Ele há Dias de completa inutilidade pública
Os clubes desportivos resultam da iniciativa individual, da liberdade associativa e iniciativa privada. Há umas dezenas de anos, agregaram-se em associações de âmbito regional, as quais resultam dos mesmos princípios. Mais tarde essas associações criaram uma federação de associações, representativa de tal actividade, para regularem a actividade, resolverem conflitos e outras questões comuns. A dita federação resulta portanto também da iniciativa e liberdade associativa. Dentro dos seus poderes próprios, os sócios dessa associação que assume a figura de federação, fixaram, entre tantas coisas, a forma de representatividade dos diversos agentes, com a respectiva ponderação de votos.
Sucede que ao longo dos anos, os diversos governos, seguindo o lema romano de «pão e circo» para entreter e ganhar simpatias do povo, passaram a financiar com o dinheiro dos contribuintes algumas das actividades dessas federações. Obviamente, quem dá dinheiro, nunca o faz de graça, especialmente quando o dinheiro não é seu, como é o caso. Vai daí, e para além de exigirem aparecer nos eventos e junto dos artistas para cativarem simpatias, entendem por vezes fazer exigências mais sérias. Desta vez o governo socialista entendeu fazer uma lei a exigir que as federações, associações privadas, reformulassem os seus estatutos por forma a configurarem uma ponderação de votos e de poder no funcionamento mais do agrado dos protegidos do poder.
Claro está que ninguém é obrigado a seguir tal lei que tem meros efeitos financeiros. Cada federação pode continuar a ter os estatutos que bem entender, organizar as suas competições e representar-se nos eventos internacionais, que são organizadas também por associações privadas, das quais as federações nacionais são membros.
O único poderzinho que o governo tem é o de dizer:«se não fizerem como nós queremos, não damos o dinheirinho tirado aos contribuintes». Claro está que certas federações, com menos implantação e viciadas na dependência, prontamente acederam pois que do dito dinheirinho depende a sua sobrevivência. Os associados da Federação Portuguesa de Futebol recusaram. Serão provavelmente os únicos com poder para não se dobrarem à vontade comprada pelo governo. Por muito que me custe relativamente a outras situações dizê-lo, espero bem que resistam, como sinal da existência de autonomia associativa, de não dependência da teta estatal, enfim, de alguma liberdade.

Acho bem os clubes não aderirem a essas directrizes burocráticas e totalitárias do governo socialista.
Isto qualquer dia está pior que na Roménia do Caesescu!
Nem no tempo do Salazar se pressionava assim os clubes.
Os socretinos querem controlar tudo e todos com o dinheiro dos contribuintes!
Só a falência de Portugal nos salvará desta porra de governantes!!!!!
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Roam-se de inveja..nós estamos em 92 lugar e com cunhas…
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Não escapa nada! Atacam por todas as frentes. Cortam nas ligações do cidadão com a Administração Pública com a alteração nos nomes da instituições do Estado. Forçam alterações, também, nos Estatutos dos Sindicatos para cortar ligações dos trabalhadores da Administração Pública.
E depois deste (des)Governo… o que nos restará?
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Vai acabar mal e depressa.
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e depois – se essa federação resistir – como é que o alegado engenheiro vai dar circo à populaça?
é que o patrão do padre frederico só cá vai estar dois ou três dias…
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O Aguiar-Branco disse uma verdade que ilustra bem um Estado Siciliano…perdão,queria dizer sucialista.
O único serviço do estado que o governo consegue pôr a funcionar bem é a cobrança de impostos.
A caça ao contribuinte é a nova actividade lúdica da aristocracia do gamanço.
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interessante este post na defesa dos caciques, futebolisticamente falando, das associações e federação.
nunca me tinha lembrado que se poderia defender Madail – esse grande dirigente federativo, ex-deputado, ex governador civil – desta maneira!
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Madaíl não é de perto nem de longe responsável pela podridão que mina o futebol.
os responsáveis são os que as escutas revelam e os que se recusam a encarar a verdade,como o CAA e restantes fanáticos.
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Não me lixem.
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Está bem,Quim.
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se calhar é esse exactamente o problema…a maneira como Madaíl se tem comportado com a podridão que mina o futebol.
sempre à tona de água, “imparcial”, defensor da paz podre, nunca tomando posição clara sobre os problemas (é sempre responsabilidade dos conselhos de disciplina/justiça/arbitros, etc.
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Por mim tudo bem desde que paguem.
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Está bem,Nuno.
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Tenham juizinho.
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Portela,O presidente da Federação,como bem sabe,não tem qualquer poder que não lhe seja conferido pelos clubes mais poderosos.E deles depende a cada momento,sendo a sua autonomia muito precária,pois nem consegue manter-se no cargo sem o seu respaldo.
Na nossa tradição,oas antecessores até foram bem piores que Madaíl na sua generalidade.Estavam umbilicalmente ligados a clubes.
Existem instâncias judiciais a quem compete investigar e punir a corrupção e a viciação das competições.
