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Nem tudo é o que parece*

10 Junho, 2010

A notícia de que Portugal exportou mais energia energia eléctrica do que a que importou gerou bastante entusiasmo entre os abrantes. Seria mais uma prova de que o socratismo nos conduz ao progresso e ao desenvolvimento.

Mas o que é que poderá levar um país a tornar-se exportador de energia? Algumas hipóteses:

1. Uma queda vitiginosa da produção industrial criará um excedente de energia que, não podendo ser armazenada, tem que ser exportada a baixo preço.

2. Um mix energético com um peso excessivo de eólicas pode forçar um país a exportar energia a baixo preço nas horas do dia e nos períodos do ano em que a produção instalada supera o consumo interno.

3. Um país que subsidia a instalação de uma capacidade excessiva de produção energética pode ser forçado a exportar energia a baixo preço. Neste caso o subsídio será um subsídio à indústria estrangeira.

4. Um ano meteorologicamente favorável pode transformar num exportador de energia um país que aposta num mix energético altamente dependente de variações meteorológicas  sazonais. Os anos de chuva são óptimos, mas os anos de seca são péssimos.

Eu não quero ser botabaixista nem impedir o imparável desenvolvimento do país, mas se calhar os abrantes não sabem o que andam a celebrar.

*Ou de como os empiristas em economia se arriscam a cada dia a defender o contrário do que defenderam no anterior

59 comentários leave one →
  1. henrique pereira dos santos's avatar
    henrique pereira dos santos permalink
    10 Junho, 2010 16:32

    João Miranda,
    E foi verificar se a exportação foi toda a baixo preço? Ou fiou-se em soundbytes? Se precisar dos links, porque a informação é toda pública, tenho todo o gosto em lhos dar para verificar. Estou de acordo consigo quanto à necessidade de fazer contas ao preço a que fica cada unidade de energia eléctrica, mas não vale a pena mandar bocas só porque sim.
    henrique pereira dos santos

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  2. Bernardo Sardinha's avatar
    Bernardo Sardinha permalink
    10 Junho, 2010 17:28

    Há pessoas mesmo de má vontade. Hoje o “Público”, na coluna “Sobe e desce” diz-se sobre o crescimento do produto: …”é bom para o país, mas deve-se mais ao consumo das famílias e às exportações do que à acção do Estado”…
    Se não fosse devido ao consumo e à exportação seria a quê? E as pessoas consumiram mais e as empresas exportaram mais, porquê?
    Asim está o senhor João Miranda. Não encontra nenhuma possibilidade positiva para exportarmos mais energia eléctrica do que importamos? Era melhor não ter capacidade instalada e importá-la… a alto custo?

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  3. mentallyraped's avatar
    10 Junho, 2010 17:32

    Gostei do post..
    Tal como o autor diz tb não gosto de deitar abaixo só pelo desporto de o fazer.
    Independentemente da exactidão da análise feita (já que o autor acautela não dando tudo como factos definitivos mas sim apresentando hipóteses plausíveis) este é um exemplo da forma como se pode advogar para os dois lados..pela defesa ou pela acusação..o maior problema (a meu ver) nos dias que correm, até nem são as medidas que são tomadas, sendo que há-de sempre haver boas e más decisões, mas sim a falta de esclarecimento do porquê das mesmas a quem regra geral não consegue perceber a verdadeira abrangência e aplicação das mesmas…por vezes é como as crianças quando são pequenas: ” neste momento não queres mas tens de estudar…um dia mais tarde vais perceber” o importante seria antecipar o “um dia mais tarde”..é necessário apenas mais explicação logo mais transparência..

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  4. Eduardo F.'s avatar
    10 Junho, 2010 17:55

    Os nossos sucessos sucedem-se. Estamos sempre na linha da frente e mesmo quando a fente recua, somos sempre os que menos recuam.

    Também nas novas renováveis estamos na linha da frente e, supostamente, constituimos mesmo um exemplo farolizante para todo o mundo na infra-estrutura que, no próximo futuro, irá alimentar o carro eléctrico (o tal dos 30 mil euros já depois dos subsídios governamentais (5000 euros para os primeiros 5000 carros)).

    Agora cantam-se hossanas ao facto de termos exportado mais energia eléctrica do que importámos, no período de Janeiro a Maio de 2010 e que a exportação acumulada até Maio é superior à que se verificou durante todo o ano transacto. São boas notícias? Numa visão superficial, parece que sim. Mas o bottom line, qual é? Apesar de a factura energética do País ter caído 40% no ano passado o que é que aconteceu às tarifas de electricidade apesar de 2009 ter sido um ano de inflacção negativa? Subiram 2.9%!

    Com tantas notícias positivas, a que se junta um ano hidrológico (2009/2010) muito bom e, por associação, também um bom ano “eólico”, seria de esperar que houvesse alguma partilha de todas estas poupanças com os consumidores. Mas não. Há para aí uma “coisa” chamada de défice tarifário que anda à roda de 2000 milhões de euros. Adivinhem quem vai pagar.

    Em resumo, apesar de haver aparentemente boas notícias, como esta, pode contar que o preço da electricidade vai continuar a aumentar. Mais uma vez, o que parece, pode bem não ser.

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  5. Alexandre Carvalho da Silveira's avatar
    Alexandre Carvalho da Silveira permalink
    10 Junho, 2010 17:58

    Já hoje li algures neste blog que aquela energia que exportamos nos custou cerca de 1,5 milhão de euros, e que recebemos por ela cerca de 48 mil. Se for assim que belos negocios andamos a fazer. Estamos a subsidiar a economia espanhola, que bem precisa.

