Post it ao cuidado do futuro primeiro-ministro*
(José Sócrates por razões óbvias não encaixa neste perfil)
1º Ninguém o obrigou a ser primeiro-ministro. Quis ser primeiro-ministro. Logo não se queixe.
2º Não se esqueça que é muito mais simples para si deixar de ser primeiro-ministro do que para o país ver-se livre de um primeiro-ministro.
3º Não confunda liderança com usurpação de competências. As pessoas que aceitam fazer parte do seu governo não são o prolongamento do seu ego e em muitas matérias, para não dizer em todas, têm mais saber do que o primeiro-ministro. Futebolisticamente falando um primeiro-ministro é como um treinador: um bom treinador é aquele que transforma um conjunto aleatório de jogadores numa equipa.
4º Não se esqueça que quanto mais obcecado viver com o que se diz de si mais dependente vai ficar de jornalistas e comentadores. E um primeiro-ministro dependente de jornalistas e comentadores é um primeiro-ministro que não só não governa como vive sob a suspeição e a tentação de controlar o que se diz dele.
5º É aos portugueses e não aos jornalistas que deve prestar esclarecimentos.
6º Por mais que lhe custe acreditar e por mais injusto que lhe possa parecer foi escolhido para governar e não para dizer mal da oposição.
7º Ser primeiro-ministro é uma circunstância transitória para si mas o que é transitório para si pode tornar irremediável muita coisa na vida dos portugueses. Não complique vidas que já não são fáceis.
8º Por princípio, duvide.
9º Também por princípio ouça muito.
10º Quando já tiver ouvido o que houver para ouvir e tiver duvidado o suficiente de tudo o que ouviu, ou seja quando estiver certo do que vai decidir, decida. E não se esqueça que não existem decisões consensuais. Existem sim boas decisões e más decisões. Decisões fundamentadas e decisões demagógicas. Se tiver razão, o tempo será seu aliado.
11º Antes de assinar o que quer que seja informe-se, estude e pense.
12º Nunca culpe os outros pelos seus erros e falhas.
13º Se o seu sonho é ser aclamado por todos e não ser criticado por ninguém demita-se enquanto é tempo.
14º Não se desculpe com as crises. Ser político é precisamente isso: gerir o inesperado mantendo um mínimo de princípios e assegurando os rituais institucionais que nos separam da choldra. Se os políticos não souberem fazer isto, um director-geral não só bastava como fazia melhor trabalho.
15º Não se esqueça que são os portugueses quem lhe paga o ordenado, o motorista, os telemóveis de serviço, a segurança e todas as restantes coisas. São também os portugueses quem paga ao seu governo e são ainda os portugueses quem sustenta os programas, projectos, obras, reformas e tudo o mais que o seu governo vai aprovar.
16º Não se esqueça que tudo aquilo que lhe pedem que dê, licencie, autorize, aprove, não é seu. É do povo. Ou para ser pago por ele.
17º Nunca, mas nunca, diga que a situação é melhor do que aquilo que realmente é.
18º Não tenha a presunção de que vai fazer tudo bem. Mas recordo que há duas coisas que não pode fazer: uma delas é comprometer a democracia. A outra é tornar-se um problema para o país. A partir daí não há retorno. A sua queda será a única saída possível.
19º Respeite as instituições. Cumpra os rituais da democracia. Dê às palavras o seu valor. São o formalismo e o rigor que asseguram o mínimo de dignidade e auto-estima aos países, sobretudo se estes forem pequenos e pobres.
20º Não confunda o povo com o eleitorado nem o seu partido com o país e muito menos a sua pessoa com Portugal.
21º Não brinque aos legisladores. A lei dever servir as pessoas e não servir-se delas.
22º Nunca esqueça que um dia vai deixar de ser primeiro-ministro e pense sempre que esse dia vai chegar mais cedo do que imagina.
*PÚBLICO

A grande golpada.
Mas que grande espetáculo dá o palhaço Sócrates!
Prometeu o céu, deu-nos a bancarrota. Desbaratou as Finanças Públicas, mas berra que Portugal não precisa de ajuda externa.
Sem mais hipóteses para a sua política de ruina, arranjou um estratagema para se demitir.
Agora culpa a oposição de se render ao FMI.
Será que o homem vai sair impune depois do que fez?
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Excelente artigo.
Estes protagonistas têm que sair de cena. O ideal seria que os secretários gerais dos maiores partidos não fossem candidatos a Primeiro Ministro.
Indicavam de imediato quem seriam os nomes candidatos, deixando-os livres para o Parlamento e para a “politica”. O ambinte por certo ficava mais desanuviado e abria uma VERDADEIRA possibilidade de se obter um governo maioriário, sério e competente para combater a crise.
Tenham coragem e por uma vez pensem no PAÍS.
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Afinal há uma receita
para ser bom primeiro ministro,
sem ser na pharmácia.
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Em resumo:
TEM DE SER DIFERENTE DO SÓCRATES DE MÁ MEMÓRIA
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parece um escrito retirado das selecções do readers digest…
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Bastará ao próximo primeiro ministro ser honesto e verdadeiro para fazer uma diferença abismal daquele que assolou Portugal durante os últimos 6 anos. Se a isso conseguir também aliar alguma competência… (se calhar já é pedir muito)
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mário soares não andará muito longe da verdade quando escreve que passos coelho já estará arrependido…
honestamente, temos que convir que passos já tinha sido empurrado 3 ou 4 vezes e tinha freiado com pulso; não resistiu a este último empurranço.
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Excelente! A falta de respeito com que Sócrates sempre tratou o povo português, está agora a ser-lhe devolvida. O homem deve andar a fumegar de raiva. Se pudesse, mandaria executar todos os que gozam com ele, incluindo a Helena Matos.
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Tina,
.
O Sócrates não deve ler as notícias. Está a assinar novos ajustes directos para os amigos e isso deixa-o muito ocupado.
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Bom exercício de retórica, pena não ter aplicação imediata, porque da forma acéfala que querem
combater Sócrates só o favorecem, estão a ir na arola montada, como a inexperiênte direcção do
PSD se deixou enrrolar! Muitos dos comentários aqui colocados são verdadeiro bálsamo para as
feridas do “animal feroz”!!!
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Sócrates não é 1º Ministro por que quer, mas sim por que a Nação o exige.
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Arlindo da Costa,
.
Pelo valor das sondagens a Nação (seja o que isso for para si) está pronta a tratar o Sócrates a piche e penas. Eu opunha-me a esse tratamento: preferia entregá-lo à justiça junto com o Jorge Coelho, o Dias Loureiro, os sucateiros todos, os JP Sá Coutos, os OpWay, os Júdices, os Almeida Santos. Dava a todos um julgamento justo de depois matava-os, como dizia fazer o Estaline.
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Nessa lista falta os gajos da Coelha, e o vértice da pirâmide…
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“Arlindo da Costa
Posted 29 Março, 2011 at 15:01 | Permalink
Sócrates não é 1º Ministro por que quer, mas sim por que a Nação o exige.”
Meu Deus!!!!
Pena não ser crente
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Estou de acordo com o comentário que sugere julgamento para TODOS os responsáveis, tendo a certeza de que se já anteriormente existisse essa possibilidade em vez da Impunidade, não se teriam
atrevido a tomar as medidas que atiraram Portugal para o estado em que se encontra! Se José Só-
crates afirmou cerca do Ano 2000 não ter Talento para 1º Ministro, sendo o seu máximo Ministro
porque se candidatou a Secretário-geral do Partido? Será que já nessa altura já seria detentor do
Mestrado em Mentirologia?
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