, Londres, Nova Iorque…
    Tão “perfeitamente loucos” que a ANA os subscreve no Relatório de 1994. Mas um anónimo como o Sr. (anónimo porque não diz quem é, porque de resto já vi que percebe do assunto; simplesmente oculta informações e faz os outros crerem em problemas que ou não existem ou têm solução; a custo, lá vai dizendo que “até se podia fazer, mas é de loucos”; um dia perceberá que de louco isto não tem mesmo nada) cataloga-os de loucos e espera que aceitemos o seu “parecer”. É que é “já a seguir!”

    Quanto à pista de precisão ser a 08/26, pois que se ponha um ILS na 01/19! Já só falta dizer que é mais complicado fazer isso do que fazer um novo aeroporto…

    Risco mais elevado de birdstrike? Pois não sei. Indique-me estudos. É difícil encontrar um risco maior de birdstrike do que num aeroporto situado em Portugal, ali a Sul, ao pé de uma ria. Em Faro, está a ver?
    Que eu saiba os dados sobre birdstrike na 01/19 do Montijo não são alarmantes. Mas se tiver estudos em contrário indique-mos.

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  48. Desconhecida's avatar
    Observador da decadência permalink
    20 Abril, 2010 14:18

    Eu sou controlador de tráfego aéreo, com 23 anos de profissão.Eu não sustentei que com uma ladeira mais inclinada um avião faça mais barulho. O espaço aéreo à vertical de Londers que engloba os 3 principais aeroportos (Heathrow, Gatwick e Stanstead),está congestionado o que acarreta atrasos nas apróximações em horário de pico de tráfego. Atrasos que podem chegar aos 45m em espera.
    Um dos problemas da Portela é estar “ensanduichada” entre 3 áreas militares, problema que tem mais de 20 anos e que não foi resolvido até hoje, em parte porque os militatres não abdicam do seu espaço e por outro, devido à ignorância e incompetência de sucessivos governos que de aeronáutica nunca entenderam nada.
    A cereja em cima do bolo é o facto do aeroporto de Cascais ter hoje um movimento de tráfego tal (entre 2005 e 2008 aumentou 82% (!))que num dia “anormal” pode ter tantos movimentos como a Portela. É apenas mais um dado sobre movimentos e utilização do espaço aéreo numa área de 54Km de raio, centrado no aeroporto de Lisboa.
    Mais uma vez eu não vejo porque é que se defende, uma remediação e remodelação do que existe, porque isso não tem pernas para continuar a andar daqui a 10 ou 15 anos.
    O A318 é o avião de passageiros mais pequeno da Airbus, e é dos mais recentes.
    As pistas do Montijo e da Portela estão à distância de 6 milhas náuticas (10,8Km), a separação mínima entre aeronaves dentro do raio à pouco referido, é de 5 milhas náuticas (9Km).
    Por exemplo quando descola da pista 21 um A340,A330,DC-10, MD-11 B747 ou qualquer outro avião grande, de Cascais e do Montijo NÃO pode descolar ninguém, porque são aviões que sobem devagar.
    Mas há muito mais a dizer em relação à operação de aeronaves no espartilho Portela, Montijo, Cascais, Sintra e Alverca. Um aeroporto internacional não se compadece com uma situação por demais conhecida por pilotos e controladores.
    Só mais uma coisa, o novo avião A380, nunca o veremos aterrar na Portela, porque a pista e caminhos de circulação são demasiados estreitos e…..não podem ser alargados.Além disso não há terminal de passageiros preparados para receber esse avião.

    P.S. Loucos = cria complexidade em demasia, atrasos nas saídas e chegadas,confusão,inexequibilidade.

    Na aviação comercial, depois das garantias de segurança, que estão acima de qualquer outra coisa, vem a organização e fluidez do tráfego aéreo, essa é a parte mais difícil hoje em dia, devido ao impressionante número de aviões que cruzam os céus e aterram e descolam em qualquer aeroporto.Lisboa não tem fugido à regra e os aeroportos à sua volta também não. No entanto toda a principal infraestrutura (aeroportuária e de navegação aérea)é practicamente a mesma. E, finalmente, havendo a possibilidade de deitar tudo abaixo para fazer de novo, como deve ser, é uma possibiliddae de agarrar com as duas mãos.

