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A minoria ruidosa que parece uma maioria

7 Junho, 2011

«Quer Silva Lopes, quer Carvalho da Silva, vieram já afirmar que o futuro governo não dispõe de uma “maioria social” para introduzir as reformas acordadas com a troika. É evidente que há aqui um óbvio preconceito de que o povo é de esquerda, mas há também uma outra ideia implícita, esta já mais interessante, de que a minoria mais ruidosa e capaz de interferir com as reformas não está com o próximo governo. Esta minoria mais ruidosa é composta, sobretudo, pelos sindicatos da função pública e das empresas do sector empresarial do Estado. É importante que o governo não se deixe intimidar por manifestações, quantas vezes absurdas, como um caso recente contra a reforma do código do trabalho, em que a presença mais forte era dos sindicatos da função pública, precisamente aos quais o código não se aplica. » Ler mais aqui

20 comentários leave one →
  1. Portela Menos 1's avatar
    Portela Menos 1 permalink
    7 Junho, 2011 10:56

    do texto citado prefiro esta parte, que também se pode aplicar aos posts terroristas do Blasfémias:
    (…) Finalmente, refiro a recomendação de João Proença, de o novo governo não ser arrogante. Este conselho é do mais elementar bom senso, sobretudo depois do fim de um dos governos mais prepotentes que tivemos desde o 25 de Abril. Infelizmente, tivemos um mau sinal com oMiguelRelvas ontem a interromper as declarações, surpreendentemente honestas, de Vieira da Silva. O primeiro gesto do novo poder foi pisar o adversário. Espero que o PSD repense esta atitude e não queira criar obstáculos desnecessários no dificílimo caminho que tem pela frente. (…)

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  2. Carlos Dias's avatar
    Carlos Dias permalink
    7 Junho, 2011 11:10

    Prefiro esta parte: “as declarações, surpreendentemente honestas, de Vieira da Silva”
    Não ouvi nem me interessa o que o Zé Vieira diz ou disse.
    Mas só o facto de alguém, em Portugal ficar surpreendido por um ministro fazer declarações honestas diz bem do estado a que chegou este país.

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  3. ruy's avatar
    7 Junho, 2011 11:25

    Uma vez mais, apesar da elevada abstenção, os votos polarizaram-se em torno do PS e PSD. Hoje, tanto o PS como o PSD, se encontram afastados das suas matrizes ideológicas e, à semelhança dos partidos “socialistas e sociais-democratas” europeus, não mantém qualquer diferença ideológica entre si, tendo objectivos e praticas políticas comuns. São partidos de alternância, não constituindo verdadeiras alternativas de poder. A diferença entre eles reside apenas no modo diferente como executam as mesmas políticas. Com maior ou menor clientelismo, com maior ou menor desperdício, com maior ou menor corrupção institucional na gestão da Administração do Estado.
    Contudo, existe actualmente uma maioria da população portuguesa que não tem qualquer representação política, que não se revê nos partidos existentes e não têm assegurada a defesa política dos seus interesses. A elevada abstenção e algumas manifestações de cidadãos à revelia das centrais sindicais e poderes instituídos serão porventura a sua demonstração.
    Hoje a luta social já não é entre a burguesia e o proletariado mas entre a esmagadora maioria da população (entre ela também a pequena e a média burguesia) e uma minoria financeiramente poderosa e dominante, as oligarquias financeiras. E, nesta luta social que se adivinha como certa, uma nova formação ideológica surgirá, que advogue o desenvolvimento do capitalismo produtivo, uma distribuição da riqueza mais igualitária, uma democracia com controlo social efectivo, com rejeição absoluta da financeirização da economia e rejeição dos ideais neoliberais. Tenhamos consciência que em realidade “o mundo mudou”, não para aceitar as “reformas” neoliberais que nos querem impor mas para lutar contra elas com todas as nossas forças.

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  4. Dédé's avatar
    Dédé permalink
    7 Junho, 2011 11:32

    Mas convém ter em conta que não só a maioria não é tão expressiva como nos querem fazer crer, nem as eleições servem para tirar a razão a quem a possa ter:
    EM ELEIÇÕES NÃO GANHA O MELHOR, GANHA O QUE TEM MAIS VOTOS.

