Até parece que não está nada em jogo este domingo*
Um ambiente estranho tem rodeado a campanha eleitoral. Ou, para ser mais exacto, tem-se vivido um ambiente estranho naquela parte do país que faz por ignorar a campanha e, como poucas vezes sucedeu, já anuncia que também vai ignorar o acto eleitoral.
Vários factores podem explicar o que se está a passar. O mais forte é a convicção de que a reeleição de Cavaco Silva é um dado adquirido. E logo à primeira volta. Isto explicaria alguma abstenção à direita.
Do outro lado, o carácter grotesco de duas candidaturas – as de Defensor de Moura e de José Manuel Coelho – desvaloriza a participação. O esforço de Francisco Lopes e Fernando Nobre merece simpatia, mas só o segundo poderá protagonizar uma surpresa, mas pequena. E a campanha errática e radical do candidato do governo e da oposição bloquista, Manuel Alegre tem momentos que são penosos. Com este panorama e estes candidatos não se estranharia uma elevada abstenção à esquerda.
Mas há um outro factor previsível mas algo surpreendente: muitos eleitores querem genuinamente que Cavaco Silva seja eleito (e nem se conseguem imaginar num país em que fosse Alegre o vencedor), mas entendem que “sujam as mãos” se votarem nele. Por causa do BPN? Só se for por não ter querido dar mais explicações, pois só os radicais o responsabilizam pelos males de um banco que singrou em tempo de governos socialistas e foi supervisionado por um Banco de Portugal também dirigido por um socialista. Muitos dos motivos são, temos de admiti-lo, mais estéticos do que éticos ou políticos: Cavaco não tem jeito, não sabe comer bolo-rei, a Maria não se sabe vestir, na sua biblioteca há mais livros de economia do que de poesia, tem a mania de ler os dossiers até ao fim, continua a morar na Rua do Possolo numa casa onde fez obras na marquise, não colecciona arte contemporânea nem frequenta a Gulbenkian, no fundo é o “parolo de Boliqueime” que os chiques da esquerda e os queques da direita nunca acharam que tivesse lugar entre os que contam em Portugal.
Já Alegre, descendente do visconde do Barreiro e do 1º barão de Cadoro, aristocrata de olho azul, poeta de voz quente, homem que nunca se engana no tom da gravata e gosta de grandes caçadas (até se lhe perdoa a companhia que faz a Dias Loureiro nessas jornadas de espingarda a tiracolo), facilmente amolece as defesas mesmo dos que estão nos seus antípodas: basta-lhe falar da Pátria ou declamar uma estrofe de Os Lusíadas.
Estas são as questões de pele. Depois há os temas políticos. Muitos não querem “sujar as mãos” porque Cavaco não vetou a lei do casamento gay. Outros, em contrapartida, porque o acham conservador por ter criticado essa mesma lei. Uns porque é pouco liberal. Outros porque não vetou o Orçamento de 2011. Há quem nunca tenha ligado aos seus discursos e agora proclame que nada disse contra o agravamento da dívida, o estado da Justiça ou a chaga da corrupção. Ou então ouviram-no mas defendem que devia ter falado mais alto e mais grosso. Muitos estão irritados por não ter respondido mais depressa, melhor e de forma mais cordata às notícias que o relacionam com o BPN. Outros não lhe perdoem não ter forçado um governo de coligação após as eleições de 2009. E por aí adiante.
Todos terão a sua parte de razão. Ou pelo menos uma parte da sua razão. Contudo, em política, as escolhas são feitas não em função de mitos idealizados mas das alternativas em jogo. Claro que se pode estar “contra o sistema” e optar pela abstenção, pelo voto em branco ou pelo voto nulo. Assim como se pode achar que o resultado é irrelevante, e então fica-se em casa. Mas será esse o caso da eleição de domingo?
Apesar do que se tem dito sobre a falta de poderes do Presidente, mesmo os seus poucos poderes são importantes quando a eleição ocorre num momento tão delicado. Primeiro, porque a crise orçamental e económica colocou o país à beira da bancarrota, tal como só esteve em 1892. Depois, porque não só não existe um governo com apoio maioritário, como as tensões políticas se exacerbaram, banalizando o insulto e bloqueando qualquer diálogo.