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    • Gustavo's avatar
      Gustavo permalink
      19 Abril, 2016 18:07

      Olá! Sou um aluno de Engenharia Aeroespacial e estou neste momento a escrever a minha dissertação de mestrado, dentro do estudo do desenho de taxiways para aumento de capacidade/segurança no aeroporto de Lisboa (daí ter chegado a esta conversa). Gostaria de saber se ainda mantém a mesma opinião em relação ao caso A380/LPPT. Visto ter uma larga experiência como controlador de tráfego aéreo, o seu contacto seria importante para mim. Fico desde já agradecido. Gustavo Craveiro

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  49. Gabriel Órfão Gonçalves's avatar
    21 Abril, 2010 00:39

    Só agora cheguei a casa e vou já dormir, mas prometo responder a tudo o resto amanhã.

    Entretanto fica só o seguinte:

    O Sr. disse:
    «As pistas do Montijo e da Portela estão à distância de 6 milhas náuticas (10,8Km), a separação mínima entre aeronaves dentro do raio à pouco referido, é de 5 milhas náuticas (9Km).
    Por exemplo quando descola da pista 21 um A340,A330,DC-10, MD-11 B747 ou qualquer outro avião grande, de Cascais e do Montijo NÃO pode descolar ninguém, porque são aviões que sobem devagar.»

    Mas, então e aqui?

    E… não é um destes aeroportos que eles querem construir em Alcochete – um com pistas paralelas que permita descolagens simultâneas?

    De duas uma: ou tal não vai ser feito, e teremos que ter o primeiro aeroporto da História com pistas separadas por 9 Km;

    ou a norma que obriga a uma tal separação vai ser revogada especialmente para Alcochete. Nesta último caso, por que não o é já? (Já viram, a Portela tem 5000 vôos recusados por falta de slots (Guilhermino, Pres. da ANA dixit), e está ali o Montijo às moscas. Para não falar no aeromoscas itself. Esse fica em Beja, no Deserto.)

    Isto é tudo um pouco estranho: não se conseguir fazer com Portela 03/21 + Montijo 01/19 o que já vai ser possível fazer em Alcochete com as pistas Left e Right…

    (Ah, os 5 mil milhões de euros são seus… Só preciso de saber em nome de quem deverei fazer o depósito.)

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  50. Desconhecida's avatar
    Observador da decadência permalink
    21 Abril, 2010 13:14

    Ó Sr. Gabriel, o Sr, vê a diferença entre 2 pistas paralelas no mesmo aeroporto, controladas pelo mesmo orgão de controle, e 2 pistas “paralelas” uma em cada aeroporto controladas por 2 orgãos diferentes??!! (Orgão = Torre)
    Tem que pedir para fazer uma visita à Torre de Controle de Lisboa e de caminho peça também uma visita ao Centro de Controle de Lisboa.
    Algumas das suas questôes poderão ficar esclarecidas.

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  51. Gabriel Órfão Gonçalves's avatar
    21 Abril, 2010 21:23

    Devido a trabalho, só sexta-feira à noite voltarei a comentar. Fica para já esta resposta:

    Vejo a diferença, vejo.

    É – a fazer fé nas declarações do Presidente da ANA, Guilhermino Rodrigues – a diferença entre ganhar dinheiro e não o ganhar.

    Se é verdade que a Portela perde não sei quantos milhares de aviões por não ter slots disponíveis, por que diabo não deixam os bichos aterrar no Montijo? (G. Rodrigues referiu que só este Verão, devido a constrangimentos, a Portela vai deixar de poder receber não sei quantos mil bichos, com a inerente perda (G. Rodrigues não sabe distinhguir entre uma “perda” e um “não-ganho”, tadinho…) Mentiras!, digo eu.)

    Só até 2017, por favor! Nessa altura Alcochete substitui os dois! Mas não deixemos de ganhar rios de dinheiro com os aviões que – hélas! – são obrigados a não poder aterrar na Portela!!!

    (O que a malta não quer que se saiba é que, se abrisse hoje o Montijo à aviação comercial (na 01/19, insisto), amanhã aterravam lá talvez 3 aviões… Ou 5… Ou nenhum.