    Em 2008 Sócrates apareceu na tv euforico afirmando todo contente, que pela 1ª vez em Portugal as exportações de equipamentos industriais foram superiores às importações. Ora todos sabemos que Portugal não é um grande fabricante de equipamentos industriais, e se não os importava era porque não havia investimento. Foi aí que entràmos em recessão.

    É a propaganda do costume, com os resultados do costume: cada vez estamos pior.

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  6. floribundus's avatar
    floribundus permalink
    10 Junho, 2010 18:00

    o ps gastou em propaganda 33 milhões de euros
    os contribuintes gastaram muito mais com os cabrantes

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  7. lica's avatar
    lica permalink
    10 Junho, 2010 18:17

    tudo como dantes no quartel de ABRANTES

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  8. Fado Alexandrino's avatar
    10 Junho, 2010 18:19

    Eu não quero ser botabaixista

    Nunca ninguém o acusou disso, por amor de Deus.
    Agora o senhor manda para ali uma data de suposições.
    Sabe de alguma coisa concreta que nos queira ensinar?

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  9. jr's avatar
    10 Junho, 2010 18:23

    Os calrividentes “blogistas” pedem mais explicações!!! Mas eles não sabem tudo? Não interpretam tudo? Onde é que está (há) falta de transparência? Até porque onde há transparência a interpretação que é dada às coisas é sempre a mais conveniente ao “bota-abaixo”.

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  10. Desconhecida's avatar
    Luís permalink
    10 Junho, 2010 18:27

    O Inverno 2009-2010 foi o 11.º mais chuvoso desde 1931. Este ano houve chuva e vento com fartura, logo a produção de electricidade por parte das eólicas e das hidroeléctricas aumentou consideravelmente. Março também foi chuvoso, e Abril esteve mais ou menos dentro da média. Não se animem demasiado, basta vir um ano com precipitações dentro das médias das normais climatológicas e lá se vai a euforia.

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  11. ipsofactu's avatar
    ipsofactu permalink
    10 Junho, 2010 18:58

    5. Enfim, um país que ainda não chegou ao ‘advento’ de um parque automóvel que sediga eléctrico, até pode ser que assista aos bicos de mangueira, em pressão, a bufar.

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  12. Pedro C's avatar
    Pedro C permalink
    10 Junho, 2010 20:06

    Será que os cerca de 3.500 MW de capacidade eólica está a ser paga pelos consumidores a 90 euros/MWh?
    Será que os 75MW fotvoltaicos são pagos a 350 MWh?
    Será que o preço de mercado (internacional) ronda os 30-40 euros MWh?
    Saberão que dado o excesso de energia intermitente instalado somos, por vezes, forçados a export`-la para Espanha a custo zero?
    Saberão que apesar do desequilíbrio deste mix energético o Governo se propõe aumentar a capacidade instalada da eólica para 8.500 MW e fotovoltaica para 1.500MW?!!!
    Saberão que o investimento anunciado de 31 mil milhões para suportar este desvario não terá qualquer risco para o investidor, já que o Governo garante a sua venda à rede quer precisemos, ou não, dessa energia?
    Já deduziram que quem vai pagar isto (quem havia de ser?) é o consumidor/contribuinte?

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  13. Os Coxos's avatar
    10 Junho, 2010 20:40

    Longa vida a mim.

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  14. jorge vuvuzela's avatar
  15. maldinio's avatar
    maldinio permalink
    10 Junho, 2010 20:51

    Os políticos Portugueses usam e abusam da arte do pau de dois bicos, visto que dominam bem a técnica. No entanto por essa Europa fora já é utilizada há muito tempo a técnica do chapéu de três bicos.
    Ou seja nunca nada é o que parece. De facto desenvolver as energias renováveis surge como um desígnio nacional. Logicamente que é necessário investir neste sector. Portugal investiu muito numa energia renovável a eólica. A tecnologia da energia hídrica já está relativamente madura, a solar apresenta pouco peso e da biomassa encontra-se atrasada devido talvez a problemas burocráticos.
    Bom entre apostar em energia eólica ou energia nuclear, depara-mos logo com um facto, há partida é possível Portugal dominar a tecnologia dos aerogeradores e até ser exportador dos mesmos enquanto uma central nuclear em Portugal seria uma solução tipo chave na mão que não contribuiria nada para o desenvolvimento da indústria nacional.
    Mais, os defensores da energia nuclear, um pequeno grupo, que tem perspectivas de emprego na central nuclear a construir, subestima em muito o custo do desmantelamento dessa central, quando terminar a sua vida útil.
    O desmantelamento de uma hipotética central a construir fica mais caro que a construção da própria central. Motivo pelo qual as centrais nucleares nos EUA constituem um fundo para o desmantelamento, no entanto tem surgido várias denúncias de que esses fundos são insuficientes e muitas vezes desviados/roubados. Conhecendo o país que temos percebe-se logo que no caso da construção de uma central nuclear em Portugal serão os nossos netos/contribuintes a pagar o pato da reciclagem do lixo nuclear radioactivo.
    Portanto Portugal apostou bem ao escolher a energia eólica como desígnio nacional, dirão que é cíclica depende do clima, bom também a agricultura, que devia também ser um desígnio nacional. A especulação na bolsa também tem os seus ciclos.
    O único senão é o de Portugal entrar de cabeça na energia eolica instalando milhares de aparelhos de baixa capacidade que vão ocupar os melhores locais de vento enquanto que um país que comece a aposta dentro de cinco anos poderá instalar aparelhos com grandes capacidades (já se estuda 10MW na Noruega, cinco vezes mais a potência média dos aparelhos instalados em território nacional) nos melhores locais de vento obtendo custos de energia mais baixos (Portugal pode demolir os velhos e instalar novos, mas fica caro).
    Quanto à periodicidade da energia eólica existem várias formas de armazenar energia eléctrica.
    As mais conhecidas são a bombagem de água e as baterias eléctricas. O custo da bombagem de água é menor mas se as baterias forem a custo zero para as empresas de energia, como as dos automóveis eléctricos então está resolvido o problema dos custos.
    Surge apenas uma dúvida! Se as grandes barragens que estão a ser construídas servem basicamente para bombear água para armazenar a energia do vento porque não construir pequenos reservatórios de um milhão de m3 (um no cume outro na base da serra mais próxima de central eólica em questão) como é feito no Japão com menores custos económicos e ambientais?.

