Podia ser numa tenda

Numa sociedade politica aberta, livre, enfim, normal, quando um Estado fosse chamado a tomar certas decisões relevantes no âmbito de uma organização internacional, seria expectável que o respectivo parlamento tivesse delas conhecimento prévio e se pronunciasse sobre as mesmas.

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Já em Portugal, pelo contrário, instituiu-se o hábito de o inquilino de S. Bento convidar os  chefes de tribo para um cházinho e ouví-los sobre tais assuntos. Alguns nem deputados são e apenas representam uma associação política.

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Claro, existe uma bonita lei que diz que não deve ser assim. Mas como tantas outras é só mesmo para belo efeito, sem qualquer consequência.

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Dentro de 2 dias os chefes de governo preparam-se para rever o Tratado da UE, aquele que diziam ser uma maravilha e definitivo, mas… lá está, já não serve. E assim será criado dentro de 2 anos um mecanismo permanente que até agora era impossível, e bem, de criar. Por uma razão simples: os estados entendiam que a UE não podia correr o risco de assumir divida individual dos estados. Agora o regabofe vai ser permitido ao mais alto nível a troco de ditadura financeira.

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E sem ironias, tais mudanças, para serem efectivas, voltarão a estar dependentes de apenas 3 estados: Alemanha, cuja constituição é um pouco avessa a tais modernidades despesistas, a querida Irlanda referendária e o Reino Unido. Nestes, será no mínimo custoso que tais inovações passem sem o devido turbilhão decisório, pois que quanto aos demais já se sabe da normal bovinidade dos seus parlamentares.