É difícil, neste quadro, ver as vantagens de acrescentar um Presidente fraco a um governo desacreditado num país à beira do precipício. Sobretudo se pensarmos que o Presidente é o único agente político cuja legitimidade deriva directamente dos eleitores.
É irreal um cenário em que Manuel Alegre seja eleito? Tudo indica que sim. Mesmo assim importa verificar o que representa Alegre por contraponto a Cavaco. Para isso vale a pena voltar ao Portugal de 1988, quando Cavaco liderava o seu segundo governo (o primeiro de maioria absoluta) e Portugal ainda era um país onde só havia uma estação de televisão, onde grande parte dos jornais diários pertencia ao Estado, onde a única rádio privada era a Renascença, um pais onde todos os grandes bancos eram públicos, assim como era do Estado o único operador de telecomunicações, um país cuja economia ainda estava limitada pelos excessos da revolução e todas as empresas que tinham sido nacionalizadas em 1975 não podiam sequer ser privatizadas.
Para desbloquear esta situação era necessário rever a Constituição, o que foi possível em 1989 graças a um acordo entre o PSD e o PS de Vitor Constâncio. Mas não todo o PS: Manuel Alegre votou contra. Um voto ao lado do PCP de que ainda há dois anos se orgulhava.
O episódio tem mais de 20 anos, é apenas um entre muitos, mas sintetiza o que divide as duas principais candidaturas. Cavaco, primeiro como primeiro-ministro, depois como Presidente, cometeu por certo inúmeros erros e omissões mas ajudou a construir, com o PS moderado e a esquerda moderna, o nosso consenso democrático, liberal e europeu. Fora do poder tanto criticou os erros de governos socialistas como de governos social-democratas.
Já Alegre esteve quase sempre, ao longo das últimas décadas, contra todas as reformas destinadas a tornar Portugal um país viável e competitivo, aproximando-se por sistema de uma esquerda reivindicativa, irrealista e radical que sempre se auto-colocou de fora de qualquer solução governativa. A linha que tem separado os que apoiam e os que criticam as grandes opções do Portugal europeu não tem passado entre a esquerda e a direita, antes entre a esquerda arcaica com que Alegre gosta de estar e o resto dos partidos do consenso constitucional pós-1989.
É certo que, durante todos estes anos, Alegre foi o cravo que caía bem na lapela do PS onde, sem grande incómodo, permitia aos socialistas ir cobrindo a sua ala esquerda. Porém esta campanha tem mostrado que a convergência do PS com o Bloco fez murchar esse cravo, reduzindo-o à condição de inestético “berloque”… de esquerda. Correia de Campos, eurodeputado, ex-ministro da Saúde, membro da Comissão Política do PS, notou isso mesmo ao mostrar, esta semana, como o “rei vai nu”: “Alegre não representa uma alternativa. Podia ter representado no passado, mas no actual contexto não. O país precisa de estabilidade e o Presidente incumbente garante essa estabilidade”. Disse alto que muitos socialistas murmuram.
Portugal vai ter pela frente anos difíceis em que terá de proceder a ajustamentos dolorosos da sua economia sem os quais esta não só não recuperará a competitividade perdida, como deixará de poder sustentar qualquer estado social, mesmo anémico. Para o fazer não necessita apenas que os políticos actuem o melhor possível, necessita de uma sociedade civil mais viva, comprometida, e capaz, também ela, de mudar de hábitos.
Há quem ache que já chegámos a um ponto em que o regime não tem saída, e até quem sonhe com um qualquer tipo de revolução ou de ruptura. Em democracia isso é sempre muito perigoso, pelo que os não-revolucionários costumam preferir ir a jogo em todas as eleições em vez de sonharem com as próximas ou com um novo Salgueiro Maia.
Público, 21 Janeiro 2011

O problema de Alegre é que pode demitir Sócrates, hipótese que não se põe com Cavaco. E tirando isso, só a rejeição da adopção de crianças por gays, que Alegre parece rejeitar e que Cavaco, com tanta questão importante no país ( algumas alíneas do estatuto do dos Açores, por exemplo) promulgaria(á) para não perder tempo.
GostarGostar
O futuro imediato do país seria ainda (muito) mais catastrófico e à deriva, se Sócrates tivesse em Belém um pavoneado indigente protector de mais irresponsabilidades, desvarios, “enganos”, irregularidades, abusos de poder.