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  16. Desconhecida's avatar
    Anónimo permalink
    10 Junho, 2010 21:20

    Maldínio

    Isso do armazenamento em baterias parece-me um disparate. Já viu a quantidade de baterias necessárias ?
    Quanto ao armazenamento nas barragens seria boa solução se eólica e barragem tivessem o mesmo dono e este vendesse a energia concorrencialmente. O que se vai passar é que o dono da eólica tem a compra assegurada, seja a que hora for e por um preço fixo, por sua vez o dono da barragem não vai comprar a energia para a bombagem ao produtor da eólica, compra-a a quem foi obrigado a comprá-la ao dono da eólica.
    Resumindo, a EDP compra energia eólica cara seja a que hora e quantidade for, como de noite não há consumo tem de a vender ao desbarato e o dono da barragem compra-a quase de graça e bombeia água. Depois, durante o dia, vai produzir energia e vendê-la a um preço mais elevado.
    É mais uma forma de ganhar dinheiro à custa do consumidor que não pode escolher.

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  17. Desconhecida's avatar
    Anónimo permalink
    10 Junho, 2010 21:28

    É impressão minha ou foram noticiadas quantidades vendidas e compradas e não os valores? É que nos fogos também já houve quem tentasse vender o número de ocorrências e não a área ardida total.

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  18. Eduardo F.'s avatar
    10 Junho, 2010 21:30

    #17

    Não é impressão. É assim que se faz propaganda.

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  19. Desconhecida's avatar
    Anónimo permalink
    10 Junho, 2010 21:31

    #1 henrique pereira dos santos disse

    Henrique, é indiferente. Nós perdemos sempre dinheiro quando exportamos energia. Procure um exemplo e verá que tem dificuldade em encontrar um dia ou outro que não seja assim.

    Vou-lhe mostrar um dia recente, em que os preços no mercado foram normais e nós exportamos de forma relevante.

    Dia 7 Junho 2010
    Fontes:

    http://www.omel.es/frames/es/resultados/resultados_index.htm
    http://www.centrodeinformacao.ren.pt/PT/InformacaoExploracao/Paginas/EstatisticaDiariaDiagrama.aspx

    Exportação Portugal – Espanha:

    07:00 258,8 MWh / 42,80€
    08:00 628,3 MWh / 48,01€
    09:00 1.200,0 MWh / 54,01€
    10:00 646,8 MWh / 53,99€
    11:00 415,9 MWh / 55,98€
    12:00 34,6 MWh / 55,38€

    Total:3.184,0 MWh / 166.172€

    Nós não termos forma de saber qual a fonte da energia que é exportada, mas como sabemos que uma fonte cara (éolica) produziu nessas horas quantidade acima dessa exportação, acaba por ser indiferente, porque só há duas hipóteses:

    a) Consumimos uma fonte subsidiada mais cara (eólica por ex) e exportamos uma mais barata. Perdemos dinheiro.
    b) Exportamos uma fonte subsidiada mais cara (eólica por ex) e consumimos uma mais barata. Perdemos dinheiro na mesma, porque nós consumidores portugueses (ou futuramente contribuintes via défice tarifário) tem que pagar o diferencial do subsidio para o preço de exportação. Perdemos dinheiro, por vezes fortunas, como sucedeu nos primeiros meses deste ano.

    Sendo assim, nesse dia 7 de Junho, os 3.184MWh exportados tem um custo para os portugueses calculados por exemplo pelas tarifas subsidiadas das éolicas (de 97.20 €/MWh) de 309.523,68€, do qual apenas se cobrou no mercado 166.172€. Os portugueses tiveram um prejuízo de 143.351€ com a exportação nesse dia via tarifa subsidiada.

    E esse dia foi um dia de preços normais, mas muitas vezes o preço de mercado é baixíssimo, ou mesmo zero, e aí perdemos fortunas quando exportamos (e consumimos).
    Repare só num pormenor importante. Para que precisa a Espanha de importar energia de Portugal em certas horas em que tem mais do que produção suficiente para isso ? Porque a quer comprar barata, por vezes dada por Portugal, poupando os consumidores deles.

    Se acha que alguma coisa está mal aqui, por favor diga, porque tudo isto é nebuloso, até eu próprio tenho dificuldade em acreditar. Para mim isto não é um negócio, num país normal para mim exportar energia subsidiada internamente é uma fraude económica em larga escala. Esta brincadeira a que chamam modelo energético deve estar a custar-nos quase mil milhões de euros por ano.

