Despesas que se podem cortar a partir de hoje
17 Maio, 2010
I) O Orçamento do Estado prevê cerca de 160 mil euros só para comunicações móveis do Gabinete do Primeiro Ministro. É conhecida a propensão de José Sócrates para a destruição e troca de telemóveis.Depois de conhecidas as respostas à Comissão de Inquérito, fica-se com a ideia que o homem não fala com ninguém. O melhor mesmo é rever o tarifário do telemóvel. Aqui está uma boa rubrica para começar a fazer cortes na despesa. 31 da Armada
II) A importância de uma agenda bem organizada, de uma secretária, de um gabinete “Não me recordo de ter jantado com Rui Pedro Soares em Junho de 2009” 31 de Armada
Como nada disto funcionou como devia certamente que o dinheiro não foi gasto. Logo o primeiro-ministro pode devolver ao país estas verbas que para sua sorte certamente não utilizou nestes serviços.
4 comentários
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Não contava que o encontro fosse descoberto. Como não o pode negar, diz isto. Quando se leva uma vida assim banal, com encontros destes, nem nos recordamos, principalmente se formos o PM e estivermos sempre muito ocupados.
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esses moços do 31 têm bués de humor, nomes a condizer e o pedigree que falta às costureiras da sonae.
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Opinião, Público, 17 de Maio 2010 – Pág.37
Medidas de futuro numa situação de excepção
A Reforma Fiscal Ambiental é um instrumento essencial no odenamento fiscal e na redução da despesa pública
É em situações de excepção que se devem tomar as medidas de futuro. A fiscalidade portuguesa é uma manta de retalhos incoerente que necessita urgentemente de ser corrigida, para que quem deve pagar pague e quem não tem não pague pelos outros. A Reforma Fiscal Ambiental (RFA) é um instrumento essencial no ordenamento fiscal, no sentido de o tornar mais equitativo. Consiste numa revisão dos impostos e taxas, da subsidiação e da actualização de preços, de forma a incorporar as externalidades ambientais e sociais e o custo real. O GEOTA, como organização não governamental de ambiente, há mais de duas décadas pugna por uma verdadeira fiscalidade ambiental.
A recente comunicação do Governo de que tenciona propor um aumento generalizado de 1% nas taxas normal, intermédia e reduzida do IVA, um imposto sobre o consumo, é uma excelente oportunidade de corrigir as incoerências ambientais patentes nas taxas deste imposto. Quando a sociedade, incluindo o Governo e a União Europeia, estão preocupados com a sustentabilidade, as alterações climáticas e o consumo de energia, torna-se inadmissível que a electricidade (a forma simultaneamente mais nobre e poluente de energia) e independentemente da eficiência no seu uso seja beneficiada com IVA reduzido.
Para uma diminuição do défice haverá certamente muitas opções. Aqui se apresentam algumas sugestões de sustentabilidade e de redução de despesa, começando pelo sector público que deverá dar o exemplo. Assim:
1 – Redução do consumo de combustíveis pela Administração Pública e equiparada. Para tal devem ser adoptadas políticas de ecocondução bem como um registo semanal das distâncias percorridas e dos consumos verificados. Estudos provam uma redução de pelo menos 15% apenas pela formação dos condutores em ecocondução;
2 – Redução de pelo menos 10% no consumo de água e electricidade a cargo dos responsáveis de cada edifício público ou equiparado, fazendo para tal um controlo apertado dos gastos;
3 – Propor a tarifação de todos os parqueamentos em edifícios públicos em espaços urbanos, dando com alternativa o uso de transportes públicos;
4 – Simplificação tarifária. Repare-se no absurdo de só na Área Metropolitana de Lisboa existirem mais de 500 diferentes títulos de transporte público;
5 – Promover o uso e disponibilizar bicicletas aos agentes e equiparados da administração pública. Note-se que foi a Rainha Juliana que, dando o exemplo, pôs a Holanda a andar de bicicleta no pós-guerra.
Em alternativa a um aumento generalizado do IVA poderiam ser antes adoptadas as seguintes medidas:
1 – Aplicar taxas máximas no “petróleo, gasóleo e gasóleo de aquecimento, coloridos e marcados, e fuelóleo e respectivas misturas”, Lista II-2.3 taxa intermédia e nas “Portagens nas travessias rodoviárias do Tejo, em Lisboa” taxa reduzida Lista I-2.21;
2 – Aplicar taxas intermédias no gás e na electricidade para consumos superiores a 10 kWh/dia, que actualmente são taxados a 5%, Lista I (2.16 e 2.12);
3 – Aplicar portagens a todas as vias com qualidade de auto-estrada, generalizando o princípio do utilizador-pagador;
Para uma coerência fiscal propõe-se a taxa reduzida de IVA sobre a aquisição e manutenção das bicicletas bem como sobre a biomassa para uso em equipamentos de queima eco-eficientes. Isto poderá fazer diminuir a factura energética externa pelo menor consumo de combustíveis fósseis importados.
Para um aumento da receita e coerência nas políticas públicas de combate à obesidade e diminuição de resíduos, é imprescindível aplicar a taxa normal de IVA nos refrigerantes e nas águas engarrafadas.
Manuel Ferreira dos Santos e João Joanaz de Melo, GEOTA – Grupo de Estudos do Ordenamento do Território e Ambiente.
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Confesso ter ficado indeciso quanto à minha incomodidade: entre o riso amargo provocado pela repugnância dos temas post e a indignação perante algumas propostas fascizantes expressas no comentário #3.
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