Jantar com Pedro Passos Coelho
PPC respondeu quase sempre bem às várias perguntas que foram surgindo. Digo ‘quase’ porque apesar da consistência do discurso, algumas respostas afiguram-se enclausuradas numa provável tentativa de construção de uma imagem moderada. Lembrou-me Mariano Rajoy, que exige ao governo de Zapatero medidas drásticas mas nunca explicita quais seriam as suas.
Notei algum excesso de optimismo com a possibilidade do défice descer quase ‘naturalmente’ até aos limites impostos por Bruxelas, sem ‘violência’. Julgo que tal não vai acontecer. PPC sugeriu alguns caminhos ‘soft’ para lá chegar, mas nunca se atreveu a apontar medidas duras. Numa campanha eleitoral vai ser confrontado com questões difíceis e se apanhar pela frente um jornalista bem preparado, não será muito difícil apanhá-lo em pequenas contradições.
Agradou-me a sua resposta a uma pergunta de Miguel Morgado, quando manifestou o seu desejo de uma sociedade mais livre em que os cidadãos tenham nas suas mãos mais poder de escolha sobre as suas vidas. Inesperadamente para mim, PPC também foi bastante convincente na justificação do ‘acordo’ com o governo.
As suas expectativas para a capacidade reformista dos governos é realista. A sua descrição de como os ministros costumam ser engolidos pelo sistema em pouco tempo mostra que sabe com o que conta e que actualmente, não é muito.
Não se falou de TGVs, de aeroportos, de Magalhães, dos sucessivos casos que envolveram o primeiro-ministro, do casamento homossexual ou de eleições presidenciais.
A principal conclusão que tiro do jantar de ontem é que Pedro Passos Coelho domina os conceitos básicos da economia, muito para lá do que tem acontecido com os últimos primeiros-ministros. Compreende a dimensão dos números, tem perfeita consciência da situação das contas públicas e do sobredimensionamento do estado e não ignora as consequências para Portugal do caminho que tem sido seguido – e aí já está uma enorme, enormíssima diferença para o que temos de suportar hoje.

Preocupações da direita:
Casamento Homo…..
Se PPC consegue resolver a economia…
Se há ou não TGV….
Depois de suspedenrem a democracia ( 6 meses ou 60 anos ), já têm os seus problemas resolvidos….!
OOOOOOOOOOOOOOOOOO da Guarda !!!
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Pronto, está encontrado o santinho que nos vai salvar: o Senhor dos Passos.
Oremos.
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Oxalá eu esteja enganado. Oxalá.
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Oxalá é o Orixá associado à criação do mundo e da espécie humana. Apresenta-se de duas maneiras: moço (chamado Oxaguian, identificado no jogo do merindilogun pelo odu ejionile) e velho (chamado Oxalufan e identificado pelo odu ofun). No candomblé, este é representado material e imaterialmente pelo assentamento sagrado denominado igba oxala.
Compreendi perfeitamente !!
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JCD,
És um verdadeiro ignorante da política! Achas que se pode fazer uma avaliação de um personagem que pertence a uma máquina que o sustenta só através das suas palavras?
Quanta ingenuidade! E isso depois de todas as provas dadas por esse paspalho de que não passa de um quinta-coluna a serviço de um partido cuja função é enganar o eleitorado de tendências direitistas! O pior é que o tal partido não consegue esconder que é socialista nem no próprio nome. Só um idiota é que não vê.
O teu caso lembra aquela estória da puta que depois de ser hospitalizada pela quinta vez resolver deixar o chulo que a espancou. Basta uma conversa amena, umas flores e pronto, fica tudo resolvido. Acorda, o país está prestes se tornar um campo de concentração.
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Uma sociedade mais livre… em que cada um possa ter nas suas mãos a liberdade de escolher… PPC é um idiota ao nível de Sócrates e não conhece minimamente o país onde vive. 3/4 dos trabalhadores portugueses ganham 600 euros ou menos do que isso por cada mês de trabalho. Como é que se pode ter liberdade de escolha com estes rendimentos tão miseráveis?
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Temos sucessor de CAA…
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Tratou-se de um jantar tête-à-tête ou teta-a
-teta?
À luz de velas?
Deve ter sido por isso que não se apercebeu de que não era o PPC quem estava à sua frente, mas o seu angélico padrinho travestido…
Bem feito, para aprender a não dar abébias a meros clones socretinos.
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Mais um atacado pelo síndroma de Ministro das Finanças. Foi fácil, nem foi preciso ser nomeado.
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O pior que podemos fazer é querermos acreditar à força numa solução.
PPC não é solução para nada. É apenas, uma vez mais, a miragem de solução que aqueles que detêm realmente o poder criaram para poderem continuar a exerce-lo da maneira que entendem.
Apesar de tudo isto estar muito no fundo, e não falo de Portugal, nem da Europa, mas do Mundo, este “factotum”vai dar o passo em frente no caminho do abismo.
A questão é simples: vai ter que ser assim até que a situação seja de tal forma impossível que a dor da solução seja menor que a do problema.
E por enquanto não é.