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  20. Eduardo F.'s avatar
    10 Junho, 2010 21:36

    Outro exemplo de propaganda, estilo “linha da frente”:

    O governo, impante, anuncia um crescimento em cadeia referente 1º trimestre (face ao trimestre anterior) de 1,1% (1,8% face ao trimestre homólogo de 2009). Já, porém, se esqueceu de dizer que a dívida pública directa, de 31 de Dezembro de 2009 a 31 de Março de 2010, subiu 2,4% e que a 30 de Abril já ia em 5,2% correspondente a mais ou menos 7200 milhões de euros.

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  21. Desconhecida's avatar
    Unreal permalink
    10 Junho, 2010 21:44

    #1

    Venham de lá esses links, não se fique. É que eu já segui alguns para tabelas de compra de energia nossa por Espanha que na maior parte do dia nos “compraram” energia a custo zero e no restante dia, a preços inferiores ao que nós pagamos, enquanto nós continuamos alegremente a pagá-a a preços exorbitantes, para parecer bem termos sido invadidos por ventoinhas bem caras. Será soundbyte?
    O melhor soundbyte é que estes são apenas mais uns a fiar-se na mula de carga que somos todos nós e só se vão convencer do contrário quando começarem tumultos a sério. Mas como somos um país de carneiros endividados de mão estendida e sem honra, nada temam: estamos cá para servir.

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  22. Eduardo F.'s avatar
    10 Junho, 2010 21:44

    #20,

    As minhas contas dão-me valores semelhantes: entre 800 e 1000 milhões de euros por ano. No blog Ecotretas aponte-se também para os mesmos resultados.

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  23. Desconhecida's avatar
    Anónimo permalink
    10 Junho, 2010 21:45

    Só há 3 possíveis explicações para o que foi descrito em #20

    1) Burrice (altamente improvável, os burros somos nós, não eles)
    2) Fraude
    3) Propaganda, é feito para passado uns meses alguém vir dizer que exportamos energia

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  24. Desconhecida's avatar
    Anónimo permalink
    10 Junho, 2010 21:48

    #20

    Não vejo nada de errado no seu comentário. Mesmo que apenas uma parte da energia exportada tenha sido produzida por via eólica essa parte traz prejuízo.

    A minha última factura de electricidade, período de 17/03 a 14/05/2010 apresenta a seguinte composição da energia consumida
    Eólica 33%
    Cogeração 14%
    Hídrica PRE (???)8,2
    Gás 9.3
    Hídrica 24,8
    Carvão 1.9
    Nuclear 4.7
    Outras 4.1

    Veja-se bem o peso da eólica.

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  25. Desconhecida's avatar
    Anónimo permalink
    10 Junho, 2010 21:50

    #21 acaba por ser indiferente, porque só há duas hipóteses:

    Há uma 3ª hipótese. É parar de consumir energia cara quando a exportamos, ou seja, quando não precisamos dela. Ou seja, parar as éolicas (ou solares). Mas os contratos maravilha não permitem, temos que engolir tudo o que produzirem a um preço obsceno, mesmo quando não precisamos e acabamos a exportar a qualquer preço, mesmo dada, pagando os portugueses o diferencial do subsídio de qualquer forma.

    ISTO É UMA FRAUDE !

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  26. Desconhecida's avatar
    Unreal permalink
    10 Junho, 2010 21:51

    #20 e #23

    Não se preocupem, ou estão a fazer as contas mal por terem esquecido um artifício qualquer que permite escamotear alguns valores ou então os links que seguiram não prestam. Ou melhor, são uns links que mandam umas bocas.
    Há meses e meses (quiçá anos) que N pessoas avisam que estamos a pagar energia caríssima e a ir pela via errada. Mas tudo isso empalidece perante o politicamente correcto e a propaganda.

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  27. Desconhecida's avatar
    Anónimo permalink
    10 Junho, 2010 21:57

    #20
    É chocante o que se passa no Governo de Portugal e vou adicionar outra hipótese às de #23:

    4) Somos governados por vigaristas.

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  28. Ecotretas's avatar
    10 Junho, 2010 21:59

    Estou FARTO, FARTO, desta discussão!

    A exportação de energia durante o primeiro trimestre de 2010 custou

    CUSTOU! repito a exportação CUSTOU

    50 milhões de euros ao país: http://ecotretas.blogspot.com/2010/04/50-milhoes-de-euros.html

    O HPS, o primeiro a comentar este post, sabe disso! Já o discutimos no blog Ambio. Mas parece que os blogs ecológicos têm ainda pouca leitura.

    Já agora, se não tivessemos eólicas neste país, tínhamos poupado 216 milhões de euros, também só no primeiro trimestre: http://ecotretas.blogspot.com/2010/04/quanto-custam-as-eolicas.html

    É triste andarem todos a ser ALDRABADOS desta maneira!!!

    Ecotretas

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  29. Desconhecida's avatar
    Anónimo permalink
    10 Junho, 2010 21:59

    #27
    Isso não é uma hipótese. É uma realidade comprovada.

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  30. henrique pereira dos santos's avatar
    henrique pereira dos santos permalink
    10 Junho, 2010 22:08