    A Portela fora das horas de ponta está às moscas, e nas horas de ponta só tem aviões pequenos e médios. O primeiro sinal de que um aeroporto está saturado é

    1) o esgotamento de slots

    2)POR AVIÕES DE GRANDE CAPACIDADE.

    O Sr. compadece-se de a Portela não poder receber A380. Mas quem é que quereria levar lá este avião??? Quantos B747 aterram lá por semana? A Portela está tão saturada como o Centro Comercial Colombo: por mais gente que lá se veja, ainda nunca foi a suficiente para o Belmiro dizer que tem de se deitar abaixo aquele para construir outro maior.)

    MONTIJO SIM, nem que seja só até 2017!

    (Já todos leram o Relatório ANA 1994? Leiam-no, para perceberem por que razão o Ministério das Obras Públicas nunca o quis publicar no seu site… Mal sabiam eles a enorme publicidade que assim lhe estavam a fazer… “I love when a “plane” comes together…”)

    😉

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  52. Desconhecida's avatar
    Observador da decadência permalink
    21 Abril, 2010 22:59

    Talvez o melhor seja fazer uma petição à Força Aérea…., e depois fazer obras no Montijo de vários milhares de milhões, para daqui a uns 12 anos voltarmos á vaca fria.
    Julgo que neste momento apenas o B747 da TAAG, aterra 1 vez por semana, ou nem isso por, porque a TAAG começou já usar B777, que também é um avião grande. Tal como são grandes os A340 e os A330 e os B767.
    Sabe que nos últimos dias de paralização aérea, devido à erupção do vulcão,o aeroporto de Lisboa esteve fechado a aviões grandes (widebodies), porque não havia mais lugares de estacionamento?

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  53. Desconhecida's avatar
    Observador da decadência permalink
    21 Abril, 2010 23:00

    Não conheço o presidente da ANA.

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  54. Carlos Santos's avatar
    Carlos Santos permalink
    22 Abril, 2010 12:42

    RESPOSTA A Observador da decadência

    Os problema de estacionamento que o Observador da decadência invoca são da exclusiva responsabilidade da administração da ANA. Gastaram 33 milhões de euros no aeroporto de Beja e a infra-estrutura está às moscas. Agora para evitar o vexame da péssima gestão querem utilizar Beja como garagem e aviões. Será que o Montijo também não pode servir para a mesma função?

    Chamo atenção que ninguém está a pedir a utilização simultânea da Portela com o Montijo. Pode-se estacionar aviões em Beja e não no Montijo ? que brincadeira é esta?

    Montijo tem o dobro da área da Portela

    Se lhe disserem que o Montijo não serve por ser uma base militar então vá ver a base da Lajes que é utilizada por aviões militares e civis

    Outra questão: A TAP comprou a Portugália que foi um negócio que nem os pilotos e trabalhadores nunca perceberam aquele negócio. Se a Portugália tivesse falido naturalmente aqueles aviões, com 20 anos e que já ninguém quer, teriam desaparecido e libertado a Portela

    Os problema que invoca são problemas de gestão

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  55. Desconhecida's avatar
    Observador da decadência permalink
    22 Abril, 2010 15:15

    Problemas de gestão não faltam. São em turbilhão.
    A Portugália, ao tempo da compra pela TAP,(mas que continua a voar com as cores da Portugália…)tinha e continua a ter, aviões FK100, E145 e B190. São todos aviões recentes.
    Eu não me pronuncio sobre o que não sei. Mas sei que não há nenhum estudo sobre o novo aeroporto, que comtemple o necessário novo desenho de toda a estrutura do espaço aéreo, da região de informação de vôo de Lisboa, onde Portugal tem a responsabilidade de prestar os serviços de tráfego aéreo. Essa região além do espaço à vertical do território continental, estende-se até à Madeira e até aos 15 graus de longitude Oeste.
    Se há ignorância e incompetência claras de sucessivos governos, sobre os assuntos relacionados com aeroportos, sobre navegação aérea, há um analfabetismo quase total e absoluto.

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  56. Carlos Santos's avatar
    Carlos Santos permalink
    22 Abril, 2010 16:56

    Nimguém precebeu como é que a TAP foi gastar 150 milhões de euros numa empresa como a Portugália que estava completamente falida. Os pilotos da TAP e trabalhadores já falaram desse péssimo negócio em vários comunicados

    A Portugália tem 17 aviões que deixariam de estar na Portela se a empresa tivesse uma falência natural.