Foi assim na Itália,França,Alemanha,etc.
Só na Sicília Ocidental,a que persistem em chamar Portugal,se vê tal degradação humana.
Os ataques a Madaíl têm muitas vezes o objectivo de desviar os holofotes dos verdadeiros fabricantes de resultados,da máfia da bola.
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Tá na hora do recolher.
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recolher já? então o Barbas e o Taxista?
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Podia-se, então, organizar a FPF com um modelo de governação em que o “presidente” fosse um verdadeiro executivo e não uma figura decorativa.
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Lá “poder-se” podia-se,mas as forças ocultas que o CAA cultiva deixariam???
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Epá,lê-se e não se acredita.
O Vitelo da cana é mesmo um mafioso repelente.
Este bronco corrupto e engraxador do dono saíu-se com esta calinada,
http://www.cmjornal.xl.pt/noticia.aspx?contentid=1E94E7C3-57C7-41F3-A88F-18DD5408ED4B&channelid=00000021-0000-0000-0000-000000000021&h=5
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Caro Gabriel Silva,
Concordo com quase tudo o que colocou neste post.
Se o comentasse, certamente ocuparia um espaço enorme.
Sintetizando:
Há máfias no futebol e em mais umas duas ou três modalidades ? — HÁ !
Há interesses político-partidários que se colam a alguns clubes ? — HÁ !!
Há uma PROPOSITADA “incapacidade” para resolver de vez os problemas e accionar um projecto global para o desporto português ? — HÁ !
Há muitos interesses pessoais, clubísticos, regionalistas e empresariais para que tudo continue assim ? — HÁ !
Laurentino Dias é provavelmnete o pior, o mais laxista, o mais vaidoso, o mais incompetente, o mais permissivo (estou a ser ‘leve’…) Secretário de Estado da Juventude e do Desporto.
A Lei de Bases desportiva que demorou anos a fazer aprovar e a cumprir, demonstra-o.
A entidade empregadora de incompetentes e igualmente vaidosecos boys do PS, que é a sua Secretaria de Estado, comprova-o.
Quanto ao portista Madail: é o protótipo do tuga esperto “em terra de cegos”…. Escapa sempre por entre “os pingos da chuva”. Também é verdade que não tem tido oposição forte (excepto Artur Jorge, candidato) e isenta de culpas…
Caro Gabriel Silva,
este seu post poderia originar tantos e ramificados posts… E dezenas de comentários…
Um dos sedativos para amenisar a crise global e/ou melhor compreender este país: o absolutamente imperdível, hilariante, inócuo e por vezes patético programa “de comentadores futebolísticos” às segundas-feiras, pelas 22h00, na TVI ! Quem quiser rir-se, não perca !
(Desde há cerca de 1 mês, sempre que me lembro e posso, ligo esse canal. Hoje, vi Pôncio e Seara a leventarem-se. Como não sabia o que acontecera antes, pensei que iriam “pegar-se”. Afinal, Seara prontificou-se para que Pôncio exemplificasse uns pontapés a Falcão…Aqueles ápartes e conclusões do portista, a gabarolice pessoalizada, os falsetes e gestos do Benfiquista, e as condescendências do sportinguista, devem perdurar com o aval do governo, por exemplo via SEJDesporto e com o secretário de estado como primeiro fã…).
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Projecto Mercúrio: «Aquele [poder] que lhe interessa» O Expresso, de 26-4-2010, na notícia «Projecto Mercúrio», da autoria do jornalista Micael Pereira, traz mais detalhes sobre o negócio PT/TVI:
1. Esclarece que a operação terá tido início em Setembro de 2008. 2. Não se tratava de dois negócios diferentes, mas do mesmo: Taguspark e PT seriam parceiras na compra da TVI. 3. Nesse negócio entrariam outros investidores: é referido pela primeira vez o Grupo Lena. 4. Na notícia, página 10, escreve o autor:
«Às 23h03 [de 21 de Junho de 2009], Rui Pedro Soares diz a Armando Vara que o assunto “está fechado”, já tem as assinaturas da PT” e vai “buscar as assinaturas deles” [Prisa]. Diz ainda que o negócio vai ser comunicado no dia 25 de Junho, e que a operação foi feita com o BES Investimento: “na conferência de imprensa vão estar o Zeinal, o polanco (PRISA) e o Ricciardi (BES)”. Vara pergunta como vai ser com o poder e fica a saber que vão ficar com “aquele que lhe interessa” e vão “tutelara programação e a informação”.»
O BES Investimento já tinha sido citado no Sol, de 5-2-2010, mas agora vêm mais detalhes que permitem compreender melhor o negócio. O BES terá bancado o negócio de compra da TVI, parte do «plano governamental para controlo dos meios de comunicação social». E mais se esclarece a questão do «poder» (com as letras todas!) noutro extracto ainda não citado, que me lembre, de alegada conversa entre Armando Vara e Rui Pedro Soares: o «poder» é a «informação e a programação»…
http://doportugalprofundo.blogspot.com/
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