GostarGostar
“O problema de Alegre é que pode demitir Sócrates”. Descanse (BST e o “dr.”), não terá esse problema. E se em Belém, por certo não dissolveria a ARepública !) — o que pode acontecer, com Cavaco Silva.
E esse “problema”, seria qual ? Provocar eleições com eventual vitória do PSD, pelo que OS MEGA-INTERESSES do P”S” , de empresas almofadadas pelo Rato, e de muitos dos seus militantes e simpatizantes abusivamente beneficiados, sofressem rupturas drásticas ?
GostarGostar
Ups !….
Afinal vai haver segunda volta !
A primeira, deu-a o “dr.”, a noite passada, na sua cama, com insónias.
A segunda, dará novamente o “dr.”, domingo à noite, também na sua cama, com um pesadelo !
GostarGostar
Ficou à vista de todos que José Manuel Coelho tem muita mais densidade politica, humana e cultural do que Cavaco Silva.
Mas como JMCoelho anda pelo país denunciando a CORRUPÇÂO não dá jeito nenhum em considerar a campanha deste bom homem do povo!
Não foi o patrão do Público que disse que Cavaco era um ditador?
(Numa coisa o Cavaco tem razão. A imprensa portuguesa é muito «suave»…
Arisca com os fracos e reverencial com os poderosos.
Afinal de contas os srs jornalistas também comem todos os dias e também tem água e luz para pagar…)
GostarGostar
O governo Sócrates já tem o destino traçado há muito tempo, independentemente de quem vá ocupar a presidencial poltrona e de quem calce as presidenciais pantufas (o hobby dos reformados presidenciais não é jocar à bisca e ao dominó, mas sim avaliar a constitucionalidade dos diplomas enviados para Belém). Todos os candidatos (ou quase todos) tem uma dimensão patética, que nalguns casos raia o absurdo. Mas neste ponto o actual presidente já ganhou. Quer fale ou se remeta ao silêncio, é imbatível na gestão do grotesco.
http://www.mindjacking.wordpress.com
GostarGostar
19:19
Nos seus penúltimo e último parágrafo, certamente refere-se a jornalistas e a quase toda a comunicação social CONTROLADA DESDE 2006 pelo Rato e por S.Bento…
GostarGostar
MJRB,
A questão ém, parece-me, que Sócrates TEM TIDO em Belém um « pavoneado indigente protector de mais irresponsabilidades, desvarios, “enganos”, irregularidades, abusos de poder».
Vou abster-me – 1ª vez na vida. Mas chega, basta, enough, assez.
GostarGostar
A abstenção de quem se situa à direita é dar hipóteses a Alegre e Sócrates de destruirem ainda mais o País.
GostarGostar
O incrível cinismo do Alegre que vem agora falar no Estado Social quando em 30 anos criou calos no cu de estar sentado e NÃO mexeu uma palha.
Com ele na Presidência irá continuar o mais do mesmo: Só mudam as moscas!!!
.
Siga o Circo…
GostarGostar
Ficou provado que aqui neste bolg e a propósito das eleições presidenciais a Manuela Moura Guedes assinou Arlindo Costa.
GostarGostar
BST,
“Olhe que não, olhe que não…”
Cavaco não permitirá mais trapalhadas de Sócrates, pelo que dissolverá a ARepública.
GostarGostar
Gol(pada),
Permita-me uma correcção: “ele” –o “dr.”– nada fará na presidência, pelo simples facto que não será eleito.
26% é o que conseguirá desta vez. E não vai haver mais oportunidade de se candidatar.
GostarGostar
Com Cavaco ou Alegre ou Nobre ou Lopes ou etc…não está nada em jogo. A Bancarrota é Certa.
GostarGostar
Por mais que inventem e se torçam nos “comentários”, o pedido de empréstimos têm sido uma desgraça, uma tragédia para o País.
Se duvidam, esperem pela vida dos filhos daqui a cinco ou dez anos.
Nessa altura, abrem os olhos de parvos …
e dizem.
QUE BURRO EU FUI HÁ DEZ ANOS EM VOTAR NOBRE, ALEGRE..OU PIOR…….NEM IR VOTAR.