    Anónimo 19
    O preço da energia eólica não é o que diz. O preço da eólica é calculado em degrau e vai baixando a partir de determinados número de horas anuais, isto é, até as 2600 horas de produção (que praticamente todos os parques eólicos fazem mesmo em anos fracos) a energia eólica fica a ser paga a pouco mais de 40 cents (se não me engano), isto é, a um preço bastante competitivo face às alternativas. Ou seja, produzindo muitas horas de eólicas o custo médio da produção baixa.
    Por outro lado, mesmo o tal preço exorbitante das primeiras 2000 horas anuais pode ou não ser competitivo nos quinze anos de vida útil do parque eólico em função do preço do petróleo. Se conseguir encontrar alguém que garanta que o petróleo não sobe (não estou a dizer que sobe, estou apenas a dizer que é uma possibilidade com que é preciso contar no planeamento energético de longo prazo) nos próximos 15 anos penso penso que consegue uma verdadeira raridade.
    Acresce ainda que os novos contratos de eólicas são a preços mais baixos (é a lógica das tarifas feed-in que a gastadora alemanha tem, como vários outros países).
    Por fim, as suas contas não podem ser feitas da maneira como as faz, isto é, considerando apenas o que se vendeu nas condições actuais, tem de fazer as contas aos custos de oportunidade, isto é, quanto custaria a energia se não houvesse esta produção e é muito provável que chegasse à conclusão de que diminuindo a produção e aumentando a procura o preço não seria o mesmo.
    É verdade, o país pode simplesmente procurar produzir o máximo de electricidade ao mínimo custo a partir de fontes que hoje têm preços (não garantidos, ao contrário dos eólicos) mais baixos. Fica com um problema de emissões de carbono para resolver e fica completamente desesperado se houver uma retoma que impulsione o preço do petróleo (e a retoma não é aqui, é na Índia, China, Brasil e por aí fora).
    Resumindo, a discussão do planeamento de longo prazo não pode ser feita com o simplismo de comparar os preços de hoje, nem pode ser feita debaixo da barragem propangandística do governo que oculta o preço da política energética, cujos principais erros são no entanto diferentes dos aqui apontados: o facto de haver preços políticos geradores de défice tarifário (que só em parte é devido às renováveis) em vez de preços reais; e o facto de não haver verdadeiro esforço de eficiência energética.
    O facto de exportarmos todos nas horas de menor preço da energia é natural, é quando há mais oferta e sobretudo muito menos procura, no caso de Portugal em grande parte porque o país não faz parte da rede europeia é sim uma ilha com uma barreira em França resultante da absurda e caríssima opção nuclear francesa que impede a França de ser flexível na sua produção, muito menos flexível aliás que a produção portuguesa, cuja rigidez no princípio do ano se deveu mais ao enchimento anormal das albufeiras (muito acima da média para os outros anos no mesmo período) que ao vento.
    Os links são fáceis de encontrar no site da REN, que depois remete para outros.
    henrique pereira dos santos

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  31. Ecotretas's avatar
    10 Junho, 2010 22:16

    HPS,

    O custo médioem 2009 foi de 93.74 €/MWh.
    Ponto. Não vale a pena andares aqui a confundir o pessoal.

    Ecotretas

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  32. Desconhecida's avatar
    Anónimo permalink
    10 Junho, 2010 22:29

    Vou-lhe mostrar um dia recente, em que os preços no mercado foram normais e nós exportamos de forma relevante.Dia 7 Junho 2010 Fontes:

    Esses preços nem são normais, já se podem considerar preços caros em relação aos últimos anos, acima do preço médio de 2009. Ou seja, no exemplo que deu, mesmo com energia cara no mercado ibérico, nós perdemos dinheiro. O que é óbvio e inevitável, pois por muito alto que esteja o preço de mercado, a eólica que nos permite exportar a certas horas está sempre muita acima disso. Imagina-se o que isto nos está a custar! O comentário #1 é portanto completamente irrelevante ou reduntante, a única dúvida é sabermos quanto prejuízo temos quando exportamos. Pouco, muito ou obsceno.

    E fala-se aqui das eólicas. O que dizer dos 344 Euros/MWh da solar fotovoltaica? Que na microgeração é paga a 587 Euros/MWh ? Quantas belas acções de propaganda não deram as centrais solares ? Imensas. Já imaginaram as belas fraudes que se podem fazer com isto ? Vender energia a 587 Euros/MWh tirada da rede ao preço de consumo ? Beleza ! Um verdadeiro paraíso para as fraudes. Deve ser por isso que todo o processo de licenciamento da microgeração tem sido kafkiano. Uma verdadeira corrida ao ouro oferecida pelo contribuinte, tudo o que é mafioso e xico-espero no país se atirou ao osso, foram mais do que as mães.

    E os Abrantes gabam-se disto ? Ao que chegámos, ainda gozam na nossa cara. Triste fado deste país.

    Os portugueses morrem de sede e estão a ser obrigados a beber champanhe, suposto champanhe, engarrafado com água da torneira mas vendido, cobrado e propagandeado pelo Estado como se fosse Don Pergignon.

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  33. Desconhecida's avatar
    Anónimo permalink
    10 Junho, 2010 22:44

    O facto de exportarmos todos nas horas de menor preço da energia é natural, é quando há mais oferta e sobretudo muito menos procura, no caso de Portugal em grande parte porque o país não faz parte da rede europeia é sim uma ilha com uma barreira em França resultante da absurda e caríssima opção nuclear francesa que impede a França de ser flexível na sua produção

    Exportar energia em excesso a preço baixo de mercado é a coisa mais natural e inteligente do mundo. É preferivel em horas de pouco consumo exportar, mesmo a um baixo preço, pois no mix a receita por muito baixa que seja, sempre ajuda a compôr a rentabilidade global. Antes facturar pouco, do que não facturar nada. Óbvio.

    Só que isso NUNCA pode ser feito num mercado em que esse produto é subsidiado, senão é uma FRAUDE.

    Imagine que o Estado subsidiava a produção de leite. E que Portugal consumia 500 hectolitros por ano. Mas um determinado produtor produzia 1000 hectolitros, 500 colocava no mercado, os outros 500 deitava fora, o interesse é apenas receber o subsidio. O Estado alinharia nisto ? Não, só por distracção, ou se alguém no Estado alinhasse na fraude.