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  5. lucklucky's avatar
    lucklucky permalink
    7 Junho, 2011 11:37

    Como avisei, já começou a deslegitimação das eleições.
    .
    Pelos vistos a Maioria já não basta ser Maioria.
    Parece que as Maiorias para terem legitimidade têm ser “Sociais”. Ou traduzindo: Maiorias só são legitimas se votarem nos partidos de Esquerda.
    A “code word” é como não poderia deixar de ser : “sociais” para
    distinguir as “más” maiorias das “boas” maiorias…
    .
    Já agora qual foi a “maioria social” para aumentar os impostos?

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  6. Lionheart's avatar
    Lionheart permalink
    7 Junho, 2011 11:39

    Já se sabia que ia haver agitação social, que os sindicatos agora estariam muito mais livres para fazerem o que quisessem, com um governo de centro-direita no poder. É lógico que os partidos da coligação sabem isso e também sabem que não podem ceder. A postura que devem ter é uma de não arrogância para não crispar a população. Aatitude calma que Passos Coelho teve durante a campanha rendeu-lhe votos. Não é preciso ser assomado e mal educado ter autoridade e poder.
    .
    No entanto, o PP tem razão em entender que as questões sociais não podem ficar entregues à esquerda. Existem situações graves de injustiça social e desigualdade de oportunidades em Portugal que o poder tem de encarar, sob pena de haver convulsão social. É preciso entender que o peso que a extrema-esquerda tem tido, nomeamadamente o Bloco de Esquerda, não tem só a ver com as questões “fracturantes”. Há muito que isso está esgotado. Tem a ver com um eleitorado jovem muito revoltado, que se sente explorado por ganhar pouco e ter de passar largas horas no local de trabalho, que se vê sem os direitos que assistem aos seus pais e ainda sem possibilidade de ascensão social. É para travar a proletarização dos jovens que a direita também tem de ter um discurso e uma política que aborde estas questões. Para além, claro, da enorme massa da população que não tem conhecimentos para ter empregos bem remunerados, e que é a maioria da população portuguesa. Tudo isto exige políticas adaptadas à realidade nacional, mas certamente que não políticas baseadas em ideologias falhadas, como as que a extrema-esquerda defende. Isso não é resposta alguma e o eleitorado percebeu-o, penalizando esses partidos.

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  7. jose.gcmonteiro's avatar
    jose.gcmonteiro permalink
    7 Junho, 2011 11:42

    É um comentário parvo.
    Cada um sobrevive como pode.
    J. Gil

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  8. Trinta e tês's avatar
    7 Junho, 2011 11:47

    “As privatizações e reestruturações a efectuar vão certamente criar fortíssimas resistências, pelo simples facto de os trabalhadores envolvidos não quererem perder os privilégios actuais(…)”
    A helena não vê, ou não quer ver? Quando se fala da privatização das águas, parece-lhe que é um “problema sindical”, ou antes um problema que nos diz respeito a todos, tendo em conta o que já se sabe sobre a redução dos caudais? Quando se fala da privatização do que ainda dá algum lucro, é um problema de comissão de trabalhadores, ou antes o receio de se perderem as poucas receitas possíveis de um Estado falido? Quando se fala na privatização de sectores que funcionam sem concorrência, é um problema de agit-prop, ou a certeza de que continuamos a alimentar um dos sectores empresariais mais parasita da Europa? Respire fundo, Helena! Ser de direita não é sinónimo de ser burro, incapaz de participar num debate alargado e viver encolhido, cheio de medo de… fantasmas.

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  9. D's avatar
    7 Junho, 2011 12:03

    O novo governo pode, para já, não ter “apoio social”, mas depressa o conquista. O Belmiro já está na fila, outros se seguirão tais como o Américo Amorim, os Melos, etc. A base social de apoio ao governo está em marcha, e em força.