GostarGostar
Qualquer homem que invente uma nova imbecilidade recebe salvas de palmas e torna-se o dono da verdade; para as grandes massas, ele é o bom ideal da humanidade. Dê um giro pelos últimos mil anos da História e descobrirá que 90% dos ídolos populares do mundo – não me refiro aos heróis de pequenas seitas, mas a ídolos mundialmente populares – não passaram de casos baratos de nonsense. Tem sido assim em política, religião e em qualquer outro departamento do pensamento humano. Mesmo tais casos já enfrentaram alguma oposição, uma vez ou outra, de críticos que os denunciaram como charlatães e os refutaram assim que abriam a boca. Mas, ao lado de cada um deles, havia a titânica força da credulidade humana, e isto bastava para destruir os seus inimigos e estabelecer a sua imortalidade.
Henry Mencken
GostarGostar
MJRB
Olhe que não!
O Sr. Presidente vai continuar como no primeiro mandato.
GostarGostar
Quem é que a Karocha recomenda para o cargo?
GostarGostar
Caro:
Alegre não é Visconde do Barreiro é Barão da Recosta -a zona da estação fluvial do Barreiro de hoje.
GostarGostar
Karocha,
O Cavaco Silva no segundo mandato, vai surpreendê-la !
GostarGostar
Publicado em cinco dias \ 6 comentários
Direito à informação no país do faz-de-conta…
21 de Janeiro de 2011 por João Torgal
.
O Presidente da República Cavaco Silva aceitou entrevistas com a Rádio Renascença e com o Correio da Manhã (olha que dois), mas recusou, não respondeu ou faltou, depois de ter confirmado, às entrevistas com o DN, o Publico ou a estação pública Antena 1. Num país a sério, com uma comunicação social interventiva e um povo informado e interessado, seria um escândalo que um candidato a Presidente da República se RECUSASSE a esclarecer as pessoas, a responder às perguntas dos jornalistas e a falar sobre tudo o que é incómodo.
Mas como isto é um país do faz-de-conta…
GostarGostar
Caro Daniel,
Sou professor do ensino secundário e desde que este governo socialista chegou ao poder instalou-se nas escolas um clima de medo, quase de terror. As pessoas têm medo de dar opiniões, as relações francas foram sendo substituídas pela sacanice mais sabuja a que eufemísticamente chamam avaliação em desempenho. A escola pública democrática, que ainda existia no tempo do Barroso, acabou. Não há tão pouco uma espécie de democracia formal, uma vez que é o Sr. Director que nomeia todos os cargos na escola. O Unanimisno impera, a escola pública é hoje um deserto de ideias.
Caro Daniel, o Sr. sabe quem fez este “trabalho” sujo e criminoso? foi a Dr. Maria Lurdes Rodrigues, ministra socialista, coadjuvada pelos emissários políticos do seu partido, o Partido “Socialista”. É com muita mágoa que assisti a este estado de coisas, eu que sou (?) de esquerda, que como militar em 74 também ajudei a construir o Portugal de Abril. Repare que não me refiro a cortes salariais, refiro-me a uma questão mais importante, aquilo que deveria ser a essencia da escola pública, sem a qual não existe cidadania, a democracia.
Por favor, dê-me uma boa razão para ir votar no candidato Manuel Alegre.
GostarGostar
ESTES CANDIDATOS , OS JORNALISTAS E OS COMENTADORES SÃO MUITO FALADORES.CANSAM DE TANTO DIZEREM COISAS
GostarGostar
o carácter grotesco?
ou realista….foram dos mais lúcidos sabiam ao que iam e o que queriam….
os restantes foram bem mais grotescos
imbecilizaram as suas candidaturas com chavões
duas candidaturas as de Defensor de Moura e de José Manuel Coelho
O esforço Militante de Francisco Lopes e Fernando Nobre merece pena
E a campanha errática e radical do candidato do governo e da oposição bloquista, Manuel Alegre tem momentos que são penosos e causam medo….muito medo
menos economista que Soares com menos sentido de estado que os tribunais nacionais
quase tão egocêntrico quanto Cavaco….
Com este panorama e estes candidatos não se estranharia elevada abstenção em todos os fiéis infiéis eleitorados
Mas há um outro factor previsível e pouco surpreendente: muitos eleitores querem genuinamente que Cavaco Silva seja eleito
(e nem se conseguem imaginar num país em que fosse Alegre o vencedor, também não se exagere a pílula), mas entendem que “sujam as mãos” se votarem nele.