    Não é preciso ser nenhum génio de economia para perceber que nem seria possível haver no mercado ibérico energia a custo zero ou tão barata se os subsídios não estivessem a subverter tudo isto, pois os actores desse mercado tem obviamente melhor rentabilidade vendendo energia barata que o Estado paga de qualquer forma. O facto desta fraude acontecer muito mais vezes no sentido Portugal-Espanha do que no inverso leva-me a crer que em Espanha tem medo ou pelo menos vergonha de fazer tal coisa, e que em Portugal já nem vergonha existe, muito menos medo.

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  34. Desconhecida's avatar
    Anónimo permalink
    11 Junho, 2010 00:08

    Eduardo F. disse
    10 Junho, 2010 às 9:30 pm
    #17
    Não é impressão. É assim que se faz propaganda.
    ——————————————————-

    Há vários anos que a propaganda diz nos Media que a energia em Portugal está na média ou abaixo do preço médio na Europa. Mas nunca referem que as contas são feitas com o preço ao público, ocultam que existe uma subsidiação escondida, que alguém terá que pagar, sendo o custo muito mais alto em Portugal.

    Penso mesmo que nos últimos séculos nunca houve em Portugal um regime com propaganda deste calibre. Penso mesmo que regimes como o de Chávez na Venezuela são uns meninos de coro ao pé do que Portugal é hoje.

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  35. Desconhecida's avatar
    Anónimo permalink
    11 Junho, 2010 00:11

    Na ditadura havia censura e os bons jornalistas eram inteligentes e criativos para a furar.
    No regime fascista actual os media são a guarda avançada da propaganda do regime.

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  36. Desconhecida's avatar
    Anónimo permalink
    11 Junho, 2010 00:14

    Na história recente da Europa, provavelmente apenas Hitler conseguiu enganar e controlar todo um povo como Sócrates faz há anos com Portugal.

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  37. Desconhecida's avatar
    Anónimo permalink
    11 Junho, 2010 00:22

    “The essence of propaganda consists in winning people over to an idea so sincerely, so vitally, that in the end they succumb to it utterly and can never escape from it.” Goebbels

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  38. Desconhecida's avatar
    Anónimo permalink
    11 Junho, 2010 00:35

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  39. Miguel Madeira's avatar
    11 Junho, 2010 03:36

    O “2” por si só não poderia explicar o superavit, já que a exportação seria compensada por importações nas horas do dia e nos períodos do ano em que o consumo interno supera a produção instalada.

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  40. Desconhecida's avatar
    Anónimo permalink
    11 Junho, 2010 03:46

    Pois, estamos a vender com prejuízo.

    Mas vamos compensar com a quantidade.

    (/com barbas)

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  41. henrique pereira dos santos's avatar
    henrique pereira dos santos permalink
    11 Junho, 2010 12:15

    quarenta comentários depois ninguém, com excepção do tretas e incluindo o João Miranda, apresentou contas que suportassem as suas opiniões.
    As contas do tretas, um anónimo que não permite comentários no seu blog, foram discutidas no blog onde escrevo onde o tretas comenta livremente, sendo mais que evidente que as contas do tretas não valem o papel onde são feitas (não faz a mínima ideia de aspectos básicos da questão).
    Portanto, infelizmente a conclusão é a do costume. Todos têm opinião para a qual os factos são irrelevantes.
    henrique pereira dos santos

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  42. Pedro Braz Teixeira's avatar
    11 Junho, 2010 14:54

    Portugal importa quase 90% da energia primária que consome. Se exportarmos um bocadinho de electricidade, isso muda o quê?

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  43. Desconhecida's avatar
    MDN permalink
    11 Junho, 2010 15:36

    A meu ver temos qui muitos peritos, e eu não o sendo vou dar a minha opinião como leigo…Eu comparo a produção eletrica seja de barragem, estaçoes fotovoltaicas ou/e energia eolica como a produçao de medicamentos….o primeiro custa 400 Milhoes de euros, passado 2 anos(e uns bilioes de produçoes) esse mesmo medicamento custa 5 centimos cada a ser produzido…as barragens e quase todas as energias sao na mesma medida, o custo inicial é astronomico mas vai compensar a longo prazo…largamente, e se não usarmos a eletricidade de noite, qual é o problema a vende la a baixo custo? Se o preço varia consoante a procura é normal que de noite o preço desça…

    Saiu á umas semanas que o preço em Portugal da energia eletrica era mais alto que a media europeia, que ate eramos dos que pagavamos mais, e que mesmo que a factura na globalidade dos paises da UE ia descer por cá ia aumentar.

    De facto não percebo (ou ate percebo mas mete me nojo) porque é que pagamos tanto pela eletricidade.

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  44. Desconhecida's avatar
    Anónimo permalink
    11 Junho, 2010 15:52

    Eu só não quero que me tirem o meu Magalhães.

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  45. Desconhecida's avatar
    MDN permalink
    11 Junho, 2010 17:18

    Quem não quer quem não quer.

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  46. Desconhecida's avatar
    Anónimo permalink
    11 Junho, 2010 18:57

    henrique pereira dos santos disse
    11 Junho, 2010 às 12:15 pm

    quarenta comentários depois ninguém, com excepção do tretas e incluindo o João Miranda, apresentou contas que suportassem as suas opiniões.

