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A investigação do DN

7 Janeiro, 2011

O Diário de Notícias inicia hoje uma investigação extensa sobre entidades públicas. Trabalho louvável. Porém, meter no saco das “entidades públicas” Fundações privadas, que apenas aparecem associadas a diferentes Ministérios porque, ao contrário de outras pessoas colectivas privadas (como associações ou sociedades comerciais), a atribuição de personalidade jurídica está dependente de um despacho governamental é um erro. Aqueles despachos (que deveriam apenas verificar se os estatutos cumprem a lei e, sobretudo, se o fundo patrimonial atribuído pelos fundadores à fundação é suficiente para os fins a que se propõe) não implica que tais entidades sejam entidades públicas nem, muito menos, que tenham direito a receber dinheiros públicos. Diferente é o caso das Fundações Públicas – estas é que deveriam ser identificadas claramente na investigação do jornal.

5 comentários leave one →
  1. pardal's avatar
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    7 Janeiro, 2011 14:38

    A maioria serve apenas para fugir a impostos…
    Ponto final.

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  2. João Santos's avatar
    João Santos permalink
    7 Janeiro, 2011 14:59

    Destrinçar vigarices acaba por ser uma tarefa fácil em Portugal. O interessante será, nos tempos que correm, apontar actos sérios, estabelecidos com lisura de processos. Um secular historial de traficâncias várias legou-nos um carácter enviesado, permissivo, cúmplice, pouco dado às exigências da ética mais elementar. As anormalidades, por cá, não são as fundações e outras instituições armadilhadas pelas redes de traficantes de influências, que é o que resta de traficância depois do açúcar, da prata, do ouro e das especiarias. O anormal, por cá, é o que é sério, verdadeiro, liso e transparente. E isso não vende jornais…

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  3. PIM's avatar
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    7 Janeiro, 2011 16:52

    Estou a lembrar-me de uma fundação, inteiramente constituida por privados – operadoras de telecomunicações – e que, de acordo com o critério deste cavalheiro, não deve ser “metida no saco das entidades públicas” – apesar de toda a gente saber que foi com o dinheiro dela que se pagaram, entre outras coisas, os “Magalhães”. Como venho aqui para me lembrar porque votar no PSD e no PS é precisamente a mesma coisa (ou melhor, consiste em assegurar a regular mudança das moscas, tal como na Monarquia Liberal e na Primeira República), só tenho de lhe agradecer!

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  4. È bolo e queima's avatar
    È bolo e queima permalink
    7 Janeiro, 2011 20:46

    Será que a fundação Mário Soares é uma Fundação pública? Porque recebe do Estado. De resto a investigação do DN, é acima de tudo um serviço público. responde a todas as perguntas que implicam entender o estado lastimável a que o país chegou, Decerto nenhuma das instituições visadas contribui com 1 cêntimo para o produto interno bruto, antes pelo contrário consomem mais de 40%. São 600 000 pessoas que vivem do erário público e que decerto votam em quem faz as leis que dão emprego onde não há rendimento, nem produtividade, Vale a pena ler. Eu conheço muitos institutos públicos que só servem para duplicar burocracia e manter empregos a quem tem cartões partidários. Leiam a série toda, pode ser que acordem e percebam que o que entra pelos “plasmas” adentro ás 8 da noite, não é mais que mais uma lição de carneirismo necessária para manter este povo suficientemente ignorante, para o levar a votar outra vez. Cultivem-se e “abstenham-se” Não votar é um dever cívico. Os 600 000 empregos destas instituições mais os familiares chegam para eleger o Dom Sebastião de Boliqueime que foi o primeiro criador deste monstro. Votem se precisarem de um tacho bem pago. ( pelo menos até que haja dinheiro para pagar). Se tiverem filhos novos, abstenham-se pode ser que os salvem da fome. Se investigarem estas instituições no Algarve ainda vão ver melhor, ficarão a saber como são todos os dirigentes casados uns com os outros, o que faz jus ao Reino dos Algarves, e verão como dinásticamente se gere uma região. Venham e vejam. Parabens DN

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  5. Nuno's avatar
    Nuno permalink
    8 Janeiro, 2011 03:16

    E os jornais têm credibilidade? Se calhar, é mais um truque para ganhar mais uns euritos miseráveis a vender papel a papalvos.

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