Cavaco não tem jeito, não sabe comer bolo-rei, a Maria não se sabe vestir, na sua biblioteca há mais livros de economia do que de poesia, tem a mania de ler os dossiers até ao fim, continua a morar na Rua do Possolo numa casa onde fez obras na marquise, não colecciona arte contemporânea nem frequenta a Gulbenkian, no fundo é o “parolo de Boliqueime” que os chiques da esquerda e os queques da direita nunca acharam que tivesse lugar entre os que contam em Portugal.
E isso mais o preâmbulo sobre o caçador Simão, definem as élites de um país
Mais estéticas que funcionais, mais poéticas do que realistas
Perde-se um país em palavras, perdem-se nas palavras as gentes de um país
As élites infelizmente nunca se perdem, agarram-se aos seus tortos direitos como lapas
GostarGostar
Depois, os que ficam em casa covardes, arrogantes e snobs não venham dizer que isto está mal, bancarrota, corrupção, lacaios do largo do rato, etc…….
PORQUE NADA FIZERAM PARA MUDAR ESTA TRAGÉDIA.
NÃO MERECEM QQER CONSIDERAÇÃO.
GostarGostar
Uma lição para os abstencionistas que nos querem convencer que lutam contra a corrupção, incompetência, mentira, podridão moral do largo do rato-governo:
http://doportugalprofundo.blogspot.com/2011/01/desespero-e-lama.html
GostarGostar
Pois. O Cavaco é uma merda completa – mas se não votarem nele Potugal nâo tem salvação porque os outros gajos são muitas vezes piores.
A mim só me interessa para poder cá vir. Vim cá passar o Natal e as Festas (bem tristes por sinal!) e aproveito para votar. Se calhar, é o último.
GostarGostar
MJRB
Duvido!
GostarGostar
Pi-Erre
Ninguém!
GostarGostar
Nos idos de 80, Lucas Pires chegou a afirmar que a Direita portuguesa era a mais estúpida do Mundo.
Exagero, claro.
Mas ao ver certa direita(???) a proclamar que não vota, que se regala no sofá…chego a pensar que afinal lucas Pires tinha razão.
alguns sectores de Direita são, na verdade, a coisa mais estúpida do Mundo.
Por não se preocuparem com a possível concentração mafiosa-corrupta do gang do Largo do Rato em Belém e S.Bento.
É mesmo de questionar a sanidade mental destes senhores que nos querem convencer que são anti-Sócrates, anti-corrupção, anti-incompetência.
Na verdade, são ocos, indigentes culturalmente, atadinhos, como diz o povo.
GostarGostar
Claro que está muito em jogo. E só por isso voto outra vez Cavaco. Teve um primeiro mandato que me fez pensar muitas e muitas vezes: “Vais ver, faço-te a folha!” Mas, agora, é impossível não votar nele, face ao restante cardápio. É o que faz termos um centro direita e uma direita confrangedoras. Quanto ao JMF, um artigo nada confrangedor, mas sim de primeira água!
GostarGostar
Eu não voto porque o Acordo Ortográfico passou sem votos contra à revelia da vontade da população (150.000 assinaturas só numa mísera petição…) e Cavaco não vetou o maior atentado à cultura portuguesa desde que o outro bateu na mãe. Naquela gente nunca mais votarei e espero que desapareçam todos depressa. Se não desaparecerem eles, desapareço eu.
GostarGostar
Votar Cavaco é votar num bolo
com rei na barriga
De fava antiga.
Não seja tolo.
GostarGostar
Diz bem. Um descendente de viscondes e barões oitocentistas (foge cão que te fazem…), tem de ter a compreensão da quequada que gostaria de também ter andado na ladroagem do séc. XIX. Desgraçadamente chegaram atrasados ao saque de pedras de armas. O mal do país é este, ser uma terra de pelintras, filhos e netos de ladrões, que se julgam ‘aristocratas’ quando nem plutocratas conseguem ser, nem isso nem porra nenhuma, excepto roubar. Manuel Alegre está para a poesia como Fernando Namora para o romance e vai ter o mesmíssimo destino. Entre os labregos de boliqueime e os parolos panascas de telheiras ou do lumiar antes o primeiros, sem dúvida.
GostarGostar
Se quiser votar em Cavaco faça-o, mas só na 2ªvolta, pela sua saúde!
GostarGostar