    Com todo o respeito, mas muita conta já foi posta aí. Acho que você é que não foi capaz de apresentar nenhuma. Nem vai apresentar pois trata-se de uma impossibilidade física e económica. Este modelo energético está-nos a custar quase mil milhões euros por ano. Para comparar, repare que a recente subida de IVA em bens essenciais de 1ª necessidade (ou seja, na taxa reduzida que afectam e muito os pobres) renderá 400 milhões até ao final do próximo ano, 2011. Estamos a tirar aos pobres para dar aos ricos mexias.

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  47. Ecotretas's avatar
    11 Junho, 2010 22:23

    HPS,

    És absolutamente desprezível e cobarde. As contas estão feitas, tu não apresentaste contra-contas, por isso ficarias muito bem calado!

    Mas não. Para que os leitores destes comentários saibam o que este Henrique é, leiam o contexto do ante-penúltimo link abaixo. Ele disse que eu seria o PADROEIRO DOS METEOROLOGISTAS se eu provasse o que ele queria. Eu até isso provei!

    (continua)

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  48. Ecotretas's avatar
    11 Junho, 2010 22:23

    Mas como este arquitecto da treta, que assumidamente não sabe fazer contas, que manda outros fazê-las, mas que se perde no meio disto tudo, deixo aqui o resumo das verdades inconvenientes que lhe fazem confusão, por ordem de aparição:

    Andamos a trabalhar para aquecer
    Produzindo energia para deitar fora
    Porque encheu o ALqueva?
    Má gestão no Alqueva

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  49. Ecotretas's avatar
  50. Ecotretas's avatar
  51. henrique pereira dos santos's avatar
    henrique pereira dos santos permalink
    12 Junho, 2010 01:21

    Anónimo 46,
    Explique de onde vem esse valor, se não se importa. Não digo que não seja verdade, mas gostava de perceber como é calculado esse valor. Agradecido. Não fiz contas porque não fiz afirmações de que as coisas eram assim ou assado. Se quiser procure nos posts e na muito democrática caixa de comentários do blog onde escrevo, aqui não há espaço para isso. O que perguntei desde o início foi se o João Miranda tinha alguma base para o que estava a dizer.
    João Miranda não respondeu.
    É tudo.
    henrique pereira dos santos

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  52. Eduardo F.'s avatar
    12 Junho, 2010 01:35

    «É tudo.»

    De facto, para quê mais?

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  53. Desconhecida's avatar
    Anónimo permalink
    12 Junho, 2010 08:37

    O mais fascinante é que toda esta trampa é aplaudida e incentivada por toda a esquerda meta-ambientalista.
    A mesma esquerda que vocifera populismo contra os grandes bancos e os prémios chorudos das empresas do sector da energia, é a mesma esquerda que por detrás apoia e incentiva tudo isto, das eólicas aos TGV’s.
    Que os portugueses não se esqueçam desse facto ! Que não se esqueçam quem nos está a atirar para a pobreza !

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  54. henrique pereira dos santos's avatar
    henrique pereira dos santos permalink
    12 Junho, 2010 11:59

    Caro Edcuardo F.
    É tudo porque tirando o tretas ninguém fundamentou nada do que disse.
    Quanto ao tretas, se se der ao trabalho de ver os posts e caixas de comentários da ambio a propósito do assunto, verificará que está completamente claro que aumentos de caudal do guadiana de menos de cem metros por segundo para mais de dois mil não podem ser resolvido como diz o tretas: uns tempos antes turbina-se para encaixar estes caudais.
    Ora Alqueva é uma barragem para rega, feita exactamente para garantir a a reserva de água inter-anual, isto é, para reter água de uns anos para os outros e portanto não pode ser gerida mantendo os níveis baixos para optimizar a eventual precipitação excepcional de um ano atípico(eventual porque estamos a falar de caudais acima da cheia centenária, portanto com a probabilidade de ocorrência maior que de cem em cem anos, que foi o que aconteceu este ano, e é por isso que é completamente ridículo extrapolar o sucedido em cerca de um ês deste ano para todo o sempre, como faz Pinto de Sá, no seu blog a ciência não +e neutra não qual sde baseiam estes soundbytes sobre a exportação a custo zero).
    Quando isto é explicado ao tretas, o tretas fala de umas previsões que foram feitas e que permitiam já saber que esses caudais bem acima da cheia centenária iriam acontecer. Verificando-se as previsões (e previssões meteorológicas acima de três dias devem ser vistas com cautela, e mais ainda acima de dez dias) o que se encontra são informações genéricas de que iria chover muito e em lado nenhum uma previsão de uma situação extrema de cheia centenária.
    É por isso que não vale a pena discutir isto em pormenor: já foi discutido e está disponível quer no blog ambio, quer na sua mais que democrática caixa de comentários.
    Por mim não vou perdcer tempo com blogues anónimos que não admitem comentários e contraditório.
    João Miranda disse o que disse e recusa-se a explicar o fundamento do que disse. Sendo que o que diz não está demonstrado em lado nenhum a não ser para situações pontuais e excepcionais, que evidentemente não servem para discutir polítrica energética de longo prazo.
    É tudo. E é pena que seja tudo porque com essa senha contra as renováveis com argumentos falsos estão a esquecer-se dos verdadeiros problemas da política energética deste governo, à cabeça dos quais está uma política de tarifação distorcida pela existência de défice tarifário que resulta do facto do Governo ter medo de fazer o que devia: deixar o preço da energia subir dentro da racionalidade normal do mercado.
    henrique pereira dos santos

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  55. henrique pereira dos santos's avatar
    henrique pereira dos santos permalink
    12 Junho, 2010 12:00

    menor, em vez de maior, claro, a propósito da cheia centenária.