    Quando a Portugália fez grave o que fez a TAP? limitou-se a transferir os passageiros da Portugália para os aviões da TAP

    Observador da decadência nada diz sobre Beja? gastaram 33 milhões e está à moscas? Nem para garagem de aviões é utilizado

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  57. Desconhecida's avatar
    Observador da decadência permalink
    22 Abril, 2010 19:58

    Não sei nada de Beja, ao não ser que continua a ser uma base militar com espaço aéreo atribuído que tem o tamanho de metade do Alto e Baixo Alentejo. Os únicos civis que de vez em quando a sobrevoam são os da escola de Évora.
    A meu conhecimento restringe-se à Navegação Aérea e algumas das suas implicações no solo. De aeroportos a minha especialidade são as pistas e caminhos de circulação.

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  58. Gabriel Órfão Gonçalves's avatar
    26 Abril, 2010 01:20

    Observador da Decadência:

    Fazer uma petição à Porça Aérea? Isso é mais uma manobra de contra-informação? São os órgaõs de soberania que mandam na F. Aérea ou já é ao contrário? Nunca a FA pôs problemas a este tipo de cenários. E olhe, já que é controlador aéreo, também acha que vamos ter de fazer uma petição à FA se Alcochete começar a funcionar com as pistas naquela orientação que consta dos estudos, ou o Sr. nunca desenhou um recta a partir da sua estimada 08 do Montijo para ver que ela vai parar mesmo em cima do projectado Alcochete? E por que razão não diz o Sr. que aí não há compatibilidade? Não me diga que nunca pensou nisso?

    Só o quero ver escrever: “há mais incompatibilidade entre as 03/21 Portela com as 01/19 Montijo do que entre as 08/26 do Montijo e as futuras pistas da Ota”. O Sr. escreve ou subscreve isto e garanto-lhe que amanhã está em tudo o que é correio electrónico de pilotos e controladores meus conhecidos.

    Pelo menos creio que já o fiz abandonar um pouco a sua paixão pelas 08/26… É que não lembra a ninguém…

    ——————————————————-

    «Talvez o melhor seja fazer uma petição à Força Aérea…., e depois fazer obras no Montijo de vários milhares de milhões, para daqui a uns 12 anos voltarmos á vaca fria.»

    Só já falta dizer que fazer uma pista e um terminal no Montijo fica mais caro do que fazer um Aeroporto novo de raíz e mandar outro abaixo. Raciocínio económicos à Cravinho/Mateus dispenso. 12 anos? Mas quantos milhões de passageiros poderia processar Montijo? Qual é a taxa de crescimento anual que utiliza para o Montijo só poderá durar mais 5 anos que a Portela? Deveria ser a primeira vez no mundo que a capacidade de um pista esgotaria em 5 anos. A sua taxa de crescimento é de 30% ao ano, certo? Meu caro, se amanhã o Montijo abrisse, diga-me, tenha a coragem de alvitrar: QUANTOS AVIÕES LÁ ATERRAVAM? QUANTOS? Já há anos que propus que o transfer de passageiros entre um e outro aeroporto se faça por autocarro. Qual é o drama? Isto só faz impressão porque nunca se fez lá fora. Se se fizesse lá fora, já havia os “iluminados” a dizer: “por que é que não fazemos como lá fora em que dois aeroportos separados funcionam como se fosse só um, com autocarros a efectuar o transfer?”. E vem o Sr. falar-me de complicações… Olhe, complicado é ser juíz, ser professor, ser médico, e trabalhar em condições no sector público que não lhe passam pela cabeça. Disse-me para fazer uma visita guiada ao Controlo de não sei de quê. Faça o Sr. aos hospitais públicos, aos tribunais, às escolas. O meu dinheiro como contribuinte primeiro vai para aí, depois para o resto. Se todos andassem tanto de carro ou avião como eu, este planeta estava muito mais limpo. Estou farto de contribuir para o lóbi dos transportes e mobildades. Não gostam do que têm? Dêem aulas no sector público, dêem consultas nos hospitais públicos, vão ser juízes em qualquer tribunal. Aí é que elas mordem.