E quando for a decisão não passa por aqui.
Até lá compete a cada um gerir as suas angústias. As minhas arrumo-as não acreditando que PPC seja a solução.
Não pode ser!
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Parece que as miúdas e as velhotas também o acham mais bonito .
Não sei o que aquela velhota que andou a ser gozada por toda a gente por denunciar o deficit e o aumento da divida externa pensará .
Enfim …
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Encontrei uma crise mas já a meti no bolso. Fiz bem?
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E ainda se queixavam do CAA…
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Este quer ir mais longe e não é só nos jornais.
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Este quer ir mais longe e não é só nos jornais.
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Invariavelmente, depois dos jantares de bloggers com políticos, os primeiros acabam a lamber as botas a quem lhes deu a suprema de honra de serem jornalistas por um dia e sentirem-se imensamente importantes. Já aconteceu antes com Sócrates e Rangel. Os assessores do Passos Coelho são rápidos a perceber estes pequenos truques mediáticos; mais lentos a perceber que as promessas eleitorais devem ser cumpridas ou então não devem ser feitas.
Passos Coelho é o próximo Sócrates (possivelmente menos maus) que o país terá de suportar. E aparentemente o país, que lhe dá próximo de uma maioria absoluta, está aparentemente satisfeito na sua mansa bovinidade, sem se dar conta do que está para acontecer. Não me agrada ter razão antes de tempo, mas nem é o caso: com o acordo do PEC, já se viu ao que PPC vem.
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(…) A verdade é que, para sustentar estas posições, é preciso acreditar em ficções sobre a sociedade portuguesa (e as suas escolas concretas) que:
a sociedade portuguesa não é marcada por fortes desigualdades económico-sociais; é estatisticamente irrelevante a
proporção de crianças e jovens a viverem em situação de pobreza ou em famílias com horizontes de emprego precários; não há défices de instrução e de literacia muito elevados entre a população adulta, portanto entre os pais de muitos alunos que hoje frequentam a escola; não há falta de tempo nem de preparação de muitos encarregados de educação para o acompanhamento escolar dos filhos; não há espaços residenciais estigmatizados nem formas de socialização desviantes a eles associadas; não há diluição de
factores de motivação para o trabalhoescolar induzidos pelo consumismo e por ilusões de ascensão social difundidas no campo dos media e dasindústrias culturais e de lazer; não há carências nem falta de coordenação entre instituições de apoio social às
populações e grupos escolares mais desfavorecidos; não há desmotivação dos jovens para o prosseguimento de estudos por falta de perspectivas profissionais valorizadoras das aprendizagens escolares; não há pressão para a saída precoce da escola em direcção a postos de trabalho precários e muito pouco qualificados (em Portugal ou até em Espanha); etc. O segundo equívoco é, em grande medida, uma projecção do primeiro no modo de conceber o quotidiano concreto das escolas e desdobra-se, também ele, em múltiplas crenças: os equipamentos escolares têm sempre grande qualidade; as turmas reais têm a dimensão que lhes atribuem as “médias” oficiais; é estável, transparente e coerente a malha de regulamentação das actividades lectivas de iniciativa governamental (raramente avaliadas, aliás) a que os professores têm de se adaptar; não há alunos com dificuldades acumuladas nas turmas; há acompanhamento permanente a esses alunos por parte de equipas pluridisciplinares devidamente preparadas e estáveis; há muito tempo disponível no horário dos professores para se relacionarem com os colegas, para prepararem conscienciosamente as aulas e para se encontrarem consigo próprios no quadro de
estratégias de autoformação consistentes e estimulantes; a sala de aula é um espaço de transmissão da mensagem pedagógica sem resistências nem dissidências por parte dos receptores, e onde a indisciplina é pontual e passageira; não há sofrimento nem forte
incidência deburnout entre os docentes; etc.(…)
José Madureira Pinto – Universidade do Porto
Sociólogo
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Um terço dos alunos com apoio social escolar!
Este ano lectivo, são já mais de meio milhão os estudantes que recebem ajuda do Estado para os livros, materiais ou refeições.
Um terço dos alunos do ensino básico e secundário recebe apoios da Acção Social Escolar (ASE). Ao todo, neste ano lectivo, são 503 214 os alunos subsidiados.
No ensino básico e secundário há cerca de 1,5 milhões de alunos.
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17.gigi disse
30 Maio, 2010 às 2:26 am
Quem é que está a gozar connosco: é você ou o José Madureira Pinto, que diz ser Sociólogo na Universidade do Porto?
J.
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1.INRI disse
29 Maio, 2010 às 6:29 pm
Você tem razão: se se acabar com a democracia ficamos com os problemas todos resolvidos.
A democracia é o governo do povo pelo povo. Donde se conclui que só poderia ser bem sucedida se o povo tivesse educação. Como não tem, é uma utupia.
J.
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Mas, afinal, o que é que se passa jcd?
quer fazer censura, é?
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isto é do melhor, o gajo não diz nada sobre economia e deduz que percebe a potes da dita. não se esforce muito porque o resultado vai ser igual ao anterior.
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