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  56. henrique pereira dos santos's avatar
    henrique pereira dos santos permalink
    12 Junho, 2010 12:01

    sanha em vez de senha, também

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  57. Desconhecida's avatar
    Anónimo permalink
    12 Junho, 2010 14:57

    Henrique, tenho toda a consideração por si, e do que diz do ecotretas tem bastante razão, não admite comentários e ele vocifera muita vez toneladas de disparates e não admite contraditório. Mas neste assunto ele tem bastante razão, tirando um outro outro exagero típico de discussões acaloradas em que cada lado do argumento procura buscar dados mais favoráveis para ao seu ponto de vista, no geral ele e outros tem razão.

    Como você sabe, também não é fácil encontrar informação transparente e inequívoca sobre esta temática. Todo o mercado de energia é todo ele uma imensa nuvem nebulosa com centenas de mecanismos obscuros, regras e subsídios, que no final é difícil por exemplo fazer uma conta transparente.

    Uma coisa pode ter a certeza. Isto está-nos a custar muitos milhões, olhe para onde olhar. E você sabe isso e até concorda com a opinião de que tudo isto é absurdo. A sua última frase assim o diz. Você sabe que tudo isto não está a ser feito em nome do ambiente, sabe que isto é um negócio da China multimilionário para uns, e para outros um mecanismo de propaganda política. Se fosse feito em nome do ambiente, os preços reais reflectiriam o custo real, ganhando-se eficiência energética.
    Este modelo fomenta o desperdício enriquecendo os produtores e empobrecendo terrivelmente os consumidores, que não se apercebem que boa parte da factura não está a ser paga agora mas em diferido.

    Do ponto de vista económico isto está a ser um desastre. Nos últimos meses vários produtores clássicos de energia estiveram parados com dezenas ou centenas de trabalhadores com as mãos nos bolsos com a operação parada, que podiam produzir energia barata, mas não o podiam porque a prioridade no sistema é para o negócio da china das energias verdes paga a preço de caviar.

    Pode o país dar-se a este luxo ? Não, não pode. Fomentar energias alternativas, sim senhor, mas de forma equilibrada e gradual, não desta forma que nos está a arruinar muito rapidamente. Os últimos meses custaram-nos centenas de milhões de euros. Simule você também as contas que chegará também a essa conclusão.

    E sobre o assunto deste post do JM, exportar energia muito subsidiada internamente a um preço de mercado várias vezes abaixo do que pagamos em subsidio é uma fraude para o país. Não tem outro nome. É um crime, e devia ser denunciado o que se passou em certos dias nos primeiros meses deste ano.

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  58. Desconhecida's avatar
    JMLM permalink
    12 Junho, 2010 16:36

    Só faltava esta especialidade a este senhor, ser conhecedor profundo de questões energéticas.
    Ou explica e prova aquilo que diz, ou então ficamos todos a pensar que estamos perante um Andrade, vendedor de teorias da treta.
    Já não é a primeira vez que faz afirmações sem apresentar provas daquilo que diz, trata-se apenas de mandar bocas, de dar consistência à sua desonestidade intelectual.
    As soluções que apresenta são desconhecidas, ficamos à espera…
    VIVA PORTUGAL

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  59. henrique pereira dos santos's avatar
    henrique pereira dos santos permalink
    12 Junho, 2010 22:48

    Anónimo 57,
    Finalmente um comentário com substância.
    É verdade que tod o mercado da energia é uma nebulosa, mas exactamente por isso não faz sentido centrar a crítica nas renováveis.
    Que no princípio deste ano terá havido custos acima do esperado por chuva a mais (e não por vento a mais)estamos de acordo.
    Que seria bom sabermos todos que custos foram esses, de acordo.
    Que é possível extrapolar o que se passou para a crítica a políticas de longo prazo é que não estamos de acordo.
    Que tenham sido milhões e milhões tenho dúvidas, mas ainda que fossem o que é fundamental é saber o peso que isso tem nos quinze anos de vida útil dos investimentos, quinze anos esses que ninguém sabe no que vão dar no que diz respeito ao preço do petróleo.
    O facto do governo ter medo que ter preços reais na electricidade e por isso criar défice tarifário só marginalmente se prende com as renováveis (aliás o défice já existia antes, embora as renováveis, fruto da política errada do governo, contribuam para ele, como contribuem os custos gerais de exploração e coisa que tal).
    Que apolítica do Governo não tem nada de base ambiental estou farto de dizer. É uma política que pretende induzir investimento sem afectar o défice do Estado, onerando a economia com preços mais altos de energia.
    Mas nada do que eu digo justifica os soundbytes que João Miranda repete e que são em grande parte uma tolice mal informada.
    Camarada JMLM
    Não, não sou especialista deste assunto e farto-me de dizer asneiras sobre ele. Mesmo nas áreas em que percebo alguma coisa do assunto, como a gestão da diversidade biológica digo asnerias, quanto mais não faria aqui. Tenho sobre muitas pessoas que têm opiniões definitivas sobre o assunto a vantagem de ir procurar saber o que realmente se passa em vez de apenas procurar justificar a ortodoxia ideológica que perfilhe.
    Ou seja, quando alguém descreve um cenário só possível se todo o sistema eléctrico fosse gerido por atrasados mentais eu parto do princípio que é melhor ir às fontes originais analisar a informação porque o mais natural é sermos todos minimamente racionais nas decisões. E vou mesmo à procura de dados originais e até verifico os links que me dão e que quase ninguém lê, de maneira geral.
    Fazem mal porque mesmo sendo pessoas inteligentes e informadas em muitos assuntos são presa fácil de qualquer manipulador, como acontece nesta discussão (dos dois lados da discussão, já agora).
    henrique pereira dos santos

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