    ———————————————————

    «Sabe que nos últimos dias de paralização aérea, devido à erupção do vulcão,o aeroporto de Lisboa esteve fechado a aviões grandes (widebodies), porque não havia mais lugares de estacionamento?»

    Boa, vamos decidir a política aeroportuária com base num evento imprevisível que acontece na melhor das hipóteses de 50 em 50 anos!

    Meu caro, isso aconteceu em todo o mundo. Decerto já ouviu dizer a frase “se todos os aviões que estão no ar tivessem que aterrar agora, não havia espaço para todos nos aeroportos”. Agora diga lá que é mentira. E já agora, onde é que os bichos aterraram, só por curiosidade?

    ————————————-

    «Não conheço o presidente da ANA.»

    Espermos que leia jornais. Não seja como aqueles que, durante o holocausto (mal comparado…), achavam que o cheiro estranho que saía das chaminés era de uma espécie nova de pão que estavam a cozer. Isto às vezes convém saber o que quem manda diz…

    ————————————-

    Quando se fala em assuntos que poderiam desbloquear as situações que fazem da Portela aquilo que ela é, o Sr. disse que não sabe desses assuntos.

    Olhe, o que eu descobri até hoje é que as pessoas que deram à volta à Ota não eram, na sua esmagadora maioria, nem pilotos (excepção feita ao Cmd. Lima Basto e ao Cmd. Víctor Fernandes, e ainda a outros que não conheci pessoalmente), nem controladores, que nunca quiseram dar a cara, nunca percebi porquê.

    Deixo-lhe uma sugestão: é a favor do desaparecimento da Portela? Constituta uma associação e dê a cara. Nós estaremos do outro lado.

    Só mais isto: os pilotos e controladores arvoram-se em grandes defensores da segurança.
    Se isso é verdade, por que que estão há anos à espera para peticionar ao Governo para que prolongue a taxiway da 03 até ao fim??? Aquilo é uma ameaça à segurança! Como é uma ameaça à segurança o descolar do meio da pista! Estou-me nas tintas para que se os parâmetros do manual da aeronave são cumpridos! Queixam-se de que Congonhas é uma desgraça, e depois fazem da pista da Portela uma pista de Congonhas! E ainda falam em segurança! Que vegonha!

    A Portela tem de acabar por motivos de segurança, mas ninguém vê mal nenhum aos atentados à segurança ali feitos todos os dias!
    Vergonha!

    Veja aqui um Homem com toamtes a falar! http://www.youtube.com/watch?v=vwxIfuoGXp8
    Veja o que ele diz aos 4:20

    É preciso haver um acidente para se fazer uma porcariazita de obra daquelas???

    Ou a tolerância à insegurança é só quando há um novo aeroporto à vista?

    São estas coisas que eu NÃO PERCEBO!

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  59. Desconhecida's avatar
    Anonimo permalink
    30 Abril, 2010 15:37

    COMO?, COM A DESCULPA DO BARULHO DOS AVIÕES? MAS QUE? QUEREM QUE CORTE O TRÁFEGO AÉREO DAS 22 AS 11H? JÁ AGORA O TRANSITO AUTOMOVEL TAMBÉM?
    OK, EU MORO LONGE DE UM AEROPORTO MAS QUANDO ESTIVE EM LISBOA FIQUEI NO HOTEL AÇORES LISBOA QUE FICA MESMO NA APROXIMAÇÃO DA PISTA 030 E FIQUEI NO ULTIMO PISO, COMO DEVES IMAGINAR PASSAVAM AVIÕES MUITO FREQUENTEMENTE E MUITO PERTO!! NÃO TIVE QUALQUER PROBLEMA COM ISSO NEM A MINHA MÃE QUE TEM PROBLEMAS PARA DORMIR…

    PORQUE QUE NÃO SE INVESTE 500 MIL MILHÕES E CRIA-SE UM AEROPORTO 5 KM AFASTADO DA COSTA? HU?

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  60. Gabriel Órfão Gonçalves's avatar
    4 Maio, 2010 08:36

    Posso pedir ao(s) Autor(es) desde excelente blogue que abram um tópico sobre a problemática da Ferrovia/TGV? Se já estiver aberto um, pedia o favor de me indicarem o link, porque gostaria de deixar um texto sobre a minha posição.

    O meu muito obrigado e bem-hajam!

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