Se (por utopia) a partidocracia não existisse…
O sistema eleitoral seria diferente e todos os deputados emanariam de círculos uninominais. As figuras gradas do regime teriam de dispersar o lobbying por 230 deputados; os banqueiros não iriam à Lapa, talvez fossem a S. Bento, mas lá não teriam 1 interlocutor isolado, mas 230; a Comissão Europeia ou Ângela Merckel teriam outros cuidados a pressionar uma Instituição com uma legitimidade idêntica ou até superior à sua.
As pressões existiriam, tal como hoje, mas a dispersão a que seriam obrigadas torná-las-ia mais visíveis. Muitos deputados claudicariam perante elas, mas todos sofreriam naturais e permanentes contra-pressões do seu eleitorado, na generalidade contra o aumento de impostos. Os eleitores teriam não só a arma da pressão, mas também a da sanção, o voto. A disciplina partidária seria letra morta, numa votação do orçamento os interesses (e o bolso) dos representados sobrepor-se-iam a qualquer veleidade ideológica.
Poderes dispersos geram naturalmente contra-poderes, uma regra de ouro que os centralistas bem conhecem. Num Parlamento eleito sob outro sistema mais representativo, haveria pressões e em muito maior número. Mas haveria sempre um orçamento aprovado e sem as lamúrias hipócritas de que se tratava de um mau orçamento.

Onde é que você vive?
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É preciso muita fé para acreditar nisso.
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Outra vantagem de um sistema desses seria os portugueses poderem finalmente dizer se querem ou não ter deputados da Maçonaria ou da OpusDei. Já estou a imaginar o debate: “Seja um bom otário! Vote na Maçonaria e tenha a certeza que eles põem o interesse de Portugal à frente dos interesses dos seus “irmãos”! Clique aqui para saber quem são. ”
Mais sugestões:
-Votos em branco elegem cadeiras vazias no parlamento. Só funcionaria num sistema misto e aplicável ao circulo nacional mas seria um forte incentivo ao bom comportamento desses deputados.
-Abstenção superior a 60% numa eleição presidencial obrigaria a referendo sobre o regime.
-É mesmo necessário serem 230 os deputados?
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Em situações extremas pode sempre haver bloqueios.
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Mas o mal deste Regime começa por aí: a falta de liberdade do individuo como lógica centralista, a instituição de castas partidárias, depois repetidas no Ensino, Saúde, Justiça etc.
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O Corporativismo Social levado ao extremo.
Depois os mesmo Corporativistas ficam muito admirados porque não se cria riqueza.
Dinamismo, gente que cria, inventa é por definição alguém que faz diferente. Tem de ir contra a norma, ora isso é impossível no Corporativismo Social.
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> os interesses (e o bolso) dos representados
Sugere-se ver o que significa (e porque existe) a expressão “pork barrel”, num desses sistemas com círculos uninominais.
Até poderia ser melhor que o corrente sistema de bandos arregimentados. Mas não é caso para julgar ter encontrado salvação. A democracia avançada não tem cura …
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Não é preciso dizer que é utopia, basta mudar a mentalidade (sobre a questão da falta de participação cívica) dos portugueses para isso ser possível.
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Obrigado, LR. E os sábios autores, e co-autores, do desenho deste reprovável regime não têm vergonha de continuar a defendê-lo. Mesmo perante a evidência prática do descalabro que isto é. Numa Europa com economia competitiva, de mercado, um País com os burocratas do PS -para ser muito meigo- no poder. Assim não vamos lá.
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Mesmo com o actual sistema já era um avanço se os eleitores, em vez de se limitarem a colocar uma cruzinha no partido, pudessem colocar um numero correspondente ao seu deputado preferido. Depois a lista do partido seria re-ordenada conforme os votos. Não era perfeito, mas permitiria colocar uns tantos candidatos fora do parlamento.
As chamadas “sociedades discretas” é que não iam gostar nada do sistema uninominal já que isso iria dar ao eleitorado o poder de lhes negar a minoria de bloqueio que possuem. Não admira que o PS, apesar de numericamente beneficiar de um sistema desse tipo, sempre ter votado contra.
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Os velhos e novos caciques desta desacreditadíssima e corrupta partidocracia jamais abrirão mão do caduco ‘ sistema centralista’ para que se refundisse a democracia vero, ou, no mínimo, um pouco mais credível, com um sistema eleitoral uninominal, e, já agora, reduzindo-se o número de deputados de 23o para 180 que o Constituição permite. Mas… cá está o ‘mas’, para isso, era preciso que o Zé-pagante, que suporta com seus impostos toda esta gente que nos desgoverna e toda uma pandilha de inúteis e incompetentes que gravitam à sua volta, era precisso, digo, que o Zé os tivesse no sítio.
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ena! já é o segundo post que leio apontando o dedo ao sistema. será que começa a haver a consciencia que o mal reside maioritariamente naquele?
Olhem bem para aquilo… aquilo já só mexe com recurso a bonecreiros! Assumam que a coisa está morta!
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Eu não digo mais nada: Vejam a vida rica do deputado Ricardo Gonçalves, que pede para abrirem a cantina do Parlamento à noite, numa reportagem de Bruno Contreiras Mateus, na revista Domingo do Correio da Manhã.
http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/outros/domingo/um-dia-com-ricardo-goncalves
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Se não fosse a partidocracia, era o teixeira, era o sokras, mais o passos, varas e loureiros, cada um por si, só, sem os chapéus de famelga reunidos em seitosas de opusgay & maçoneries, poderosas.
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Mas isso já existem em Portugal!
Chamam-lhe poder autárquico e em vez de 230 deputados temos 308 presidentes de câmara, cada um a pensar por si. A vasta maioria associa-se a um partido porque acha que assim tem mais hipóteses de ser eleito, mas os que têm valor por si próprios e não se revêm nos partidos podem correr sozinhos e tem acontecido.
Por acaso (ou não) alguns dos independentes com mérito próprio são também de mérito duvidoso… e mesmo criminal, como em Felgueiras e Oeiras, mas que não sejam esses casos a dar mau nome aos independentes.
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…
Para quê tanto deputado e respectivas assessorias?
Porque não fecham a luz e as portas daquela casa de imbecis?
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