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  10. lucklucky's avatar
    lucklucky permalink
    7 Junho, 2011 12:03

    As privatizações infelizmente não vão acontecer porque se quer liberdade e o resultado da liberdade a concorrência. Vão acontecer porque o Estado está Falido.
    E estas privatizações para a esquerda e os sindicatos têm que ver com a sua estrutura de poder. Sem o estado omnipresente muito do seu poder diluí-se.
    Podemos falar da Educação e Saúde. Outras estruturas de poder da esquerda que se baseiam na não liberdade e na não concorrência.
    Estão se nas tintas se a privatizações vão assegurar concorrência ou não.

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  11. eirinhas's avatar
    eirinhas permalink
    7 Junho, 2011 12:09

    Perfeitamente de acordo que não haja arrogância por parte de quem ganhou,que repudio,mas gostava de perguntar a esses senhores se quando havia manifestações de mais de cem mil pessoas,o governo estava com a maioria social e se essa questão da arrogância só agora lhe veio ao sentido.Já agora coloco uma questão que me surpreende e inquieta: como é que um chefe sindical pode ser ao mesmo tempo deputado de um partido?

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  12. Piscoiso's avatar
    7 Junho, 2011 12:12

    D.
    Não creio que Belmiro tenha passado qualquer cheque em branco ao PSD.
    Ouvi-o na TV a dizer que não gosta de incompetentes.
    Não se referiu a partidos.

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  13. BLAGUE DE ESQUERDA's avatar
    BLAGUE DE ESQUERDA permalink
    7 Junho, 2011 12:24

    mas há uma esquerda que quer ajudar a maioria silenciosa do PPC/PSD:
    http://blaguedeesquerda.blogspot.com/2011/06/vamos-mudar-portugal.html

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  14. Oscar's avatar
    7 Junho, 2011 12:43

    Essa minoria pela voz de Ana Gomes propõe outras coisas. Concordo e proponho:

    Vamos, como fez a África do Sul noutra questão, nomear uma COMISSÃO PARLAMENTAR DE VERDADE E RECONCILIAÇÃO.

    http://supraciliar.blogspot.com/2011/06/ana-gomes-parecer-querer-reabrir-o.html

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  15. fado alexandrino's avatar
    7 Junho, 2011 13:05

    Do comentário citado que gostei, registo particularmente o apontamento sobre o gesto de Miguel Relvas.
    Foi ali e só ali que li o que todos vimos na televisão.

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  16. certo's avatar
    certo permalink
    7 Junho, 2011 14:46

    E a que fala pelos cotovelos, regateira, não cessa de intrigar, cuidosa que alguém também fale, por acaso. Bem a alcoviteira de serviço, qual máquina de bisbilhotar.

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  17. Arlindo da Costa's avatar
    Arlindo da Costa permalink
    7 Junho, 2011 16:49

    Não é preciso ser bruxo para vermos que o próximo Governo vai ser uma boa fraude.
    Se alguém, no seu perfeito juízo, pensa que este ou qualquer Governo lhes vá resolver a vidinha, está bastante equivocado.
    Portugal terá um bom «governos» quandio durante um dia ou dois os portugueses não criticarem ou falarem num governo.
    Vejam o caso da Bélgica. Não têm governo e a vida corre-lhes lindamente…
    Governo?
    Isso é coisa de parolos e saloios…

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  18. BLAGUE DE ESQUERDA's avatar
    BLAGUE DE ESQUERDA permalink
    7 Junho, 2011 21:38

    e, já agora, o meu comentário ao comentário de Helena Matos:

    http://blaguedeesquerda.blogspot.com/2011/06/uma-maioria-ruinosa.html

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  19. Jose Domingos's avatar
    Jose Domingos permalink
    7 Junho, 2011 22:25

    É ir para a rua, quem votou, no psd e cds. Será que só vale a maioria de esquerda. Que eu saiba a união soviética, já acabou.
    A “esquerda”, ainda não percebeu, que as coisas mudaram.

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  20. Ant. Domingues's avatar
    Ant. Domingues permalink
    9 Junho, 2011 15:33

    Na política como no futebol, os experts são sempre os jogadores de bancada!!!

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